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Gestão de Resíduos da Construção Civil

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INSTRUMENTALIZAÇÃO CIENTÍFICA
AMARASON GOMES MORAIS RESPLANDES
ARTHUR ROSÁRIO DA LAPA MOREIRA
LUANA CAROLINE CARVALHO
NAYRA CAROLINE BEZERRA DE OLIVEIRA
THAYLANE DA SILVA BASTOS
VICTOR HUGO RIBEIRO
gestão de resíduos da construção civil
Palmas
2012
gestão de resíduos da construção civil
Relatório de Pesquisa, apresentado como parte das exigências para compor o Grau 2 da Disciplina de Instrumentalização Científica – Turma 7030, ministrada pela Profa Dra Conceição Aparecida Previero.
Palmas
2012
resumo
A construção civil é um setor cuja atividade produz grandes impactos ambientais, percebidos desde a extração das matérias-primas necessárias à fabricação de seus produtos, passando pela execução dos serviços nos canteiros de obra, até a destinação final dos resíduos gerados, provocando uma grande mudança na paisagem urbana. O estudo dos Resíduos sólidos da Construção Civil (RCC), conhecidos popularmente como ‘’entulhos”, justifica-se principalmente por quatro fatores, são eles: o grande volume gerado; a dificuldade de disposição final adequada; os riscos ambientais advindos da disposição em depósitos clandestinos e o potencial de reciclagem dos resíduos. Assim como este problema afeta a maioria das grandes cidades brasileiras que estão vivendo uma fase excepcional na construção civil em todo o Brasil, não seria diferente em Palmas, estado do Tocantins. O principal instrumento público que regulamenta a gestão desses resíduos é a Resolução 307/2002 do Conselho Nacional do Meio Ambiento – CONAMA. O setor tem um grande desafio: como conciliar uma atividade produtiva desta magnitude com as condições que conduzam a um desenvolvimento sustentável consciente, menos agressivo ao meio ambiente.É uma questão, embora antiga, ainda sem respostas satisfatórias. Sem dúvida, por ser uma questão bastante complexa, requer grandes mudanças culturais e ampla conscientização. São várias as possibilidades que podem ser ou não consideradas ao se analisar o atendimento á resolução citada, entre elas a falta de estrutura do poder publico para fiscalizar e controlar as ações ilegais relacionadas com os RCC. Com este trabalho espera-se a apresentação de um diagnóstico dos Resíduos de Construção e Civil (RCC) mais especificamente, na cidade de Palmas – TO, fundamentando iniciativas do setor da construção civil com diretrizes e procedimentos técnicos.
Palavras-chave: Resíduos sólidos; resíduos de construção, planos de gestão;
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ABSTRACT 
The construction industry is one whose activity produces large environmental impacts, perceived from the extraction of raw materials needed to manufacture its products through implementation of services in the construction site until the final disposal of waste generated, causing a major shift the urban landscape. The study of solid wastes Construction (RCC), popularly known as'' rubbish ", justified mainly by four factors, namely: the large volumes generated, the difficulty of final disposal, the environmental risks arising from the provision underground deposits and the potential of waste recycling. As this issue affects most major Brazilian cities that are experiencing an exceptional phase in construction in Brazil, would be no different in Palmas, Tocantins state. The main public instrument which regulates the management of such waste is Resolution 307/2002 of the National Council of Ambiento - CONAMA. The sector has a major challenge: how to reconcile a productive activity this magnitude with the conditions that lead to sustainable development conscious, less aggressive to the ambiente.É a question, though old, still unanswered questions. Undoubtedly, being a very complex issue requires cultural shifts and broad awareness. There are several possibilities that may or may not be considered when analyzing the service to the resolution cited, among them the lack of structure of public power to supervise and control the illegal actions related to the RCC. This work is expected to present a diagnosis Waste Construction and Civil (RCC) more specifically, in Palmas - TO, basing initiatives in the construction industry with guidelines and technical procedures.	
Keywords: solid waste, construction waste, management plans;�
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Sumário
11. introdução	�
22.1. OBJETIVO GERAL	�
22.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS	�
33. revisão bibliográfica	�
33.1. CONCEITOS BÁSICOS	�
43.2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE AO GERENCIAMENTO DE RCC	�
93.3. CARACTERÍSTICAS DO RCC	�
103.4 O PAPEL DO ORGÃO PÚBLICO COMPETENTE	�
103.5 DESTINAÇÃO DO RCC	�
113.6 A BOA CONDUTA DA CONSTRUTORA COM RELAÇÃO AO PLANO DE GESTÃO DE RCC	�
113.5 O TRABALHO DESENVOLVIDO PELA COOPERATIVA	�
134. MÉTODOlogia	�
134.1 CONSTRUÇÃO DO RESIDENCIAL CLASSIC	�
144.2 COOPERATIVA DE PRODUÇÃO E RECICLÁVEIS DO TOCANTINS – COOPERAN	�
207. referências bibliográficas	�
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1. introdução
  
A gestão do meio ambiente tem sido um desafio atual e tema discutido sob o ponto de vista ambiental e econômico para as indústrias, empresas e sociedade. Deixando de ser considerado como custo para ser uma oportunidade de redução do passivo ambiental que compromete a qualidade de vida no planeta.
A Indústria da Construção Civil como geradora de resíduos, tem um papel relevante na construção do futuro, disseminando a cultura da responsabilidade com a preservação do meio ambiente. Assim, vem introduzindo novas tecnologias em seus processos construtivos quando utilizam métodos e técnicas de racionalização, classificação e reaproveitamento de resíduos através do processo de reciclagem, bem como, quando responsabilizam-se pelo destino final do resíduo gerado no canteiro de obra. A gestão dos resíduos no canteiro de obras prioriza segregar, reduzir custos do construtor com a remoção do entulho reciclável (papelão, vidro, plástico etc.) e reduzir desperdício.
No Brasil onde 90% dos resíduos gerados pelas obras são passíveis de reciclagem e levado ainda em conta a sua contínua geração, a reciclagem dos Resíduos da Construção Civil (RCC) é de fundamental importância ambiental e financeira no sentido de que os referidos resíduos retornem para a obra em substituição a novas matérias-primas que seriam extraídas do meio ambiente. Trata-se de uma atividade que deve ser prioritariamente realizado no próprio canteiro, mas que pode também se executar fora do mesmo.
A construção civil é reconhecida como uma das mais importantes atividades para o desenvolvimento econômico e social. Contudo, seja pelo consumo de recursos naturais, pela modificação da paisagem ou pela geração de resíduos. A reciclagem de resíduos de construção é prática recente no Brasil. No Estado do Tocantins, houve um início acelerado de desenvolvimento, a construção civil foi uma das atividades que mais cresceu, aumentando a geração de entulho e resíduos.
A Resolução CONAMA nº 307, prevê na gestão ações educativas visando sensibilizar os atores envolvidos para segregar e reduzir os resíduos desde sua geração.�
2. objetivos
2.1. OBJETIVO GERAL
O objetivo deste trabalho consiste em analisar a gestão dos resíduos sólidos na construção civil, bem como, a disposição final a que se destinam esses materiais, tendo em vista as dificuldades para implementação de políticas públicas em especial a Resolução CONAMA nº. 307, de 5 de julho de 2002. 
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
O objetivo geral do trabalho é composto pelos seguintes objetivos específicos:
Indagar os responsáveis por gerar todo este entulho proveniente de obras e demolições pela capital que vem crescendo de maneira alarmante, chegando a superar o volume dos lixos domésticos e hospitalar;
Caracterizar a obra pesquisada quanto ao tipo e sistemasconstrutivos utilizados;
Mostrar dados quantitativos e qualitativos dos resíduos da construção civil e a caracterização do destino final, o gerenciamento e a geração dos resíduos no município;
Identificar e descrever os procedimentos de manejo e destinação dos RCC gerados;
Analisar se existe na capital um incentivo por parte do poder público, com relação à fiscalização e acompanhamento da descarga de entulhos, realizadas pelas empresas do ramo, ou seja, se são licenciadas à descarregar em determinados locais;
Comprovar a existência de local específico na capital, onde são destinados os resíduos da construção;
Visitar e conhecer o funcionamento de cooperativas e os critérios de reciclagem dos materiais que vêm das obras; 
Mostrar para a construtora cuja pesquisa foi realizada, que hoje já existem meios mais práticos de se reutilizarem esses materiais, que seriam descartados. 
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3. revisão bibliográfica
Os resíduos de construção civil são gerados quer por demolições, obras em processo de renovação, quer por edificações novas, em razão do desperdício de materiais resultante da característica artesanal da construção. No Brasil, 98% das obras utilizam métodos tradicionais.
No Brasil são gerados 0,55 ton/ano/habitante de entulho. Dos resíduos sólidos urbanos, 2/3 em massa são de entulho. Segundo estudo realizado pela I&T, Informações Técnicas em Construção Civil, em 1995, o entulho representava 64,76% dos resíduos sólidos urbanos, em massa. Os demais 35% eram compostos por lixo domiciliar, comercial, hospitalar, material de poda e varrição.
A necessidade de administrar melhor o uso dos recursos naturais é um ponto comum em praticamente toda a bibliografia pesquisada para este trabalho. Contudo procuramos destacar neste item, a conceituação básica dos termos utilizados.
3.1. CONCEITOS BÁSICOS
Os Resíduos Sólidos são resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos, que resultem de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição (ABNT, 2004).
O Resíduo de Construção Civil (RCC) é todo o resíduo proveniente de atividades de construção, reformas, reparos e demolições de obras de edificações, tais como solos, restos de argamassa, concreto e gesso para revestimento, aparas de cerâmica, sobras de aço e tubos, sacarias, entre outros. 
Como formas para a minimização de resíduos preconizadas pela Resolução CONAMA 307/2002 têm-se que Reutilização é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo, Reciclagem é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação.
Destinação ou Disposição Final é o armazenamento final do resíduo considerando que não será dado nenhum tratamento de reutilização ou reciclagem, como, por exemplo, a colocação de resíduos em aterros.	
A Gestão ou Gerenciamento de Resíduos é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduo, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao
cumprimento das etapas previstas em programas e planos (CONAMA, 2002). Enquanto, por essa mesma resolução, os Geradores de Resíduos são pessoas,
físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos (CONAMA, 2002).
3.2. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PERTINENTE AO GERENCIAMENTO DE RCC
RESOLUÇÃO CONAMA Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. 
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA, no uso das competências que lhe foram conferidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto nº 99.274, de 6 de julho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, Anexo à Portaria nº 326, de 15 de dezembro de 1994, e Considerando a política urbana de pleno desenvolvimento da função social da cidade e da propriedade urbana, conforme disposto na Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001; Considerando a necessidade de implementação de diretrizes para a efetiva redução dos impactos ambientais gerados pelos resíduos oriundos da construção civil; Considerando que a disposição de resíduos da construção civil em locais inadequados contribui para a degradação da qualidade ambiental; Considerando que os resíduos da construção civil representam um significativo percentual dos resíduos sólidos produzidos nas áreas urbanas; Considerando que os geradores de resíduos da construção civil devem ser responsáveis pelos resíduos das atividades de construção, reforma, reparos e demolições de estruturas e estradas, bem como por aqueles resultantes da remoção de vegetação e escavação de solos; Considerando a viabilidade técnica e econômica de produção e uso de materiais provenientes da reciclagem de resíduos da construção civil; e Considerando que a gestão integrada de resíduos da construção civil deverá proporcionar benefícios de ordem social, econômica e ambiental, resolve:
Art. 1º Estabelecer diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações necessárias de forma a minimizar os impactos ambientais.
Art. 2º Para efeito desta Resolução, são adotadas as seguintes definições:
I - Resíduos da construção civil: são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha;
II - Geradores: são pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos definidos nesta Resolução;
III - Transportadores: são as pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e do transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação;
IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do beneficiamento de resíduos de construção que apresentem características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;
V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das etapas previstas em programas e planos;
VI - Reutilização: é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo;
VII - Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de um resíduo, após ter sido submetido à transformação;
VIII - Beneficiamento: é o ato de submeter um resíduo à operações e/ou processos que tenham por objetivo dotá-los de condições que permitam que sejam utilizados como matéria-prima ou produto;
IX - Aterro de resíduos da construção civil: é a área onde serão empregadas técnicas de disposição de resíduos da construção civil Classe "A" no solo, visando a reservação de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro e/ou futura utilização da área,utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;
X - Áreas de destinação de resíduos: são áreas destinadas ao beneficiamento ou à disposição final de resíduos.
Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso;
IV - Classe D - são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
Art. 4º Os geradores deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos e, secundariamente, a redução, a reutilização, a reciclagem e a destinação final.
§ 1º Os resíduos da construção civil não poderão ser dispostos em aterros de resíduos domiciliares, em áreas de "bota fora", em encostas, corpos d`água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei, obedecidos os prazos definidos no art. 13 desta Resolução.
§ 2º Os resíduos deverão ser destinados de acordo com o disposto no art. 10 desta Resolução.
Art. 5º É instrumento para a implementação da gestão dos resíduos da construção civil o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, a ser elaborado pelos Municípios e pelo Distrito Federal, o qual deverá incorporar:
I - Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil; e
II - Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
Art 6º Deverão constar do Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da
Construção Civil:
I - as diretrizes técnicas e procedimentos para o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e para os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores.
II - o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade com o porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior dos resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento;
III - o estabelecimento de processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e de disposição final de resíduos;
IV - a proibição da disposição dos resíduos de construção em áreas não licenciadas;
V - o incentivo à reinserção dos resíduos reutilizáveis ou reciclados no ciclo produtivo;
VI - a definição de critérios para o cadastramento de transportadores;
VII - as ações de orientação, de fiscalização e de controle dos agentes envolvidos;
VIII - as ações educativas visando reduzir a geração de resíduos e possibilitar a sua segregação.
Art 7º O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil será elaborado, implementado e coordenado pelos municípios e pelo Distrito Federal, e deverá estabelecer diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local.
Art. 8º Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil serão elaborados e implementados pelos geradores não enquadrados no artigo anterior e terão comoobjetivo estabelecer os procedimentos necessários para o manejo e destinação ambientalmente adequados dos resíduos.
§ 1º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, de empreendimentos e atividades não enquadrados na legislação como objeto de licenciamento ambiental, deverá ser apresentado juntamente com o projeto do empreendimento para análise pelo órgão competente do poder público municipal, em conformidade com o Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.
§ 2º O Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental, deverá ser analisado dentro do processo de licenciamento, junto ao órgão ambiental competente.
Art. 9º Os Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil deverão contemplar as seguintes etapas:
I - caracterização: nesta etapa o gerador deverá identificar e quantificar os resíduos;
II - triagem: deverá ser realizada, preferencialmente, pelo gerador na origem, ou ser realizada nas áreas de destinação licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resíduos estabelecidas no art. 3º desta Resolução;
III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem;
IV - transporte: deverá ser realizado em conformidade com as etapas anteriores e de acordo com as normas técnicas vigentes para o transporte de resíduos;
V - destinação: deverá ser prevista de acordo com o estabelecido nesta Resolução.
Art. 10. Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das seguintes formas:
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados, reutilizados e destinados em conformidade com as normas técnicas especificas.
Art. 11. Fica estabelecido o prazo máximo de doze meses para que os municípios e o Distrito Federal elaborem seus Planos Integrados de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil, contemplando os Programas Municipais de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil oriundos de geradores de pequenos volumes, e o prazo máximo de dezoito meses para sua implementação.
Art. 12. Fica estabelecido o prazo máximo de vinte e quatro meses para que os geradores, não enquadrados no art. 7º, incluam os Projetos de Gerenciamento de 
Resíduos da Construção Civil nos projetos de obras a serem submetidos à aprovação ou ao licenciamento dos órgãos competentes, conforme §§ 1º e 2º do art. 8º.
Art. 13. No prazo máximo de dezoito meses os Municípios e o Distrito Federal deverão cessar a disposição de resíduos de construção civil em aterros de resíduos domiciliares e em áreas de "bota fora".
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor em 2 de janeiro de 2003.	
3.3. CARACTERÍSTICAS DO RCC
A Resolução 307/2002 do CONAMA classifica os resíduos de construção civil em
quatro classes:
Resíduos classe A: são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras.
Resíduos classe B: são os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
Resíduos classe C: são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.
Resíduos classe D: são os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como:tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
3.4 O PAPEL DO ORGÃO PÚBLICO COMPETENTE
No dia 23 de maio de 2012, foi feito uma visita à Diretoria de Meio Ambiente, onde o gerente de licenciamento ambiental, Suarton Fernandes, nos disponibilizou o Processo de Licenciamento de local específico para descarga de resíduos da construção civil. O mesmo, contém informações de localização das descargas dos containers e as documentações pertinentes à regularização do local, além de conter todos os critérios dos procedimentos a serem cumpridos, por parte das Empresas Coletoras de Resíduos Sólidos.
3.5 DESTINAÇÃO DO RCC
Estudados os processos de licenciamento e a Lei CONAMA 307, fomos em busca de uma analise criteriosa do local fornecido pelo então gerente da diretoria do meio ambiente, Suarton. Localizada no Loteamento Chácaras Especiais - Água Boa (2° Etapa), do proprietário Ailton Jorge Terra, a descarga de entulhos é feita mediante cadastro das empresas, participantes da Associação ASTETER 2012. No local fomos recebidos pelo então, responsável pela associação, Sr. Valdemar Alves de Almeida. O mesmo coordena o local com a entrada e saída de caminhões carregados por containers, e tem o controle dos catadores independentes. Os atuais componentes da associação são as seguintes empresas: 
LOCATINS, DELLA –TORRE, ENGEMAT, PLANETA, RV, MD, PALMAS DISK ENTULHO, DRAGA MINAS, LOCOEL e LOCASUL. De maneira que somente as empresas cadastradas podem estar descarregando os entulhos no local.
As maiores dificuldades, ditas pelo responsável da associação, é a falta de conscientização da população em relação ao que é depositado nos containers. Ou seja, não são apenas resíduos de matériais da construção civil, mais também lixos domésticos. Isso dificulta o trabalho de separação dos resíduos. Dentro da chácara eles separam todos os materiais em madeiras, plásticos brancos, mangueiras pretas, PVC, ferro, gesso, componentes cerâmicos, argamassas e concretos. A madeira é destinada ao forno e feito carvão. Os demais são reciclados pelos catadores independentes, compostos por seis (6) pessoas. Os componentes cerâmicos, argamassas e o concreto são aterrados. Segundo o Sr. Valdemar, são recebidos por dia cerca de 80 à 100 containers, de 5m³ cada.	 
A fiscalização da prefeitura é feita dia sim, dia não. Fiscalizada pelo engenheiro ambiental Valto Bonfim Ribeiro dos Santos. O mesmo fiscaliza a entrada de resíduos na chácara. Se houver muito lixo orgânico nos containers é feita uma paralização imediata do local.	
O dinheiro arrecadado pelas empresas de containers é destinado para manter os custos do local, e para pagar o responsável por cuidar do mesmo.
3.6 A BOA CONDUTA DA CONSTRUTORA COM RELAÇÃO AO PLANO DE GESTÃO DE RCC
No dia 29 de maio, fomos a Construtora J.P Arquitetura pedir uma autorização para que pudéssemos entrar em uma obra. Disponibilizaram então, o Residencial Classic, localizado na 706 sul. Onde tivemos o acompanhamento do Engenheiro responsável Josiel Vieira Costa, o qual nos mostrou que os resíduos da construção são devidamente separados e armazenados para serem recolhidos corretamente. No canteiro de obra os resíduos são separados em containers. Sendo ferro, plásticos, madeira e pacotes de cimento. Os plásticos são recolhidos pelos catadores ambulantes. E os demais recolhidos pelas empresas de containers e em seguida destinadas à chácara. É uma obra privilegiada pela organização. O engenheiro faz exercer todo o plano de gerenciamento de resíduos destinado à obra. São carregados cerca de 10 (dez) containers por semana, resultando em aproximadamente 90,0 m³. A obra em estudo está na fase de estrutura.
3.5 O TRABALHO DESENVOLVIDO PELA COOPERATIVA
As cooperativas se tratam de iniciativas sociais no qual o objetivo consiste na coleta e triagem dos materiais recicláveis para o beneficiamento e envio aos recicladores.
A COOPERAN (Cooperativa de Produção e Recicláveis do Tocantins) existe à 3 (três) anos, porém os catadores pertencentes à esta associação, já faziam a coleta destes materiais nas ruas da capital muito antes de se tornar uma cooperativa.
Segundo a Presidente da cooperativa a Srª. Maria Do Carmo Miranda Batista, a iniciativa conta com 63 (sessenta e três) cooperados, sendo que hoje estão trabalhando somente 13 (treze). Ela explica que a rotatividade desses catadores é muito grande, devido as propostas melhores de emprego levando muitos a optarem por sair da cooperativa, uma vez que o lucro é imprevisível e o valor mensal que cada catador recebe, depende da demanda de materiais recicláveis vendidos. 
A Presidente e também catadora, relata que a 4 (quatro) anos atrás, quando a cooperativa se tratava apenas de um sonho distante de se tornar realidade, e a mesma coletava os materiais recicláveis nas ruas, ela e demais catadores eram alvos de chacotas e a discriminação predominava em meio a sociedade. Com muito esforço, a Prefeitura Municipal de Palmas cedeu o local, e Fundação do Banco Brasil, realizou a construção do galpão, atual sede. A Cooperan atualmente, conta com duas prensas mecanizadas, que facilitam o trabalho de prensagem de todo o material, e um caminhão.
A cooperativa recebe, por meio de doação, os seguintes tipos de materiais: Ferro, Papel e Plásticos. As doações ocorrem todo momento, pela população em geral e empresas de diversos ramos. A presidente comentou sobre as possíveis formas de ajuda a cooperativa, como por exemplo, a idéia de implantar uma parceria com as diversas obras de construções civis da capital. Se as obras se comprometessem em separar estes matérias (plástico, ferro, papéis), e disponibilizassem o combustível para o caminhão da cooperativa, esses materiais seriam coletados. Seria uma espécie de ajuda mútua, pois a cooperativa necessita destes materiais recicláveis, e as obras necessitam de limpeza, evitando assim o acúmulo de materiais que não será mais utilizado. Sem contar que o principal beneficiado desta parceria seria o Meio Ambiente, pois, com o fato das obras estarem separando esses materiais recicláveis, o entulho gerado por demolições, e restos cerâmicos (Classe A), seriam destinados ao local específico, que por sinal existe em Palmas-TO, porém degradando menos a natureza, uma vez que foram separados os plásticos, ferros, e demais materiais.
A Srª. Maria Do Carmo, chama atenção, ressalvando que a maior ferramenta para minimizar os problemas ambientais causados pela forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, é o meio de comunicação, responsável por conscientizar as pessoas. 
“A conscientização da sociedade tem sido nossa companheira melhorando nossas condições de trabalho, pois as coisas têm melhorado muito de uns tempos pra cá, depois que a maioria das pessoas têm levado nosso trabalho a sério”. (Dona Maria Do Carmo Miranda Batista)
4. MÉTODOlogia
Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico do material existente com relação aos resíduos da construção civil, através de pesquisas nos meios de comunicação (internet – artigos, jornais, livros e revistas) e através da resolução CONAMA.
Foi feito uma visita na Diretoria de Meio Ambiente, do município de Palmas – TO; onde nos foi apresentado pelo Gerente de Licenciamento Ambiental o Sr. Suarton Fernandes, o Processo de Licenciamento de local específico para a descarga de resíduos. O mesmo contem informações necessárias de localização e documentações pertinentes ao local, além de conter todas as diretrizes de política de resíduos sólidos.
A próxima etapa foi a coleta de dados em campo, no Loteamento Chácaras Especiais - Água Boa, Palmas -TO – 2° etapa; do proprietário Ailton Jorge Terra. Foi entrevistado o Sr. Valdemar Alves de Almeida responsável pela Associação ASTETER 2012, na qual fazem parte as seguintes empresas de disk-entulhos:
Locatins;
Della-Torre;
Engemat;
Planeta;
RV;
DM;
Palmas Disk-Entulho;Draga - Minas;
Locoel;
Locasul.
	4.1 CONSTRUÇÃO DO RESIDENCIAL CLASSIC
Posteriormente, foi realizada uma solicitação de autorização à Construtora JP Arquitetura para visita a uma obra de construção da empresa. Foi concedia autorização de visita a obra de construção do Residencial Classic, localizado na Quadra 706 Sul, no qual tivemos acompanhamento do Engenheiro responsável técnico o Sr. Josiel Vieira Costa.
4.2 COOPERATIVA DE PRODUÇÃO E RECICLÁVEIS DO TOCANTINS – COOPERAN
	
Foi realizada ainda, no dia 30 de Maio de 2012, uma visita à COOPERAN (Cooperativa de Produção e Recicláveis do Tocantins), afim de conhecer os procedimentos do trabalho realizado pelos catadores e que tipos de materiais que são recebidos pela cooperativa, com base nas informações cedidas pela presidente a Sra. Maria Do Carmo Miranda Batista.	�
5. resultados e discussão
Diante do exposto, ao decorrer da pesquisa no município de Palmas, é notável a falta de estudos e elaboração de projetos direcionados à Gestão de Resíduos sólidos. Dentre as obras de construção civil na capital, poucas são aquelas que adotam um sistema de qualidade voltado ao gerenciamento de resíduos, uma vez que existem disponíveis diversos meios de incentivo e até Fóruns Nacionais que abordam a relação entre Construção Civil e Sustentabilidade. A questão é que de fato, as construtoras, e demais empresas do gênero como reformas, e demolições, estão deixando a desejar no que diz respeito às políticas de gestão de resíduos. Dentro deste contexto, é correto afirmar que todos nós temos um papel e deveres específicos a serem cumpridos. 
Uma vez comprovado a existência e regularidade de local específico para a descarga de entulho, visto na Figura 1, o maior problema é a implementação de procedimentos de acordo com a Resolução CONAMA 307. A empresa visitada, por ter certificação de qualidade, possui um plano de procedimentos a serem cumpridos a risca, dentre os procedimentos estão incluso os que dizem respeito ao gerenciamento de resíduos, constando os tipos e classes do mesmo. Além de conter toda a sistemática de como proceder na separação dos resíduos gerados ao decorrer da construção, como os locais apropriados a serem depositados os materiais de diferentes classes.		
Figura 1 – Chácara Água Boa (local disponibilizado para a descarga de entulho)
Nos containers só poderão ser depositados componentes cerâmicos, argamassas, ou seja, o típico “entulho”. Porém a realidade vivenciada em Palmas e demais cidades pelo Brasil, é outra bem diferente. Os responsáveis por locais que são designados pelo órgão público para servirem de destino desses resíduos, enfrentam um grande problema, que se trata da quantidade de lixo doméstico ou outro tipo que não seja restos de construções, que vêm dentro do container em meio ao entulho, conforme figura 1.2.
 
 Figura 1.2 – Lixo doméstico, entre outros que chegam em containers
Esses materiais são separados, onde algumas cooperativas, ou até mesmo catadores individuais separam o que é reciclável descartando o que não é reutilizável. O poder público de Palmas tem papel importante nessa caminhada de sustentabilidade e menos degradação ao meio ambiente. A Diretoria de Meio Ambiente da capital, possui projetos de gestão de resíduos, e fiscalizam assiduamente as empresas Coletoras de entulho. Porém na cidade ainda não foi estudada a ideia, que por sinal já é abordada atualmente em diversas cidades brasileiras, que consiste no reaproveitamento do entulho gerado (argamassas e componentes de vedação), para ser utilizado como agregado, na produção de componentes de construção e argamassas.
Visto que embora não existam estatísticas de todo o país, na média, o entulho que sai dos canteiros de obra brasileiros é composto basicamente por: 
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64% de Argamassa;
30% de componentes de vedação (tijolos e blocos);
6% de outros materiais (concreto, pedra, areia, metálicos e plásticos).
Figura 1.3 – Demonstrativo dos tipos de materiais que saem dos canteiros de obra.
O destino a ser dado aos resíduos da construção civil deve priorizar as soluções de reutilização e reciclagem ou, quando inevitável, adotar a alternativa do Aterro de Resíduos da Construção Civil indicado na Resolução CONAMA nº. 307/2002 e normatizado pela Norma Brasileira ABNT NBR 15113:2004. A figura 1.4, aborda um eixo básico no qual se enquadra resumidamente os objetivos do Sistema de Gestão de RCC.
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SISTEMA DE GESTÃO PARA
RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL
FACILITAR DISCIPLINAR INCENTIVAR
 descarte atores e redução, segregação
 correto fluxos e reciclagem
	
Fonte: PINTO E GONZALÉS (2005), adaptado por SEGATO, 2009. 
Figura. 1.4 - Esquema de Ações para Gestão dos Resíduos da Construção Civil�
6. conclusões
Com base no trabalho realizado	conclui-se que:
O município de Palmas, encontra-se num processo de adequação a Gestão de Resíduos. Nota-se que já é desenvolvido pelas empresas de um modo geral, um trabalho que gira em torno de um objetivo comum que é a minimização da degradação do meio ambiente pela má disposição de resíduos sólidos. A cidade embora muito jovem, demonstra estar empenhada no projeto de gerenciamento de resíduos sólidos. Através de pesquisas feitas constatou-se a existência de Planos de Ação por parte do poder público do município, no intuito de fiscalizar e zelar para que o processo de gerenciamento dos RCC esteja dentro dos parâmetros estabelecidos pela legislação ambiental vigente. Embora não seja de conhecimento da maioria da população, a gestão municipal está tendo um papel fundamental na formação de projetos relacionados aos RCC.
No que diz respeito ao Planos de Ação desenvolvidos pelas construtoras e demais empresas do gênero de construção, nota-se que ainda deixam muito a desejar quando se tratam da implementação desses projetos. A obra visitada mostrou-se ativamente participante, cumprindo o que é pré-estabelecido em sua Política de Qualidade direcionada ao gerenciamento de resíduos. É preciso reorganizar práticas atuais que são corretas, abolir as práticas incorretas e introduzir novas práticas, sistematizando uma nova forma de resolver os problemas, com muito mais eficiência e menos custos.	
De acordo com o percentual levantado de entulho que sai dos canteiros de obra, visto que 64% são de argamassa, é preciso iniciativa para o estudo sobre as formas de reutilização deste material. Existem técnicas que já estão sendo executadas em outras cidades, que é o reaproveitamento do entulho (argamassas e componentes de vedação), na forma de agregado. Cerca de 90% do entulho é triturado e utilizado na produção de componentes de construção e argamassas.	
Sendo assim, a administração pública e o poder privado, tem como compromisso realizar parcerias para a implantação dos esquemas de reuso, reutilização e armazenagem adequados a este tipo de resíduo, que se fazem tão presentes em nossa realidade local e que ainda não possuem uma gestão correta e de acordo com a legislação vigente. 	
7. referências bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 15112: Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos – Áreas de Transbordo e Triagem – Diretrizes para o Projeto, Implantação e Operação. Rio de Janeiro – RJ, 2004. 
	
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – NBR 15113: Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes – Aterros – Diretrizes para o Projeto, Implantação e Operação. Rio de Janeiro – RJ, 2004. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 10004: Resíduos sólidos – Classificação. Rio de Janeiro - RJ, 2004.
I&T – Informações e Técnicas em Construção Civil. Entrevista do engenheiro José Antônio Ribeiro de Lima. São Paulo, nov. 1996.
MONTEIRO, J. H.P; et al. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. IBAM – Rio de Janeiro – RJ, 2001, 200 p.
PINTO, Tarcísio de Paula. De Volta à Questão do Desperdício. Construção. São Paulo, Ed. Pini, nº 2491, nov. 1995.
PINTO, Tarcísio de Paula. Entulho de Construção: Problema Urbano que pode gerar Soluções. Construção. São Paulo, Ed. Pini, nº 2325, ago. 1992.
PREFEITURA DO MUNICIPIO DE PALMAS, DIRETORIA DE MEIO AMBIENTE. Licenciamento Ambiental.
RESOLUÇÃO CONAMA Nº307, DE 5 DE JULHO DE 2002. http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res02/res30702.html
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8. ANEXOS
AÇÃO 2
REDE PARA
GESTÃO DE
GRANDES VOLUMES
(Áreas de triagem e transbordo, áreas de reciclagem, aterros permanentes de RCC).
(propriedade da ação privada regulamentada)
AÇÃO 1
REDE PARA
GESTÃO DE PEQUENOS VOLUMES
(Pontos de entrega distribuídos pela zona urbana)
(serviço público de coleta)
AÇÃO 3
PROGAMA DE INFORMAÇÃO AMBIENTAL
AÇÃO 4
PROGAMA DE FISCALIZAÇÃOL

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