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ENGENHEIRO DE ELÉTRICA SISTEMAS INTEGRADOS DE AUTOMAÇÃO E PROTEÇÃO DE SUBESTAÇÕES JOSÉ RAIMUNDO LIMA JÚNIOR PLANO – AULA 6 – 06/05/2015 Apresentar os tipos de IEDs utilizados no sistema integrado de automação e proteção em subestações; Apresentar conceitos básicos para o entendimento das lógicas de automação da proteção em IEDs; Discutir a lógica de intertravamentos de equipamentos manobra de pátio: seccionadoras e disjuntores; Apresentar um exemplo prático do esquema discutido; Discutir a lógica de SOTF (“Switch-onto-fault”). IED IED Automação é a ação de controlar automaticamente os sistemas elétricos de potência com o auxilio de dispositivos de controle, proteção, medição (monitoramento) e supervisão. (Schweitzer Laboratories, INC); Um sistema de automação, portanto, é basicamente composto por elementos que fazem a proteção dos equipamentos, o controle de chaves seccionadoras e disjuntores, a medição (monitoração) de grandezas elétricas e a supervisão do estado de todos os equipamentos presentes em campo (SE ou Usina); IED IEDs (Intelligent Electronic Devices) DISPOSITIVO ELETRÔNICO INTELIGENTE (IED) é um dispositivo microprocessado (ou microcontrolado) com funções de processamento digital de sinais (DSP), proteção (comparadores), controle (“PLC”), medição, registro de ocorrências (“buffer” de grandezas monitoradas), comunicação, entre outras. IED IEDs principais em subestações ; Relés Digitais; Unidades de Controle ou Controladoras de Bay; Registradores Digitais de Perturbação. IED Relés Digitais ou Numéricos São IEDs que têm a função de perceber condições anormais no sistema elétricos e tomar decisões, mediante ajustes pré-definidos pelo engenheiro de proteção, de modo a automaticamente controlar dispositivos em campo (disjutores, normalmente) e enviar informação da ocorrência a outros IEDs (controladoras e RDPs). IED Relés Digitais ou Numéricos Principais Funções de Proteção - Proteção de Sobrecorrente: 50/51-A/B/C/N (+67) - Proteção de Distância: 21-A/B/C/N (+85, +67) - Proteção Diferencial: 87-T, 87-G, 87-L e 87-B Outras funções: - Teleproteção; - Religamento Automático; - SOTF (Switch-onto-Fault) ou Line-check: Fechamento manual sob falta; e - Weak-Infeed; IED Controladoras de Bays (vãos) e RTU (Remote Terminal Units) São IEDs que recebem sinais do campo, traçando uma imagem do estado dos contatos auxiliares e sensores. Possuem capacidade de programação, a fim de gerar lógicas de comando e intertravamento, principalmente. São equivalentes aos CLPs da automação industrial. As RTU tornaram-se obsoletas com o advento das controladoras. IED Controladoras de Bays (vãos) e RTU (Remote Terminal Units) Principais Funções: - Controle (predominantemente); - Check de Sincronismo (25); - Medição; Arquitetura Semelhante ao relé digital de proteção no que diz respeito ao processamento digital e estimação fasorial. Realiza as funções de verificação de sincronismo, comando e controle dos equipamentos de pátio e medição de grandezas (Potência, fator de potência, etc). IED Controladoras de Bays (vãos) e RTU (Remote Terminal Units) Função de Controle As UCs são os dispositivos que garantem a automação da subestação. Possuem funções de controle como: Intertravamento de chaves seccionadoras; Seleção de Comando (Local/Remoto); Manobra do Disjuntor de Transferência Bloqueio/Liberação do Religamento Automático (A/R); Disjuntor Pronto (Pressão e SF6 OK); e Lógica de Bloqueio IED Controladoras de Bays (vãos) e RTU (Remote Terminal Units) Função de Check de Sincronismo para Fechamento Manual As UCs são os dispositivos que garantem que o disjuntor comandado pelo sistema de proteção, do qual faz parte, feche por comando manual respeitando diferenças adequadas de tensão, ângulo e frequência (entre seus terminais). IED Controladoras de Bays (vãos) e RTU (Remote Terminal Units) Exemplo: A flexibilidade das UC digitais permite que correções de defasagem angular e erros dos Tis sejam compesandos via software, substituindo os antigos transformadores auxiliares. IED Registradores Digitais de Perturbação (RDPs) São IEDs com alta capacidade de amostragem de sinais analógicos (V e I) e digitais (estados de chaves, disjuntores, dos relés, etc), assim como de armazenamento, permitindo o registro, para análise futura, de sinais gerados durante perturbações; IED Registradores Digitais de Perturbação (RDPs) Principal Função: Armazenar medições de grandezas analógicas e digitais antes, durante e, se possível, após a falta; Sequencial de Eventos; Localização de Defeito; Arquitetura Diferentemente do relé digital de proteção, o RDP possui capacidade de processamento superior (tipicamente frequências de amostragem entre 15 e 30 kHz), pois não divide seu processamento com outras funções que não sejam de medição/monitoração; IED Registradores Digitais de Perturbação (RDPs) Função de Registro de Oscilografia É parametrizado para “disparar” (trigger), registrando grandezas analógicas e digitais pré-determinadas; Gera arquivos em formato padronizado (independente de fabricante) denominado COMTRADE. O formato COMTRADE é aberto em softwares proprietários do fabricantes (visualizadores). DIAGRAMAS LÓGICOS (PARTE 1) INTRODUÇÃO A automação de sistemas elétricos, particularmente de subestações, é realizada através de lógicas integradas de proteção e controle implantadas nos IEDs; As lógicas dos IEDs são realizadas por equacionamentos booleanos em que as variáveis são: As entradas e saídas digitais; Os pontos internos (“flags”) aos IEDs associados às funções de proteção e controle; As saídas de comparadores (entre ajustes e medições). INTRODUÇÃO Os IEDs executam diversas lógicas suporte para os processos de proteção e controle, mas que possuem importância vital nestes processos; Exemplo: Lógica de Pólos Abertos (“Pólos Mortos”) INTRODUÇÃO Lógica de Pólos Mortos Fonte: Manual SEL421 INTRODUÇÃO A elaboração das lógicas de automação exige o conhecimento do controle, entradas e saídas binárias e das informações que são ativadas quando da partida das funções de proteção; O projeto lógico de automação e proteção deve ser realizado tendo em conta as interações com os diversos equipamentos que devem constar no projeto executivo funcional; É necessário o conhecimento prévio de análise de projetos funcionais. INTRODUÇÃO As lógicas de controle são usadas para: Substituir as tradicionais chaves de controle do painel; Eliminar a fiação entre o relé e a Unidade Terminal Remota (UTR); Substituir os tradicionais relés de selo biestáveis (“latching relays”); Substituir as tradicionais lâmpadas de sinalização do painel. LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO DE SECCIONADORAS E DISJUNTOR LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Os intertravamentos são necessários para evitar que as seccionadoras sejam comandadas sob condição de carga; Para cada arranjo da subestação, há uma lógica específica que contemplaas diversas possibilidades de manobras; Para cada equipamento do vão, existem condições diferentes que devem ser analisadas nas lógicas de intertravamento. LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Como referência, considerar uma subestação de 138 kV, com arranjo de barra principal e transferência, apresentada abaixo: LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Neste tipo de arranjo, fazem parte da lógica de intertravamento: as seccionadoras de barra, de linha, de aterramento e de transferência, além dos disjuntores do vão e de transferência; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Seccionadora do lado da barra; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Seccionadora do lado da barra LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Seccionadora do lado da linha; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Seccionadora do lado da linha; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Seccionadora de bypass; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Seccionadora de bypass; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico – Disjuntor; LÓGICA DE INTERTRAVAMENTO Diagrama Lógico EXEMPLO SE PIRIPIRI (CHESF) LÓGICA DE FECHAMENTO SOBRE FALTA (“SWITCH-ONTO-FAULT”) LÓGICA DE FECHAMENTO SOBRE FALTA (SOTF) A lógica de fechamento sobre falta é destinada às situações de fechamento de um disjuntor sobre um defeito já existente [1]; Um exemplo de fechamento sobre falta é o fechamento de um disjuntor com um aterramento temporário, utilizado pelas equipes de manutenção; Este curto-circuito deverá ser eliminado imediatamente, sem temporização, e ainda bloquear o religamento automático; LÓGICA DE FECHAMENTO SOBRE FALTA (SOTF) A lógica de SOTF permite selecionar os elementos de proteção que devem dar “trip”. Geralemnte são escolhidas as funções de distância e sobrecorrente; Há um tempo associado à detecção de linha aberta para a efetiva ativação do SOTF; A lógica de SOTF é habilitada através da abertura tripolar (monitoramento do contato auxiliar do disjuntor) e/ou pelo monitoramento do sinal de comando de fechamento do disjuntor. OBS: a detecção da abertura pode ser realizada tanto por contato como por medição de grandezas. LÓGICA DE FECHAMENTO SOBRE FALTA (SOTF) Lógica de SOTF LÓGICA DE FECHAMENTO SOBRE FALTA (SOTF) Lógica de SOTF LÓGICA DE FECHAMENTO SOBRE FALTA (SOTF) Lógica de SOTF [1] Tutorial de diagramas lógicos de esquemas de proteção e controle; SEL, revisão 2. REFERÊNCIAS
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