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Aula_03

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METODOLOGIA E PRÁTICA DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
TAISA COSTA VLIESE 
EAD – PEDAGOGIA - CAMPUS VIRTUAL
Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2011. 
TEORIAS DO CONHECIMENTO E SUA RELAÇÃO COM A ALFABETIZAÇÃO
Qual a repercussão dessas teorias no processo de formação de leitores e escritores?
 Será que as expectativas e a concepção de aprendizagem que o professor apresenta podem influenciar na alfabetização do seu aluno?
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TEORIA EMPIRISTA
Fundamento Filosófico
Fundamento Psicológico
A aprendizagem acontece 
pelo treinamento e pela maturação das estruturas neurológicas. 
Para John Locke, todo conhecimento 
tem origem nos sentidos, vivenciados pelas experiências. 
 
A criança deve ter estruturas nervosas e perceptivas prontas 
para interagir com o meio e extrair dele as experiências alfabetizadoras.
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CONCEPÇÃO DE SUJEITO
Ser passivo, incompleto que deve ser ensinado pelo meio, pois as suas experienciais culturais (não escolares) com a leitura e a escrita não são valorizadas pela escola.
As estruturas neurológicas demoram 6 anos para amadurecerem e poderem aprender a ler e escrever
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CONCEPÇÃO DE ESCRITA EMPIRISTA
Atividade motora que deriva da associação dos estímulos sonoro-auditivos e precisa estar de acordo com as regras da gramática normativa, fazendo com que a criança escreva a partir de um modelo, ou seja, de uma cópia apresentada pelo professor.
Cópia
Ditado
Cobrir linhas
Caligrafia 
EXERCÍCIO MECANICISTA, IMPESSOAL E ARTIFICIAL
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ATIVIDADES DE ESCRITA
 EMPIRISTAS PARA ALFABETIZAR
	
CÓPIAS
DIDATOS
CABEÇALHOS
EXERCÍCIOS VISO-MOTORES
EXERCÍCIOS MIMEOGRAFADOS
ÊNFASE NA FORMA 
E NÃO NO CONTEÚDO
3) VAMOS AJUDAR A ABELHA A ENCONTRAR O POTE DE MEL? LIGUE.
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	Não há reflexão sobre a escrita; não se criam hipóteses como as previstas pelo construtivismo.
	Não há lugar para as práticas discursivas que fazem parte da cultura das crianças que estão no processo de alfabetização.: escrever é uma forma de interação (OSWALD, 1996).
ESCRITA É CÓPIA E REPRODUÇÃO CORRETA DA LÍNGUA
CRÍTICAS FEITAS SOBRE A 
ESCRITA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
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A LEITURA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Atividade de decodificação ou decifração dos sinais gráficos em fonemas.
Mais importante que o significado do texto lido é a composição dos fonemas que formam as palavras, pois através da repetição sonora a criança aprenderá a ler.
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CRÍTICA À LEITURA NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Ler não é caminhar sobre as letras, mas interpretar o mundo e poder lançar sua palavra sobre ele, interferir no mundo pela ação.
Ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só ler. É também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo, escrevê-lo. 
LER E ESCREVER, DENTRO DESTA PERSPECTIVA, É TAMBÉM LIBERTAR-SE. LEITURA E ESCRITA COMO PRÁTICA DE LIBERDADE. 
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MATERIAL DIDÁTICO 
NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
Cartilha e palavras previamente definidas pelo professor para a apresentação das dificuldades ortográficas em uma ordem crescente para as crianças.
Problema. Aprender a ler é aprender a decifrar a escrita.
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AMBIENTE ALFABETIZADOR 
NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
É aquele em que as palavras, as lições, os textos já estão prontos, as crianças são concebidas como sujeitos passivos que deverão aprender de acordo com as apresentações feitas pelo professor. 
Cópias, ditados, caligrafia e vários instrumentos priorizam a forma em detrimento do conteúdo da escrita.
Repetição para 
memorização
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LETRAMENTO NA CONCEPÇÃO EMPIRISTA
A criança não participa de forma ativa no processo de aprendizagem: suas experiências culturais (não escolares) com a leitura e a escrita não são valorizadas pela escola.
Será que as competências exigidas aos leitores e escritores da atualidade são exercitadas neste paradigma empirista?
a)Como vamos contemplar a diversidade de gêneros?
b) Como o aluno vai aprender a decifrar a escrita?
Por que há tantas críticas se nos alfabetizamos
 assim e chagamos à universidade
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A LITERATURA NA 
CONCEPÇÃO EMPIRISTA 
“Os alunos se imobilizavam nos bancos: cinco horas de suplício, uma crucificação. Certo dia vi moscas na cara de um roendo o canto do olho, entrando no canto do olho. E o olho sem se mexer, como se o menino estivesse morto. Não há prisão pior do que uma escola primária no interior” (Graciliano Ramos , 1980, p. 200). 
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MOMENTO ATIVIDADE 
COLÉGIO GOTAS MÁGICAS DO SABER
AULA: ALFABETIZAÇÃO
TIA: DULCE
COPIE:
MARIA
X
X
X
CIRCULE AS VOGAIS
A B C F E G I J W P B O 
4) COPIE E SEPARE AS SÍLABAS:
MARIA
3) RECORTE E COLE AS
 LETRAS DO SEU NOME
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CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA
Fundamento Filosófico
Fundamento Psicológico
Conhecimento enquanto uma estrutura que parte de partes mais elementares para as mais complexas.
O conhecimento é construído na interação com os objetos culturais através dos sucessivos desequilíbrios, assimilações e acomodações na estrutura cognitiva.
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CONCEPÇÃO DE SUJEITO
Ativo e cognitivo 
– constrói conhecimento a partir dos desafios que lhe são impostos pelo ambiente.
Sua estrutura cognitiva muda a partir das mudanças neurológicas que sofrem maturação ao longo da vida
Teoria da psicogênese da escrita 
Assim como há fases de desenvolvimento da cognição, há fases comuns a todas as crianças no que se refere à aquisição da criança 
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MUDANÇA DE PARADIGMA 
ALFABETIZADOR
Muda-se a lógica da alfabetização: 
A criança é um sujeito em permanente construção do seu conhecimento ;
b) Não se considera que há erro e sim um processo de aprendizagem em andamento.
Rompe-se com a visão inatista ou empirista de conceber a alfabetização como ensinamento do código alfabético: identifica-se a natureza alfabética da escrita.
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CONCEPÇÃO DE ESCRITA
A criança na concepção construtivista escreve refletindo sobre as suas hipóteses de construção da palavra. 
a) a escrita não é mais concebida como simples transcrição do sonoro para um código visual;
b) a linguagem não é reduzida a uma série de sons;
c) os programas de preparação para a leitura e a escrita não ficam centrados na discriminação das formas audiovisuais e auditivas : observa-se a natureza da escrita. 
Escrita como sistema de representação = aprendizagem é a apropriação de um novo objeto de conhecimento, ou seja, numa aprendizagem conceitual” (Ferreiro, 1989).
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PARA QUE SERVE DIAGNOSTICAR 
AS FASES DA ESCRITA?
Precisamos didatizar essa informação.
Escolher atividades de ensino que estimulem a necessária construção de hipóteses pelo aluno de modo ativo e participativo;
 Para uma melhor compreensão da mediação desenvolvida pelo alfabetizador entre o sujeito (aluno) e o objeto (leitura/escrita), superando as contradições e limitações das posturas de alfabetização, à dinâmica processual no interior da sala de aula.
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CONCEPÇÃO DE LEITURA
Quanto menor uma palavra, mais difícil será a leitura.
Hipóteses: Variação e quantidade mínima de caracteres
A criança precisa diferenciar letras, números, desenhos e palavras
CRÍTICA
O s processos de leitura e escrita são mais complexos que os conflitos cognitivos destacados na psicogênese: precisam ser trabalhadas dentro dos contextos discursivos em que são produzidas
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MOMENTO ATIVIDADE
ESCREVA DA FORMA COMO SABE SEU NOME E O NOME DOS SEUS COLEGAS.
FAÇA O RETRATO DO SEU AMIGO AO LADO DE CADA NOME.
 ESCREVA OS NOMES QUE INICIAM COM A LETRA M.
 COM AS LETRAS DE FORMA, ESCREVA PALAVRAS SOBRE AMIZADE.
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LETRAMENTO NA 
CONCEPÇÃO CONSTRUTIVISTA
Conheça algumas críticas
Conhecer as fases da escrita não significa que a alfabetização circunscreve apenas elas.
Escrever implica, desde sua gênese, a constituição de sentido.
O diagnóstico deve ser feito, mas os processos de leitura
e escrita são mais complexos que os conflitos cognitivos destacados na psicogênese: precisam ser trabalhadas dentro dos contextos discursivos em que são produzidas. 
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Escrever é uma forma de interação com o outro pelo trabalho de escritura – para quem eu escrevo, o que escrevo e por quê ? 
Exemplos: 
a) Uma lista de palavras soltas para lembrar algo;
b) Pode escrever, ou tentar escrever um texto, mesmo fragmentado, para registrar, narrar, dizer... 
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TEORIA SÓCIO-INTERACIONISTA 
Fundamento Filosófico
Fundamento Psicológico
Para Karl Marx, a formação do sujeito deve ser analisada frente as condições materiais de sua existência. 
LINGUA E CULTURA
O Ser Humano se constitui na Interação Sócio-cultural.
A partir dos estímulos recebidos, o nosso cérebro se transforma e ganha característica psicológicas próprias.
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CONCEPÇÃO DE SUJEITO NA 
CONCEPÇÃO SOCIO-INTERACIONISTA
Nosso desenvolvimento e nossa aprendizagem acontecem na interação dos 4 planos genéticos:
Sociogênese – Influência da cultura
Filogênse- História da nossa espécie humana
Ontogênese – Nossa história pessoal
Microgênese – História de cada processo psicológico.
Somos sujeitos datados, históricos e nosso desenvolvimento 
depende das condições materiais de nossa época
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CONCEPÇÃO DE LEITURA E DE ESCRITA 
SÓCIO-INTERACONISTA
O conhecimento é construído socialmente: 
não há uma única forma de escrever, pois a escrita revela dialetos e as variáveis linguísticas, tão comuns num país com amplitude continental como o nosso. 
Não há uma única forma de compreender os textos, pois eles são ricos em significados e dependem da subjetividade do leitor. 
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AMBIENTE ALFABETIZADOR NA 
CONCEPÇÃO SÓCIO-INTERACIONISTA
Um ambiente em que os gêneros textuais e as possibilidades de produção textual para comunicação, registro, leitura e lazer são tão grandes que colaboram na formação do gosto e das competências necessárias para ler, escrever e oralizar.
Leitura e escrita fazem parte de práticas discursivas. São vivas e têm relação coma função social que apresentam na sociedade.
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RELAÇÃO ENTRE SÓCIO-INTERACIONISMO 
E A OBRA DE PAULO FREIRE
Leitura e escrita como elementos transformadores de consciência e,
 portanto, da sociedade.
O homem é constituído pelas práticas materiais e culturais e dialeticamente também cria e transforma a cultura
Práticas de leitura, escrita e oralidade são importantes elementos simbólicos para o desenvolvimento das funções mentais superiores.
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MOMENTO ATIVIDADE
Vamos pesquisar a origem do seu nome? Pergunte à sua família quem escolheu seu nome e se eles conhecem algum significado. 
 Qual o primeiro documento que você teve em sua vida? Nele há seu nome escrito?
 Escreva seu nome para organizarmos o mural.
Entrevista oral
Pesquisa de 
documentos e leitura
Escrita
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O LIVRO
Dos diversos instrumentos do homem, o mais assombroso é, indubitavelmente, o livro. Os outros são extensões do seu corpo. (...)o livro é uma extensão da memória e da imaginação. 
(...) Se lemos um livro antigo, é como se lêssemos todo o tempo que transcorreu até nós desde o dia em que ele foi escrito. Por isso convém manter o culto do livro. O livro pode estar cheio de coisas erradas, podemos não estar de acordo com as opiniões do autor, mas mesmo assim conserva alguma coisa de sagrado, algo de divino, não para ser objeto de respeito supersticioso, mas para que o abordemos com o desejo de encontrar felicidade, de encontrar sabedoria. Jorge Luís Borges, in 'Ensaio: O Livro'
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