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TRANSISTOR BIPOLAR DE JUNÇÃO (TBJ) ENG. EDERSON ZANCHET SURGIMENTO DO TRANSISTOR Entre o período de 1904 até 1947 a válvula reinou soberana nos circuitos eletroeletrônicos desenvolvida por J.A. Fleming, ganhando novas características com senhor. Lee De Forest, e até os dias de hoje ainda são em pregadas em diversos circuitos eletrônicos para amplificação e controle. Figura 1 – Modelo de Válvula Eletrônica Fonte: [http://img2.mlstatic.com/valvulas-eletrnicas-para-radios-antigos_MLB-O-3244581812_102012.jpg] 2 SURGIMENTO DO TRANSISTOR Em 23 de dezembro de 1947 três pesquisadores apresentaram ao mundo o transistor semicondutor (Figura 1) que apresentava novas características, menores, leves e consumo mínimo de potência. Figura 1 – Primeiro transistor Fonte: [http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagens/010805071224-transistor1.jpg] 3 TRANSISTOR DE GERMÂNIO O primeiro transístor media cerca de 1,5 centímetro e não era feito de silício, mas de germânio e ouro, montado sobre suportes de plástico. Os transistores fabricados em escala industrial hoje medem 45 nanômetros, mais de 330.000 vezes menores. Em escala de laboratório, os cientistas já conseguiram fabricar transistores moleculares, centenas de vezes menores. 4 TRANSISTOR DE GERMÂNIO Seguindo os avanços de vários outros cientistas, coube ao trio John Bardeen, Walter Brattain e William Shockley (Figura 3) os méritos pela invenção do transístor. Eles receberam o Prêmio Nobel de Física de 1956 pelo seu invento. 5 Figura 3 – Inventores do transistor Fonte:[http://physika.info/physika/images/photos/milestone.jpg] TRANSISTOR BIPOLAR - FUNCIONAMENTO O transistor bipolar de junção é a união de três camadas de cristais de silício formando uma estrutura cristalina, estas junções realizadas podem apresentar a configuração NPN ou PNP de acordo com a forma do doping realizado no material. Cada um dos três cristais que compõe o transistor bipolar recebe o nome relativo a sua função. O cristal do centro recebe o nome de base, pois é comum aos outros dois cristais, é levemente dopado e muito fino. Um cristal da extremidade recebe o nome de emissor por emitir portadores de carga, é fortemente dopado e finalmente o último cristal tem o nome de coletor por receber os portadores de carga, tem uma dopagem média. 6 TRANSISTOR BIPOLAR - FUNCIONAMENTO A estrutura básica do transistor é apresentada na Figura 4. Figura 4 – Estrutura básica do transistor bipolar de junção Fonte: Autor 7 TRANSISTOR BIPOLAR - FUNCIONAMENTO Os cristais coletor e emissor diferem entre si no tamanho e dopagem (Figura 5). O transistor tem duas junções, uma entre o emissor a base, e outra entre a base e o coletor (Figura 5). Por causa disso, um transistor se assemelha a dois diodos (Figura 6). O diodo da esquerda é comumente designado diodo emissor - base (emissor) e o da direita de coletor - base (coletor). Figura 5 – Transistor PNP (a) e transistor NPN (b) Fonte: Autor 8 TRANSISTOR BIPOLAR - FUNCIONAMENTO Circuito representativo (equivalente) do fucionamento do transistor NPN e PNP conforme exposto pela Figura 5. Figura 5 – Circuito equivale transistor com diodos retificadores Fonte: Autor 9 TRANSISTOR BIPOLAR - FUNCIONAMENTO A Figura 6 contém a simbologia e as tensões envolvidas nos terminais dos transistores NPN e PNP. Figura 6 – Tensões envolvidas entre os terminais do transistor PNP (a) e NPN (b) Fonte: Autor 10 TRANSISTOR BIPOLAR - POLARIZAÇÃO O transistor pode operar em três regiões, região ativa, região de corte e a de saturação conforme a polarização a qual foi submetido. Para que um transistor bipolar opere na região ativa (Figura 7) é necessário polarizá-lo corretamente, ou seja, a junção base-emissor deve ser polarizada diretamente, enquanto que a região base-coletor deve ser polarizada reversamente. Figura 7 – Polarização transistor bipolar NPN Fonte: http://dc145.4shared.com/doc/EoKO-io/preview_html_m396b7153.png 11 TRANSISTOR BIPOLAR - POLARIZAÇÃO Um transistor bipolar polarizado para operação na região ativa (Figura 8) do tipo PNP. As regiões de corte e saturação podem ser obtidas com a inversão da polaridade nas junções Base emissor (BE) e base-coletor (BC). Figura 8 – Polarização transistor bipolar PNP Fonte: http://dc145.4shared.com/doc/EoKO-yio/preview_html_m5a9fcc26.png 12 TRANSISTOR BIPOLAR - POLARIZAÇÃO Na Figura 9a a bateria B1 polariza diretamente o diodo emissor, e a bateria B2 polariza diretamente o diodo coletor. Os elétrons livres entram no emissor e no coletor, juntam-se na base e retornam para as baterias. O fluxo de corrente elétrica é alto nas duas junções. Na Figura 9b os diodos emissor e coletor ficam reversamente polarizado. A corrente elétrica circulando é pequena (corrente de fuga). Figura 9 – Polarização direta (a) Polarização Reversa (b) Fonte: [3] 13 TRANSISTOR BIPOLAR - CARACTERÍSTICAS No transistor PNP as regiões dopadas são contrárias as do transistor tipo NPN. Isso significa que as lacunas são portadores majoritários no emissor em vez dos elétrons livres. O emissor injeta lacunas na base. A maior parte dessas lacunas circula para o coletor. Por essa razão a corrente de coletor é quase igual a do emissor. A corrente de base é muito menor que essas duas correntes. As corrente que circulam no transistor são apresentadas na figura 10. Figura 10 – Correntes nos transistores NPN (a) PNP (b) Fonte: [3] 14 TRANSISTOR BIPOLAR - CARACTERÍSTICAS Com base na lei das corrente de Kirchhoff temos pela expressão (1) a relação entre as correntes do coletor, base e emissor. Através da corrente de coletor e correte da base obtemos o ganho de corrente do transistor β ou também conhecido como hfe. 15 TRANSISTOR BIPOLAR - CARACTERÍSTICAS Em geral mais de 95% dos elétrons livres atingem o coletor, ou seja, a corrente de emissor é praticamente igual a corrente de coletor. O parâmetro αcc de um transistor indica a relação entre a corrente de emissor e coletor: 16 EXERCÍCIOS 17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 18 [1] MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. Vol. I - 4.ª; Ed. Makron Books: São Paulo, 1995. [2] BOYLESTAD, R. L. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuitos; Ed. Prentice Hall: São Paulo, 2004. [3] BERTOLI, Roberto Angelo. Eletrônica; UNICAMP, 2000. [4] BARBI, Ivo, Eletrônica de Pôtencia – 6ª edição, Ed. Do autor: Florianópolis, 2005. [5] FAIRCHILD SEMICONDUCTOR, LM78XX/LM78XXA 3-Terminal 1A Positive Voltage Regulator; datasheet, april 2012, disponível em http://www.fairchildsemi.com/ds/LM/LM7805.pdf acesso em 03 set. 2012. [6] SANTOS, Roberto Bairros dos. Regulador de tensão usando CI; disponível em: http://www.bairrospd.kit.net/fonte_aliment/Regulador%20de%20tensao%20com%20CI.pdf acesso em 03 set. 2012. EDERSON ZANCHET Mestrando em Engenharia Elétrica e Informática Industrial - UTFPR Engenheiro de Controle e Automação - FAG Departamento de Engenharia – FAG Docente Disciplina de Eletrônica Analógica ederson.zt@gmail.com ezanchet@fag.edu.br www.fag.edu/professores/ederson
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