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Resumo: Um dos objetivos deste experimento é observar a ressonância que se propaga em um sistema oscilador massa-mola que contém cinco pêndulos, sendo dois semelhantes com cabos de menor comprimento e blocos de mesma massa, outros dois semelhantes com cabos de maior comprimento e blocos de mesma massa, e um apenas com um cabo de maior comprimento. Aplicando uma força em um pêndulo inicialmente em repouso, observar que o pêndulo semelhante entra em ressonância. Outro objetivo é observar que a frequência é inversamente proporcional à massa e ao comprimento do pêndulo. Introdução: Sabemos que, de uma forma geral, uma onda é o movimento de uma perturbação. Sabemos também que outra característica comum ao fenômeno das ondas é que embora a perturbação se propague, as partículas constituintes do meio não se deslocam na direção da propagação, sendo a onda uma transportadora de energia e momento através do espaço.Durante sua propagação no espaço, a onda propicia fenômenos que acontecem naturalmente e frequentemente. Um desses fenômenos é conhecido como ressonância.A ressonância foi descoberta por Galileu Galilei quando começou suas pesquisas com pêndulos em 1602. Qualquer sistema vibrante quando excitado vibra com uma frequência fundamental característica e seus harmônicos. Estas são as frequências naturais de oscilação do sistema. Ressonância é o fenômeno pelo qual um sistema oscilante A pode transferir energia a outro sistema B caso alguma de suas frequências naturais coincida com as do sistema oscilante original A. Para que este fenômeno ocorra é necessário, entretanto que exista uma forma de acoplamento entre os dois sistemas, proporcionada pelo meio que os envolve. Considerando uma massa oscilante m, uma constante elástica K da mola, L o comprimento, g a aceleração local da gravidade, F a frequência e T o período, de um sistema oscilador da massa-mola ideal que possui apenas uma frequência natural de oscilação, descrevendo um movimento harmônico simples (MSH), teremos: : Material e Métodos: Equipamentos: Trilho 120 cm; Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V; 02 Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2); Fixador de eletroímã com manípulo; 01 Y de final de curso com roldana raiada; Suporte para massas aferidas 09 g; Massa aferida 10 g com furo central de ϕ2,5 mm; 02 Massas aferidas 20 g com furo central de ϕ2,5 mm; Unidade de fluxo ar; Cabo de força tripolar 1,5 m; Mangueira aspirador 1,5 m; Pino para carrinho com fixador para eletroímã; Carrinho para trilho cor azul; Pino para carrinho para interrupção de sensor; 07 arruelas lisas; 04 manípulos de latão 13 mm; Pino para carrinho com gancho; Pino para carrinho com pitão; Mola para MHS. Procedimento Experimental: Chegando ao laboratório já foi encontrado o corpo básico armado e em posição vertical de trabalho. Ligamos o fluxo de ar para que o carrinho ficasse suspenso e penduramos na ponta da linha um peso de 58 g (massa sspensa). Determinamos a massa do conjunto oscilador ( carrinho completo e massa suspensa) na qual obtivemos uma M= 0,276, logo após colocamos o sensor na posição de equilíbrio, ligamos o cronômetro e selecionamos a medida F5. Afastamos o carrinho na posição de equilíbrio no máximo 12 cm (amplitude A), e liberamos o sistema e medimos o intervalo tempo para uma oscilação completa (Período T), repetimos o passo anterior três vezes e anotamos na tabela o valor médio do período (Texp). Acrescentamos 20 g de carga no carrinho (10 g de cada lado) e repetimos os procedimentos anteriores, e completamos a tabela abaixo: Massa Oscilante m(Kg) Período ExperimentalTexp Quadrado do Período Texp 0,276 1,608 2,5857 0,296 1,668 2,7822 0,316 1,729 2,9894 0,336 1,780 3,1684 0,356 1,831 3,3526 Resultados e Discussões: Primeiramente fizemos todos os cálculos, para o primeiro gráfico Texp=f(m) para melhor curva entre os pontos experimentais. Determinamos a função que melhor descreve o movimento; Segue abaixo a tabela 1: F(m) 0,276 0,296 0,316 0,336 0,356 t(s) 1,608 1,668 1,729 1,780 1,831 Calculando as escalas no Eixo (X e Y) Escala do eixo X: Escala do eixo Y: Ex= Comp. Útil do papel/grandeza Ey= 15/0,356 Ex=25/1,831 Ey= 42,13 Ex= 13,7 Multiplicamos os valores de t(s), em relação com a escala de Ex, obtivemos os seguintes resultados: Para t=1,608 Para t= 1,668 Para t= 1,729 Para t=1,780 Para t= 1,831 t= 22 t= 22,9 t=23,7 t=24,4 t=25 Agora, multiplicamos os valores de \f(m), em relação com a escala de Ey, obtivemos os seguintes resultados: Para f= 0,276 Para f= 0,296 Para f=0,316 Para f=0,336 Para f= 0,356 f= 11,6 f= 12,5 f= 13,3 f=14,1 f=15 Com esses resultados, obtivemos os pontos e marcamos no papel milimetrado. Fizemos um segundo gráfico Texp²= F(m) o período experimental ao quadrado em função da massa. Ajustamos a melhor curva entre os pontos experimentais e determinamos a função que melhor descreve o movimento investigado. Utilizando o auxilio da tabela, temos os seguintes valores: F(m) 0,276 0,296 0,316 0,336 0,356 P1=0.2856 P2=0,3252 t²(s²) 2,5857 2,7822 2,9884 3,1684 3,3526 P1=2,68 P2=3,12 Calculando as escalas no Eixo (X,Y): Escala no eixo X: Escala no eixo Y: Ex= 25/3,3526 Ey= 15/0,356 Ex= 7,45 Ey= 42,13 Multiplicamos os valores de t²(s²), em relação com a escala de Ex, obtivemos os seguintes resultados: Para t²=2,58 Para t²= 2,7822 Para t²= 2,9884 Para t²=3,1684 Para t²= 3,3526 t²= 19,3 t²= 20,7 t²=22,3 t²=23,6 t²=25 Agora, multiplicamos os valores de \f(m), em relação com a escala de Ey, obtivemos os seguintes resultados: Para f= 0,276 Para f= 0,296 Para f=0,316 Para f=0,336 Para f= 0,356 f= 11,6 f= 12,5 f= 13,3 f=14,1 f=15 Com esses resultados, obtivemos os pontos e marcamos no papel milimetrado. Determinamos os coeficientes angulares e lineares do gráfico do período experimental ao quadrado em função da massa., utilizando o método dos mínimos quadrados, segue abaixo o procedimento: Calculando o valor de D: D= N. Σ xi² - (Σ xi)² = 5.44,6416 – (221,3638) = 1,8442 Calculando o coeficiente a: a= 1/D [N. Σ xiyi – (Σyi). Σxi]= a =1/1,8442x[5x4,73 – 1,58x14,88]= a= 0,076 b= 1/D.[(Σyi). Σ xi² - (Σ xiyi). Σxi]= b= 1/0,056x[(1,58x44,6416 – 4,73 x14,88)] = b= 0,082 Aplicando os coeficientes, na equação de 1º grau, obtivemos essa equação: Y= ax+b Y= 0,076x+0,082 Atribuindo dois valores para t no eixo x, temos: t²= 2,68 Y= ax+b Y= 0,076x2,68+0,082= 0,2856 t²= 3,2 Y= ax+b Y=0,076x3,2+0,082= 0,3252 Determinamos os pontos 1 e 2, tanto na escala de X como na de Y, segue abaixo os devidos cálculos: Escala no eixo x P1: Escala no eixo y P1: Para t²= 2,68 Para f= 0,2856 t²= 20 f=12 Escala no eixo x P2: Escala no eixo y P2: Para t²= 3,12 Para f= 0,3252 t²= 23 f=13,7 Com esses resultados, obtivemos os pontos e marcamos no papel milimetrado. Considerando a tolerância de erro de 5%, Calculamos o erro, segue abaixo os seguintes cálculos: A= 4 π²/ k Observação k( Valor constante da mola) = 4,2, então temos A= 9,39 Utilizando essa formula: E=|t²/m-9,39/9,39 |x 100% Temos os seguintes valores; E1=0,22 E2= 0,09 E3= 0,74 E4= 0,42 E5= 0,29 Vale salientar que o período (T) e massa (m) são diretamente proporcional Calculamos o período de oscilação Tcal e utilizamos seus respectivos valores na seguinte formula: E1=|Texp – Tcal/Tca | Então temos: E1=0,001E2= 0 E3= 0,003 E4= 0,001 E5= 0,001 De acordo com os resultados obtidos, podemos afirmar que o período de oscilação medido é igual ao período de oscilação calculado. Conclusão: Depois de executar o experimento observamos que é um movimento de “vai e vem” com amplitude constante e frequência constante, pois se trata de um oscilador harmônico simples onde a única força atuante no sistema é a força F proporcional ao deslocamento x, de acordo com a Lei de Hooke. O valor de k (a constante elástica) utilizando a mesma Lei de Hooke, é praticamente constante se levarmos em consideração um tipo de mola específico. Desta forma, o valor de k praticamente não altera quando a experiência é realizada com uma mola e massa de 50g, 100g e 150g. Da mesma forma ocorre com duas molas em série com massa de 50g, 100g e 150g e duas molas em paralelo com massa de 50g, 100g e 150g. Ou seja, o valor da constante elástica k praticamente não se altera em cada experimento, sendo observado separadamente (com uma mola, com duas molas em série e duas molas em paralelo). Então, o fator que influência na variação não é a massa e sim, a mola. Referências Bibliográficas: FERENCE, M. JR., (Gondemberg, J.) et al, Curso de Física: Mecânica, ed. Edgard Blücher Ltda.,1968. Física Experimental - Manual de Laboratório para Mecânica e Calor, R. Axt, V. H. Guimarães.
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