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AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NEUROLÓGICA Profª Renata Calhes Franco • Anamnese: Entrevista. Ponto inicial no diagnóstico e tratamento. • Averiguar: conhecimento, memória, raciocínio, orientação temporal e espacial, motivação, confusão, atenção, associação de idéias, cognição; depressão, apatia, ansiedade; memória, e outros diagnóstico na clínica anamnese exame clínico (físico) exames laboratoriais / complementares Identificação do paciente: • data • Nome • Endereço / contato • Idade / data de nascimento • Sexo • Raça • Estado civil • Ocupação • Peso – altura / IMC Sobre a doença: • Queixa funcional / principal • Início súbito ou insidioso / Evolução estacionária, regressiva, progressiva, recidivante. • História da moléstia atual • Histórico patológica pregressa • Histórico familiar • Medicamentos • Exames complementares • AVD’s Ivan da Costa Barros - Examinando pacientes - A anamnese. 2004 Queixa Principal • Deve ser única e ser o que o pct refere (palavras do próprio pct). • Não deve ser o “diagnóstico de outro profissional” como “ataxia” e sim “movimentos incoordenados” • Por que o paciente procurou ajuda? História da Doença Atual • Terminologia médica: • Questionar o início dos sintomas, sequencia temporal, qualidade, intensidade, fatores agravantes e de alívio, os sintomas associados. DOR • Aspecto da dor • Há quanto tempo? • Quando dói? • Piora ao movimento passivo ou ativo? • Escala analógica da dor (0-10) • A caracterização da dor (e outros desconforto): – Localização; – Tipo; – Duração, intensidade; – forma de início; – Evolução, seqüência temporal; e – Fatores agravantes e de alívio. História Pregressa: • Dças comuns da infância • Cirurgias • Internações prévias • Medicamentos • Alergias • Traumatismos Histórico Familiar: • CA; • DM; • HA; • Problemas psiquiátricos; • Antecedentes específicos • Sinais vitais: • Inspeção palpação (Observar antes da consulta em si) – Inspeção: pele, trofismo, contorno ósseo, higiene, ferida, hematoma, medidas auxiliares, dentes. –Palpação: temperatura, edema, dor, sensibilidade, crepitação ao movimento. Exame físico inicial • Estado geral: (BEG, REG ou MEG). • CHEAAA: Corado, Hidratado, Eupnéico, Anictérico, Acianótico e Afebril • Exame da pele, esclerótica, mucosa • Estado nutricional: Desnutrido, Obeso (IMC) • Desenvolvimento Normal (Infantilismo, Gigantismo (hiperdesenvolvimento) e Nanismo (hipodesenvolvimento) • Sinais faciais (Fácies sindrômica) Postura : (padronização) • Boa postura em pé • Postura sofrível / Má postura • Escoliose, hipercifose, hiperlordose ou cifoescoliose Pele : • Coloração • Continuidade / Integridade • Turgor • Sensibilidade • Lesões elementares: mancha, bolha, cicatriz, ferida, fístula, escara etc. • Características sindrômicas :ex Sd. Down: dobra epicântica, boca entreaberta, implantação baixa da orelha, alteração da implantação do cabelo, prega simiesca (mão). • Acromegálica: proeminência das maças do rosto, desenvolvimento maxilar inferior, aumento do nariz, lábios, orelhas, pés e mãos. • Cushingóide: rosto arredondado, acne, hirsutismo, obesidade central. NEUROLOGIA DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO: • S.N.C. ENCÉFALO CÉREBRO CEREBELO TRONCO ENCEFÁLICO MEDULA ESPINAL • S.N.P. NERVOS / GÂNGLIOS / TERMINAÇÕES NERVOSAS TEORIA HIERÁRQUICA – S.N.C * CENTROS SUPERIORES ONDE * CENTROS MÉDIOS ESTÁ O PROBLEMA?? * CENTROS INFERIORES Síndrome do Neurônio Motor Superior Síndrome do Neurônio Motor Inferior FORÇA X FUNÇÃO TÔNUS MUSCULAR ESTADO DE TENSÃO MUSCULAR QUE DEVE SER ALTO O SUFICIENTE PARA MANTER A POSTURA E BAIXO O SUFICIENTE PARA PERMITIR O MOVIMENTO. • O que é? Estado de tensão permanente do músculo mesmo quando em repouso. • Como medimos? Resistência ao movimento passivo, realizada em diferentes velocidades e angulações, sempre comparando ao lado oposto Tônus Muscular TÔNUS MUSCULAR COMO AVALIAR: • INSPEÇÃO • PALPAÇÃO • MOBILIZAÇÃO PASSIVA LENTA E RÁPIDA • ESTÁTICO E DINÂMICO TÔNUS MUSCULAR • HIPOTONIA • NORMOTONIA • HIPERTONIA ELÁSTICA PLÁSTICA • FLUTUANTES Tônus Muscular HIPOTONIA • Hipotonia: diminuição do tônus e da resistência a movimentação passiva de uma articulação. • Pode ser de origem neuropática, radicular, medular, cerebelar, extrapiramidal (coréia por ex) ou muscular. • Geralmente acompanha hiperextensibilidade, ↓ FM, hipotrofia e hiporreflexia. TÔNUS MUSCULAR HIPERTONIA ELÁSTICA /ESPASTICIDADE X HIPERTONIA PLÁSTICA Espasticidade • Acometimento neurológico com lesão do neurônio motor superior, apresentando desequilíbrio da contração muscular e aumento do tônus. • Resulta de lesão do cérebro e das vias descendentes do nível de função piramidal e extrapiramidal, podendo ser de origem central ou medular. • Os sinais clínicos da espasticidade aparecem de forma associados a outras alterações motoras próprias da lesão das vias corticoespinhais / piramidal. Características: – Maior reflexo de estiramento – Postura anormal – Padrões de movimento em massa – Clônus – Exacerbação de reflexos tendinosos – Babinski • Reflexo de estiramento ou miotático No estiramento da musculatura, o Fuso Muscular envia estímulos à medula pela fibra nervosa IA provocando a contração da musculatura agonista e relaxamento da antagonista. • Ou seja: a causa principal é o desequilíbrio dos neurônios motores alfa e gama. A lesão das vias supra-espinhais inibitórias levaria a uma hiperatividade dos neurônios gama, deixando o fuso muscular mais sensível ao estiramento e causando uma potencialização pré-sináptica dos motoneurônios alfa. • Motoneurônio Alfa (α-MNs) inerva as fibras musculares extrafusais de músculos esqueléticos e são os responsáveis por iniciar uma contração. • Motoneurônio Gama (γ-MNs) inerva fibras musculares intrafusiais dos fusos musculares. • Características da espasticidade quanto ao predomínio: • Evidente quando ocorre extensão de braço, supinação da mão e flexão do joelho. flexores e pronadores dos MMSS extensores em MMII • Não é homogênea no curso do movimento. Ela aumenta à medida que estiramos ou contraímos o músculo (pelo ↑reflexo miotático da extensão). • Poderá ainda ceder ao final do movimento (sinal do canivete) – o reflexo miotático inverso íntegro ativa o músculo antagonista. • A espasticidade geralmente associa-se a hiperreflexia, sinal de Babinski de ↓FM. Rigidez • A hipertonia pode ter também de origem extrapiramidal : RIGIDEZ. • Características da rigidez: não exerce predomínio entre extensores e flexores, sendo igualmente presente em ambos os movimentos, com predomínio axial. É homogêneo durante movimento passivo e não se alteracom a velocidade. E é incapaz de realizar o relaxamento muscular completo. • Se o M testado for solto bruscamente, ele ficará na mesma posição (roda dentada). Geralmente está associada a bradicinesia, com FM e reflexos preservados Cano de chumbo: resistência uniforme e regular, sem flutuações para o movimento passivo. Escala de Ashworth • A Escala Modificada de Ashworth é a escala mais utilizada na avaliação da espasticidade. Apresenta confiabilidade e reprodutibilidade inter-observador. • Realiza-se movimentação passiva da extremidade e analisa-se presença da resistência ao movimento. TÔNUS MUSCULAR ESCALA DE ASHWORTH MODIFICADA 0 NÃO HÁ AUMENTO DE TÔNUS 1 LEVE AUMENO DE TÔNUS MUSCULAR, MANIFESTADO POR TENSÃO MOMENTÃNEA OU POR RESISTÊNCIA MÍNIMA NO FINAL DA ADM. 1+ LEVE AUMENO DE TÔNUS MUSCULAR, MANIFESTADO POR TENSÃO ABRUPTA SEGUIDA DE MÍNIMA RESISTÊNCIA EM MENOS DA METADE DA ADM RESTANTE. 2 AUMENTO DE TÔNUS MUSCULAR MAIS MARCANTE DURANTE A MAIOR PARTE DA ADM, MAS A REGIÃO É FACILMENTE MOVIDA. 3 CONSIDERÁVEL AUMENTO DE TÔNUS MUSCULAR, O MOVIMENTO PASSIVO É DIFÍCIL 4 PARTE AFETADA RÍGIDA EM FLEXÃO OU EXTENSÃO. Prova de função muscular: (Escala do Conselho de Pesquisa Médica – Escala MRC - Medical Research Council) Avaliação da FM (raízes nervosas) • Comparar sempre os lados D e E • Avaliação de cada grupo muscular nas disfunções do SNP • Relacionar com as raízes nervosas GRAU FUNÇÃO MUSCULAR FM 0 Inatividade absoluta (plegia) FM 1 Abalos musculares apenas visíveis FM 2 Movimentos são possíveis sem gravidade (ex movimentos laterais) FM 3 Movimentos contra gravidade FM 4 Resistência de grau médio contra força exercida pelo examinador FM 5 Resistência máxima • Graduação da FM REFLEXOS • PROFUNDOS: Estilo-radial (C5-C6) / Biciptal (C5-C6) / Triciptal (C6- C8)/ Patelar (L2-L4) / Aquileu ( L5-S2). • SUPERFICIAIS: Clônus / Cutâneo-plantar. REFLEXOS RESPOSTAS: • ARREFLEXIA • HIPORREFLEXIA • NORMORREFLEXIA • HIPERREFLEXIA Reflexos profundos • Resposta do organismo a um estímulo de qualquer natureza. • O arco-reflexo, a base anátomo-funcional dos reflexos, é constituído por uma via aferente, um centro reflexógeno, uma via eferente e um órgão efetuador, geralmente um m. • São graduados em grau 0 – abolido, grau 1 – reduzido, grau 2 – normal, grau 3 – vivo, grau 4 – exaltado ou hipercinético. Reflexos Profundos • Bicipital (C5) Cipriano, JJ. 2005. Manual Fotográfico de Testes Ortopédicos e Neurológicos. 4ª Edicção. Ed manole. Braquiorradial (C5 e C6) flexão e pronação Tricipital (C7) Patelar (L4) Posterior de coxa (L5) Pcte em dd com leve flexão de joelho. Percutir polegar sobre tendão dos mm posteriores da região medial da coxa (semimembranoso e semitendinoso). Aquileu (S1) Reflexos REFLEXO SUPERFICIAL 1. Cutâneo-plantar 2. Clônus • Reflexos patológicos • Sinal de Babinski • clonus CLÔNUS CUTÂNEO-PLANTAR Função motora (regra geral) Estágios de Recuperação (Twitcchell 1951 e Brunnstrom) • Estágio I: breve período de flacidez imediatamente após o episódio agudo. Não é possível observar movimento dos MM. • Estágio 2: Iniciam-se os sinergismos e/ou reações associadas. Pode haver movimento voluntário mínimo.Início da espasticidade. • Estágio 3: Início de controle voluntário dos sinergismos. A Espasticidade aumenta. • Estagio 4: Combinações de movimento (sem sinergismo). A espasticidade começa declinar. • Estágio 5: Aprende combinações mais difíceis de movimentos, a medida que os sinergismos declinam. • Estágio 6: “Desaparecimento da espasticidade”, recuperação da função motora normal. Acometimento • Paresia = • Plegia = Distribuição • Monoparesia/monoplegia = • Diparesia/diplegia = • Paraparesia/paraplegia = • Hemiparesia/hemiplegia = • Tetraparesia/tetraplegia = Acometimento 1 membro 2 membros ou face 2 membros inf. 1 lado do corpo 4 membros incapacidade de realizar movimento fraqueza SENSIBILIDADE • O sentido da pele é o que mais difere de todos os outros sentidos, pois não se restringe somente a uma região especifica em localização. • A superfície sensorial cobre praticamente todo o corpo, sendo o órgão mais extenso, com varias funções, como proteção e mediação das sensações cutâneas SENSIBILIDADE • Como um órgão sensorial a pele dispõe de inúmeras terminações nervosas que podem ser estimuladas de diversas maneiras, para diferenciar as diversas sensações no ambiente. • A sensibilidade cutânea é o efeito sensorial da estimulação da pele. • A pele tem três qualidades cutâneas básicas: A PRESSÃO, A TEMPERATURA E A DOR (Schiffman, 2001). • Perguntar antes do início do exame se há alguma região que sente anestesia (ausência de qualquer tipo de sensibilidade) ou parestesia (sensações de formigamento, queimação ou outra sem estímulos para provocá-las). Avaliação da Sensibilidade José Geraldo Speciali – Technique of the neurologica examination - Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: Semiologia especializada. 1996 • Alterações da sensibilidade: – Anestesia (ausência) – Hipoestesia (diminuição) – Hiperestesia (exacerbação) – Disestesia (alteração ex alfinete sensação em queimação). Causas : Lesão local de nn subcutâneos; AVE , AIT, EM Diminuição aporte sanguíneo e nervoso, Compressão dos nervos Diabetes e outras anomalias químicas , Outras José Geraldo Speciali – Technique of the neurological examination - Medicina, Ribeirão Preto, Simpósio: Semiologia especializada. 1996 • Outras alterações da sensibilidade: – Parestesia (ex formigamento) – Hiperpatia (ex sensação desagradável de longa duração) – Hipoalgesia (ex diminuição da sensação dolorosa) – Hiperalgesia (ex aumento da percepção da sensação dolorosa) – Alodinia (ex sensação dolorosa provocada por estímulo não doloroso) Hüter & Becker. Fisioterapia em Neurologia. Ed Santos. 2008 SENSIBILIDADE • Lesão Encefálica = Segmento Corporal • Lesão Medular = Dermátomos SENSIBILIDADE • Sensibilidade superficial – Tátil: algodão seco, gaze ou pincel – Dolorosa: alfinete ou agulha de costura (romba) – Térmica: tubo com água quente (<45°C) e fria (>15°C) • Sensibilidade profunda – Palestesia: sensação vibratória com diapasão nas eminências ósseas – Artrestesia: propriocepção ou sensibilidade cinético- postural (posição da articulação, coordenação e marcha) • Tátil: • Evitar aplicar pressão. • Perguntar se está sendo estimulado e onde é o estímulo. Comparar a sensação obtida em diferentes partes do corpo. Avaliação da Sensibilidade Superficial • Sistematização: perda de sensibilidade: nível em “luva” ou em “bota” (polineuropatia periférica) dedos raiz • Sensibilidade do tronco direito esquerdo ventral dorsal Sentido cranial • Térmica: Testes: ≠ temperaturas de modo aleatório • Temperatura entre 5⁰C a 40 ⁰C • Focar regiões suspeitas comparando-se com outras, consideradas normais. tubos de ensaio com água quente tubos de ensaio com água gelada dor dor DolorosaTestar com um alfinete de ponta fina para evitar sensação de pressão, mas que não penetre na pele. Utilizar a ponta e a cabeça do alfinete de forma aleatória (perguntar se é “ponta” ou “cabo”) Pressão • utilizar objeto arredondado. • Deve haver pressão suficiente para não ser confundida com a sensibilidade tátil. Entretanto não pode ser tão forte que cause dor. • Proprioceptiva: relacionada à noção da posição de partes do corpo no espaço. • Testes Sensibilidade Profunda (proprioceptiva) Olhos vendados Como estão os MMII? Como está o hálux com movimentação passiva? Movimentar passivamente o M e solicitar fazer o mesmo com lado oposto Palestesia (sensibilidade vibratória) proximal Encoste ora vibrando, ora não vibrando Diapasão (128 ou 258 Hz) Tocar levemente sobre saliências ósseas Explicar que ele deve perceber a vibração (sensibilidade profunda) e não a sensação tátil. distal proximal distal Discriminação de 2 pontos: • Refere-se à menor separação entre dois pontos distintos, porém adjacentes, capaz de começar a produzir impressões diferenciadas de tato • Avalia capacidade de percepção espacial através de um compasso (Aestesiometro. )com 2 estímulos simultâneos ou 1 só estímulo, em ordem aleatória DERMÁTOMOS DERMÁTOMOS • C2= protuberância occiptal • C3= fossa supra-clavicular • C4= borda superior da articulação acrômio-clavicular • C5= borda lateral da fossa cubital • C6= polegar • C7= dedo médio • C8= dedo mínimo • T1= borda medial da fossa cubital • T2= ápice da axila • T3= 3º EIC • T4= 4ª EIC / mamilos • T5= 5º EIC • T6= 6º EIC/ processo xifóide DERMÁTOMOS •T7= 7º EIC •T8= 8º EIC / últimas costelas fixas •T9= 9º EIC •T10= 10º EIC / cicatriz umbilical •T11= 11º EIC •T12= ponto médio do ligamento inguinal •L1= entre T12 e L2 •L2= 1/3 médio anterior da coxa •L3= côndilo femural medial ou interno •L4= maléolo medial ou interno •L5= dorso do pé ao nível da 3ª artic. metatarsofalangeana •S1= borda externa do calcâneo •S2= ponto médio da fossa poplítea •S3= tuberosidade isquiática •S4 / S5 = cavidade peri-anal MIÓTOMOS C5 – Deltóide ou com MS Abd 90º – Bíceps braquial C6 Bíceps braquial Extensor de punho C7 Tríceps braquial Flexor de punho Extensor dos dedos da mão C8 Flexor dos dedos da mão Abdutor dos dedos da mão Interósseos palmares T1 Abdutor e adutor dos dedos da mão • T12, L1, L2, L3 – iliopsoas • L2, L3, L4 – Quadríceps femoral • L4 – Tibial anterior • L5 – Extensor longo do hálux – Glúteo médio (DD OU DL) – Extensor longo e curto dos dedos do pé • S1 - Fibular longo e curto (dorsiflexão e inversão) Coordenação • Utiliza-se manobras simples (≠ apraxia) • Qual diferença entre teste de coordenação e teste de praxia? • R: Atos mais complexos que exigem um envolvimento cortical não são provas de coordenação, mas sim de praxia. antagonistas movimento coordenado sinergistas agonistas COORDENAÇÃO MOTORA Manobras: • Prova índex-nariz • Prova índex-nariz-índex • Prova biíndex-nariz • Prova calcanhar-joelho • Diadocosinesia • Rechaço COORDENAÇÃO MOTORA Respostas -Parametrização- • Hipometria • Normometria • Hipermetria • Dismetria Testes que avaliam coordenação/ lesão cerebelar: • Teste index-nariz • Teste index-index • Calcanhar-joelho • São, em geral, suficientes para avaliar a coordenação de MMSS. As provas podem ser sensibilizadas por movimento lento (por ex dedo do examinador). Coordenação dos movimentos (olhos abertos e fechados). Índex-Índex Índex-nariz Calcanhar-joelho • Alterações observadas: - Na harmonia fases de movimento: mais rápidos e mais lentos - Na medida: interrupção, se pára antes do alvo (hipometria) ou a ultrapassa alvo (hipermetria) e se ocorre erro (dismetria) - Tremor acentua-se quando o índex está parado, próximo do alvo (tremor de intenção). Ocorre pela tentativa de correção • A incoordenação unilateral dos movimentos, nos diversos testes, sugere o comprometimento do hemisfério cerebelar homolateral; • A incoordenação bilateral pode ocorrer em afecções do vermis cerebelar. • Tremor intencional: está ausente no repouso. Ocorre tentativa grosseira de corrigir a dismetria. (ex: cerebelopatia) • Tremor em repouso: Não está presente durante ação voluntária. (Ex: Parkinson) Obs.: não há intenção de tremer, há tremor no movimento intencional Diadococinesia (comprometimento cerebelar). • Testa movimentos rápidos e alternados, onde a ação de mm agonistas e antagonistas de um movimento se alternam rapidamente. Diadococinesia O Equilíbrio é alcançado quando seu centro de massa (CDM) é mantido sobre a base de apoio (BDA) CDM BDA CDG Equilíbrio EQUILÍBRIO - estático Tronco : - dinâmico - estático Postural: - dinâmico EQUILÍBRIO • Estático: Uni e Bipodal – Parado, com os pés juntos e paralelos – Leves empurrões, braços esticados – Fechamento dos olhos • Dinâmico – Marcha com olhos abertos e fechados – Caminhar encostando o hálux no calcanhar a cada passo Romberg cabeça reta ortostatismo durante 1’ olhos fechados \ braços ao longo do corpo calcanhares unidos pontas dos pés 30° para fora • (O exame é considerado alterado se houver queda) COORDENAÇÃO E EQUILÍBRIO ATAXIA: • Falha da coordenação muscular que se traduz na irregularidade ou incapacidade de realização correta e sincrônica de um movimento. ATAXIAS • Cerebelar • Não cerebelar – Sensitiva • Central • Periférica – Frontal – Vestibular • Central • Periférica Escala de Equilíbrio de Berg • O teste é simples, fácil de administrar e seguro para a avaliação de pacientes idosos. • Necessita-se de cronômetro e régua. Tempo de execução ~15’. • Pontuação máx 56, com escala ordinal de 5 alternativas que variam de 0-4 ptos. Silva et al. Equilíbrio. 2008. Coordenação e Agilidade de Idosos Submetidos à Prática de Exercícios Físicos Resistidos. Rev Bras Med Esporte – Vol. 14, No 2 TUG (Timed Up and Go) a) < 20”= baixo risco para quedas b) 20-29” = médio risco para quedas c) ≥ 30 “ = alto risco para quedas. Examinador cronometra Cadeira com encosto Distância de 3m Sujeito deve se levantar, andar até a linha, voltar e sentar Teste de Alcance Funcional fita métrica é fixada à parede. posicionar perpendicularmente à parede a 10 cm de distância. O MS é flexionados a 90º, cotovelos estendidos. Inclinar anteriormente o máxi possível (manter por 3”), sem tirar calcanhar do chão, perder o equilíbrio ou dar passo. Registrar em cm o deslocamento anterior pelo o 3º metacarpo. Teste de Tinetti • Avalia equilíbrio e marcha. • Contém 16 itens (9 equilíbrio e 7 marcha). • Classifica : velocidade, distancia do passo, simetria e equilíbrio em pé, o girar e também as mudançascom olhos fechados. BALANCE • ESTÁTICO - 30 a 40 seg. – Olhos abertos e fechados – Pés unidos – Pés separados – Um pé a frente do outro – Apoio unipodal • Dinâmico – Postura mais alta adotada – Marcha Estabilometria Duarte M. Análise estabilométrica da postura ereta humana quasi- estática. [tese]. São Paulo (SP): Universidade de São Paulo; 2000 • O registro é feito pela posição das coordenadas x, y, (localização da resultante das forças aplicadas na superfície da BDA). Vieira , T MM e Oliveira , L F. Equilíbrio postural de atletas remadores. Rev Bras Med Esporte _ Vol. 12, Nº 3 – Mai/Jun, 2006 MARCHA • Marcha: progressão em que transporta o CDG de um ponto a outro. • Diferente da corrida - pois em nenhum momento perdemos o contato com o solo. • Se necessário, sensibilizar manobras (para ↑ déficits (andar na ponta do pé ou calcanhar); • Observar coordenação e equilíbrio, além de velocidade, distancia, oscilação etc. Marcha MARCHA • USO DE ÓRTESES E/OU DISPOSITIVOS AXILIARES • POSTURA • VELOCIDADE • RITMO • LARGURA DEAMBULATÓRIA • COMPRIMENTO DO PASSO E DA PASSADA • CONTRA-ROTAÇÃO (DISSOCIAÇÃO DE CINTURAS) FASES DA MARCHA • ACEITAÇÃO DE PESO CONTATO INICIAL RESPOSTA A CARGA • APOIO SIMPLES APOIO MÉDIO APOIO TERMINAL • AVANÇO DO MEMBRO PRÉ-BALANÇO BALANÇO INICIAL BALANÇO MÉDIO BALANÇO TERMINAL Uma breve revisão sobre a marcha • Ciclos / Fases da marcha 25% dos 60%: ambos os pés estão apoiados • O ciclo normal da marcha é dividido em 2 fases: • Fase de acomodação (pé em contato com o solo) – Apoio do calcanhar; – Aplainamento do pé; – Acomodação intermediária; e – Impulso. • Fase de oscilação: – Aceleração; – Oscilacão intermediária; – Desaceleração. Extensão da base: • Não excede 5-10cm de um calcanhar a outro. • Se está aumentada suspeita de insegurança ou patologia (cerebelopatia) Oscilação • O CDM (situado a 3-5cm anteriormente a S2) oscila até 5cm no plano vertical. • A pelve e o tronco desviam-se lateralmente ~2cm do lado que está sustentando o peso, (para centralizar o peso do quadril) Padrões: Velocidade: ~90-120 passos/min. O gasto energético é ~100kcal/1,5km. Obs: Alterações na coordenação, equilíbrio e marcha reduzem a eficácia da tarefa e ↑ consumo energético. • Comprimento do passo é ~40cm e da passada é ~80cm. • Alterações nesse parâmetro pode estar relacionado a patologia, ex Parkinson Tipos de marcha • Marcha ataxia cerebelar ou Ebriosa (bêbado) Alteração de equilíbrio, BDS alargada e freqüentemente aparece tremor dos MMII (tremor “intencional”) • Pode haver oscilações para os lados e tendência a quedas. Dificuldade em andar em linha reta (desvio de marcha para o lado do hemisfério lesionado), e o paciente, tenta compensar este erro desviando para o lado oposto, voltando logo para o lado do seu defeito e da compensação. (Ziguezague). Marcha festinante: • Marcha em pequenos passos, com alteração do CDG, em que o paciente tem dificuldade para iniciar a marcha e também para parar. • Ex típico Parkinson Marcha Ceifante • Encontrada nas hemiplegias espásticas. • O MI encontra-se estendido, o pé em eqüino e, às vezes, os dedos flexionados. Quando anda, o ele leva o MI estendido inicialmente para fora, depois para frente, descrevendo um movimento de circundução como se ceifasse a terra. • Marcha tabética Ocorre lesão dos funículos posteriores da medula e assim perda da sensibilidade profunda (não identifica pé tocando chão). Assim, ele “bate” o pé ao andar, para que através da audição, possa saber que já pode movimentar o outro pé. • Marcha histérica Freqüentemente bizarra, não se enquadra em nenhuma das marchas conhecidas ou é uma mistura de várias delas. Geralmente é florida por movimentos supérfluos, irregulares. Técnicas de Avaliação da Marcha • Podograma • É a impressão da planta dos pés sobre uma esteira de papel que permite conhecer o comprimento do passo, da passada, e o padrão de apoio sobre os pés. • A impressão plantar é simples, facilmente disponível, apresenta baixo custo e é uma técnica não invasiva. Computador • Os meios de rastreamento de movimento captam a imagem, transferem ao computador, e este extrai os dados cinemáticos. • Para a captação da imagem, marcas são acopladas a ptos anatômicos, possibilitando o computador construir um modelo 3D do corpo em ação. Eletromiografia (EMG) • Técnica de monitoramento da atividade elétrica do m • A EMG dinâmica pode ser feita por eletrodos de superfície ou intramusculares. • É útil para a detectação de doenças neuromusculares e/ou miopatias TROCAS POSTURAIS CRIANÇA: • DD – DL • ROLAR • DD – SENTADO • SENTADO – GATO (4 APOIOS) • SENTADO – AJOELHADO • AJOELHADO – SEMI-AJOELHADO • SEMI-AJOLEHADO - ORTOSTATISMO TROCAS POSTURAIS ADULTO: • DD – DL • DL – SENTADO • SENTADO – ORTOSTATISMO RESSALVA: PACIENTES JOVENS / ATLETAS ALTERAÇÕES POSTURAIS ALTERAÇÕES POSTURAIS RETRAÇÕES MUSCULARES • ADM • ENCURTAMENTO • DEFORMIDADES AVD • HIGIENE • ALIMENTAÇÃO * independente * semi-dependente • VESTUÁRIO * dependente • TRANSFERÊNCIA FUNÇÃO ÍNDICE DE BARTHEL • AVALIA O POTENCIAL FUNCIONAL DO INDIVÍDUO. • MEDE O GRAU DE ASSISTÊNCIA EXIGIDO POR UM INDIVÍDUO EM 10 ITENS DE AVD. • Avalia grau de independência funcional nas AVD’s. Método quantitativo • É obtido por questionário que determina o grau de independência sem qualquer ajuda física ou verbal. A variação da pontuação: 0 (indivíduo dependente) 100 (independência completa). De 60 a 80 pontos = parcialmente dependente Escore >80 pontos = independente (100 = equivale à completa independência em todas as atividades). Índice de Barthel :10 funções •uso de assento sanitário; • controle intestinal • controle vesical • alimentação; •transferências; • subir/descer degraus • vestir-se; •mobilidade; •banho. •higiene COGNIÇÃO • atenção • percepção • memória • raciocínio • juízo • imaginação • pensamento • linguagem • Consciente: responsivo • Sonolento: quando não requisitado, dorme • Obnubilado: sonolento + desorientado • Torporoso ou Estupor: somente abre os olhos com estímulo doloroso • Coma superficial: não abre os olhos com estímulos dolorosos mas emite alguma resposta • Coma profundo: sem resposta a estímulos dolorosos • Morte cerebral: perda definitiva e irreversível das funções cerebrais (raro) Conteúdo da consciência • Orientação • Conhecimento • Memória • Percepção e julgamento • Concentração • Cálculo • Pensamento abstrato • Fluência verbal Glasgow Abertura ocular (AO) Existem quatro níveis: 4- Olhos se abrem espontaneamente.3- Olhos se abrem ao comando verbal. 2- Olhos se abrem por estímulo doloroso. 1- Olhos não se abrem. Glasgow Melhor resposta motora (MRM) Existem 6 níveis: 6 Obedece ordens verbais. (O paciente faz coisas simples quando lhe é ordenado.) 5 Localiza estímulo doloroso. 4 Retirada inespecífica à dor. 3 Padrão flexor à dor. (decorticação) 2 Padrão extensor à dor. (descerebração) 1 Sem resposta motora. Glasgow Melhor resposta verbal (MRV) Existem 5 níveis: 5 Orientado. (O paciente responde coerentemente e apropriadamente às perguntas sobre seu nome e idade, onde está e porquê, a data etc) 4 Confuso. (O paciente responde às perguntas coerentemente mas há alguma desorientação e confusão) 3 Palavras inapropriadas. (Fala aleatória, mas sem troca conversacional) 2 Sons incompreensiveis. (Gemendo, grunido, sem articular palavras) 1 Ausente. Interpretação Pontuação total: de 3 a 15 3 = Coma profundo; (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo 4 = Coma profundo; 7 = Coma intermediário; 11 = Coma superficial; 15 = Normalidade. • Nível de Consciência (Escala de Glasgow) ESCALA DE RAMSAY (sedação) • Grau 1 - ansioso, agitado, colabora e atende • Grau 2 - cooperativo, orientado, tranquilo colabora e atende • Grau 3 - sonolento, atendendo aos comandos • Grau 4 - dormindo, responde rapidamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso • Grau 5 - dormindo, responde lentamente ao estímulo glabelar ou ao estímulo sonoro vigoroso • Grau 6 - dormindo, sem resposta MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL Pontos 1. Orientação temporal (0-5): ANO – ESTAÇÃO - MÊS – DIA - DIA DA SEMANA 2. Orientação espacial (0-5): ESTADO – RUA - CIDADE - LOCAL – ANDAR 3. Registro (0-3): nomear: PENTE - RUA – CANETA 4. Cálculo- tirar 7 (0-5): 100-93-86-79-65 5. Evocação (0-3): três palavras anteriores: PENTE – RUA – CANETA 6. Linguagem 1 (0-2): nomear um RELÓGIO e uma CANETA 7. Linguagem 2 (0-1): repetir: NEM AQUI, NEM ALI, NEM LÁ 8. Linguagem 3 (0-3): siga o comando: Pegue o papel com a mão direita, dobre-o ao meio, coloque-o em cima da mesa. 9. Linguagem 4 (0-1): ler e obedecer: FECHE OS OLHOS 10. Linguagem 5 (0-1): escreva uma frase completa 11. Linguagem 6 (0-1): copiar o desenho. TOTAL Hemisfério dominante • Linguagem – Compreensão – Repetição – Nominação – Leitura – Escrita • Fasias – Fluência – Compreensão – Repetição – Escrita – ominação AFASIAS • SENSORIAL / COMPREENSÃO • MOTORA / EXPRESSÃO • MISTA AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA • PADRÃO RESPIRATÓRIO • RITMO RESPIRATÓRIO • TIPO DE TÓRAX TRATAMENTO • OBJETIVOS FISIOTERAPÊUTICOS • CONDUTA FISIOTERAPÊUTICA - CURTO PRAZO - MÉDIO PRAZO - LONGO PRAZO PLASTICIDADE APRENDER X REAPRENDER CRIANÇA - ADULTO
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