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CÂNCER DE PULMÃO (rod)

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Rodrigo Duarte Machado – 6º P – 2017/2 
Câncer de Pulmão 
 
 
 
❖ Câncer de pulmão (ou carcinoma broncogênico) se refere às neoplasias malignas com origem no epitélio do trato 
respiratório inferior. 
❖ As neoplasias são divididas em: 
o CA DE PULMÃO DE PEQUENAS CÉLULAS 
o CA DE PULMÃO DE NÃO PEQUENAS CÉLULAS (carcinoma epidermoide, adenocarcinoma e carcinoma de grandes céls. 
anaplásico) 
 
❖ Uma das neoplasias malignas que mais mata no BR e no mundo; homens: principal causa de morte; mulheres: 2ª maior 
causa. 
❖ Pequena chance de cura: dgx só é feito quando o tumor está em estágios avançados. 
 
❖ Principal causa: TABAGISMO (cigarros); carga-tabágica é um parâmetro diretamente relacionado ao risco! É o produto 
entre: número de maços consumidos por dia X duração do hábito em anos = “x” maços-ano! 
o ALTO RISC O  > 20 maços-ano! 
❖ Fumantes têm risco 20x maior que não fumantes de desenvolver C A pulmonar 
❖ Tabagismo passivo: eleva o risco 1,3x; cessação do tabagismo: reduz o risco se passados 15-20 anos. 
❖ Outras causas: DPOC, pneumopatias fibrosantes, exposição à radônio e asbesto. 
❖ Predisposição genética (história familiar). 
❖ Poluição do ar nas grandes cidades. 
 
 
 CARCINOMA NÃO PEQUENAS CÉLULAS 
A) CARCINOMA EPIDERMOIDE (Escamoso) 
- Mais comum, principalmente em homens. 
- Mais associado ao tabagismo. 
- Localização: central ou proximal. 
- Apresentação: tumoração brônquica, exofítica (fácil visualização à broncoscopia). 
- Tipo com maior chance de diagnóstico pela citologia do escarro. 
- Causa mais comum de hipercalcemia paraneoplásica e cavitação. 
 
B) ADENOCARCINOMA 
- Tipo mais comum em países desenvolvidos; 2ª posição no BR. 
- Predominante no sexo feminino, em jovens (< 45 anos) e em não 
fumantes. 
- Localização: periférica, tendo maior chance de ser encontrado na 
citologia do líquido pleural e aspirado nodular transtorácico. 
- Causa mais comum de osteoartropatia hipertrófica 
paraneoplásica. 
- Tem pior prognóstico que o escamoso. 
 
C) CARCINOMA DE GRANDES CÉLULAS ANAPLÁSICO 
- Sugere-se que, na verdade, este tipo seja um carcinoma epidermoide ou adenocarcinoma tão indiferenciado 
(anaplásico) que não possa ser encaixado dentro de nenhum desses tipos. 
- Representa < 10% dos casos; é o menos frequente. 
- Tem pior prognóstico dentre os outros não pequenas células. 
- Localização mais periférica; comumente cavita. 
DEFINIÇÃO 
EPIDEMIOLOGIA 
ETIOLOGIA 
TIPOS HISTOLÓGICOS 
Carcinoma bronquíolo-alveolar  subtipo de 
adenocarcinoma; deriva das céls. alveolares e 
se apresenta como massa, lesão difusa 
multinodular ou infiltrados alveolares (parece 
com pneumonia); tem crescimento lento; 
subtipos: mucinoso (céls. caliciformes) e não 
mucinoso (pneumócitos tipo II) 
Rodrigo Duarte Machado – 6º P – 2017/2 
 
 CARCINOMA DE PEQUENAS CÉLULAS (Oat Cell ou Avenocelular) 
- Responsável por 15-20% dos casos. 
- Possui o pior prognóstico e maior agressividade entre os carcinomas broncogênico (tempo de duplicação em 30 dias). 
- Localização: central; 70% de chance de metástase à distância no momento do dgx. 
- Cursa com invasão do mediastino. 
- Suas células têm origem no tecido neuroendócrino angentafim. 
- Responde pela maioria das síndromes paraneoplásicas neuroendócrinas associadas ao câncer de pulmão. 
- Subtipo mais fortemente associado ao tabagismo (raríssimo em não fumantes). 
 
 
 
 CA de pulmão não causa qualquer sintoma até a doença já estar avançada! 
 TOSSE é o mais comum (75%) – pctes com DPOC que têm piora da tosse, não sendo justificada por “descompensação”  
suspeita de CA. 
 DISPNEIA presente em metade dos casos; é resultado da obstrução de grandes vias aéreas, disseminação linfangítica e DP. 
 HEMOPTISE (35%) – causada por necrose tumoral, ulceração mucosa, etc. 
 DOR TORÁCICA – por invasão da pleura parietal, parede torácica ou mediastino (extensão ao mediastino pode causar: 
paralisia diafragmática por envolver n. frênico e/ou rouquidão por comprometer n. laríngeo recorrente esquerdo). 
 TURGÊNCIA JUGULAR, PULSO PARADOXAL, ALARGAMENTO DA SILHUETA CARDÍACA  acometimento pericárdico + 
tamponamento. 
 DERRAME PLEURAL MALIGNO é comum – derrame de moderado a grande volume que reacumula após toracocentese; 
EXSUDATO com predominância linfocítica. 
 SÍNDROMES: 
 
 
 
 COMPLICAÇÕES LOCAIS (principais): 
o Derrame pleural – Cavitação – Atelectasia - Pneumonia pós-obstrutiva 
o Tumor que mais cavita  Carcinoma Epidermoide (dgx diferencial com: abscesso pulmonar bacteriano) 
 DOENÇA METASTÁTICA (locais mais frequentemente envolvidos na metástase – “FOCA”): 
1) ADRENAIS (50%) – tem aumento unilateral assintomático da glândula na TC 
2) FÍGADO (30-50%) – metástase hepática é mais comum no Carcinoma de Pequenas Células 
3) OSSOS (20%) – metástases ósseas vertebrais podem levar à Sd. de C ompressão Medular (emergência oncológica) 
4) CÉREBRO (20%) – metástases para o SNC pode atingir: cérebro, cerebelo e meninges; Carcinoma de Pequenas Células 
e Adenocarcinoma; sintomas focais (convulsão) ou não focais (cefaleia). 
 SÍNDROMES PARANEOPLÁSICAS: o mais responsável é o Carcinoma de Pequenas Células!!!!!!!!!!!!!!!! 
o Hipercalcemia – mais comum; Carcinoma Epidermoide. 
o SIADH (Sd. da Antidiurese Inapropriada) – Carcinoma de Peq. Céls.; produção de ADH leva causa retenção de água e hiponatremia. 
o Sd. de Cushing – Carcinoma de Peq. Céls.; secreção ectópica de de ACTH; péssimo pgx. 
o Osteoartropatia Pulmonar Hipertrófica – baqueteamento digital e sinovite de grandes art. perif.; Adenocarcinoma e Epidermoide. 
o Sd. Miastênica de Eaton-Lambert – Carcinoma de Peq. Céls.; autoanticorpos bloqueiam liberação de Ach na fenda. 
o Distúrbios Hematológicos  Sd. da Hipercoagulabilidade 
o Dermatomiosite; Acantose Nigricans; Perda ponderal  MAU PROGNÓSTICO. 
CLÍNICA 
Síndrome. de 
Pancoast-Tobias 
 
Síndrome. de Claude-
Bernard-Horner 
 
Síndrome. da Veia 
Cava Superior 
 
 
- Causada por: tumor no sulco 
superior do pulmão - Carcinoma 
Epidermoide 
- Dor no ombro e/ou escápula 
ipsilateral e dor na distribuição do n. 
ulnar (atrofia musc. e paresia distal) 
- Destruição radiológica da 1ª e 2ª 
costelas. 
- RNM de tórax – exame que melhor 
delineia o tumor. 
 
 
- Causada por: comprometimento da 
cadeia simpática cervical e do gânglio 
estrelado 
- Miose, ptose, enoftalmia e anidrose 
facial ipsilateral 
- Geralmente coexiste com a Sd. De 
Pancoast 
 
 
- Causada por: carcinoma 
broncogênico originário do lobo 
superior do pulmão direito – 
Carcinoma de Pequenas Células 
- Edema e congestão da face e 
extremidades superiores, circulação 
colateral proeminente (tórax 
superior) e turgência jugular, tosse, 
síncope, cefaleia e ortopneia. 
- RX: mediastino alargado, massa 
pulmonar central (lobo S. D.) e DP 
 
 
Rodrigo Duarte Machado – 6º P – 2017/2 
 
 
 
 
 SCREENING para CA de pulmão em indivíduos assintomáticos de alto risco  DIMINUI a morbimortalidade!!!!! 
o Indivíduos de 55-80 anos; carga-tabágica ≥ 30 maços-ano; tabagismo atual ou interrupção nos últ. 15 anos; boa saúde geral. 
o Screening é feito por TC HELICOIDAL COM BAIXA DOSE DE RADIAÇÃO SEM CONTRASTE IV – periodicidade ANUAL. 
 Rx simples de tórax OU Rx simples + citologia do escarro: não é muito sensível, esconde muito! Descartados como screening! 
o Mas  todo paciente com Rx “suspeito” (ex. nódulo pulmonar solitário) deve ser submetido a uma TC de tórax. 
 Próximo passo: confirmação histopatológica!! 
o Citologia do Escarro  sensível para localizações centrais! Se positiva: confirma diagnóstico. Tem menor acurácia 
para localizações periféricas. 
 Para se obter tecido de uma lesão pulmonar utiliza-se de: 
o Biópsia brônquica ou transbrônquicaatravés de broncofibroscopia – nódulos centrais 
o Biópsia transtorácica por agulha guiada com TC – nódulos periféricos 
o Biópsia guiada por vídeo e Biópsia a céu aberto. 
- Risco de pneumotórax, principalmente na transtorácica. 
- Também pode ser confirmada pela citologia do líquido pleural  Se vier negativo: repete uma 2ª vez  Se mesmo assim 
negativo: biópsia pleural. 
 
 
 ANATÔMICO – determina a ressecabilidade do tumor 
o Analisar também a possibilidade de metástases! Se o paciente for suspeito, solicitar exames  PET-scan de corpo 
inteiro, RNM de crânio, cintilografia óssea. 
 FISIOLÓGICO – determina a operabilidade do paciente (suporta um procedimento cirúrgico?). 
o Contraindicações de cirurgia  IAM nos últ. 3 meses (6 meses é relativo); VEF1 < 1L; pCO2 em repouso > 45; HAS 
grave 
 CLASSIFICAR TNM 
 
 
 
 
 
 
 CARCINOMAS NÃO PEQUENAS CÉLULAS 
- ESTÁGIO I (sem metástase) - Lobectomia ou Pneumectomia + Ressecção Linfonodal do Mediastino 
- ESTÁGIO II (metástase) - Lobectomia ou Pneumectomia + Ressecção Linfonodal do Mediastino + quimioterapia 
adjuvante 
- ESTÁGIO IIIA – varia conforme TNM 
- ESTÁGIO IIIB – quimiorradioterapia isolada 
- ESTÁGIO IV – quimioterapia com 2 drogas 
 CARCINOMAS DE PEQUENAS CÉLULAS 
- DOENÇA LIMITADA (hemitórax e linfonodos ipsilaterais) – 4-6 cilos de quimiorradioterapia 
- DOENÇA AVANÇADA (expansão) – quimioterapia. 
 
DIAGNÓSTICO 
ESTADIAMENTO 
TRATAMENTO 
Rodrigo Duarte Machado – 6º P – 2017/2 
 
Nódulo Pulmonar Solitário 
 Densidade radiológica circunscrita cercada por parênquima pulmonar aerado normal; varia de 0,8 – 3 cm. 
o Se > 4 cm  massa (não mais nódulo) pulmonar – considerados malignos 
 
 Causas: 
o Carcinoma Broncogênico 
o Granuloma (infecciosos ou não) – infecciosos  principal causa de NPS benigno 
o Hamartomas (áreas de densidade gordurosa no nódulo) 
o Metástases 
o Adenomas Brônquicos 
 
 MALIGNO X BENIGNO 
o MALIGNO 
▪ > 50 anos 
▪ História de Tabagismo 
▪ Diâmetro > 2 cm 
▪ Crescimento ou surgimento nos últ. 2 anos 
- Rx nos últimos 2 anos devem ser obtidos 
 
 TIPO DE CALCIFICAÇÃO: 
o Central 
o Difusa 
o Laminada concêntrica 
o “Em pipoca” 
- TC é o melhor exame para avaliação do NPS visto ao Rx!!!!!! 
MALIGNO BENIGNO 
- Calcificação maligna - Calcificação benigna 
- Borda irregular, espiculada - Áreas de densidade de gordura; ↑ densidade 
- Reforço do contraste na TC - Sem reforço do contraste na TC 
 
 CONDUTA 
o BENIGNOS: observados e acompanhados; Rx/TC de 3/3 meses por 1 ano e depois a cada 12 meses 
Se crescimento: necessário diagnóstico histológico. 
 
o MALIGNOS ou NÃO BENIGNOS: abordagem invasiva com coleta para análise histológica. 
o Biópsia por: 
▪ Broncofibroscopia – NPS centrais 
▪ Transtorácica com agulha fina – NPS periféricos 
▪ Videotoracoscopia ou Aberta – muito sugestivos de malignidade 
 
 “Em pipoca” (Hamartoma) – BENIGNO 
 Excêntrica Salpicada - MALIGNO

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