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Material de Estudo I Hist. Ed. Fis.

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Centro Universitário de Itajubá - FEPI
Curso:	Educação Física - 1º Per.
Disciplina: 	História da Educação Física e do Esporte
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Ementa: Análise histórica da Educação Física e dos esportes como fenômenos culturais da sociedade moderna. A evolução da prática pedagógica da Educação Física nos séculos XVIII, XIX e XX.
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Objetivo Geral: Promover o conhecimento e a análise da evolução da Educação Física e dos Esportes no processo histórico. 
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Bibliografia Básica:
MANACORDA, M. A. História da Educação: Da Antiguidade aos Nossos Dias. São Paulo, SP: Editora Cortez, 2006.
CASTELLANI FILHO, P. L. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 13ª ed. Campinas, SP: Editora Papirus, 2007.
PRONI, M. W; LUCENA, R. F. Esporte: história e sociedade. Campinas, SP: Editora Autores Associados, 2002.
Bibliografia Complementar:
FOUCAULT, M. A Vigiar e Punir: O Nascimento da Prisão. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2007.
NETO, A. F. Pesquisa Histórica na Educação Física. Brasileira. Vitória, ES: 1996.
OLIVEIRA, V. M. O que é Educação Física. 11ª ed. São Paulo, SP: Editora Brasiliense, 2006.
DUARTE, Orlando. História dos Esportes. 4ª ed. São Paulo, SP: Editora Senac, 2004.
OLIVEIRA, J. A. Educação Física: Tendências e Perspectivas. Revista APEF, Londrina, PR: v.9, n.16, 1994.
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A ATIVIDADE FÍSICA NA ANTIGUIDADE
Pré-história: quando o homem primitivo sentiu a necessidade de lutar, fugir ou caçar para sobreviver. Por essa razão estava constantemente exercitando-se. Realizava exercícios naturais, praticando uma Atividade Física espontânea. 	 	
Assim o homem à luz da ciência executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé: anda, corre, salta, arremessa, escala, empurra, puxa e etc.
Há cerca de 5.000 anos, na China treina-se o kung-fu. No ano de 3.000 A.C. o Imperador Hoang Ti, pensando no progresso do seu povo pregava, além do caráter guerreiro, os exercícios físicos com finalidades higiênicas e terapêuticas. Os chineses também sempre foram hábeis caçadores, lutadores, nadadores, praticantes de esgrima, do hipismo. É o primeiro povo que se tem notícia que introduziu no Oriente  a profissão do treinador físico, que passava para os jovens os ensinamentos obtidos ao longo da vida. 
No Egito e Mesopotâmia, o interesse por atividades atléticas ficou registrado em templos e tumbas. Em 2700 a.C. os egípcios praticavam, com fins militares, a luta corpo-a-corpo, combate com varas e com espadas, acrobatismo, arco e flecha, vela, jogos de bola e eventos eqüestres. Já usavam, embora rudimentares, materiais de apoio, tais como tronco de árvores, pesos e lanças. Textos egípcios mostram a importância da atividade física na preparação do faraó e membros da corte.
A Atividade Física mostra-se também presente em achados arqueológicos: monumentos babilônicos, assírios e hebreus com representações de jogos com bola, natação, acrobacia e danças.
Os Caldeus, os Sumários e os Assírios cultuavam a força e a resistência física. Desenvolveram  a sua formação guerreira através de um adestramento no uso do arco e flecha, na prática de equitação e na luta.
Os japoneses sempre deram grande importância às Atividades Físicas, quase sempre ligadas aos fundamentos médicos-higiênicos, fisiológicos, morais, religiosos e guerreiros. A maioria dos esportes surgiu das artes marciais, e eram utilizados para a educação, formação do caráter e treinamento de crianças, principalmente da classe de Samurais. Dos esportes mais tradicionais destacamos o sumô, que possui uma história de aproximadamente 2.000 anos. 
Na Índia, no primeiro milênio, os exercícios físicos eram indispensáveis às necessidades militares além do caráter fisiológico. Buda atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências para a suprema felicidade do Nirvana, (no budismo, estado de ausência total de sofrimento). Nessa mesma época surge a Yoga.
O ESPORTE NA GRÉCIA ANTIGA
Mas é na Grécia Antiga que o esporte passa a ocupar um lugar de destaque na sociedade. A Atividade Física deixa o campo militar e se torna motivo de distinção social. 
	A estética, o físico e o intelecto faziam parte de sua busca para perfeição, sendo que um belo corpo era tão importante quanto uma mente brilhante – Men sana in corpore sano.
	Para os gregos cada idade tinha a sua própria beleza e a juventude tinha a posse de um corpo capaz de resistir a todas as formas de competição, seja na pista de corridas ou na força física.
	A prática esportiva é a única atividade que, mesmo gerando suor, causa orgulho nos cidadãos. O trabalho, por exemplo, cabe ao escravo e não confere prestígio aos homens livres. 
	O esporte na Grécia Antiga também apresenta características que mesclam guerra e religião. Os antigos gregos não tinham fim de semana de lazer, eles trabalhavam todos os dias, exceto nos mais de 50 feriados religiosos e eventos esportivos, onde destacavam-se os Jogos Olímpicos ou Olimpíadas. Originalmente conhecidas como Festival Olímpico, faziam parte dos quatro grandes festivais religiosos pan-helênicos celebrados na Grécia Antiga e eram assistidos por visitantes vindos de todas cidades-estado que formavam o mundo grego. Os demais festivais eram o Pítico, O Ístmico e o Nemeu.
	Sediado na cidade de Olímpia, em homenagem a Zeus (deus supremo da mitologia grega), o festival Olímpico era muito antigo, mas foi a partir de 776 a C. (data da fundação dos jogos) passou a ser feito um registro ininterrupto dos vencedores.
Apesar de inicialmente possuírem um caráter apenas local, já no final do século VIII a C. os jogos passaram a contar com participantes de todas as partes da região grega do Peloponeso. Eram realizados a cada quatro anos na cidade de Olímpia, durante o verão, época em que se iniciava a contagem da "Olimpíada", o período cronológico de quatro anos utilizado para datar eventos históricos.
Originalmente os atletas competiam nus e as mulheres eram excluídas dos jogos. 
Os atletas que infringiam as regras estabelecidas, eram multados rigorosamente, sendo que da receita das multas eram erigidas estátuas de bronze a Zeus. Os vencedores recebiam uma palma ou coroa de oliveira, além de outras recompensas de sua cidade, para a qual a vitória representava grande glória. De volta à terra natal eram triunfalmente acolhidos, podendo inclusive, receber alimentação gratuita pelo resto de suas vidas. A homenagem podia consistir até na ereção de uma estátua do vencedor, além de poemas que poderiam ser escritos por Píndaro, poeta lírico que produziu diversas obras, destacando-se hinos em louvor às vitórias de atletas gregos.
	É interessante observar que já naquela época existiam torcidas com lugares definidos nos estádios. Há alguns anos, uma expedição de arqueólogos europeus e norte-americanos encontrou em Neméia, evidências de grandes concentrações de moedas de Argos bem atrás do lugar onde ficavam os juízes. Como os jogos de Neméia eram controlados por Argos, a torcida escolhia esse local do estádio, para forçar que as decisões dos juízes fossem favoráveis a Argos.
	 A realização das provas e jogos tinha o poder de paralisar guerras. 
	Os jogos olímpicos reuniam a elite da sociedade - cidadãos que não tinham cometido assassinato ou outros crimes graves. Nessa época surgiu o lema olímpico: "Citius, altius, fortius", cuja tradução - "o mais rápido, o mais alto, o mais forte" - representa a projeção de um ideal de corpo humano. 
O ESPORTE NA ROMA ANTIGA
Com a conquista da Grécia Antiga pelos romanos, em 456 a.C, os jogos olímpicos entram em declínio. A proposta de integrar os cidadãos em competições marcadas pela cordialidade cede espaço a disputas cada vez mais violentas. Passando a ser encaradas comocombates.
O exercício físico tinha, para os romanos, como objetivo principal a preparação militar e num segundo plano a prática de atividades desportivas como as corridas de carros e os combates de gladiadores que estavam sempre ligados às questões bélicas. Recordações das magníficas instalações esportivas desta época como as termas, o circo, o estádio, ainda hoje impressionam quem os visita pela magnitude de suas proporções.
Na Grécia e na antiga Roma, a natação fazia parte do treinamento militar, e o simples fato de saber nadar proporcionava certo status social.
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida.
Para manter sob controle essa massa populacional, constituída por muitos desocupados que viviam pelas ruas, as autoridades romanas distribuíam alimentos periodicamente (pão) e promoviam diversos espetáculos públicos (circo). Assim, "PÃO E CIRCO" era a formula utilizada para controlar o povo. Eram tantas as festas e espetáculos que o calendário romano chegou ater 175 feriados por ano.
Entre os espetáculos mais populares estavam as lutas contra animais ferozes e os combates entre gladiadores.
Os gladiadores eram, normalmente, escravos ou prisioneiros de guerra treinados em escolas especiais de luta (ludus gladiatorius).
Nos espetáculos, eles se confrontavam, em geral, com armas diferentes. Os gladiadores gauleses, por exemplo, usavam capacetes, escudos e espadas. Já os samnitas lutavam quase nus, munindo-se se uma espada curta, um elmo e um escudo comprido.
Os gladiadores eram obrigados a lutar ferozmente até que o adversário caísse morto ou ferido. No chão, o gladiador ferido implorava pela vida, erguendo a mão na direção do camarote oficial. A autoridade costumava ouvir a multidão delirante para decidir se o ferido merecia ou não continuar a vivendo. Se apontasse o polegar para cima, o gladiador permaneceria vivo. Se apontasse para baixo, significava morte do vencido.
No final de cada luta do espetáculo vários escravos limpavam a arena, recolhendo cadáveres com um gancho.
Um dos anfiteatros mais utilizados nesses espetáculos violentos foi o Coliseu, que tinha capacidade para abrigar quase 90 mil espectadores.
Alem das lutas de gladiadores, os romanos adoravam os espetáculos de circo e de teatro.
Nos circos, os romanos assistiam a acrobacias realizadas por ginastas e equilibristas. Havia também corridas de cavalos atrelados a carruagens.
No Circo Máximo de Roma, aproximadamente 50 mil pessoas podiam assistir a essas corridas e fazer apostas. 
O ESPORTE NO PERÍODO MEDIEVAL
A idade Média tem início com a divisão do Império Romano (395) por Teodósio I – Imperador cristão que aboliu (394) os Jogos Olímpicos – ou, para outros, com a queda do citado Império no seu lado ocidental (476).
Com a ascensão do cristianismo que perdurou por toda a Idade Média. Surge um homem, afogado em crenças e dogmas religiosos, que só era encorajado à conquista celestial. O total descaso pelas coisas materiais estabelecia um absoluto divórcio entre o físico e o intelectual.
O culto ao corpo era um verdadeiro pecado sendo também chamado por alguns autores, de "Idade das Trevas". Os exercícios físicos eram a base da preparação militar dos soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela igreja.
Vem da época medieval, com o monopólio educacional exercido pela igreja, o tradicional conceito de educação como disciplina. Os castigos corporais são subprodutos de um autoritarismo que impede uma efetiva ação pedagógica. A Educação Física, apesar de não merecer um destaque especial, recebeu uma atenção cuidadosa na preparação dos cavaleiros. A Cavalaria era uma instituição militar destinada a uma minoria, quase sempre aristocrática, visando o fiel cumprimento de proteção aos proprietários de terras (feudos). Os cavaleiros recebiam um treinamento onde o xadrez era a única prática intelectual, havendo muitos deles que não sabiam ler nem escrever. Eram muito hábeis na equitação, caça, esgrima, lança e arco e flecha. Os torneios e as justas representam a culminância dos exercícios físicos dos cavaleiros medievais e serviam, nos tempos de paz, como preparação para a guerra. [...]
Quando falamos sobre esporte não podemos deixar de fazer uma referência especial à Inglaterra, que desde essa época destaca-se como o núcleo de uma mentalidade verdadeiramente esportiva no mundo ocidental. Ao contrário dos gregos – que consagraram um lugar de honra ao atletismo -, o esporte medieval preferiu as atividades coletivas. Aqui, os jogos com bola exerceram maior atração. Dentre eles encontramos o soule, um violento esporte jogado com as mãos e pés e que foi ancestral do futebol e do rugby. Na Itália encontramos o seu correspondente, lá denominado cálcio. O jogo de malha era uma variação do soule e era desenvolvido com um bastão, aparecendo metamorfoseado no atual hockey. Havia, ainda, concorrendo em popularidade com o soule, a palma ou frontão, que em sua evolução veio desembocar no tênis. O outro esporte individual que se propagou significativamente foi a luta. Encontramos, ainda, a existência de centenas de jogos infantis praticados nos feudos – apesar da falta de incentivo oficial m-, denotando a irresistível vocação lúdica do ser humano.
A época medieval teve duração milenária, somente terminando com a queda da capital oriental (1453).
O ESPORTE NO PERÍODO RENASCENTISTA
O Renascimento foi um movimento intelectual, estético e social que representou uma reação à decadente estrutura feudal do início do século XIV. Representou uma nova concepção do mundo e do homem, havendo um redescobrimento da individualidade, do espírito crítico e da liberdade no ser humano. O reconhecimento desses traços de individualidade devolveu à criatura humana o papel de protagonista: é o antropocentrismo, em oposição ao teocentrismo medieval.inspirado nas obras da Antigüidade Clássica, esse humanismo renascente voltou a valorizar o belo, resgatando a importância do corpo. A Educação Física torna a ser assunto dos intelectuais, numa tentativa de reintegração do físico e do estético às preocupações educacionais.
A produção renascentista foi rica em tratados pedagógicos, num visível contraste com a Idade Média, que não nos legou nenhuma obra de filosofia educacional. Ao lado de Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci, Rafel, Shakespeare, Cervantes e Camões, surgem grandes precursores no campo educacional e estabelecidas foram as bases da nova educação Física. No campo prático, na primeira metade do século XVIII e nos que o antecederam, pouco foi feito, mas os intelectuais, sobretudo alguns professores objetivos, através de seus trabalhos, já apontavam um desenvolvimento promissor.
O “David”, de Miguel Ângelo, é de tal perfeição que os músculos parecem mover-se debaixo da pele. Os desenhos de Leonardo da Vinci sobre as proporções do corpo humano constituem obra admirável.
O centro cultural que, durante muitos séculos, esteve na Grécia, renasce inicialmente na Itália, projetando ensinamentos para todo o mundo ocidental.
Pouco a pouco, os exercícios físicos, praticados de maneira espontânea pelo povo, foram retomando, como na Velha Grécia, por indicação de uns tantos educadores, seu lugar no quadro da educação integral.
Numa declarada oposição ao magister dixit medieval – o Mestre disse, apregoa-se, agora, uma pedagogia liberal e destituída do autoritarismo do ensino escolástico. A educação Física é reintroduzida nos currículos elitistas, onde os exercícios físicos – o salto, a corrida, a natação, a luta, a equitação, o jogo da pelota, a dança e a pesca – constituem-se em prioridades para o ideal da educação cortesã.
Um sem número de pensadores renascentistas dedicou suas reflexões à importância dos exercícios físicos. Da Vinci escreveu Estudo dos movimentos dos músculos earticulações, um dos primeiros tratados de biomecânica que o mundo conheceu. François Rabelais (1494-1553), filósofo, médico e grande escritor francês, era um amigo da natureza. Rebelou-se contra o ensino escolástico de sua época e defendeu, de maneira constante e tenaz, o direito do homem de viver ao ar livre e de desenvolver ao máximo suas faculdades físicas e espirituais. Defendeu as práticas naturais para a educação e, por isto, os jogos e os esportes deviam ser explorados. Miguel de Montaigne (1553-1592), francês, exaltava a importância da atividade esportiva, quando defendia que não só a alma deve ser enrijecida, mas também o corpo. Francis Bacon (1561-1626), filosofo e estadista inglês, defendia a execução de exercícios naturais, havendo estudado a manutenção orgânica e o desenvolvimento físico pelo aspecto filosófico. Jean Jacques Rousseau (1712-1778), nascido em Genebra, publicou várias obras, dentre as quais, pelo seu conteúdo pedagógico, ressalta o romance Emílio. Nele preconiza a prática dos exercícios físicos, a necessidade do esforço, a vida ao ar livre, o aleitamento materno, a alimentação pura e sadia, o uso de roupas adequadas às condições climáticas e o arejamento da habitação, como elementos essenciais à saúde e ao desenvolvimento do organismo.
Pedagogos , literatos e filósofos foram influenciados por Rousseau. Eis alguns pensamentos de Rosseau: “Quem quiser ser forte espiritualmente deve cultivar as suas forças física”.; “Quanto mais fraco é o corpo, mais ele domina; quanto mais forte, mais obediente será ao espírito”; Cultivai a inteligência de seu filho, mas antes de tudo, cultivai o seu físico, porque é ele que orienta o desenvolvimento mental; é necessário primeiro tornar seu filho são e forte, para poder vê-lo, mais tarde, inteligente e sadio”.
John Locke (1632-1704), filósofo inglês, foi o grande representante de uma teoria que formulava um conceito disciplinar de educação. Inspirado em Montaigne, suas idéias influíram, mais tarde, nas doutrinas pedagógicas de Rousseau. Interessou-se pela educação da infância e da juventude. Fez excelentes apreciações acerca da saúde, da formação moral, das punições e recompensas, do prazer e da recreação, das vantagens do jogo, da música, da equitação e da esgrima.
Muitos foram os educadores, precursores de uma nova tendência e avalizaram a inclusão da ginástica, jogos e esportes nas escolas. Suas idéias fertilizaram o campo onde, na segunda metade do século XVIII, foram fundamentados os alicerces da Educação Física escolar. 
É também no século XVIII onde podemos encontrar os reais precursores de uma educação física e consequentemente o profissional que atuaria  nessa área, que iria se firmar  no horizonte pedagógico do século seguinte. Basedow fundou (1774) na Alemanha o primeiro estabelecimento escolar - desde a Grécia Clássica - com um currículo onde a ginástica e a disciplinas intelectuais tinham o mesmo peso. Oriundo da escola de Basedow e também imbuído do mesmo espírito humanista de inspiração rousseauísta, Salzmann funda (1784), também na Alemanha, outra escola que reconheceu valores pedagógicos nos exercícios físicos. Também influenciado por Rousseau e considerado o fundador da escola primária popular, vislumbramos a figura de Pestalozzi. 
 	João Pestalozzi (1746–1827) nasceu em Zurique, Suíça. Interessou-se por educação física, chegando a fazer incursões  até mesmo no campo da metodologia. Orientou a ginástica por parâmetros médicos, objetivando correção de postura. Pode se perceber que novas técnicas foram acrescentadas no ensino à educação física, portanto o professor começa a ser mais exigido. Esse processo deriva do fato de que, as práticas esportivas não mais se restringem aquela parcela que se interessam puramente pelo desempenho esportivo. A educação física está  a partir deste momento, ligada diretamente a educação, formação  e desenvolvimento da sociedade. 
O ESPORTE NA IDADE MODERNA
 A idade moderna continuou o seu caminho, trilhando ao longo dos 200 anos que separaram o renascimento dos tempos contemporâneos. O século que se seguiu às Revoluções Industrial e Francesa encontrou um mundo diferente. A utilização de máquinas no processo de produção e a burguesia assentada no poder configuram um quadro, no mínimo, desafiador para o homem contemporâneo. Vários fatores foram determinantes para o verdadeiro renascimento físico que ocorreu na Idade Contemporânea, principalmente no campo ginástico. Deste período podemos destacar, o crescimento das cidades e a conseqüente diminuição do espaço livre, a especialização profissional que determinou a permanência dos trabalhadores numa mesma posição durante longas horas, concorrendo para o aumento dos problemas posturais. 
Tudo concorreu para que um verdadeiro renascimento físico levasse muitos a dedicarem uma atenção maior à educação física. Dentre estes decretamos três correntes que, pela sua importância, podem caracterizar a história dessa ciência durante o século XIX. São elas: 1) a alemã, que representa um notável impulso pedagógico aos exercícios físicos, exigindo mais do professor. Os exercícios físicos não eram meios de educação escolar, mas sim de Educação do povo. 2) A corrente nórdica onde  frutificaram as idéias pedagógicas alemãs. Nesse país foi criado (1804) um instituto militar de ginástica, o mais antigo estabelecimento especializado do mundo. Quatro anos após, inaugurou-se um instituto civil de professores de educação física. A sueca que  preocupava-se coma execução correta dos exercícios, emprestando-lhes um sentido corretivo, como Pestalozzi (1746-1827), pedagogo e educador suíço, já havia feito. 3) A corrente francesa foi a de maior importância, pois dela chegaram os primeiros estímulos que vieram a constituir os alicerces da educação física brasileira. O que caracterizava a ginástica francesa era o seu marcante espírito militar, uma preocupação básica com o desenvolvimento da força muscular, não sendo, pois, adequada a ambientes escolares. Mesmo assim, foi introduzida nas escolas francesas, sem cultura geral nem formação pedagógica.  Fora da esfera escolar, a importância creditada ao esporte atingiu a sua culminância na Inglaterra, de onde se difundiu inicialmente para a Europa e, depois, para a América.
Em síntese, no fim do século XIX, houve três linhas doutrinárias de atividade física: a ginástica nacionalista (alemã), que valoriza aspectos ligados ao patriotismo e à ordem; a ginástica médica (sueca), voltada para fins terapêuticos e preventivos; e o movimento do esporte (inglês), que introduz a concepção moderna de esporte e impulsiona a restauração do movimento olímpico, com o barão Pierre de Coubertin. Esta última linha prevalece e leva à realização da primeira Olimpíada da Era Moderna em 1896, em Atenas.
RESSURGIMENTO DOS JOGOS OLÍMPICOS
Durante mais de 2.000 anos os Jogos Olímpicos foram somente história. Em fim do século XIX, entretanto, um eminente educador e filantropo francês, Pierre de Fredy “Barão de Coubertin” (1863-1937), empenhou-se em fazê-los ressurgir, convencido de que as glórias da Grécia, na sua idade de Ouro, eram devidas, em grande parte, ao impulso que se dera à cultura física e à celebração de festivais esportivos. 
Ao longo de sua rica existência lutou em duas grandes frentes: a educação popular e o esporte. Em nome dos trabalhadores e da juventude forjou o humanismo da sua obra, sendo porém, no âmbito esportivo que ficou historicamente conhecido. 
Após um período de meditação sobre a maneira de restaurar os Jogos, Coubertin referiu-se a eles, pela primeira vez, a alguns amigos íntimos, em 1888. Mais tarde, em 1892, expôs publicamente o assunto na Sorbonne (Paris), anunciando o reaparecimento dos Jogos, modernizados e com uma faceta nitidamente internacional. Sustentando, com um trabalho admirável junto a vários países, a idéia de que só benefícios podiam advir da realização periódica de competições internacionais, em que se oferecessem aos atletas amadores de todas as nacionalidades iguais oportunidadesde triunfo, o Barão de Coubertin conseguiu, em 1894, no mesmo lugar da reunião anterior, doze nações, representadas por setenta e nove delegados, que ratificaram, por unanimidade, a proposta de reviver as competições olímpicas, fato importante na história da cultura e do desporto. Na mesma ocasião, constituíram um Comitê Olímpico Internacional (COI).
A formação cultural de Coubertin, seu maravilhoso estilo, sua oratória convincente, sua memória privilegiada, seu estilo poético e sua extraordinária inteligência, aliados à sua personalidade cativante e à sua tenacidade sem limites, serviram para quebrar todas as resistências. Tinha um espírito independente, não conhecia o desânimo e enfrentava com desassombro quaisquer situações. Ademais, possuía extraordinário sentido de ordem, demonstrando desde seus primeiros trabalhos científicos, sabendo relacionar as coisas admiravelmente. 
Dois anos após a organização do Comitê, em 1896, no estádio de Atenas, reconstruído, a Grécia celebrava, com grande entusiasmo, os Primeiros Jogos Olímpicos Contemporâneos.
Desde então, as Olimpíadas se têm repetido de 4 em 4 anos, exceto as correspondentes aos anos de 1916,1940 e 1944, quando o mundo estava em guerra. Foram sede dos Jogos Olímpicos as seguintes cidades: Paris (1900); Saint Louis (1904); Londres (1908); Estocolmo (1912); Antuérpia (1920); Paris (1924); Amsterdã (1928); Los Angeles (1932); Berlim (1936); Londres (1948); Helsinki (1952); Melbourne (1956); Roma (1960); Tóquio (1964); México (1968); Munique (1972); Montreal (1976); Moscou (1980); Los Angeles (1984); Seul (1988); Barcelona (1992); Atlanta (1996); Sydney (2000); Atenas (2004); Beijing (2008). 
A projeção que os Jogos Olímpicos adquiriram obrigou ao desdobramento da sua programação. Assim, desde 1924 os esportes de inverno constituem olimpíada à parte. Realizaram-se pela primeira vez em Chamonix e, depois, em Saint Moritz (1928),Lake Placid (1932), Garmisch-Partenkirchen (1936), Saint Moritz (1948), Oslo (1952), Cortina D'Ampezzo (1956), Squaw Valley (1960), Innsbruck (1964), Grenoble (1968) e Sapporo (1972)...
Costumes e Símbolos. Inspiram-se os Jogos Olímpicos nos ideais de seu fundador. Uma frase do Barão Pierre de Coubertin, que se tornou o lema do esporte amador: O importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas tomar parte; o importante na vida não é triunfar, mas esforçar-se; o essencial não é haver conquistado, mas haver lutado”. 
Todos os participantes das Olimpíadas são obrigados a alojar-se num conjunto especial de residência, denominado Vila Olímpica. Esse costume é um incentivo à própria essência dos Jogos, que é a da aproximação dos povos por intermédio dos seus esportistas. Homens e mulheres de todos os continentes vivem, durante alguns dias, o mesmo ambiente de amizade, acima das rivalidades e dos preconceitos.
O controle dos Jogos Olímpicos está ao cargo do Comitê Olímpico Internacional, criado junto com o certame, cuja sede é Mon Repôs, Lausanne (Suíça). Ao C.O.I. filiam-se os comitês nacionais, que em 1960, à época dos Jogos de Roma, somavam 87. 
Apesar da tentativa de influência política, que insiste em atribuir contagem de pontos para a afirmação da superioridade de determinado país sobre os demais, os Jogos Olímpicos não admitem esses critérios. As vitórias são exclusivamente individuais. Aos ganhadores até o 3° lugar são conferidas medalhas, respectivamente, de ouro, prata e bronze.
Cinco argolas entrelaçadas representam o símbolo olímpico. Foram idealizadas também pelo Barão de Coubertin em 1914, mas só apareceram nos Jogos de 1920. Essas argolas estão inscritas numa bandeira de fundo branco, liso, e suas cores representam os continentes: azul, Europa; amarelo,Ásia; preto,África; verde,Austrália; e vermelho, América.
	Desde que os jogos Olímpicos tiveram início, botons eram usados pelos atletas como forma de troca entre seleções. No primeiro ano dos jogos já havia um boton oficial da Coca-Cola, o que demonstrou o interesse da empresa em participar do evento. O ano de 1921 marca a era da publicidade nos Jogos Olímpicos. Em 1928, a Coca-Cola entra definitivamente nas Olimpíadas.
O C.O.I. designava a sede dos Jogos Olímpicos seis anos antes de cada realização sendo livre as inscrições. O país que promove a competição compõe o hino Olímpico daquele ano, que é tocado nas principais cerimônias. Durante a entrega das medalhas aos vencedores é executado o hino do país a que pertence o campeão. Tradição dos Jogos Olímpicos é ainda o transporte da chama olímpica, que, desde 1936, após ser acesa em Olímpia (Grécia), é conduzida por atletas, em revezamento até os locais dos Jogos, cruzando estradas, montes e maresia a chama só se apaga na solenidade de encerramento dos Jogos.
Amadorismo. O conceito de amadorismo tem sido um dos maiores problemas olímpicos após a II Guerra Mundial. Os regulamentos do C.O.I. proíbem a participação de profissionais, ou quem quer que usufrua vantagem do esporte. Mas, dado o interesse dos países em participar dos Jogos Olímpicos, iniciando praticamente no fim de cada competição os preparativos para a seguinte, aquele conceito se modificou e pode ameaçar as Olimpíadas na forma como atualmente são encaradas. Há nações cujos governos quase que isolam seus atletas das atividades normais do trabalho, sustentando-os em troca de um treinamento intensivo.
Desde o seu renascimento, com interrupções apenas durante as duas guerras mundiais, os jogos olímpicos tem-se realizado de 4 em 4 anos, cada vez com maior êxito. Em 1896, em Atenas, 13 países estiveram representados põe um total de 285 atletas. Em 2004, em Atenas, o número de países chegou a 199, enquanto o de atletas foi de aproximadamente 10.500.
Se, por um lado, esse crescimento representa a vitória do ideal olímpico moderno, por outro gera, no mundo dos esportes, uma série de problemas que os estudiosos atribuem ao próprio gigantismo dos jogos. Em primeiro lugar, torna-se cada vez mais difícil organizá-los, pelo altíssimo investimento financeiro que representam ( os alemães ocidentais gastaram cerca de 630 milhões de dólares com os de Munique ). Depois, pela importância que a vitória nos campos do esporte passou a ter em termos de prestígio político. Finalmente, por outros problemas mais gerais, como o doping e o falso amadorismo.
Mas alguns dos princípios olímpicos, lançados por Coubertin, ou por aqueles que o sucederam, têm sido mantidos. Oficialmente, os jogos continuam restritos a atletas amadores. O direito de organizá-los é concedido a uma cidade, nunca um país. Não se contam pontos por países. Ao atleta campeão é concedida uma medalha de ouro; ao segundo lugar, uma medalha de prata; ao terceiro, uma medalha de bronze. Os que tiraram de quarto a sexto lugar ganham diplomas especiais. Em apenas 4 modalidades de esportes se reconhece recordes olímpicos: atletismo, natação, tiro e halterofilismo. Os jogos nunca podem durar mais de 16 dias, do desfile de abertura à festa de encerramento. Não se permite publicidade de espécie alguma, nos cartazes, boletins informativos e programas oficiais, ou em material usados pelos atletas.
A EDUCAÇÃO FÍSICA - RESUMO HISTÓRICO
HOMEM PRIMITIVO:	 Tinha sua vida cotidiana assinalada, sobretudo, por duas grandes preocupações – atacar e defender-se. Para sobreviver estava constantemente exercitando-se. Aprendeu naturalmente a caçar, pescar, nadar,...
POVO EGÍPCIO:	Valorizava o que se conhece hoje como qualidades físicas: equilíbrio, força, flexibilidade e resistência. Já usavam, embora rudimentares, materiais de apoio tais como tronco de árvores, pesos e lanças. 
ÍNDIA: Primeiro milênio, os exercícios físicos eram indispensáveis às necessidades militares além do caráter fisiológico. Buda, atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências. Nessa mesma época surge a Yoga.
POVO GREGO:	 A ginástica visava ao aperfeiçoamento físico, à beleza e à harmonia de formas, por meio de exercícios e jogos praticados nos ginásios. Os exercíciosfísicos possuíam finalidade moral ou estética. Criador dos Jogos Olímpicos.
POVO ROMANO: Três Períodos: Tempo da Monarquia – visava somente à preparação militar. Tempo dos Cônsules e das Grandes Conquistas - acentuou a predominância guerreira com algumas práticas higiênicas e desportivas. Tempo do Império – época dos espetáculos circenses, cruéis e sanguinários com seus combates de gladiadores. 
ÉPOCA MEDIEVAL:. 
Queda do império romano – ascensão do cristianismo. 
A idade Média tem início com a divisão do Império Romano (395) por Teodósio I – Imperador cristão que aboliu (394) os Jogos Olímpicos – ou, para outros, com a queda do citado Império no seu lado ocidental (476).
Crenças e dogmas religiosos.
Total descaso pelas coisas materiais. O culto ao corpo era um verdadeiro pecado.
Divórcio entre o físico e o intelectual.
Predominavam os torneios e os duelos entre cavaleiros e cavalarias.
Os exercícios físicos eram a base da preparação militar dos soldados, que durante os séculos XI, XII e XIII lutaram nas Cruzadas empreendidas pela igreja.
A Educação Física, apesar de não merecer um destaque especial, recebeu uma atenção cuidadosa na preparação dos cavaleiros. 
Ao contrário dos gregos – que consagraram um lugar de honra ao atletismo -, o esporte medieval preferiu as atividades coletivas. 
Jogos infantis praticados nos feudos.
Os torneios e as justas.
A época medieval teve duração milenária, somente terminando com a queda da capital oriental (1453). 
RENASCIMENTO:	Recuperou-se a concepção dos gregos: uma educação voltada para o homem de forma integral: “o físico, o intelectual e o moral”, retomando dessa forma o valor da atividade física. 
Renascimento - movimento intelectual, estético e social que representou uma reação à decadente estrutura feudal do início do século XIV. 
Uma nova concepção do mundo e do homem, havendo um redescobrimento da individualidade, do espírito crítico e da liberdade no ser humano. 
Antropocentrismo em oposição ao Teocentrismo.
Valorização do belo, resgatando a importância do corpo. 
A Educação Física torna a ser assunto dos intelectuais, numa tentativa de reintegração do físico e do estético às preocupações educacionais.
A produção renascentista foi rica em tratados pedagógicos.
Ao lado de Miguel Ângelo, Leonardo da Vinci, Rafael, Shakespeare, Cervantes e Camões, surgem grandes precursores no campo educacional e estabelecidas foram as bases da nova educação Física
No campo prático, na primeira metade do século XVIII e nos que o antecederam, pouco foi feito, mas os intelectuais, sobretudo alguns professores objetivos, através de seus trabalhos, já apontavam um desenvolvimento promissor.
Os desenhos de Leonardo da Vinci sobre as proporções do corpo humano constituem obra admirável.
O centro cultural que, durante muitos séculos, esteve na Grécia, renasce inicialmente na Itália, projetando ensinamentos para todo o mundo ocidental.
 	Pouco a pouco, os exercícios físicos, praticados de maneira espontânea pelo povo, foram retomando, como na Velha Grécia, por indicação de uns tantos educadores, seu lugar no quadro 
IDADE MODERNA:		O século que se seguiu às Revoluções Industrial e Francesa encontrou um mundo diferente. A utilização de máquinas no processo de produção e a burguesia assentada no poder configuram um quadro, no mínimo, desafiador para o homem contemporâneo
 		Tudo concorreu para que um verdadeiro renascimento físico levasse muitos a dedicarem uma atenção maior à educação física. Dentre estes decretamos três correntes que, pela sua importância, podem caracterizar a história dessa ciência durante o século XIX. São elas: 
A alemã, que representa um notável impulso pedagógico aos exercícios físicos, exigindo mais do professor. Os exercícios físicos não eram meios de educação escolar, mas sim de Educação do povo. 
A corrente nórdica onde  frutificaram as idéias pedagógicas alemãs. Nesse país foi criado (1804) um instituto militar de ginástica, o mais antigo estabelecimento especializado do mundo. 
A corrente francesa foi a de maior importância, pois dela chegaram os primeiros estímulos que vieram a constituir os alicerces da educação física brasileira. 
 	Em síntese, no fim do século XIX, houve três linhas doutrinárias de atividade física: 
A ginástica nacionalista (alemã), que valoriza aspectos ligados ao patriotismo e à ordem.
A ginástica médica (sueca), voltada para fins terapêuticos e preventivos. 
E o movimento do esporte (inglês), que introduz a concepção moderna de esporte e impulsiona a restauração do movimento olímpico, com o barão Pierre de Coubertin. Esta última linha prevalece e leva à realização da primeira Olimpíada da Era Moderna em 1896, em Atenas
RESSURGIMENTO DOS JOGOS OLÍMPICOS:
Pierre de Fredy “Barão de Coubertin” (1863-1937), eminente educador e filantropo francês, empenhou-se em fazer ressurgir os jogos da Grécia Antiga.
1894 – Foi criado o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Em 1896, no estádio de Atenas, reconstruído, a Grécia celebrou a realização dos Primeiros Jogos Olímpicos contemporâneos.
Desde então, as Olimpíadas se têm repetido de 4 em 4 anos, exceto as correspondentes aos anos de 1916,1940 e 1944, quando o mundo estava em guerra. 
Costumes e Símbolos. Inspiram-se os Jogos Olímpicos nos ideais de seu fundador. Uma frase do Barão Pierre de Coubertin, que se tornou o lema do esporte amador: “O importante nos Jogos Olímpicos não é vencer, mas tomar parte”; 
Vila Olímpica: todos os participantes das Olimpíadas são obrigados a alojar-se num conjunto especial de residência. 
Símbolo Olímpico: cinco argolas entrelaçadas, inscritas numa bandeira de fundo branco, liso, suas cores representam os continentes: azul, Europa; amarelo,Ásia; preto,África; verde, Austrália; e vermelho, América.
O C.O.I. designava a sede dos Jogos Olímpicos seis anos antes de cada realização sendo livre as inscrições. 
O país que promove a competição compõe o hino Olímpico daquele ano, que é tocado nas principais cerimônias.
Durante a entrega das medalhas aos vencedores é executado o hino do país a que pertence o campeão. 
Tradição dos Jogos Olímpicos é ainda o transporte da chama olímpica, que, desde 1936, após ser acesa em Olímpia (Grécia), é conduzida por atletas, em revezamento até os locais dos Jogos, cruzando estradas, montes e maresia a chama só se apaga na solenidade de encerramento dos Jogos.
Amadorismo. O conceito de amadorismo tem sido um dos maiores problemas olímpicos após a II Guerra Mundial. Os regulamentos do C.O.I. proíbem a participação de profissionais, ou quem quer que usufrua vantagem do esporte. (Entretanto, na Olimpíada de Barcelona – Espanha (1992), o COI admite a participação de atletas profissionais de todas as modalidades).
 	Princípios olímpicos, lançados por Coubertin, ou por aqueles que o sucederam:
O direito de organizar os jogos é concedido a uma cidade, nunca um país.
 Não se contam pontos por países. 
Ao atleta campeão é concedida uma medalha de ouro; ao segundo lugar, uma medalha de prata; ao terceiro, uma medalha de bronze.
Os que tiraram de quarto a sexto lugar ganham diplomas especiais. 
Em apenas 4 modalidades de esportes se reconhece recordes olímpicos: atletismo, natação, tiro e halterofilismo. 
Os jogos nunca podem durar mais de 16 dias, do desfile de abertura à festa de encerramento 
Não se permite publicidade de espécie alguma, nos cartazes, boletins informativos e programas oficiais, ou em material usados pelos atletas.

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