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Trabalho de Direito Adminstrativo

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Trabalho de Direito Administrativo II: Serviços Públicos e Bens Públicos
Questionário: 
Qual o conceito de serviço público? 
RESPOSTA: Serviço público é todo aquele prestado pela Administração Pública, sob as normas ou controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou por simples conveniência do Estado.
Várias são as classificações doutrinarias de serviço público. Diferencie:
Quanto à essencialidade: serviço público propriamente dito de serviço de utilidade pública. 
RESPOSTA: Os serviços públicos propriamente ditos são os que a Administração presta diretamente à comunidade, sem delegação a terceiros, por reconhecer a sua essencialidade para a sobrevivência da população e do próprio Estado.
Já os serviços de utilidade pública são aqueles que visam atender as comodidades dos membros da sociedade, diante de não essencialidade, mas a conveniência para os cidadãos.
Quanto à adequação: serviços públicos próprios de serviços públicos impróprios. 
RESPOSTA: Os serviços públicos próprios são aqueles que, atendendo as necessidades coletivas, o Estado os assume como seus e os presta diretamente, por meio de seus órgãos e agentes, ou indiretamente, por meio de entidades da administração indireta, concessionárias, permissionárias ou autorizatárias.
Enquanto que os serviços públicos impróprios são aqueles que, embora também destinados a satisfação das necessidades coletivas, não são assumidos nem prestados pelo Estado, mas apenas por ele autorizados, regulamentados ou fiscalizados. Correspondem a atividade privada, mas recebem o nome de serviço público por atenderem a uma necessidade geral.
Quanto à finalidade: serviços administrativos de serviços industriais. 
RESPOSTA: Serviços públicos administrativos são os que a Administração Pública executa para atender as suas necessidades internas ou preparar outros serviços que serão prestados ao público.
Enquanto que os serviços públicos comerciais ou industriais são aqueles que a Administração Pública executa, direta ou indiretamente, para atender as necessidades coletivas de ordem econômica. São executados através de permissão ou concessão e remunerados por tarifas ou preços públicos.
Quanto aos destinatários: serviços gerais de serviços individuais. 
RESPOSTA: Serviços públicos gerais ou “uti universi” são aqueles que a Administração presta sem ter usuários determinados, para atender à coletividade no seu todo. Devem ser mantidos por imposto (tributo geral), e não por taxa ou tarifa, que é remuneração mensurável e proporcional ao uso individual do serviço. Ex: polícia, iluminação pública, calçamento.
Já os serviços públicos individuais ou “uti singuli” são aqueles em que é possível mensurar quanto cada usuário usufruiu na sua prestação, ou seja, são serviços divisíveis. Por isso são remunerados por taxa (tributo) ou tarifa (preço público), e não por imposto. Ex: telefone, água, energia elétrica domiciliar.
Quais são as formas de participação do usuário da Administração Pública no controle da prestação do serviço público? 
RESPOSTA: Os usuários devem fiscalizar se estão sendo cumpridos todos os acordos, pois, em caso de descumprimento de um dos requisitos (princípios), o usuário do serviço tem o direito de recorrer ao Judiciário e exigir a correta prestação. 
Quais são os princípios apresentados pela doutrina como específicos do serviço público. 
RESPOSTA: Os princípios específicos são:
- Princípio da Regularidade na prestação: é dever do Estado a prestação regular do serviço público, direta ou indiretamente. A ausência do Poder Público na prestação desse serviço poderá causar danos e, consequentemente, dever de indenizar terceiros prejudicados.
- Princípio da Eficiência: serviço eficiente é aquele que atinge o resultado pretendido, seja no tocante à qualidade, seja no aspecto da quantidade. A eficiência é um plus em relação à adequação.
- Princípio da Segurança: por esse princípio o Estado deverá prestar o serviço público de forma a não colocar em perigo a integridade física e a vida do usuário. 
- Princípio da Atualidade: definido no § 2º do art. 6º da Lei n. 8.987/85, a atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
- Princípio da Generalidade/Universalidade: esse princípio busca a universalidade na prestação do serviço público, isto é, o serviço deve ser prestado a todos os usuários de forma igualitária e impessoal, sem qualquer espécie de discriminação.
- Princípio da Cortesia na prestação: o serviço público deve ser prestado por pessoas que tratem os usuários com respeito e educação.
- Princípio da Modicidade das tarifas: trata-se de princípio que exige a prestação de serviço público a um preço reduzido, de forma a atingir a universalidade na prestação. Esse princípio será atendido quando o preço da tarifa corresponder à justa relação de custo-benefício na prestação da atividade.
- Princípio da Continuidade do serviço público: por esse princípio o serviço público não pode ser interrompido, em razão da sua relevância perante a coletividade
Quem tem competência para a prestação do serviço público? 
RESPOSTA: Podem ser competentes entidades federais, estaduais, distritais ou municipais.
Quais são as formas de prestação de serviço público? 
RESPOSTA: Podem ser de execução direta (realizada pela própria Administração Pública e seus agentes, atuando diretamente por meio de seus órgãos, sem delegação a outras pessoas) ou indireta (quando ocorre a transferência de execução do serviço ou da titularidade do serviço para outra pessoa, quer seja de direito público ou de direito privado, podendo ainda ser transferida para entidades que não estejam integradas à Administração Pública). 
Qual o conceito de bens públicos? 
RESPOSTA: Bens Públicos são todos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de Direito Público, isto é, a União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias designadas pela base estrutural que possuem, bem como os que, embora não pertencentes a tais pessoas, estejam afetados à prestação de um serviço público.
Dê as classificações doutrinárias de bens públicos. 
Quanto à titularidade: 
RESPOSTA: Os bens públicos podem ser federais, estaduais, municipais ou distritais. 
- Federais são aqueles pertencentes à União, enumerados no art. 20 e incisos da CF, pois levam em conta a segurança nacional, a proteção à economia do País, o interesse público nacional e a extensão do bem.
- Estaduais e Distritais são os bens pertencentes, respectivamente, aos Estados membros e ao Distrito Federal, enumerados no art. 26 da CF.
- Municipais são os bens que pertencem aos municípios, porém não estabelecidos na CF, como as ruas, praças, os jardins públicos e os edifícios públicos.
Quanto à destinação:
RESPOSTA: São classificados como: Bens de uso comum do povo, bens de uso especial e bens dominicais.
- Bens de Uso Comum ao Povo: pode ser utilizado por todos, pode ser gratuito ou pode haver uma contraprestação. Ex.: praia, praça, ruas, estradas.
- Bens de Uso Especial: possuem uma destinação pública, destinando a algo, como um hospital público, uma escola pública, um mercado público, veículos oficiais, etc.
- Bens Dominicais: não tem utilidade específica. São bens desafetados a um serviço publico. Mas ainda assim, não se sujeitam a usucapião e podem ser alienados, como imóveis vazios, veículos que não funcionam mais e não atendem ao interesse público. 
Quanto à disponibilidade: 
RESPOSTA: São classificados como: bens indisponíveis, bens patrimoniais indisponíveis e bens patrimoniais disponíveis. 
- Bens Indisponíveis: são os que não têm caráter tipicamente patrimonial e que não podem ser alienados, onerados ou desviados das finalidades a que se destinam, como os bens de uso comum ao povo.
- Bens Patrimoniais Indisponíveis: são os que possuem caráter patrimonial, ou seja, podem ser avaliados pecuniariamente, mas são indisponíveis, pois constituemo aparelhamento do Estado, como os bens de uso especial. 
- Bens Patrimoniais Disponíveis: são os que possuem caráter patrimonial e podem ser alienados, desde que sejam obedecidas as condições legais, como os bens dominicais em geral.
Os bens públicos podem ser alienados ou impenhorados? 
RESPOSTA: Os bens públicos têm como características a impenhorabilidade (não podem ser penhorados, pois, somente como os bens dominicais podem ser vendidos, não são todos que podem ser alienados, e ainda assim respeitando regras especiais na lei de licitação) e a inalienabilidade (não podem ser alienados, mas essa característica não é absoluta. Os únicos bens que não podem ser alienados são os que tem uma destinação pública, ou seja, os bens de uso especial e aqueles que, por sua natureza, não podem ser vendidos).
Pode ocorrer então à alienabilidade condicionada, os bens públicos podem ser vendidos desde que sejam atendidas determinadas condições, estas previstas nos arts. 17 a 19 da Lei 8.666/93. Para os bens móveis é necessário que ocorra interesse público justificado, avaliação prévia e licitação na modalidade leilão. Já para os bens imóveis é necessária também a autorização legislativa e a licitação será na modalidade concorrência.
Qual a diferença entre afetação e desafetação do bem público? 
RESPOSTA: Bem Público Afetado é quando o bem público está ou passa a ser utilizado para uma finalidade de interesse público. Ele serve para o interesse público. 
Já o Bem Público Desafetado é quando o bem público não está ou passa a ser mais utilizado para uma finalidade de interesse público. Ele não serve a nenhuma destinação pública.
Quando é permitido o uso de bem público por particular? 
RESPOSTA: A utilização de bens públicos pelos particulares depende do tipo de bem, mas se propõe em relação a quaisquer destas categorias.
- Utilização dos bens de uso comum: são de uso comum do povo, como praças, ruas, etc.
- Utilização dos bens de uso especial: ocorre quando a Administração passa um contrato de uso de um bem público para um particular para uma finalidade específica. Deverá ser feita uma licitação para que ocorra uma permissão de uso ou concessão de uso do local. Como exemplo, os mercados públicos.
- Utilização dos bens dominicais: a utilização por particulares, em caráter exclusivo, de bens dominicais pode resultar de diferentes atos jurídicos. Como concessão de direito real de uso e concessão de uso especial para fins de moradia.
Os bens públicos se sujeitam à usucapião?
RESPOSTA: Segundo o art. 102 do CC; o art. 191, parágrafo único, e o art. 183, parágrafo 3º, ambos da CRFB/88; bem como, segundo a Súmula 340 do STF, os bens públicos em geral jamais serão objeto de usucapião, nem móveis, nem imóveis, sejam de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais.

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