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SENTENÇA E TEORIA GERAL DOS RECURSOS novo CPC

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SENTENÇA E RECURSOS EM PROCESSO CIVIL
Bibliografia: novo curso de processo civil – Luiz Guilherme Marinone.
Pronunciamentos judiciais - sentença
O conceito de sentença encontra-se estampado no art. 203, §1º do CPC (Código de Processo Civil), que estabelece o seguinte:
(…) § 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
O conceito apresentado pelo CPC é bastante objetivo, mas demanda algumas explicações:
As matérias constantes dos arts. 485 e 487 dizem respeito às hipóteses de decisões judiciais que não analisam o mérito e aquelas que analisam o mérito, respectivamente.
Voltando ao conceito de sentença, é importante que a decisão judicial se enquadre tanto no critério de conteúdo quanto no critério efeito. Isso porque existem pronunciamentos judiciais que analisam o mérito, mas, por exemplo, não colocam fim à fase de conhecimento. Ex: Julgamento parcial antecipado de mérito.
No julgamento antecipado parcial de mérito, previsto no art. 356 do CPC, o juiz poderá decidir acerca de um ou mais pedidos formulados na petição inicial, quando, por exemplo, se mostrarem incontroversos (ou seja, quanto a eles não pairam dúvidas).
Este é um exemplo típico de decisão judicial que não se enquadra no conceito de sentença, apesar de analisar o mérito. Assim, o recurso cabível neste caso seria o agravo de instrumento, já que estamos diante de uma decisão interlocutória, e não de uma sentença.
Quais espécies de sentença?
 
Para a determinação das espécies de sentença, a doutrina leva em consideração o seu conteúdo. Dessa forma, temos duas espécies:
– Sentença Terminativa
– Sentença Definitiva
A sentença terminativa é aquela que não resolve o mérito, suas hipóteses estão previstas no art. 485 do CPC. Entre elas está a previsão do indeferimento da petição inicial.
Ocorrendo o indeferimento da petição inicial (art. 330 do CPC), a decisão que põe fim a esse processo será uma sentença terminativa.
Por outro lado, a sentença definitiva é aquela que analisa o mérito da causa, prevista no art. 487 do CPC.
– A sentença DEFINITIVA, ou seja, aquela que analisa o mérito faz coisa julgada material, ou seja, impede a rediscussão daquele caso em outra demanda.
– A sentença TERMINATIVA, ou seja, aquela que não analisa o mérito faz apenas coisa julgada formal, ou seja, impede apenas a rediscussão no mesmo processo, mas não a impede em um processo autônomo.
Aplicando-se as normas fundamentais do novo CPC, neste caso a Primazia do julgamento de mérito, é forçoso entender, que o magistrado deve empenhar-se no sentido de proferir sentença definitiva e não terminativa.
Nem toda sentença terminativa permite a rediscussão da demanda. Ex: Sentença que extingue o processo com fundamento na perempção, litispendência e coisa julgada.
Quais os elementos da sentença?
 
Os elementos da sentença são, na verdade, os requisitos essenciais para sua validade. A falta de alguns desses requisitos gera a nulidade da sentença. O art. 489 do CPC os enumera: Relatório, Fundamentos e Dispositivo.
– Relatório
Conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo.
O relatório é muito importante para a sentença, principalmente quando levado em conta a técnica dos precedentes judiciais, pois a partir do relatório será possível estabelecer juízo positivo ou negativo acerca da sua aplicabilidade.
No juizados especiais cíveis o relatório pode ser dispensado, com fundamento no art. 38 da lei 9.099/95. Mas o CPC não traz artigo que aborde tal disposição. A falta de relatório acarreta a nulidade absoluta da sentença proferida.
 
– Fundamentos
Momento em que o juiz analisará as questões de fato e de direito.
A argumentação lançada pelo magistrado na fundamentação da sentença deve guardar estreita relação com o seu julgado final (parte dispositiva), utilizando-se do chamado silogismo lógico.
Nos fundamentos da sentença, além de estabelecer a justificativa jurídica para a sua decisão, o magistrado também decide acerca das questões preliminares ainda não enfrentadas e das questões prejudiciais. O CPC em algumas passagens também chama os fundamentos de justiça da decisão.
As questões discutidas e decididas nos fundamentos não fazem coisa julgada, ou seja, podem ser discutidas em outras demandas, a exceção do disposto no art. 503, §1º do CPC.
– Dispositivo
Momento em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.
O juiz deverá enfrentar todos os pedidos formulados pelas partes. Caso o juiz não se pronuncie acerca de algum dos pedidos, isso não significará negativa ao pedido, e sim omissão do julgador. Tal omissão pode ser sanada com os Embargos de Declaração.
O magistrado deve, portanto, ficar adstrito aos pedidos formulados pelas partes, sob pena de proferir julgamento citra, extra ou ultra petita.
O julgamento citra petita ocorre quando o juiz deixa de examinar algum dos pedidos formulados e será extra ou ultra petita quando concede algum pedido não pleiteado ou contra quem não faz parte da relação processual.
O legislador estabeleceu expressamente em quais casos a sentença será considerada não fundamentada:
(CPC) ART. 489 (…)
§1ºNÃO SE CONSIDERA FUNDAMENTADA QUALQUER DECISÃO JUDICIAL, SEJA ELA INTERLOCUTÓRIA, SENTENÇA OU ACÓRDÃO, QUE:
I – SE LIMITAR À INDICAÇÃO, À REPRODUÇÃO OU À PARÁFRASE DE ATO NORMATIVO, SEM EXPLICAR SUA RELAÇÃO COM A CAUSA OU A QUESTÃO DECIDIDA;
II – EMPREGAR CONCEITOS JURÍDICOS INDETERMINADOS, SEM EXPLICAR O MOTIVO CONCRETO DE SUA INCIDÊNCIA NO CASO;
III – INVOCAR MOTIVOS QUE SE PRESTARIAM A JUSTIFICAR QUALQUER OUTRA DECISÃO;
IV – NÃO ENFRENTAR TODOS OS ARGUMENTOS DEDUZIDOS NO PROCESSO CAPAZES DE, EM TESE, INFIRMAR A CONCLUSÃO ADOTADA PELO JULGADOR;
V – SE LIMITAR A INVOCAR PRECEDENTE OU ENUNCIADO DE SÚMULA, SEM IDENTIFICAR SEUS FUNDAMENTOS DETERMINANTES NEM DEMONSTRAR QUE O CASO SOB JULGAMENTO SE AJUSTA ÀQUELES FUNDAMENTOS;
VI – DEIXAR DE SEGUIR ENUNCIADO DE SÚMULA, JURISPRUDÊNCIA OU PRECEDENTE INVOCADO PELA PARTE, SEM DEMONSTRAR A EXISTÊNCIA DE DISTINÇÃO NO CASO EM JULGAMENTO OU A SUPERAÇÃO DO ENTENDIMENTO.
Classificação das sentenças definitivas
As sentenças se classificam em:
– Declaratórias;
– Constitutivas; e
– Condenatórias
Sentença Declaratória
Também chamada por algumas doutrinas de “meramente declaratórias”. É aquela que contém, apenas, a certificação da existência, inexistência ou modo de ser de uma relação jurídica, ou da autenticidade ou falsidade de um documento.
A declaração acerca de alguma demanda posta ao Judiciário parece que é peça fundamental em toda sentença prolatada. Tal entendimento não está incorreto, algumas doutrinas costumam afirmar que todas as espécies de sentença possuem conteúdo declaratório.
O que diferença a sentença declaratória das demais, é que ela se limita a essa declaração, por isso o nome de meramente declaratória.
Com a tutela declaratória, o judiciário afirma com quem está o direito, retirando-se a incerteza que pairava.
Uma última observação importante: A sentença declaratória possui efeito ex tunc, (desde a origem) já que apenas declara a existência de relação jurídica, não as cria.
 
Sentença Constitutiva
Se caracteriza por conter ato judicial que determina a criação, modificação ou extinção de relação jurídica
Quando o autor desejar constituir (constitutiva positiva) ou desconstituir (constitutiva negativa) uma relação jurídica sem o consentimento do réu, haverá interesse para a postulação pela tutela constitutiva.
A eficácia dessa sentença é ex nunc, (desde agora) tendo em vista, que não possuem eficácia retroativa. Seus efeitos fluem a partir do trânsito em julgado.
Sentença CondenatóriaÉ aquela que, reconhecendo a existência de um dever jurídico, permite a prática de atividade jurisdicional posterior destinada a efetivar aquilo que na sentença se reconheceu ser direito de uma das partes. (Câmara, 2016)
A sentença condenatória estabelece uma obrigação que deve ser cumprida pelo réu. As demais espécies de sentença se efetivam por si mesmas, esse é o fator principal que as diferencia da condenatória. (Gonçalves, 2017)
A condenatória deve ser executada. Caso o réu não o faça voluntariamente, o legislador estabeleceu os instrumentos para que o autor busque a sua satisfação.
As sentenças condenatórias possuem eficácia ex tunc, pois retroagem à data de propositura da ação.
RECURSOS
Conceito: Remédio é o que se usa para corrigir doenças, decisões incorretas, afim de buscar uma reanalise do que foi decidido. Assim, recurso é uma continuidade do mesmo processo. 
“remédio voluntário e idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna”. (Barbosa Moreira) 
“Instrumento processual destinado a corrigir desvio jurídico, em vez de apenas constatá-lo e tirar suas consequências. É um instrumento, portanto, de correção, em sentido amplo”. (Carnelutti) 
Natureza: 
Instrumento voluntário – exceção reexame obrigatório (voluntário pois não há obrigatoriedade de recorrer, apenas se descordar da decisão. Se não for recorrido, ocorrerá a preclusão temporal do ato.)(as decisões passiveis de recurso são decisão interlocutória, sentença, acórdãos e decisão monocrática proferidas em tribunais.(todas as vezes que existir um ente da fazendo publica no processo for procedência em face da fazenda, prejudiciais da fazenda publica, deve ocorrer uma reanalise do processo. Essa é a única situação que o processo será revisto sem que as partes se manifestem. Para evitar que haja fraude contra o estado. O processo deve subir de instancia e ser revisado.)
Princípio da legalidade, não existe recurso senão os previsto em lei. (não existe recurso, se não aqueles previsto em leis.)
Adequação da peça a impugnação. (a adequação entre a peça e a decisão impugnada.)(não é possível suprimir instancias e é necessário usar a espécie de recurso cabível para cada tipo de decisão.)
Parte integrante do processo como um todo (o recurso é continuação de um processo, não é novo processo. Assim, não é permitida trazer novos fatos ao recurso. É possível trazer apenas novas argumentações.)
Finalidade: (os recursos servem para reformar, modificar, o que foi decidido. É possível requerer no recurso a invalidação na decisão proferida. O pedido de nulidade da decisão proferida.)
(os embargo de declaração tem como função pedir que o juízo explique por que o fez. Podemos ser por obscuridade, omissão ou contradição. Contradição é quando a decisão se contradiz. Omissão é quando o juiz não aprecia pedidos ou fundamentos. A integração é a inclusão de algo na decisão para preparar a fundamentação para recursos superiores.)
Pleito de reexame da decisão impugnada 
(reforma, invalidação, esclarecimento ou integração) 
Os recursos como regra são interpostos a órgãos superiores àquele que proferiu a sentença. Como exceções teremos os embargos de declaração. (se há um sentença preferida, o recurso será analisado por graus de jurisdição superior. A única exceção são os embargos de declaração.)
DA ADMISSIBILIDADE DOS RECURSOS E SEUS PRESSUPOSTOS GERAIS 
(é através do recurso que se abre a competência do tribunal. Quando o juiz profere a decisão, sua jurisdição entra em inercia, devendo-se, através de um recurso, abrir a próxima competência jurisdicional. O recurso de livre vontade das partes.)
Juízo que se recorre - “a quo” (aquele que proferiu a decisão.)
Juízo a quem se recorre – “ad quem” (o juízo ao qual se recorrerá a decisão, graus superiores.)
O recurso é o instrumento indispensável para efetivação da impugnação, uma vez que sem ele não se concretiza a competência do tribunal recorrido para aquele caso concreto. 
Pressupostos de admissibilidade: qualidade necessária no recurso para que o tribunal possa examinar a matéria impugnada. (antes da apreciação do mérito do recurso há uma analise dos requisitos de admissibilidade dos requisitos do recurso, chama-se admissibilidade recursal.)
Alguns recursos têm pressupostos específicos, porém algumas regras e pressuposto são gerais. 
Diferença ente “Conhecimento e provimento” dos recursos. 
O conhecimento está relacionado ao pressuposto de admissibilidade recursal. 
São divididos em: 
 Pressupostos objetivos: 
1)  Cabimento e a adequação do recurso (existência no sistema recursal) (esta diretamente ligada a espécie de decisão proferida, a necessidade de sucumbência e a existência do recurso no sistema recursal.)(na situação em que há dois recursos cabíveis, deve-se escolher um.)
2)  A tempestividade (prazo) (todas vezes que uma decisão for proferida passa a fluir a partir do momento da ciência da decisão o seu prazo recursal. A interposição fora do prazo é extemporânea e gera a não admissibilidade recursal.)
3)  A regularidade procedimental (custas, motivação e pedido de nova decisão) (todo recurso esta vinculado a um procedimento. Passando pelo pagamento de custas recursais, sendo que um não pagamento leva a deserção. Um recurso sem pagamento de custos é um recurso deserto.)(no novo código, se o pagamento for feito errado, o tribunal superior deve intimar para a correção do pagamento. Se este não for feito, o tribunal superior intimará para o pagamento e se n for feito mesmo assim, será considerado deserto.)(não existe recurso imotivado, com justificativa.) (o pedido deve ser também motivado com o objetivo do recurso. Se não tiver pedido o recurso não será admitido.)
 4)  A inexistência de fato impeditivo ou extintivo (desistência recursal) (a parte pode-se desistir do recurso a qualquer tempo, levando a extinção ou impedimento do recurso por não ter sido admitido.)
Pressupostos subjetivos: 
1)  A legitimidade (partes, MP e o terceiro interessado). (terceiro interessado são pessoas que orbitam o processo, não sendo parte legitima do processo.)
O recurso do terceiro interessado é uma espécie de assistência em nível recursal, uma vez que o pedido será sempre em favor de uma das partes, nunca para si mesmo. 
O terceiro tem os mesmos prazos, sendo certo que não há intimação para o mesmo. 
2)  O interesse que decorre da sucumbência. (a parte que recorre deve ter interesse recursal que recorre na sucumbência, ou seja, uma decisão contraria.)
EXTINÇÃO RECURSAL
Renúncia X Desistência (na renuncia significa que a parte não irá recorrer. Na desistência já deve ter havido a interposição do recurso e a parte esta desistindo daquele ato, do recurso.) 
Art. 998.  O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.
Parágrafo único.  A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquele objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais repetitivos.
Art. 999.  A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte.
Art. 1.000.  A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não poderá recorrer.
Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.
EFEITOS DOS RECURSOS (Geram modificação ao curso do processo.) (quando uma decisão for tomada, o ato subsequente é o cumprimento. E se não se manifestar após uma decisão, quer dizer que está de acordo com a decisão, concorrendo a preclusão da matéria decidida. Quando se recorre, quer dizer que não esta de acordo com a matéria decidida. Em toda vez que se recorre quer dizer que esta devolvendo a jurisdição para que a matéria seja reanalisada. Os efeitos dos recursos são: evitar preclusão, efeito suspensivo e efeito devolutivo. Todo ato processual quando realizado gera o inicio deum prazo de manifestação, então a ideia de preclusão esta ligada a ideia de prazo, pois se o ato não for realizado no prazo, estará precluso. Se uma decisão for extintiva e não for recorrida, ocorrerá o transito em julgado, trazendo a imutabilidade do processo.)
(o agravo retido deixou de existir. Assim ocorrendo não se tem nenhum instrumento recursal para recorrer decisões interlocutórias que não tragam consequências irreparáveis ao processo. Neste momento, as decisões interlocutórias não agraváveis só irão precluir quando a sentença de mérito for preferida e, em preliminar de apelação, não forem novamente suscitadas.) (os agravos de instrumento ficaram retidos a algumas decisões interlocutórias, pois os advogados estavam usando indiscriminadamente.) (se não couber recurso, não haverá preclusão.) (em uma decisão interlocutória cabe um protesto, que é uma petição anexada aos altos que diz que a parte não concorda com o juiz, pois não cabe mais os agravos retidos.)
O primeiro e o mais importante efeito, é, impedir a preclusão e o trânsito em julgado da decisão. 
O recurso libera a competência do tribunal ad quem, nascendo assim, outro efeito muito importante que é o efeito devolutivo, no sentindo de “retornar” ou “remeter à”. 
 Outro efeito importante é o efeito suspensivo, sendo este o poder que os recursos possuem obstar que a decisão recorrida produza sua eficácia própria. 
(Através do recurso que se abre a competência do órgão “ad quem”, que é o órgão acima. Toda vez que a petição inicial tira o órgão da inercia, o recurso faz a mesma coisa em=m termo de grau superior. O tribunal se manifesta sobre um processo sem o recurso das partes apenas me casos de ordem publica. Matéria de ordem publica é que o que o órgão superior pode se manifestar a qualquer momento sem a questão das partes.) 
(o efeito devolutivo é a resposta dada do estado aquilo que foi questionado pelas partes, a sentença. O recurso da sentença faz com que a parte devolva ao judiciário a apreciação da matéria, caracterizando assim o efeito devolutivo. Por isso todos os recursos realizam o efeito devolutivo. É o efeito devolutivo que abre a competência dos órgãos recursais.
(Efeito suspensivo: todas decisões possuem efeitos imediatos. E o que faz que esses efeitos não sejam eficazes são os recursos. Há alguns recursos que impedem que a decisão seja cumprida, esses recursos possuem efeitos suspensivos. A regra geral é que os recursos não possuam efeitos suspensivos. A apelação é o recurso com maior incidência de efeito suspensivo.
Art. 995.  Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.(ou seja, não possuem efeito suspensivo, salvo se a lei disser que possui ou decisões judiciais, a decisão judicial dirá que há efeito suspensivo por risco de dado irreparável ou difícil reparação.)
Parágrafo único.  A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.
TERMINOLOGIA APLICADA: (os recursos podem ser interpostos ou opostos.)
Interposição: o recurso interposto será protocolado pelo juiz a quo e remetido por este ao juiz ad quem. (o juiz de primeira instancia leva o recurso ao tribunal superior.
Oposição: o recurso será oposto quando não houver nenhum intermediário entre a parte e o recurso que decidirá o recurso. Por exemplo nos embargos de declaração, a parte leva diretamente ao juiz que apreciará o recurso.
PRAZO (os prazo processuais iniciam-se doa ciência da decisão. Quando a decisão é proferida dentro da audiência, trona-se publica a decisão, tendo o inicio prazo como o dia subsequente do dia da audiência, independente de publicação. A decisão pode ser cientificada através de ato pessoal da parte, passando o prazo a fluir a partir do dia subsequente da ciência. Ou a decisão pode ser cientificada através do diário oficial, começando a contar o prazo a partir da transformação do diário eletrônico em papel, que é um dia depois da liberação eletrônica do diário oficial, mas apenas em dias uteis.)
O prazo inicial é o da ciência da decisão, em audiência.
Protocolo em cartório;
Data da postagem do AR: alguns recursos podem ser protocolados via carta registrada, correio. A data em que entendida como protocolo é a data que foi postada a carta registrada.
Prazo sempre de 15 dias exceto para os embargos de declaração: os embargos de declaração têm prazo de 5 dias.
Provar feriados locais: é necessário justificar o porque da data protocolada apenas se o feriado for local.
Art. 1.003.  O prazo para interposição de recurso conta-se da data em que os advogados, a sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério Público são intimados da decisão.
§ 1o Os sujeitos previstos no caput considerar-se-ão intimados em audiência quando nesta for proferida a decisão.
§ 2o Aplica-se o disposto no art. 231, incisos I a VI, ao prazo de interposição de recurso pelo réu contra decisão proferida anteriormente à citação.
§ 3o No prazo para interposição de recurso, a petição será protocolada em cartório ou conforme as normas de organização judiciária, ressalvado o disposto em regra especial.
§ 4o Para aferição da tempestividade do recurso remetido pelo correio, será considerada como data de interposição a data de postagem.
§ 5o Excetuados os embargos de declaração, o prazo para interpor os recursos e para responder-lhes é de 15 (quinze) dias.
§ 6o O recorrente comprovará a ocorrência de feriado local no ato de interposição do recurso.
RECURSO ADESIVO (é um recurso de apelação feito no prazo das contrarrazões. No momento em que as contrarrazões forem feitas, apresenta-se um recurso adesivo. O recurso chama-se adesivo pois ele vai juntamente com as contrarrazões da parte contraria. Se as contrarrazões da parte contraria não forem aceitas, o recurso adesivo também não será. O recurso tem a finalidade de sucumbência mínima. Só cabe na apelação, recurso especial e recurso extraordinário.) (o recurso adesivo terá o prazo conjuntamente com=m as contrarrazões.) ( as contrarrazões seriam uma espécie de defesa sobre o recurso da outra parte.) 
(Precisa haver a sucumbência reciproca. Pois se não houver uma sucumbência reciproca, as duas partes não precisam recorrer. Pois uma parte recorre com o recurso e a outra com o recurso adesivo. Só é possível adesivar a mesma competência recursal. É necessário pagar custas para os recursos, tanto o adesivo quanto ao que ele esta adesivado.)
Para a apelação, recurso especial e recurso extraordinário, cabe à parte, independente da conduta da parte contraria interpor recurso cabível no prazo adicional igual ao de sua resposta. 
No entanto, o art. 997 do CPC autoriza a interposição, em caso de sucumbência recíproca, recurso adesivo no prazo adicional igual ao de sua resposta. 
Caso haja recurso principal de ambas as partes não há possibilidade de recurso adesivo. 
Importante frisar que a matéria devolvida ao Tribunal é somente aquela constante no recurso, ou seja, este é o limite objetivo do recurso. 
Pressupostos específicos: 
1)    sucumbência recíproca; 
2)    somente poderá ser interposto junto a autoridade competente ao recurso principal; 
1)    Cabe somente aos recursos de apelação, Resp e Rextr. 
Mesmo procedimento, procedimento de admissibilidade vinculado a admissibilidade de principal. 
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto,no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
PRINCÍPIOS RECURSAIS 
- Princípio da Correspondência – deve haver uma correspondência entre os tipos de decisão e o tipo de recurso. (Ele traz a ideia de que existe um recurso vinculado a cada espécie de decisão proferida. O recurso corresponde a determinada decisão. Se for utilizado um recurso onde caberia outro, ele não será admitido, por falta de correspondência com a decisão.
- Princípio da Taxatividade – assim, somente existirão os recursos criados por Lei Federal (só existe a possibilidade recursal nos recursos previstos em lei federal. Não existe a possibilidade de utilizar de qualquer outro ato, mesmo que denominado de recurso, se não houver previsão no artigo 994.)
Art. 994.  São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno; (tem como objetivo questionar uma decisão monocrática proferida em tribunal.)
IV - embargos de declaração; (tem como objetivo esclarecimento.)	
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência. 
- Princípio da Unicidade (da singularidade ou da unirrecorribilidade) – consiste na regra de que contra uma decisão só deve caber um recurso ou, pelo menos, um por vez. ( a cada decisão caberá apenas um recurso por vez,. A única exceção é em relação em recurso especial e extraordinário. Onde pode haver dois recursos, mas casa um para um objeto, competência e discussão.)
- Princípio da Fungibilidade – segundo este princípio um recurso pode ser recebido por outro, sob certas condições. É o exemplo da divergência no plano doutrinário ou jurisprudencial no que tange à natureza jurídica da decisão que indefere liminarmente a reconvenção (se se trata de decisão interlocutória – e eu entendo que sim, já que não põe fim ao processo; ou se se trataria de sentença. Neste caso se se interpuser Agravo de Instrumento o tribunal poderia, pelo princípio da fungibilidade, recebê-lo como Apelação e vice-versa. (é a ideia de que o tribunal pode receber um recurso como se outro fosse, desde que não fique caracterizado a ideia de má-fé, nem erro grosseiro por parte do advogado. Má-fé é a utilização de um recurso quando se sabe que o recurso não é cabível, mas se faz por causa de seu prazo.)
- Princípio da proibição da “reformatio in pejus” – somente se recorre se houver sucumbência. E somente se recorreria se se vislumbrar uma melhora da situação do recorrente. Assim, o recorrente não corre o risco de ver piorada a sua situação, de modo que, ou a decisão se mantém como está, ou melhora. (como é através do recurso que o sucumbente questiona a matéria da sentença, a nova decisão deve ser de no máximo, manter a decisão inicial. Essa regra só admite recessões quando a matéria, tratar-se de matéria de ordem publica, uma vez que a matéria de ordem publica pode ser revista a qualquer tempo e a qualquer grau de jurisdição, independente de provocação das partes, ou seja, é ato discricionário do juiz analisar as questões de ordem publica.) (se as duas partes recorrerem, não obedece esse principio, aceitando-se o recurso mais cabível.)
Exceção: se houver o reconhecimento de matéria de ordem pública, neste caso, por ser conhecida de ofício, poderá ser reformada para piorar a situação do recorrente, p. ex., falta de condições da ação ou pressupostos processuais. 
- Princípio do Duplo Grau de Jurisdição – tem sido entendido como garantia fundamental de boa justiça. Consiste no princípio segundo o qual uma mesma matéria deve ser decidida duas vezes, por dois órgãos diferentes do Poder Judiciário. (esse principio existe de forma abstrata na constituição. Pois a partir do momento de que a constituição traz de forma objetiva a presença dos tribunais, esta de forma subjetiva dizendo que haverá o grau recursal. Isso vem da ideia de garantia de revisão recursal.)
PREPARO RECURSAL (é a ideia de pagamento de custas e taxas processuais. O código vigente traz maior flexibilidade a esse pagamento, existindo oportunidades a correção do pagamento errado, e só ocorrerá exerção depois da obrigação pelo juiz do advogado arrumar custas e isso não ocorrer.) (as custas devem ser pagas no momento da interposição do recurso, e junto da petição deve estar o comprovante das custas. As custas recursais se dividem em: custas recursais e porte de remessa e retorno. As recursais são fixas. O porte de remessa e retorno é pago para o translado do processo físico, essa taxa é cobrada por volume de processo, a cada duzentas paginas abre-se um novo volume.) (algumas taxas recursais incidem em percentuais ou alguns recursos possuem taxas fixas.) (se for pago o valor errado, o processo é remetido ao tribunal e o tribunal determina o pagamento da diferença, se não houver o pagamento , é decretada a deserção. Mas se não for pago da primeira vez que for determinado o reparo do pagamento, é determinado pagar em dobro, e só depois determina-se a deserção.)
  
Alguns recursos exigem o pagamento de custas, sob pena de deserção.
Custas e porte de remessa e retorno (processo eletrônico não ocorre)
Possibilidade de pagamento de valor faltante (5 dias)
Recolhimento em dobro quando não feito, somente depois do prazo ocorre a deserção.
Art. 1.007.  No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, sob pena de deserção.
§ 1o São dispensados de preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, os recursos interpostos pelo Ministério Público, pela União, pelo Distrito Federal, pelos Estados, pelos Municípios, e respectivas autarquias, e pelos que gozam de isenção legal.
§ 2o A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
§ 3o É dispensado o recolhimento do porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
§ 4o O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena de deserção.
§ 5o É vedada a complementação se houver insuficiência parcial do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, no recolhimento realizado na forma do § 4o.
§ 6o Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo.
§ 7o O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento, intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias.
DA APELAÇÃO (art. 1009 CPC) (é o recurso mais relevante, pois mantem o processo ativo. É o recurso cabível contra sentença.) (no novo código tem a sentença com resolução de mérito, sem resolução de mérito e de improcedência limiar do pedido. Na apelação de uma sentença desde o andamento de improcedência liminar do pedido, o juiz pode se retratar da sentença.) (a apelação é recurso que efetiva o duplo gral de jurisdição toda matéria discutida em primeiro grau, salvo aquelas acobertadas por preclusão.)
CABIMENTO: A apelação é recurso ordinário cabível contra as sentenças de primeiro grau de jurisdição. (a apelação é uma espécie de petição inicial em segundo grau, por isso deve ser m=demonstrado claramente o que a parte esta apelando. A limitação do que a parte vai apelar ou não esta no dispositivo da sentença.)
Pode-se, através da apelação, devolver ao tribunal todas as questões discutidas em primeiro grau, de fato e de direito, excluindo-seàquelas que tenha havido preclusão. 
Inexistência de AGRAVO RETIDO, assim não há que se falar em preclusão das decisões interlocutória não passiveis de agravo de instrumento. (art. 1009 par. 1º) (agravo retido era um ato processual que demonstrava a inconformidade da parte com a decisão proferida.) (todas as decisões interlocutórias que tiverem sido decididas, no momento da apelação a pessoa deve se manifestar sobre ao matéria, se não preclui.) (dentro da apelação usasse uma preliminar falando das decisões interlocutórias do processo. Entendendo o tribunal que as decisões interlocutoras foram indevidas, volta-se para o primeiro grau e revisa-se a decisão.)
Sendo assim a apelação poderá ser total ou parcial, dependendo da matéria devolvida ao tribunal. (o código permite a execução parcial da matéria, se, no caso, apenas uma parte da matéria for executada.) (tudo que for executado, executasse em um processo separado para que o outro processo fique livre para ser discutido o que foi executado.) (só o que for mandado para o tribunal será apreciado, e o que não for, estará precluso.)
Recurso voluntário, quanto ao ato e quanto a matéria a ser devolvida, isso significa que o Tribunal não poderá apreciar matéria não devolvida salva às de ordem pública. (a parte deve demonstrar interesse em fazer o recurso e é necessário demonstrar ao tribunal a matéria a ser rediscutida. O tribunal pode apreciar uma matéria sem a demonstração da parte apenas se for de ordem publica. 
Princípio do “Tantum devolutum quantum appellatum”. 
Da mesma forma que o pedido inicial do autor limita a sentença o conteúdo da apelação limita o acórdão. 
A limitação estará no dispositivo da sentença não na fundamentação, dessa forma, se o juiz não houver apreciado um dos pedidos do autor na fundamentação da sentença, poderá o apelante requer a avaliação desta pelo tribunal. 
A apelação permite a discussão de matéria de fato e de direito, sendo certo a possibilidade de requerer novas provas se estas forem supervenientes, ou por força maior. (por tanto, pode-se discutir tudo de novo, fato ou direito, se não estiver precluso. Não se pode fazer novas provas, apenas reanalizá-las.)
A apelação por fim, pode ser considerado um rejulgamento, renovando-se o exame da causa e conferindo-se o acerto ou o erro da sentença, corrigindo-a ou mantendo-a. (a apelação é um rejulgamento no qual haverá uma renovação da correção ou da incorreção da sentença, cumprindo assim a função do duplo grau de jurisdição. A apelação possui em regra efeito devolutivo e suspensivo, impedindo em regra a execução provisória da sentença. A sentença fica com sua eficácia suspensa.) (em regra a apelação possui efeito devolutivo e suspensivo, impedindo a execução parcial da sentença. No artigo 1012 são os casos em que a apelação possui efeito apenas devolutivo, podendo ser imediatamente cumprida.) (para que a apelação não tenha efeito suspensivo, é necessário demonstrar que deve ser cumprida, caso contrario, causará danos a parte.)
EFEITOS DA APELAÇÃO 
- Efeito devolutivo sempre.
- Efeito SUSPENSIVO - (art. 1012 CPC) – com as exceções do § 1o
- Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Caso seja recebida apenas no efeito devolutivo, o apelado, poderá promover desde logo a execução provisória da sentença, realizada através de carta de sentença; 
O Tribunal poderá suprimir instância decidindo desde logo quando a apelação versar sobre:
 (art. 1013 do CPC)
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer sua competência;
VIII - homologar a desistência da ação;
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
Art. 1.014.  As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
PROCEDIMENTO 
A apelação deverá ser feita em petição dirigida ao juízo a quo, sendo esta conhecida como petição de interposição (Capa) 
Separadamente, deverá ainda conter as razões e fundamentos da apelação bem como o pedido de reforma, na totalidade ou em parte da sentença recorrida. 
Art. 1.010.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão.
PRAZO: O prazo para interposição da apelação nos termos do art. 1003 par. 5º, é de 15 dias, data essa que deverá ser auferida pelo protocolo. 
O Apelado será intimado para contra razões também no prazo de 15 dias nos quais poderá interpor apelação adesiva.
Remetido ao Tribunal, de imediato o Relator deverá:
Art. 1.011.  Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
Art. 932.  Incumbe ao relator:
I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes;
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;
IV - negar provimento a recurso que for contrário a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do SuperiorTribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:
a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;
VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;
VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal.
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível.
Realizará, ainda, o juízo de admissibilidade verificando as questões de tempestividade, deserção e procedimento, devendo negar seguimento caso haja irregularidades. 
Preparo: custas 4% + porte de remessa e retorno (TJ/SP)
CAPÍTULO II
DA APELAÇÃO
Art. 1.009.  Da sentença cabe apelação.
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
Art. 1.010.  A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão.
§ 1o O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2o Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões.
§ 3o Após as formalidades previstas nos §§ 1o e 2o, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
Art. 1.011.  Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
Art. 1.012.  A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2o Nos casos do § 1o, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3o O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1o poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4o Nas hipóteses do § 1o, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Art. 1.013.  A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5o O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
Art. 1.014.  As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
1. Cabimento 
O agravo de instrumento é o recurso cabível em face das seguintes decisões interlocutórias:
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
No Código vigente somente existe a forma instrumental, não sendo cabível o AI a decisão interlocutória proferida não estará coberta pela preclusão fato esse que deverá ser levantado e discutido em preliminar de apelação.
2.2. Agravo de instrumento 
- prazo de 15 dias, e será interposto pela parte sucumbente necessariamente em petição escrita e deverá ser instruído, isto é, a petição de agravo deverá estar acompanhada dos documentos obrigatórios e, também, dos facultativos (ou necessários), previstos no art. 1017, CPC.
Art. 1.017.  A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1o  Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outrovício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.
§ 4o Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.
O agravo de instrumento será protocolado diretamente no Tribunal ad quem, ou seja, diretamente no órgão que julgará o recurso e ou pelo Correio
Art. 1.016.  O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:
I - os nomes das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
Art. 1017 - § 2o  No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - outra forma prevista em lei.
Procedimento em primeiro grau de jurisdição – Juízo “a quo” 
 
- De acordo com o art. 1018, CPC, o recorrente terá três dias para juntar aos autos, no juízo a quo, cópia da petição de interposição e relação dos documentos que instruíram o recurso, a fim de proporcionar ao juiz a possibilidade de exercer o juízo de retratação, bem como dar oportunidade à parte contrária de tomar conhecimento dos termos do recurso, a fim de apresentar contra-razões (importante para outras Comarcas). 
_ Em se tratando de autos eletrônicos poderá requer o Agravante a comunicação eletrônica pelo próprio tribunal . 
Art. 1.018.  O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
- JUÍZO DE RETRATAÇÃO: importante notar que no agravo de instrumento não há determinação expressa para que o juiz primeiro dê oportunidade ao agravado de apresentar contra-razões, de modo que, se se convencer das alegações do agravante, poderá desde logo, retratar-se, momento em que o agravo, no Tribunal, perderá seu objeto, devendo ser tido como prejudicado . 
 
Procedimento em segundo grau de jurisdição – Juízo “ad quem” 
 
- JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE: O Agravo de instrumento será submetido ao juízo de admissibilidade que será feito pelo relator sorteado no Tribunal, podendo este, requisitar informações ao juiz de primeiro grau:
 
Art. 1.019.  Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 1.020.  O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado.
- Se o recurso for manifestamente inadmissível, contrário a súmula, poderá o relator negar seguimento ao recurso (art. 932 – III e IV) – este art. tem uma impropriedade, já que fala em “improcedência” (que seria um juízo de mérito), o que não poderia ser realizado somente pelo relator, já que deverá ser submetido ao órgão para julgamento.
 
- EFEITO SUSPENSIVO: Regra geral, o agravo de instrumento tem somente o efeito devolutivo (de modo que a decisão impugnada, apesar do recurso, produzirá seus efeitos). Entretanto, o art. 1019 I do CPC , autoriza o Relator, imprimir-lhe efeito suspensivo (a fim de paralizar a eficácia da decisão no mundo fático) mas, para tanto, a parte deverá demonstrar convincentemente o fumus boni iuris (a aparência do bom direito) e o periculum in mora (ou seja que, não sendo suspensos os efeitos da decisão impugnada, de nada adiantará se o agravo vier a ser provido futuramente, ou seja, será inútil. Ex.: decisão que determina a prisão do fiel depositário (se posteriormente, por ocasião do julgamento do recurso, for este provido, reconhecendo o Tribunal que a decisão estava errada, de nada adiantará, já que a pessoa presa estará. 
 
CAPÍTULO III
DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Art. 1.015.  Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único.  Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
Art. 1.016.  O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes requisitos:
I - os nomes das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido;
IV - o nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo.
Art. 1.017.  A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
§ 1o  Acompanhará a petição o comprovante do pagamento das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos, conforme tabela publicada pelos tribunais.
§ 2o  No prazo do recurso, o agravo será interposto por:
I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para julgá-lo;
II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção judiciárias;
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;
IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;
V - outra forma previstaem lei.
§ 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.
§ 4o Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.
Art. 1.018.  O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 1o Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3o O descumprimento da exigência de que trata o § 2o, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
Art. 1.019.  Recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:
I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao julgamento do recurso;
III - determinará a intimação do Ministério Público, preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 1.020.  O relator solicitará dia para julgamento em prazo não superior a 1 (um) mês da intimação do agravado.
AGRAVO INTERNO (art. 1121 NCPC)
Cabimento
- Da decisão monocrática caberá agravo interno para o órgão colegiado
Endereçamento – Relator 
Prazo – 15 dias e Contra Minuta em 15 dias
Juízo de retratação
Manifestamente protelatório – multa de 1 a 5% sobre o valor da causa 
Pagamento da multa para ajuizamento de demais recursos.
CAPÍTULO IV
DO AGRAVO INTERNO
Art. 1.021.  Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1o Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2o O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4o Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5o A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (art. 1022 do CPC)
OBJETO: 
Contra qualquer decisão (Art.1022 CPC) 
OBJETIVO: 
Esclarecimento de decisão judicial, seja ela, sentença, acórdão ou despachos interlocutórios. 
Tem como objetivo, verificação do verdadeiro sentido da decisão, bem como colocá-la nos limites do pedido. 
Iniciativa da parte X Exceção ex ofício (erro material ou cálculo) 
Sanar: Omissão, obscuridade, contradição erro material 
Devem ser utilizados com função de prequestionar para efeitos de recurso especial e extraordinário. 
Não podem levantar matérias novas, que não foram objeto do pedido. 
Poderá, em exceção, os embargos alterar a decisão, fato esse que levará o mesmo a ser entendido como infringente. 
Decisão extra, ultra ou infra petita (cabem embargos de declaração) 
EFEITOS: 
Primeiramente devolutivo, uma vez que devolve a matéria, porém ao mesmo órgão jurisdicional. 
Não pleiteia-se em regra a modificação do decisório, mas sim seu esclarecimento. 
Obsta a formação de coisa julgado, portanto possui efeito suspensivo, não possibilitando a execução provisória. 
Interrompe o prazo dos demais recursos, ou seja: ao embargar de declaração o prazo para o outro recurso será integral novamente. 
INTERRUPÇÃO # SUSPENSÃO 
Prazo de 5 dias, em qualquer grau e, para qualquer decisão. 
Petição escrita dirigida ao juiz ou relator do acórdão que proferiu a decisão embargada. 
Sem preparo ou porte de remessa e retorno. 
Sem contraditório (regra) Efeito infringente (exceção prazo para contra minutar em 5 dias) 
Caráter protelatório, multa de 2% sobre o valor da causa. 
Repetição 10%, não podendo ser interposto qualquer outro recurso sem o pagamento da multa sob pena de falta de pressuposto recursal, deserção. 
Prazo impróprio 5 dias para o julgamento ou próxima sessão do tribunal
CAPÍTULO V
DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Art. 1.022.  Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único.  Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1o.
Art. 1.023.  Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1o Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Art. 1.024.  O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1o Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2o Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3o O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1o.
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§ 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgadoindependentemente de ratificação.
Art. 1.025.  Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Art. 1.026.  Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2o Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3o Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4o Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
	
	Recurso especial 
	Recurso ao Superior Tribunal de Justiça, de caráter excepcional, contra decisões de outros tribunais, em única ou última instância, quando não houver cabimento de nenhum outro recurso ordinário e houver ofensa à lei federal. Também é usado para pacificar a jurisprudência, ou seja, para unificar interpretações divergentes feitas por diferentes tribunais sobre o mesmo assunto. 
Uma decisão judicial poderá ser objeto de recurso especial quando: 
1- contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; (105, III, a da CF/88) 
2- julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal; (art. 105, III, b) 
3- der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. (art. 105, III, c) 
 
Tramitação 
Para o Recurso especial ser admitido, a questão federal deve ser pré-questionada. Em outras palavras, a sentença recorrida tem de tratar especificamente do dispositivo legal que se pretende fazer valer. Não se pode dizer que uma decisão fere uma lei federal genericamente; o correto é apontar o artigo supostamente violado. 
Antigamente só existia um recurso, o extraordinário, julgado pelo STF e que abrangia as modalidades extraordinária e especial de hoje. Diante do aumento vertiginoso do número de causas que passaram a chegar ao Supremo, a Constituição de 1988 distribuiu a competência entre o STF e o STJ, sendo que o primeiro seria guardião da Constituição e o segundo, da legislação federal. Então, os recursos excepcionais foram divididos entre as duas cortes, cabendo exclusivamente ao STF o extraordinário e exclusivamente ao STJ o recurso especial. 
São características comuns do Recurso especial: 
1- esgotamento prévio das instâncias ordinárias (não cabe mais recurso para instâncias inferiores) 
2- a atuação do STJ não é igual à dos outros tribunais – sua função aqui é guardar o ordenamento jurídico e não a situação individual das partes. A parte poderá ser beneficiada por essa guarda, mas a mera alegação de que as decisões anteriores lhe foram “injustas” não servem para fundamentar esses recursos; 
3- não serve para mera revisão de matéria de fato; 
4- sua admissão depende da autorização da instância inferior, e depois do próprio STJ; 
5- os pressupostos específicos desse recurso estão na Constituição Federal e não no Código de Processo Civil; 
6- enquanto perdurar o recurso especial, a sentença anterior já pode ser executada provisoriamente (efeito devolutivo); 
7- pode ser ajuizado simultaneamente ao Recurso Extraordinário no STF e no STJ, já que suas diferenças são bem delineadas pela Constituição, tratando-se de discussão de matérias distintas. Portanto, o prazo para apresentar os recursos corre simultaneamente, sendo de 15 dias. 
 
Custas e Preparo 
 
O recurso especial esta sujeito a custas processuais.
 
 
Fundamentos legais 
Constituição Federal, artigo 105, inciso III, alíneas a, b e c. ART. 1029 e seguintes do Código de Processo Civil. 
	
	
RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
CONCEITO 
A CONSTITUIÇÃO Federal de 1.988 em seu artigo 102, III, normatiza que compete ao STF, julgar mediante Recurso extraordinário as causas decididas em única ou última instância quando a decisão recorrida : 
contrariar dispositivo desta Constituição. 
Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal. 
Julgar válida lei ou ato do governo local contestado em face desta constituição. 
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal 
O recurso Extraordinário é originário do direito norte americano conforme citado por Teresa Arruda Alvim, e significou ao longo do tempo, e principalmente, diante da estrutura Federativa do Brasil, uma resposta à necessidade da existência de um órgão superior. 
O Recurso Extraordinário, portanto, sempre teve como finalidade entre outras, a de assegurar a inteireza do sistema jurídico, que deve ser submisso a Constituição. 
ADMISSIBILIDADE. 
Além dos pressupostos inerentes a qualquer Recurso, o Recurso Extraordinário reclama mais: 
- existência de uma causa pendente. 
- decisão em única ou última instância 
- envolvimento da questão constitucional 
	- pré-questionamento 
	- repercussão geral 
A palavra causa, deve ser entendida em sentido amplo, abrangendo todo processo em que haja uma prestação jurisdicional. 
A norma condiciona, ainda que a decisão seja prolatada por outros órgãos, sendo certo que existe a possibilidade de admitir-se Recurso Extraordinário mesmo em face de decisões monocráticas, desde que sejam a única instancia, como no caso dos Juizados Especiais. E, finalmente e necessário que a questão seja constitucional. 
PROCEDIBILIDADE 
O Recurso Extraordinário deverá ser interposto no prazo de 15 dias perante o presidente do Tribunal de cujo acórdão se esta recorrendo mediante petição que conterá a exposição do fato e do direito, demonstração de seu cabimento e as razões do pedido e da reforma da decisão recorrida (artigo 541, I, II, III do C.P.C.). 
Protocolada, a secretária do tribunal através do órgão Oficial, intimará o recorrido para querendo apresentar contra-razões, no prazo de 15 dias (artigo 541 do C.P.C.) 
Cabe recurso adesivo ao Extraordinário dentro do prazo de contra razões. 
Findo o prazo será conclusos para o Presidente do tribunal recorrido, no prazo de 15 dias para que se manifeste. 
Em caso do presidente inadmitir o remédio extremo, caberá contra este ato o Agravo Regimental ao STF. 
Custas e Preparo 
O recurso Extraordinário esta sujeito a custas processuais. 
EFEITOS 
Na conformidade do parágrafo 5º do artigo 1029, o Recurso Extraordinário será recebido unicamente no efeito devolutivo, propiciando, deste modo, que o recorrido, requerendo a carta de sentença, possa executar o acórdão. 
 
DO ARTIGO 27 § 2º DA LEI 8.038/90 
A conseqüência imediata e direta da inexistência de efeito suspensivo para esses recurso é a autorização de que a decisão impugnada produza desde logo as conseqüências de sua eficácia ensejando inclusive a execução provisória da decisão recorrida. 
Do Recurso Extraordinário e do Recurso Especial
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 1.029.  O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1o  Quando o recurso fundar-se em dissídiojurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§  2º (Revogado).   (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
§ 3o O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
§ 4o  Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
§ 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;  (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)  (Vigência)
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037
Art.  1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:          (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
I – negar seguimento:          (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
a)  a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral;           (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
b)  a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente, exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;           (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos repetitivos;          (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional;           (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
IV – selecionar o recurso como representativo de controvérsia constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6º do art. 1.036;            (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
V – realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça, desde que:           (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
a)  o recurso ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou de julgamento de recursos repetitivos;               (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)  (Vigência)
b)  o recurso tenha sido selecionado como representativo da controvérsia; ou              (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
c)  o tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação.               (Incluída pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
§  1º Da decisão de inadmissibilidade proferida com fundamento no inciso V caberá agravo ao tribunal superior, nos termos do art. 1.042.             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
§  2º Da decisão proferida com fundamento nos incisos I e III caberá agravo interno, nos termos do art. 1.021.             (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)  (Vigência)
Art. 1.031.  Na hipótese de interposição conjunta de recurso extraordinário e recurso especial, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de Justiça.
§ 1o Concluído o julgamento do recurso especial, os autos serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do recurso extraordinário, se este não estiver prejudicado.
§ 2o Se o relator do recurso especial considerar prejudicial o recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal.
§ 3o Na hipótese do § 2o, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade, devolverá os autos ao Superior Tribunal de Justiça para o julgamento do recurso especial.
Art. 1.032.  Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional.
Parágrafo único.  Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça.
Art. 1.033.  Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como recurso especial.
Art. 1.034.  Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, o Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça julgará o processo, aplicando o direito.
Parágrafo único.  Admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial por um fundamento, devolve-se ao tribunal superior o conhecimento dos demais fundamentos para a solução do capítulo impugnado.
Art. 1.035.  O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
II – (Revogado);          (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)   (Vigência)
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos

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