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Aptidão de uso da classe 
Os latossolos são passíveis de utilização com culturas anuais, perenes, pastagens e reflorestamento. Normalmente, está situado em relevo plano a suave-ondulado, com declividade que raramente ultrapassa 7%, o que facilita a mecanização. São profundos, porosos, bem drenados, bem permeáveis mesmo quando muito argilosos friáveis e de fácil preparo. Apesar do alto potencial para agropecuária, parte de sua área deve ser mantida com reserva para proteção da biodiversidade desses ambientes.
Limitação do uso da classe 
A principal limitação é a baixa fertilidade natural, porque são solos distróficos, com baixa saturação por bases. De modo geral, são solos bem providos de micronutrientes, o que não acontece com a maioria dos Latossolos. São bastante resistentes à erosão laminar, devido às suas características físicas de boa permeabilidade e porosidade quando em condições naturais ou quando bem manejados. Submetidos aos cultivos intensivos pela aração ou sucessivas degradagens, sofrem uma compactação sub-superficial (pé-de-arado ou pé-de-grade) com favorecimento ao encrostamento superficial, que aumenta consideravelmente a susceptibilidade à erosão e diminui a produtividade. Em condições avançadas de manejo inadequado, desenvolvem-se ravinas e pequenas voçorocas com facilidade. As principais limitações são a acidez elevada e a fertilidade química baixa. Requerem um manejo adequado com correção da acidez, adubação fertilizante e controle de erosão, sobretudo nos solos de textura média, que são os mais pobres e susceptíveis à erosão. A deficiência de micronutrientes pode ocorrer, sobretudo nos solos de textura média.
São muito utilizados para agropecuária apresentando limitações de ordem química em profundidade ao desenvolvimento do sistema radicular se forem álicos, distróficos ou ácricos. Em condições naturais, os teores de fósforo são baixos, sendo indicada a adubação fostatada. Outra limitação ao uso desta classe de solo é a baixa quantidade de água disponível às plantas.
As principal limitação ao uso agrícola destes solos é a baixa fertilidade natural que apresentam. A prática de calagem e as adubações, notadamente com fósforo e potássio, são imprescindíveis para a manutenção de altos níveis de produtividade, visto que na sua condição natural são ácidos e muito pobres em bases e fósforo, além de apresentarem nula ou muito baixa reserva de nutrientes essenciais às plantas. Eventualmente podem ocorrer perfis eutróficos. Um fator limitante é a baixa fertilidade desses solos. Contudo, com aplicações adequadas de corretivos e fertilizantes, aliadas à época propícia de plantio de cultivares adaptadas, obtêm-se boas produções.
Os latossolos de textura média, com teores elevados de areia, assemelham-se às Areias Quartzosas, sendo muito suscetíveis à erosão, requerendo tratos conservacionistas e manejo cuidadoso. A grande percolação de água no perfil desses solos, associada à baixa CTC, pode provocar lixiviação de nutrientes. Essa é uma das razões por que os sistemas irrigados devem ser dimensionados, levando-se em conta a textura do solo. Dessa forma, evitam-se problemas de perdas de solo e, conseqüentemente, de nutrientes. No caso de plantios de sequeiro, a baixa capacidade de armazenamento de água dos latossolos de textura média pode provocar grandes prejuízos no rendimento das culturas, haja vista, a ocorrência de veranicos e o período seco pronunciado, característicos do Cerrado. Sistemas que preconizem a cobertura dos solo e que melhorem os teores de matéria orgânica e o conseqüente aumento da retenção de umidade do solo devem ser adotados.
Nos latossolos argilosos, o cuidado com a erosão não é menos importante. Mesmos em Latossolos Roxos, depois do preparo para o plantio, o risco de erosão é muito grande, pois a chuva encontra o solo totalmente desprotegido. A estrutura forte, muito pequena e granular leva os latossolos argilosos a apresentar comportamento semelhante aos solos arenosos. Além disso, nos latossolos de textura argilosa a muito argilosa, quando intensamente mecanizados, a estrutura é destruída, levando à redução da porosidade do solo e conseqüente formação de uma camada compactada (20 a 30 cm), dificultando o enraizamento das plantas e a infiltração da água da chuva recebe doses excessivas de calcário, o que pode provocar dispersão da argila que por sua vez irá obstruir os poros do solo.
A baixa CTC desses solos pode ser melhorada, adotando-se práticas de manejo que promovam a elevação dos teores de matéria orgânica do solo, uma vez que a CTC depende essencialmente dela. Plantio direto, associado à rotação de culturas, pode permitir a elevação desses teores.
Os Latossolos Amarelos, além da baixa fertilidade e da alta saturação por alumínio, apresentam problemas físicos com limitações quanto à permeabilidade restrita (elevada coesão dos agregados, pois o solo é extremamente duro quando seco) e lenta a infiltração de água. Os de textura mais argilosa têm certa tendência ao selamento superficial, condicionado pela ação das chuvas torrenciais próprias dos climas equatoriais e tropicais. Os solos, utilizados para lavouras ou pastagens, apresentam alta erodibilidade à proporção que permanecem desnudos.
Relevo de ocorrência 
 O relevo em geral é plano a suave ondulado, uniforme de interflúvios longos, muito favoráveis a mecanização. Devido ao processo erosivo, vales profundos foram formados, podendo atingir material rochoso inclusive do Pré-Cambriano. 
São típicos das regiões equatoriais e tropicais, ocorrendo também em zonas subtropicais, distribuídos, sobretudo, por amplas e antigas superfícies de erosão, pedimentos terraços fluviais antigos, normalmente em relevo plano e suave ondulado, embora possam ocorrer em áreas mais acidentes, inclusive em relevo montanhoso. São originados a partir das mais diversas espécies de rochas e sedimentos, sob condição de clima e tipos de vegetação os mais diversos.
CLINE, M. G. Logic of the new system of soil classification. Soil Science, Baltimore, v. 96, p. 17-22, 1963.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Centro Nacional de Ensino e Pesquisas Agronômicas. Serviço Nacional de Pesquisas Agronômicas. Comissão de Solos. Levantamento de reconhecimento dos solos da região sob influência do Reservatório de Furnas: contribuição à carta de solos do Brasil. Rio de Janeiro, 1962. 462 p. ((Brasil. Ministerio da Agricultura. SNPA. Boletim, 13).

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