Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE – UNIVLLE RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Aula prática 10 – Solução Tampão BRUNO HENRIQUE HARDT KALANY ISHIHARA LUIZ HENRIQUE LANDUCCI GARBIN RODRIGO HOBOLD WEBER SANDRO ROGÉRIO KUMINECK JUNIOR JOINVILLE / SC 2016 BRUNO HENRIQUE HARDT KALANY ISHIHARA LUIZ HENRIQUE LANDUCCI GARBIN RODRIGO HOBOLD WEBER SANDRO ROGÉRIO KUMINECK JUNIOR RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA: Aula prática 10 – Solução Tampão Relatório de aula prática apresentado a Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE, como requisito de avaliação. Professora: Dr. Jamile Rampinelli JOINVILLE / SC 2016 1. INTRODUÇÃO Para iniciar a compreensão sobre tampões temos que nos remeter a teoria de Brönsted. Segundo Marzzoco e Torres (1999, 3) Brönsted definiu os ácidos como substancias capazes de doar prótons e bases como substancias capazes de receber prótons. Sendo assim HCl, H2SO4, NH4+, são considerados ácidos. O íon ou a molécula resultante da dissociação (Cl-, HSO4+, NH3) são chamados de base conjugada, pois podem receber um próton, tornando-se novamente um ácido conjugado. Alguns ácidos podem se dissociar totalmente, chama-se ácidos fortes, já outros não se dissociam totalmente, sendo chamados de ácidos fracos (Marzzoco e Torres, 1999, p. 3). Segundo Motta (2003, 26) os tampões são soluções que resistem a mudanças de pH quando adicionadas quantidades mínimas de H+ (ácido) ou OH- (base); sendo formados por um ácido conjugado e uma base conjugada. Um exemplo de tampão é a do ácido acético (CH3COOH), que é um ácido fraco; sendo ele dissolvido em água, obtém-se uma dissociação parcial. O ácido acético é um ácido conjugado. Ele tem por forma iônica o íon acetato (CH3COO-), que é denominado uma base conjugada. Segundo Laurentino (2014, 63) “a ação tampão dessas soluções reside no fato delas conterem um par conjugado ácido-base em apreciável concentração, o que explica o poder neutralizante dessas soluções, tento para ácidos como para bases. ” Segundo Motta (2006, 26) a resistência a mudança de pH de um tampão depende de dois fatores: a concentração do tampão e a relação molar entre a base e o ácido conjugado. “A solução de um ácido fraco em água apresenta uma concentração de HA muito maior do que A, [...]. Se esta solução for submetida a uma continua adição de álcali, haverá uma progressiva dissociação do ácido, cuja concentração diminui, e um consequente aumento da concentração de A, acompanhados de aumento no valor de pH. Se a quantidade de álcali adicionado for grande, a concentração de HÁ acaba tornando-se tão reduzida que passa a ser insuficiente para compensar, com sua dissociação, novas adições de álcalis. A partir desse ponto, o pH sofrerá aumentos significativos a cada nova adição de álcali, mostrando que o sistema perdeu suas propriedades de tampão. O mesmo acorrerá quando, com constate adição de prótons, esgotar-se praticamente a espécie base conjugada – novas adições de prótons, que não encontrarão mais base conjugada à qual associar-se, provocando a queda do pH.” (MARZZOCO e TORRES, 1999, p. 5) Segundo Motta (2006, 25) “os fluidos intracelulares e extracelulares dos organismos são dependentes dos sistemas tampões para a manutenção da vida. ” Segundo Marzzoco e Torres (1999, 3) outro exemplo é as atividades das enzimas, que necessitam de pH constante, devido ao processo de liberação e captação de prótons do meio aquoso que estão dissolvidas. Tudo isso é graças a existência do sistema tampão. Segundo Terci e Rossi (2001, p. 684) indicadores são substancias que mudam sua cor dependendo da característica físico-químicas da solução em função de diversos fatores. Podem ser classificados de acordo com o mecanismo de mudança de cor ou dos tipos de titulação a serem aplicados. Os ácidos-bases são orgânicos fracamente ácidas ou básicas que apresentam cores diferentes nas formas protonadas ou desprotonadas, significando mudança de acordo dom o pH. Segundo o GEPEQ da USP (1995, p. 32) por ter cores variadas em meio básico ou ácido, o extrato do repolho roxo - que possui a ancitocina em sua composição, que é quem faz a mudança na coloração - constitui um bom indicador universal, substituindo os papeis indicadores, que só são adquiridos em lojas e não são encontrados em todas as regiões do país. As colorações em seus pHs podem ser vistos na Figura 1. Devido a isso, este trabalho tem por objetivo, analisar as propriedades de uma solução tampão de ácida acético e acetato de sódio, com ajuda do indicador natural de repolho roxo. Figura 1: Faixa de pH - Repolho roxo Fonte: Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/exper1.pdf> Acesso em: 23 ago.2016 2. RESULTADOS E DISSCUÇÕES Foram feitos testes com o indicador natural do suco do repolho roxo, onde foram colocados 3 mL de soluções já preparadas de HCl, NaOH e H2O, em tubos de ensaio,10 a 15 gotas do indicador e obteve-se os seguintes resultados, visto na Tabela 1. Tabela 1: Coloração das soluções com indicador natural Substancia Coloração observada HCl ROSA NaOH VERDE H2O INCOLOR Segundo a teoria, para ser considerados ácido, a coloração do indicador deve ficar entre rosa e vermelho, e para base, a coloração deve ficar entre verde e amarelado, essas duas colorações se confirmam experimentalmente, mas a água não, pois segundo a teoria a água com pH de 7 tende a ficar na coloração roxa, vedo então que isso não ocorre experimentalmente. Tais resultados mostram-se satisfatório, pois dentre três soluções duas obtiveram êxito e uma não, isso pode ter ocorrido pela água estar contaminada ou por ter-se colocado pouca quantidade de indicador na solução. Para se avaliar a ação do tampão, o processo foi divido em três partes. 2.1. PARTE A Nesta parte, em três tubos de ensaio foram adicionados 2 mL de água e de 10 a 15 gotas do indicador, foram adicionados 1 gota de HCl 0,1 mol/L no tubo 1 e 1 gota de NaOH 0,1 mol/L, sendo o tubo 2 o controle, obteve-se então os resultados expressos na Tabela 2. Fonte: Os Autores (2016) Tabela 2: Resultado da ação sem tampão Coloração observada TUBO 1 A Água + ácido ROSA TUBO 2 A Água (controle) ROXO TUBO 3 A Água + base VERDE CLARO Neste procedimento pode-se notar que o experimento correspondeu com a teoria onde o ácido obteve uma coloração rosa, a base verde e a água roxa. 2.2. PARTE B Repetiu-se o procedimento substituindo a água pelo tampão ácido acético/acetato e obteve-se os seguintes resultados expressos na Tabela 3. Tabela 3: Resultado da ação do tampão Coloração observada TUBO 1 B Tampão + ácido ROSA TUBO 2 B Tampão + água ROSA TUBO 3B Tampão + base ROSA Sabendo que o tampão faz com que o pH de uma solução se mantenha e que o tampão preparado, é um tampão ácido, pode-se provar que os resultados comprovam a ação do tampão, que é de manter seu pH constante. 2.3. PARTE C Nesta parte do procedimento foi adicionado gota a gota a solução de HCl 0,1 mol/L no TUBO 1 B e gota a gota a solução de NaOH 0,1 mol/L no TUBO 3 B até observar mudanças na coloração, o número de gotas pode ser visto na Tabela 4. Diluiu-se a em 10 vezes menor, para o preparo de 10 mL se solução diluída. Foram numerados mais dois tubos 1 C e 3 C onde foram adicionados 2 mL do tampão e 15 Fonte: Os Autores (2016) Fonte: Os Autores(2016) gotas do indicador, depois foram adicionando-se gota a gota as soluções de HCl e NaOH respectivamente nos tubos de ensaio até observar a mudança de coloração, podendo ser observado na tabela 4. Tabela 4: Resultado da ação do tampão diluído Nº de gotas de HCl 0,1 mol/L para alterar a cor Nº de gotas de NaOH 0,1 mol/L para altera a cor Tampão TUBO 1 B 15 gotas ---------------- TUBO 3 B ------------------ 28 gotas Tampão diluído TUBO 1 C 20 gotas ----------------- TUBO 2 C ------------------ 10 gotas Pode-se notar que devido à pouca quantidade de ácido acético e acetato de sódio necessitou-se de pouca quantidade de solução para poder alterar a ação do tampão. 3. CONCLUSÃO Neste trabalho pode-se concluir que o efeito tampão é muito importante para a nossa sobrevivência, além disso pode-se notar perfeitamente como o efeito do tampão ocorre, ele “segura” o pH da solução não deixando que se altere, até que alguém coloque qualquer outro reagente na mistura, fazendo com que o tampão perca suas propriedades gradativamente. Com esse trabalho pode-se notar que o tampão é um bom agente para momentos em que você precise manter o pH de um meio constante. Por esse motivo pode-se dizer que a aula foi bem satisfatória, e que o objetivo inicial que era de analisar as propriedades dos tampões, mais em especial o tampão ácido acético/acetato. Fonte: Os Autores (2016) REFERENCIAS GEPEQ; Estudando o equilíbrio ácido-base: Extrato do repolho roxo como indicador universal de Ph, Universidade do Estado de São Paulo, p. 32 e 33 Química Nova na escola, Nº 1, maio 1995. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc01/exper1.pdf> Acesso em: 23 ago. 2016 MARZZOCO, Anita; TORRES, Bayardo B.; Bioquímica Basica; 2 ed., Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1999 MOTTA, Valter R.; Bioquímica clínica para o Laboratório: princípios e intrepetações; 4 ed., Porto Alegre: Editora Médica Missau: São Paulo: Robe Editorial, EDUSC – Caxias do Sul, 2003 TEREI, Daniela B. Lopes; ROSSI, Adriana V.; Indicadores naturais de pH: usar papel ou solução?, Instituto de Química, Universidade do Estado de Campinas, São Paulo, 2001; Química Nova, Vol. 25, No. 4, p.684-688,2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/qn/v25n4/10546.pdf> Acesso em: 23 ago. 2016
Compartilhar