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Pressão Alveolar: Pressão alveolar, Palv, é a pressão dentro de alvéolos. Pode ser negativa (durante inspiração), positiva (durante a expiração), ou nula (ao fim da inspiração e daexpiração), quando não há nenhuma corrente de ar e a glote está aberta para a atmosfera. A pressão alveolar é a soma da pressão de recuo (retração) elástica e da pressão de pleural: Palv = PRE + Ppl Gradientes de pressão: Significa a diferença entre duas pressões. Na mecânica ventilatória, existem alguns gradientes pressóricos importantes, sendo eles: pressão transtorácica, pressão transpulmonar, pressão transmural e pressão trasnrespiratória. - Pressão transtorácica ou pressão da parede torácica(Pw): é a Diferença entre a pressão pleural e a pressão da superfície corporal. Ela representa a pressão necessária para que os músculos ventilatórios consigam expandir ou retrair a caixa torácica e os pulmões simultaneamente. Pw = Ppl–Psc -Pressão transpulmonar (Pp): é igual à diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural. É o responsável direto pela manutenção de um volume alveolar. Pp = Palv–Ppl - Pressão transmural (Pt): é a diferença entre a pressão nas VA e a pressão pleural. Ela está diretamente relacionada com a manutenção da abertura das vias aéreas, em todas as fases da mecânica ventilatória. Pt = Pva–Ppl - Pressão transrespiratória (Prs): é a diferença entre a pressão alveolar e a pressão na boca com as VA abertas. Como a pressão na boca com as vias aéreas abertas, em condição fisiológica, é igual à pressão da superfície corporal e, consequentemente, igual à pressão atmosférica, pode-se dizer que este gradiente pressórico reflete as variações da pressãoalveolar com relação à pressão atmosférica. Prs = Palv–Pao Gradientes Pressóricos X Ventilação Pulmonar Vimosque a pressão da superfície corporal e a pressão na boca, com a glote aberta, são iguais à pressão atmosférica (zero ou 760 mmHg), e que a relação entre a Palv e a Ppl pode ser representada pela pressão transpulmonar. Este gradiente, em repouso,com a glote aberta com ausência de fluxo nas VA e com equilíbrio entre sua pressões torácicas e pulmonares é igual à cerca de -5 cmH2O, pois, neste caso, a Palv seria igual à pressão atmosférica (zero ou 760 mmHg) a Ppl seria subatmosférica, em torno de-5cmH2O. Durante a inspiração, a musculatura ventilatória gera uma redução na Ppl o que, consequentemente, torna a Palv, no início da inspiração, menor que a pressão atmosférica, fazendo com que o ar entre para o interior dos pulmões. Ao final da inspiração, a Palv retorna a zero (ausência de fluxo), porém, este retorno ao zero implica em ganho de volume, inclusive para os alvéolos. Durante a expiração, a força de retração elástica pulmonar eleva a Ppl, promovendo uma elevação da Palv, a qual se tornará maior que a pressão atmosférica, fazendo com que o ar saia dos pulmões. INSPIRAÇÃO: - contração dos músculos ventilatórios - redução de Ppl - redução da Pal v - Pal v <Patm - aumento do volume. EXPIRAÇ ÃO: - relaxamento do s músculos ventilatórios - retorno elástico do pulmão - aumento da Ppl - aumento da Palv - Pal v > Patm - redução d o volume O fluxo de ar pulmonar é determinado pelo gradiente de pressão entre oar atmosférico e os pulmões Esse gradiente de pressão é criado a partir das variáções de volume pulmonar decorrentes da contração dos músculos respiratórios Quanto menor a resitência das vias aéreas maior é o fluxo de ar nos pulmões Medidas da função e daeficiência pulmonar possuem valor de diagnóstico considerável O fluxo sanguíno pulmonar é controlado pela PO2 alveolar. Os Volumes Pulmonares A complacência pulmonar determina os volumes pulmonares. São reconhecidos 4 volumes pulmonares: ·VRI: Volume de Reserva Inspiratória --> corresponde ao máximo de ar que é possível inspirar ao fim de uma inspiração normal. · VC: Volume Corrente --> volume de ar mobilizado normalmente a cada ciclo respiratório. · VRE: Volume de Reserva Expiratória -->máximo de ar que pode ser exalado a partir da posição de repouso respiratório (fim de uma inspiração normal). · VR: Volume Residual --> volume de ar que permanece no pulmão ao fim de uma expiração máxima. A partir desses quatro volumes fundamentais, podem-se medir 4 capacidades respiratórias: 1. Capacidade Vital (CV) 2. Capacidade Inspiratória (CI) 3. Capacidade Residual Funcional (CRF) 4. Capacidade Pulmonar Total (CPT) CV: É capacidade vital do pulmão completamente cheio de gás; portanto, é a somatória de 3 volumes: VRI + VC + VRE CI: Capacidade Inspiratória, que é a soma de: VRI + VC CRF: Capacidade Residual Funcional, somatório de: VRE + VR CPT: Capacidade Pulmonar total, somatório de: VRI + VC + VRE + VR ou CV + VR Esses volumes e capacidades pulmonares variam de indivíduo para indivíduo em função da raça, sexo e altura; e variam em um mesmo indivíduo em função da idade e existência de doenças. MANOBRAS DE REEXPANSÃO PULMONAR Manobra de compressão e descompressão: - manobra reexpansiva. - melhora a capacidade pulmonar. - reexpansão de áreas pulmonares fechadas e a mobilização de secreção. - paciente deve estar recostado, o terapeuta deve-se posicionar suas mãos sobre o torax do paciente, este deverá respirar normalmente inspirando pelo nariz e expirando pelo boca, ao final da expiração o terapeuta comprime os arcos costais e imediatamente solta bruscamente os arcos costais, orientando o paciente a inspiração profunda. - movimento gera elevação no fluxo da expiração e uma variação súbita de fluxo durante a inspiração. Manobra de bloqueio torácico: - objetivo de atingir regiões pulmonares comprometidas pela deficiência respiratória. - exercício consiste na aplicação de uma força através das mãos do fisioterapeuta no final da expiração,em um dos hemitórax, fazendo com que o volume de ar colocado nas vias aéreas do paciente ocupe principalmente o hemitórax contralateral ao bloqueio. - exercício perminte maior expansão do hemitórax. - indicado para quadro de atelectasia encontradas em pulmão não bloqueado, durante a ventilação mecânica. IMS: Inspiração Máxima Sustentada: - realiza-se uma inspiração pelo nariz até a capacidade pulmonar máxima. - sustenta-se a inspiração por 3 segundos. - realiza-se uma expiração eliminando todo o ar presente nos pulmões. - recomenda-se iniciar o uso deste procedimento com 2 séries de 7 repetições, intensificando o exercício de acordo com a resistência do paciente. - contraindicação: DPOC (pois aumenta o volume residual final), tórax instável (fratura de arcos costais), ou pacientes neurológicos. -indicações: atelectasia, respiração superficial, baixa saturação de O2, e capacidade pulmonar reduzida. - garante o recrutamento de áreas pulmonares colabadas, aumenta a capacidade pulmonar, que por sua vez revertea baixa saturação de O2 nos quadros de respiração superficial. TEMP: Terapia Expiratória Máxima Passiva: - A TEMP define-se como a mobilização manual passiva da caixa torácica por meio da compressão manual regional do tórax na fase expiratória final. -melhorar a ventilação através da distribuição da ventilação reequiliobrando as pressões alveolares. - facilitar a limpeza brônquica por meio do deslocamento e migrações nos tampões mucosos. - manter a elasticidade pulmonar através da solicitação das fibraselásticas no seu limite, estimulando de maneira seletiva de acordo com a lei da ação e reação. -desinsuflação pulmonar adequada e eficaz diminuição do tempo expiratório. - Há dois tipos de TEMP e são classificados de acordo com o tipo de compressão manual exercida: Compressão Lenta: compressão manual lenta durante toda a fase expiratória. Compressão Brusca: compressão manual brusca durante o final da expiração. Padrões Ventilatórios: RPPI: Respiração com Pressão Positiva Intermitente - aplicapressão + nas vias aéreas durante a inspiração. - aumenta o Volume Corrente e Volume Minuto, otimizando as trocas gasosas.- técnica consiste na manutenção da pressão positiva dentro das vias aéreas durante toda a inspiração de forma intermitente. - deve-se adequar o fluxo e a pressão de forma que o volume que o volume inspirado não seja excessivo. - ajuste da sensibilidade consiste no controle do nível de esforço inspiratório capaz de acionar a fase inspiratória. Objetivos: - favorecer a expectoração -descolar e deslocar a secreção brônquica - favorecer a expensão pulmonar - favorecer a hematose e depuração (eliminação) de CO2 Obs.: > sensibilidade do ventilador < esforço do paciente para inspirar PPI: Pico de Pressão Inspiratória - utilizada em ventilador que cicla em pressão - sofre interferência tanto ao fluxo (pressão resistiva) como da variação do volume (pressão elástica) - volume variável - aumento da pressão e do volume de ar (dependendo da resistencia e da complacência pulmonar) - Pmax navira respiratória – Ppico Ppico=PEEP + PPI IPAP: Pressão Positiva na Fase Inspiratória - maior que EPAP (fase expiratória) - permite que mesmo com mínimo ou nenhuma colaboração do paciente, ocorra o aumento da Pressão Transpulmonar. - diferença de gradiente de pressão entre IPAP e EPAP representa o nível de suporto de pressão não invasiva, que irá determinar o VC do paciente. Acadêmicos: Amanda Zilli - Camila Muller Gabriela Cunha Nascimento - Graziela Nunes Micheli Rodrigues - Higor Silva FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA
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