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1 Degeneração (Acúmulos intracelulares) 2 Degeneração Processo regressivo reversível, resultante de lesões não letais, com manifestação de alterações morfológicas e funcionais das célula. Célula lesada não metaboliza substâncias com consequente acúmulo anormal no citoplasma. 3 Classificação Tabela: Distúrbios celulares Distúrbio do metabolismo Acúmulo intracelular Designações Hídrico celular água Degeneração hidrotópica Lipídico celular lipídeos Esteatose Glicídico celular Glicogênio Glicogenoses Protídico celular Proteínas Degeneração hialina Degeneração Hidrópica Acúmulo de água e eletrólitos no interior celular. Classificação: 1- Inchação Turva: distribuição do excesso de água é homogêneo. 2- Degeneração vacuolar: acúmulo de água em vacúolos. 5 A) ALTERAÇÕES HÍDRICAS INTRACELULARES A.1) INCHAÇÃO TURVA (ou EDEMA CELULAR) “Rápida entrada de água para o interior da célula” A inchação turva é, geralmente, a primeira manifestação de um processo regressivo apresentado pela célula agredida, devido ao desequilibrio do Transporte de água e de íons. 6 A.2) DEGENERAÇÃO VACUOLAR Diante da persistência dessa etiopatogenia, pode evoluir para a degeneração vacuolar, que se caracteriza por ser um... Estado mais avançado de edema celular: maior quantidade de água nas organelas, presença de formas granulares e grande número de vacúolos citoplasmáticos. 7 Edema intracelular em epitélio de pele. Observe o aspecto vacuolizado (citoplasma com cor branca) que a célula adquire devido ao acúmulo hídrico intracelular (HE, 400X). 8 Características Microscópicas da degeneração vacuolar Citoplasma opaco, turvo, com transparência diminuída mascarando o núcleo. Aumento do volume celular, vacuolização citoplasmática 9 10 Etiologia Hipóxia Infecções bacterianas e virais Hipertermia Intoxicações endógenas e exogénas. 11 Patogenia Isquemia (hipóxia) ↓ Falta de O2 ↓ ATP (edema mitocondrial) Bomba Na/K na membrana Bomba de Ca Síntese protéica Entrada de Na Ca entra no citosol Metab. anaeróbio Edema do RER (inchação turva) Ativação de fosfolipase pH Lesão de membrana Liberação de enzimas lisossomicas, ativadas Entrada maciça de H2O e Ca em pH ácido NECROSE 12 Patogenia Ataque Primeiro à respiração aeróbica Perda de ATP(fonte de energia) Aumenta a glicólise anaeróbica Aumento de Ac. Láctico e fosfatos inorgânicos, reduzindo o pH Redução do funcionamento da bomba de K+/ Na+ (por redução de ATP) Aumento de Na+ no citoplasma, acompanhado de aumento de água. 13 Maior aumento da foto anterior, em que se nota o deslocamento do núcleo celular devido ao acúmulo hídrico intracitoplasmático (setas) (HE, 200X Lipídios - Lipidoses Todas as classes podem se acumular: Triglicerídeos Colesterol Fosfolipídios 15 Alterações lipídicas Esteatose (Degeneração Gordurosa) Deposição anormal de triglicerídeos nas células parenquimatosas. Causas: Toxinas Desnutrição protéica Diabetes melito Obesidade Anóxia Grande efeito do alcoolismo FÍGADO!! Ác. graxos livres hepatócitos – metabolizados Triglicerídeos Colesterol ou fosfolipídeos Corpos cetônicos associação com apoproteínas para formar lipoproteínas. Acúmulo excessivo de triglicerídeos pode resultar na deficiência de qualquer um destes eventos. Outras agressões: Álcool: defeitos celulares hepáticos. Desnutrição protéica: apoproteína (A e B). Alcoolismo crônico – efeito mais agressivo Colesterol e ésteres de colesterol Aterosclerose Xantomas 24 Acúmulo anormal reversível de lipídeos no citoplasma de células (túbulos renais, hepatócitos, e fibras do miocárdio), formando vacúolos em consequência de desequilíbrios na síntese, utilização ou mobilização. Esteatose 25 Características macroscópicas As modificações no volume e coloração do órgão afetado (depende da causa da esteatose e da quantidade de lípides acumulado). Geralmente ocorre de volume, consistência (órgão mais pastoso), friabilidade e amarelamento, além da presença de gorduras emulsionadas. 26 · Esteatose : acúmulo intracelular lipídico que envolve alterações nos processos celulares de armazenagem de gorduras. · O armazenagem normal de gordura neutra nas células: ligação físico-química dessa substância com fosfolípides (lipídeos combinados com fósforo). · ”Mascaramento” da gordura neutra (não fica visível microscopicamente). · A estabilidade dessa estrutura depende, entre outros fatores, da manutenção da proporção entre fosfolipídios e gordura. · A não-visualização de elementos gordurosos nas células durante o exame microscópico é, portanto, indicativo de homeostase e morfostase. 27 · A esteatose se origina da alteração dessa proporção devido ao comprometimento da síntese de fosfolípideos. · Há uma diminuição da produção de fosfolipídeos devido a quedas metabólicas das células, o que indica que houve uma agressão e perda da homeostase. Com a redução de fosfolípides, há uma mudança no arranjo físico-químico entre essa substância e a gordura neutra, que fica “desmascarada”, ou seja, torna-se microscopicamente visível e corável. 28 · Tóxica: substância tóxica que provoque diminuição do metabolismo celular. Ex.: álcool, tetracloreto de carbono. · Anóxica: falta de oxigênio leva à queda de ATP, diminuindo, assim, a síntese de fosfolipídios pela redução metabólica. · Nutricional: carência nutricional induz uma diminuição na quantidade de moléculas fosfolipídicas, alterando a sua relação com a gordura neutra, tornando o componente lipídico visível na célula. Uma dieta rica em gorduras também pode originar a esteatose. A absorção direta desses lipídios pela célula provoca o acúmulo gorduroso no citoplasma. Nesse caso, entretanto, não existe redução metabólica celular, mas a absorção de gorduras pelas células encontra-se desequilibrada devido à concentração lipídica extracelular, o que estimula a absorção celular. CAUSAS DA ESTEATOSE 29 Características Microscópicas Este quadro avançado de esteatose apresenta até mesmo gordura extracelular (espaços brancos indicativosda presença de gordura, perdida durante o processamento histológico) (HE, 400X) 30 Características macroscópicas 31 No fígado: de volume e peso (as vezes de 1,5 para 3 a 6 Kg, no ser humano) com bordas abauladas e consistência amolecida, coloração amarelada, superfície externa lisa e brilhante. No coração: afeta principalmente os músculos papilares, determinando o aparecimento de listras amareladas ("tipo coração tigrado") quando focal. Todo amarelado e flácido quando difusa. Nos rins: de volume, palidez e amarelamento. Proteínas Apresentação na forma de gotículas, vacúolos ou agregados arredondados citoplasmáticos. Proteinúria – lesões renais Defeitos no processo de síntese protéica – agregados protéicos. Acúmulo de IgG dentro dos plasmócitos: corpúsculos de Russel Degeneração Hialina Conceito: acúmulo intracelular de proteínas, conferindo às células e tecidos aspecto hialino. Morfotintorial: Acúmulo de material acidófilo, vítreo, no interior da célula de natureza protéica. 34 "Alterações regressivas celulares que provocam o aparecimento de material nos tecidos cujo aspecto é róseo e vítreo nos preparos histológicos corados por hematoxilina e eosina (material hialino)" · · O material hialino é constituído predominantemente por proteínas - mais comumente representadas por fibras, como a colágeno - e uma pequena quantidade de carboidratos. · O aparecimento do material hialino intra ou extracelularmente pode ser atribuído a alterações celulares no mecanismo de metabolização protéica, que é mantido normalmente por um equilíbrio entre a síntese e a degradação dessas substâncias. 35 Alterações protéicas do tipo Hialina Corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos: Corpúsculos de Russel, em plasmócitos - Agregação de globulinas (tipo "colar de pérolas"). É esférico, homogêneo, acidófilo e birrefringente, e é visto com frequência na Salmonelose aguda e na Osteomielite crônica. 36 Acúmulo intracelular de substância hialina. Ao centro, observa-se o corpúsculo de Russell (bem eosinofílico). Ao redor, nota-se grande quantidade de plasmócitos (cabeça de seta) e, no estroma, grande quantidade de imunoglobulinas (setas) 37 QUELÓIDES -Defeitos na cicatrização. -Formação excessiva de tecido conjuntivo denso em cicatriz cutânea: fibras colágenas irregulares, grossas. -Reações heterólogas nos mecanismos de cicatrização. -Pode constituir os quelóides e as cicatrizes de ferimentos extensos. -Há perda de elasticidade dos tecidos de cicatrização, que se tornam mais brilhantes e mais rígidos clinicamente. 38 Corte histológico de um tecido cicatricial em mucosa jugal. Observa-se grande quantidade de fibras colágenas e pouquíssimas células (HE, 200X). 39 40 “Deposição de material hialínico de natureza protéica no interstício, de maneira localizada ou generalizada”. · Envolve mecanismos relacionados à síntese protéica e às atividades dos macrófagos. · Provável degeneração macrofágica, com redução metabólica nessa célula e uma conseqüente diminuição de sua atividade lisossômica. · Cmprometimento da função lisossômica macrofágica: acúmulo de substâncias protéicas não digeridas em seu citoplasma. · A secreção das mesmas no interstício origina o que é denominado, microscopicamente, de substância amilóide. Infiltração- Alteração intersticial Amiloidose 41 Amiloidose em supra-renal. Notar a intensa deposição protéica por todo parênquima e estroma, como substituição destes. Esta é uma forma generalizada (HE, 100X). 42 · TIPOS: Amiloidose primária: não apresenta causa evidente; • Amiloidose secundária: inflamação crônica; • Amiloidose em cânceres; • Amiloidose em tumores benignos isolados; • Amiloidose com padrões hereditários; • Amiloidose associada à senilidade. 43 · A substância amilóide pode ser observada em praticamente todos os tecidos, principalmente em aqueles com grandes destruições, como as inflamações crônicas, cujos produtos de degradação poderiam desencadear processos imunológicos e levar a deficiências macrofágicas. · A substância amilóide assume uma coloração róseo-avermelhada quando corada com o vermelho-congo. Essa característica é que a diferencia dos outros tipos de substâncias hialinas (como fibrina, colágeno) ao exame microscópio. 44 Coloração com vermelho-congo, evidenciando a substância amilóide em tumor odontogênico (Tumor de Pindborg) (Vermelho-congo, 200X). Glicogênio - Glicogenoses Defeitos enzimáticos na síntese ou no metabolismo do glicogênio resultando em acúmulo exagerado intracelular. Diabetes melito: células epiteliais dos túbulos renais, células hepáticas, células beta das ilhotas de Langerhans e células miocárdicas.
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