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Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Ciências de Materiais I Prof. Nilson C. Cruz Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Aula 3 Arranjos Atômicos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Ordem de curto alcance & ordem de longo alcance Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Ordem de curto alcance: Organização apenas até átomos vizinhos ( c ) 2 0 0 3 B r o o k s / C o l e P u b l i s h i n g / T h o m s o n L e a r n i n g ™ Materiais Amorfos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Ordem de longo alcance: Arranjo especial de átomos que se estende por longas distâncias (~>100nm) Materiais cristalinos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Materiais Cristalinos... Arranjos 3D periódicos - metais - muitas cerâmicas - alguns polímeros SiO2 cristalino A d a p t a d o C a l l i s t e r 7 e . SiO2 amorfo Si O Materiais Amorfos... Sem estrutura periódica - estruturas complexas - resfriamento rápido (quenching) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm • Denso, ordenado Energia r Distância interatômica Energia de ligação • Aleatório r Distância interatômica Energia Energia de ligação Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura cristalina é a maneira que os átomos, íons ou moléculas estão distribuídos. Modelo da esfera rígida: átomos vizinhos são esferas que se tocam. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Células Unitárias são pequenos grupos de átomos que formam padrões repetitivos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Células Unitárias são paralelepípedos ou prismas cujos vértices coincidem com o centro dos átomos. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura cristalina de metais Ligação metálica: não-direcional. Ligação metálica: sem restrições sobre número e posição dos vizinhos mais próximos. Ligação metálica ⇒ empacotamento denso! Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura cristalina de metais Três tipos mais comuns: Cúbica de Face Centrada (CFC) Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Hexagonal Compacta (HC) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura cristalina de metais Cúbica de Face Centrada (CFC) ex: Al, Cu, Au, Pb, Ni, Pt, Ag 6 faces x 1/2 átomo + 8 vértices x 1/8 átomo = 4 átomos / célula unitária a a a Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura CFC Átomos se tocam ao longo da diagonal das faces 4R2 = a2 +a2 a = 2R√2 Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Número de Coordenação Número de vizinhos mais próximos CFC = 12 Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Fator de Empacotamento Atômico (FEA) Volume de átomos em uma célula unitária Volume total da célula unitária FEA = Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm onde a = 2R√2 Exemplo Calcule o fator de empacotamento para uma célula CFC. Solução: Como em uma célula CFC existem 4 átomos, 3 3 4(4 átomos/célula)( ) 3FEA = R a pi FEA = 16 3 3Rpi 3(2R√2) = 0,74 Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) # Coordenação = 8, FEA = 0,68 ex: Cr, W, Fe (α), Ta, Mo 1 átomo central + 8 vértices x 1/8 átomo = 2 átomos/célula unitária Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura Cúbica de Corpo Centrado (CCC) Átomos tocam-se ao longo da diagonal do cubo aR a a√3 3 4R a = a a√2 Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Estrutura Hexagonal Compacta (HC) # Coordenação = 12, FEA = 0,74 ex: Zn, Cd, Mg, Ti 12 átomos vértice x 1/6 átomo + 2 faces x 1/2 átomo + 3 átomos centrais = 6 átomos/célula unitária c a c/a = 1,633 Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Densidade O conhecimento da estrutura cristalina possibilita a determinação da densidade verdadeira ρ do sólido: ρ= nA VCNA n = nº átomos em cada célula unitária A = peso atômico Vc = volume da célula unitária NA = nº de Avogadro Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Densidade Exemplo O cobre possui raio atômico de 0,128 nm, estrutura CFC e peso atômico de 63,5 g/mol. Calcule sua densidade. Solução: Como a estrutura é CFC, o cobre tem 4 átomos por célula unitária. Além disso, o volume da célula CFC é Vc = a3 = (2R√2)3 Desta forma, ρ = (2 x 0,128.10-7cm x √2)3/célula x 6,02.1023 átomos/mol (4 átomos / célula) (63,5 g/mol) = 8,89 g/cm3 Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Polimorfismo = existência de mais de uma estrutura cristalina para um mesmo material dependendo da temperatura e da pressão. Alotropia = polimorfismo em elementos puros. Ex. grafite e diamante CCC CFC CCC 1538 ºC 1394 ºC 912 ºC δδδδ-Fe γγγγ-Fe αααα-Fe líquido Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm A geometria da célula unitária é definida por três arestas a, b, c e três ângulos α, β, γ, os parâmetros de rede. Sistemas Cristalinos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Existem cristais com sete combinações diferentes de a, b, c, α, β, γ. Sistemas Cristalinos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Cúbico Hexagonal Tetragonal Sistemas Cristalinos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Sistemas Cristalinos Romboédrico Ortorrômbico Monoclínico Triclínico Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Direções Cristalográficas Uma direção cristalográfica é definida por um vetor passando pela origem z x y a b c a,b,0=1,1,0 a,0,c=1,0,1 a,b,c=1,1,1 a/2,b/2,c/2=½, ½, ½ Pontos Coordenados Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm 1. Desenhe um vetor passando pela origem. 1, 0, ½ 2, 0, 1 [ 201 ] -1, 1, 1 z x onde a barra indica um índice negativo[ 111 ]⇒ y Direções Cristalográficas e Índices de Miller 2. Determine as projeções em termos de a, b e c 3. Ajuste para os menores valores inteiros 4. Coloque na forma [uvw] ⇐Índices de Miller Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Índices de Miller z x yb c 1,1,0=[110] 1,0,1=[101] 1,1,1=[111] ½, ½, ½ =[111] Índices de Miller Obs. -1,-1,-1 = [111]- - - a Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Exemplo Determine os índices da direção mostrada na figura abaixo b a/2 Ciências de MateriaisI - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Direções Equivalentes Certos grupos de direções são equivalentes. Ex. em um sistema cúbico [100]=[010] (c) 2003 Brooks/Cole Publishing / Thomson Learning™ Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Direções Equivalentes Grupos de direções são equivalentes formam uma família, que é indicada por <uvw>. Ex. Família <110> em um sistema cúbico Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Direções Cristalográficas em Cristais Hexagonais Simetria hexagonal: Direções equivalentes não irão possuir mesmo conjuntos de índices. Sistema Coordenado de Miller-Bravais [uvtw] Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Sistema Coordenado de Miller-Bravais [uvtw] Direções Cristalográficas em Cristais Hexagonais u = 1/3 (2u’- v’) v = 1/3 (2v’ – u’) t = -1/3 (u’+v’) w = w’ -a3 a1 a2 z Ex. [010] = [1210]- - Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Planos Cristalográficos z x y a b c 4. Índices de Miller (110) 1. Interseção 1 1 ∞ 2. Recíprocos 1/1 1/1 1/∞ 1 1 0 3. Redução 1 1 0 exemplo a b c Índices de Miller Menores inteiros obtidos a partir dos recíprocos dos pontos de interseção do plano com os eixos. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm exemplo a b c z x y a b c 4. Índices de Miller (100) 1. Interseção 1/2 ∞ ∞ 2. Recíprocos 1/½ 1/∞ 1/∞ 2 0 0 3. Redução 1 0 0 Planos Cristalográficos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm z x y a b c • • • 4. Índices de Miller (634) 1. Interseção 1/2 1 3/4 a b c 2. Recíprocos 1/½ 1/1 1/¾ 2 1 4/3 3. Redução 6 3 4 Planos Cristalográficos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm a1 a2 a3 c 1. Interseção 1 ∞ -1 1 2. Recíprocos 1 1/∞ 1 0 -1 -1 1 1 3. Redução 1 0 -1 1 4. Índices de Miller-Bravais (1011) a2 Planos Cristalográficos e Células Hexagonais Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Outros planos equivalentes (001)(001) Outros planos equivalentes (111) (110) Outros planos equivalentes Famílias de Planos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm (001)(010), Família de Planos {hkl} (100), (010),(001),Ex: {100} = (100), Famílias de Planos Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Arranjos Atômicos A distribuição dos átomos em um plano cristalográfico depende da estrutura cristalina Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Materiais Monocristalinos • Arranjo periódico se estende por todo o material sem interrupção. • As células unitárias se ligam da mesma maneira e possuem a mesma orientação. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Materiais Policristalinos • Formado por muitos cristais pequenos, os grãos. • A orientação cristalográfica varia de grão para grão, formando os contornos de grão. •Textura é uma orientação preferencial dos grãos. Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Anisotropia •Quando as propriedades físicas dependem da direção cristalográfica. •O grau de anisotropia depende da simetria da estrutura cristalina. •Estruturas triclínicas são altamente anisotrópicas. •Materiais policristalinos são, em geral, isotrópicos. Metal Al Cu Fe W Módulo de elasticidade (GPa) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração é o espalhamento de ondas por obstáculos com dimensões comparáveis ao comprimento de onda, λ. Difração de Raios X Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Interferência Construtiva Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Interferência Destrutiva Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm dhkl dhklsen θ dhklsen θ Difração de Raios X Diferença de fase = 2dhkl sen θ Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Lei de Bragg 2 dhkl sen θ = nλ ⇒ interferência construtiva n = 1,2,3... Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Lei de Bragg Como, para estruturas cúbicas, dhkl = (TAREFA!) a difração de raios X permite determinar o parâmetro de rede a. √h2+k2+l2 a Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Difração de Raios X Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm (110) (200) (211) z x y a b c z x y a b c z x y a b c Ângulo de difração (◦) I n t e n s i d a d e ( r e l a t i v a ) Ciências de Materiais I - Prof. Nilson – Aula 3 LaPTec www.sorocaba.unesp.br/gpm Exemplo O primeiro pico do espectro de difração de raios X, com comprimento de onda de 0,1542 nm, do níquel, aparece em um ângulo de difração 2θ = 44,53°. Sabendo que o Ni tem estrutura CFC e raio atômico 0,1246, determine o conjunto de planos cristalinos responsáveis pelo pico observado. a) b) c) d) Tentativa e erro ⇒ (111)
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