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Linguagens (a4)

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Conceitos básicos da comunicação linguística.
Comunicação e linguagens
Prof. José Luiz
Aula - 4
Objetivos da aula
Conhecer os princípios da comunicação linguística estabelecidos por seus precursores
Seus desdobramentos na dinâmica do fenômeno da língua e da fala.
Ferdinand de Saussure
Linguista e filósofo suíço, nasceu em Genebra, no dia 26 de novembro de 1857. Faleceu na cidade de Morges, em 22 de fevereiro de 1913. Iniciou nos estudos da Linguística com incentivos do filólogo Adolphe Pictet.
Conceitos básicos da comunicação linguística.
André Martinet enfatiza a origem fonética da linguagem 
Ferdinand de Saussure salienta o valor do signo linguístico, convertendo-o em uma ciência, 
O que é signo? Perguntar pra turma!
ajudam a entender a importância da linguagem e dos conceitos a ela relacionados
André Martinet 
 Linguista francês, professor de linguística francesa e grande nome do funcionalismo linguístico, André Martinet nasceu a 12 de abril de 1908, em Saint-Albans-des-Villards (Savoie), e faleceu a 16 de julho de 1999, em Châtenay-Malabry. 
 
•	Martinet (1908-1999
A linguagem não faz mais do que concretizar a organização da língua. 
(...) Dizer que um ouvinte entende português significa dizer que identifica por experiência as escolhas sucessivas que teve que fazer. 
Condições Psicofisiológicas (pensamento e sistema fonador)
Condições necessárias para o exercício da fala pelo ser humano
Martinet (muito importante) 
A linguística é o estudo científico da linguagem humana.
Os signos da linguagem humana são em primeiro lugar de caráter oral. 
Manifestam-se de modo linear, como a voz
O estudo da escrita é um estudo complementar à linguística.
A linguagem é uma INSTITUIÇÃO, porque é produto de uma sociedade, com idênticas funções e que muda de uma comunidade para outra. 
É também mutável por necessidades internas e influências externas.
A função primária da linguagem é ser um instrumento de comunicação
A língua se corrompe se não existe a necessidade de se fazer compreender
Essa mesma língua possui outras funções: ser suporte do pensamento, expressão e cumprir uma função estética. 
Aqui a função estética consiste em produzir experiências sensoriais comum à arte, pedir exemplos)
A língua não é uma nomenclatura. Isto é, não se trata de um termo técnico que se aplique de modo frio à realidade, cada língua organiza de modo particular os dados da experiência
Ferdinand de Saussure - signo linguístico
(...) signos são entidades em que sons ou sequências de sons - ou as suas correspondências gráficas (escrita) - estão ligados com significados ou conteúdos. 
(...) Os signos são assim instrumentos de comunicação e representação, na medida em que, com eles, configura-se linguisticamente a realidade e se distinguem os objetos entre si.
Para Ferdinand Saussure 
Que o objeto da linguística é a linguagem como instrumento com o qual o ser humano molda seu pensamento, “expressa seus sentimentos e estado de ânimo” – Louis Hjelmeslev. 
É um “fenômeno social”; patrimônio da humanidade, um meio de interação social, uma manifestação da cultura e por sua vez produto da cultura; uma manifestação e instrumento ideológico.
Significante e significado
Para Saussure
Origem da linguagem
Seja qual for a sua origem, a linguagem tem como função a comunicação com os semelhantes, 
É vista também como um instrumento de trabalho, 
É o alicerce mais firme e profundo de toda sociedade humana.
A dicotomia língua e fala (divisão em duas ´partes) 
A língua é definida como a parte essencial e homogênea da linguagem 
A fala é definida como sendo individual e voluntária.
A língua é necessária para que a fala seja inteligível, e para que língua se estabeleça. 
Historicamente a fala precede à língua.
Para Saussure
Signo linguístico
O signo linguístico une não uma coisa e um nome, mas um conceito e uma imagem acústica. 
Assim o signo linguístico é uma entidade psíquica de duas caras, intimamente unidas. 
Para esclarecer um pouco mais isto, Saussure propõe redefinir o signo como a união de um significante e um significado.
Segundo Saussure
Significante e significado
Quando você diz ou escreve “corda" você tem um significante, a palavra falada ou escrita. 
O objeto ou a realidade, aquele material trançado e enrolado é o significado. 
Assim da mesma forma posso falar "queso" em espanhol, ou "cheese" em inglês, 
O significante muda conforme a língua, mas não o significado. 
Saussure: Princípios de Linguística
corda = significante
Outras características do signo linguístico
Sem signos não se podem distinguir duas ideias. 
O papel característico da língua é o de servir de intermediária entre o pensamento e o som.
Cada termo linguístico corresponde a uma articulação na qual uma ideia se fixa a um som e onde um som passa a ser signo de uma ideia – o som não é só o “suporte” do pensamento, ambos são parte da língua e não se podem separar ou isolar entre si.
A língua trabalha em um terreno limítrofe no qual se combinam som e pensamento: o resultado é uma forma (língua portuguesa no Brasil), não uma substância (pois o significante segue a convenção ou variações)
Ex. mandioca e macaxeira
A língua é um fato social. A coletividade impõe a razão do uso, o indivíduo é incapaz de fixá-lo.
Outras características do signo linguístico
A língua age de acordo a um princípio paradoxal. 
Todo sistema de signos está composto por uma dualidade de relações e diferenças. 
Dois são os processos de associação e organização das coisas:
Contiguidade ( continuidade, proximidade, vizinhança)
Similaridade – semelhança
Gerando dois eixos:-
Paradigmático - semelhança
Sintagmático – proximidade ou contiguidade
Exemplo
o som que compõem a palavra “casa” 
na escola, aprende-se o código escrito para esse código falado. 
É aí uma associação por contiguidade. As palavras escritas e faladas associam-se dessa forma aos objetos designados por proximidade - sintagma. 
Tal condicionamento é convencional ou arbitrário. 
Mas quando essa mesma criança imita o som de um avião – soprando com a boca 
Ou o vê escrito em uma história em quadrinhos
Está diante de uma associação por semelhança – paradigma. 
Sintagma e paradigma
Proximidade – sintagma 
Semelhança - paradigma
Outro exemplo
Ao examinar um cardápio. O que se pode observar? Os pratos estão agrupados por semelhança - paradigma – (livre arbítrio) pratos que formam: a entrada, o prato principal, carnes, peixes, acompanhamentos, sobremesa e bebidas. 
Quando se escolhe uma entrada, um prato principal ou a sobremesa para formar a jantar, se está montando um sintagma (arbitrário segue a convenção) - gastronômico.
Sugestões de bibliografia 
KOCH, Ingidore Grunfeld Villaça. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2000.

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