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Lutas na Educação Física Escolar

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LUTAS NA ESCOLA: VALIOSO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
 MS. IVAN LUNA 
 Centro Universitário UNIABEU, RJ, BRASIL.
 Centro Universitário CELSO LISBOA, RJ, BRASIL.
 Prefeitura do Município do Rio de Janeiro.
 PROFIVANLUNA@YAHOO.COM.BR
LUTAS NA ESCOLA: VALIOSO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
RESUMO: As lutas representam uma das manifestações mais expressivas do movimento humano, trabalhando o corpo e a mente de forma indissociáveis, sempre ligadas a uma filosofia de vida e têm todos os fundamentos necessários para formar o aluno, porém, por si só, não vão conseguir formá-lo, o que vai formar este aluno será atuação do professor, que dará sustentação e propiciará o ajuste deste processo. O objetivo deste trabalho é pesquisar se as lutas são conteúdos significativos na Educação Física Escolar. Metodologicamente pode ser considerado um trabalho de revisão bibliográfica, pois foram usados autores renomados que pesquisam sobre este assunto. Conclui-se que as lutas propiciam aos alunos experiências motoras diversificadas, integrando o grupo de participantes e permitindo um melhor convívio social de todos envolvidos nesta área temática. Na educação física escolar devem também, pretender a formação integral da personalidade do aluno, proporcionando estímulo para o despertar consciente de sua realidade. Nessa concepção os movimentos técnicos são preteridos pelos desenvolvimentos cognitivos, psicomotores e afetivos.
Palavras-chave: lutas; escola; valioso conteúdo; educação física escolar.
Introdução
As modalidades de luta, em sua maioria, têm uma consolidação filosófica. Surgiram de formas primitivas de defesa e foram evoluindo historicamente com a sociedade humana devido a várias necessidades político-sociais. Este apelo filosófico é o que diferencia as lutas dos outros esportes. Representam uma das manifestações mais expressivas do movimento humano, trabalhando o corpo e a mente de forma indissociáveis, sempre ligada a uma filosofia de vida. Esta diferença fica clara, com a valorização ética (justiça, verdade, honra, lealdade, etc) que é desenvolvida e estimulada nas aulas, e sempre inerente na estruturação das lutas reunindo assim, um conjunto de conteúdos e oportunidades que contribuem para o desenvolvimento integral do indivíduo (LANÇANOVA, 2007). 
Esta nova proposta mais nobre dentro das lutas encontra explicação na atuação do professor. Este deve ter muito cuidado como trabalhar com a hierarquia que é pertinente dentro do universo das lutas, onde esta hierarquia costuma ser confundida com submissão.
“Pierre Parlebas (1990) lembra que as lutas em geral são atividades esportivas com uma oposição presente, imediata, e que é o objeto da ação, existe uma situação de enfrentamento codificado com o corpo do oponente. Desta forma, mais do que lutar contra o outro, a Educação Física Escolar deve ensinar a lutar com o outro, estimulando os alunos a aprenderem através da problematização dos conteúdos e da própria curiosidade”( FERREIRA, LUNA, SILVA, RUFFONI, 2013).
As lutas têm todos os fundamentos necessários para formar o aluno, porém, por si só, não vão conseguir formá-lo, o que vai determinar esta formação será atuação do professor, que dará sustentação e propiciará o ajuste deste processo (OLIVEIRA, 2001).
“As lutas no âmbito escolar podem atuar como uma ferramenta pedagógica no aprendizado e convivência para os alunos, pois esta pode trazer inúmeros benefícios ao usuário, dentre eles destacamos o desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social. No aspecto motor, observamos a lateralidade, o controle do tônus muscular, o equilíbrio, a coordenação global e a noção de tempo e espaço. No aspecto cognitivo, as lutas favorecem a percepção, o raciocínio, a formulação de estratégias e a atenção. Ao que se refere ao aspecto afetivo e social, podemos observar em nossos alunos alguns pontos importantes como a reação a determinadas atitudes, disciplina, sociabilização, a perseverança, o respeito, autoestima, canalizadora da agressividade e a determinação, dentre outras virtudes” ( FERREIRA, LUNA, SILVA, RUFFONI, 2013).
O objetivo deste trabalho é pesquisar se as lutas são conteúdos significativos na Educação Física Escolar. Metodologicamente pode ser considerado um trabalho de revisão bibliográfica, pois foram usados autores renomados que pesquisam sobre este assunto.
Histórico Geral Mundial
Não existem registros precisos, porém acredita-se que tenha começado na Índia 2000 A.C. e não tinham regras de competição padronizadas, o que determinava um certo grau de violência” (BULL, 2000).
Com o desenvolvimento cultural do homem, surgiu a necessidade de transformação da sociedade e consequentemente o conceito das lutas. Sem se perder a tradição e os costumes, o universo das lutas teria que ter um apelo diferente que deveria convergir na direção de uma proposta pedagógica e não de uma proposta de guerra. A finalidade social das modalidades de luta neste momento já não era de formar guerreiros, e sim de formar cidadãos pacíficos. “As lutas passam a ter um caráter educacional, no que diz respeito ao convívio social, quando as regras são inseridas, ou seja, adquirem uma faceta esportiva”. (BULL, 2000)
Histórico Específico Brasil
O primeiro registro escrito no Brasil de lutas aparece no século XVIII, através da capoeira, contudo, acredita-se que a esgrima já estava presente no cenário Nacional. Já as outras lutas surgem com maior força no século XIX. É importante ressaltar que os índios, por volta do século XV, tinham uma prática denominada Uca-Uca, que se assemelhava a um processo simultâneo de dança e luta. (BULL, 2000).
“Após ser introduzida uma pedagogia nas lutas, as regras começam a ser estipuladas com objetivo de preservar a integridade física do praticante, fator preponderante na evolução filosófica e pedagógica desta modalidade esportiva”. (TUBINO, 2007).
Características
As lutas são ricas em movimentos o que propicia um maior desenvolvimento motor dos seus praticantes. Trabalha os sistemas energéticos: aeróbio e anaeróbio láctico e alático, assim sendo, se deve ter muita atenção no trabalho com crianças e jovens, pois as mesmas não metobolizam o ácido láctico. A resistência muscular localizada é uma modalidade de força trabalhada constantemente o que propicia um melhor desenvolvimento físico de seus praticantes. (WEINECK, 2003)
Tem valores morais e intelectuais de alta relevância nas relações interpessoais, o que pode contribuir de forma efetiva no seu aprendizado sistemático, contudo a atuação do profissional envolvido neste contexto é que vai determinar tais valores. (ASSIS, 2001).
O desenvolvimento neuromotor e do aprendizado das habilidades motoras, deve se iniciar no primeiro segmento do ensino fundamental e sua longevidade na prática começa a partir do desenvolvimento das capacidades coordenativas e posteriormente das condicionantes. (WENEICK, 2003)
Outro ponto importante a ser ressaltado é que as lutas trabalham constantemente a criatividade, pois os movimentos executados, em sua essência, têm várias possibilidades de desenvolvimento biopsicosocial do educando. Assim sendo é oportunizado ao aluno a sua participação como ator deste processo educacional (PARÂMETROS CURRÍCULARES NACIONAIS, 1998).
“Os (PCN’s, 1998) citam que com a anistia política no final de 1980, a Educação Física ganha aspectos pedagógicos e didáticos. Iniciou-se então uma profunda crise de identidade no discurso da Educação Física, que originou uma mudança expressiva nas políticas educacionais: a Educação Física escolar, que estava voltada principalmente para a escolaridade de quinta a oitava séries do primeiro grau, passou a dar prioridade ao segmento de primeira a quarta séries e também à pré-escola”.( FERREIRA, LUNA, SILVA, RUFFONI, 2013).
Nota-se como fatores específicos das lutas o contato físico respeitoso entre seus oponentes, sempre preservando a integridade física de seus praticantes. Os aspectosfilosóficos, também fazem a diferença, pois a todo instante o respeito ao próximo e convívio social harmonioso são trabalhados. (PARÂMETROS CURRÍCULARES NACIONAIS, 1998).
Processo de Avaliação nas Lutas
Segundo Darido (2003) “É preciso superar o modelo tradicional de avaliação somativa e classificatória, historicamente autoritária e coercitiva” e trabalhar um modelo continuo de avaliação que possibilite a diagnose do nível de aprendizado dos alunos para posteriormente reorganizar com segurança o processo ensino/aprendizagem. 
De forma mais abrangente, pode se classificar a avaliação em 3 (três) momentos. No primeiro momento se procede a avaliação inicial que chamamos de avaliação diagnóstica, que tem objetivo fornecer dados inicias que servem de parâmetros para todo o trabalho a ser desenvolvido. Posteriormente se faz a avaliação formativa que tem por objetivo fornecer dados constantes e atuais que determinam as tomadas decisões durante todo o processo. Outro ponto bem relevante é auto-avaliação, pois faz com que o aluno se torne um ator mais envolvido neste processo educacional. (HAIDT, 2006)
Conclusões e Recomendações
As lutas propiciam aos alunos experiências motoras diversificadas, integrando o grupo de participantes e permitindo um melhor convívio social de todos envolvidos nesta área temática. Na educação física escolar devem também, pretender a formação integral da personalidade do aluno, proporcionando estímulo para o despertar consciente de sua realidade. Nessa concepção os movimentos técnicos são preteridos pelos desenvolvimentos cognitivos, psicomotores e afetivos.
Na avaliação deve-se ter o cuidado para não se levar em consideração, apenas, o aspecto técnico, pois o mais importante é que avaliação contemple todo o processo e que os alunos sejam constantemente instigados a manifestarem as suas opiniões. Recomendamos que se abra um constante foro de discussões envolvendo todos os profissionais de educação física atuantes na escola, com intuito de oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento e otimização de todo trabalho a ser executado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BULL, Wagner J. Aikido – O Caminho da Sabedoria. Ed. Pensamento. SP. 8ª Edição. (2000).
DARIDO, Cristina Suraya. Educação Física na Escola – Questões e Reflexões. RJ. Ed. Guanabara Koogan. 1ª Ed. (2003).
FERREIRA, William. LUNA, Ivan. RUFFONI, Ricardo. SILVA, Jorge – Lutas na Escola: Uma Visão dos Acadêmicos de Educação Física. FOZ DO IGUAÇÚ. PR. FIEP (2013). 
HAIDT, Regina Celia Cazaux .Curso de Didática Geral – SP Ed. Ática – 7ª Edição. (2006).
LANÇANOVA, Jader. Lutas na Educação Física Escolar: Alternativas Pedagógicas. Monografia. (2007).
OLIVEIRA S. Sávio. Reinventando o Esporte. Campinas. SP Ed. Autores Associados. (2001).
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. 3º e 4º Ciclos, Educação Física. (1998).
TAFAREL, Celi. Criatividade nas Aulas de Educação Física . RJ. Ao Livro Técnico - 1ª Ed. (1985).
TUBINO, Manoel, TUBINO Fábio e GARRIDO Fernando. DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO TUBINO DO ESPORTE. Rj Ed. Sesc. (2007).
WEINECK, Treinamento Ideal. SP. Ed. Manole 9a. Edição. (2003).

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