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Aula 3 - Cultura da convergência

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Cultura da convergência
Produção Editorial em Hipermídia
Comunicação Social – Produção Editorial
Profa. Liliane Brignol
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Cultura da convergência
http://www.henryjenkins.org/
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Em Cultura da Convergência, Henry Jenkins, propõe um conceito para definir as transformações tecnológicas, mercadológicas, culturais e sociais percebidas no cenário contemporâneo dos meios de comunicação. O autor analisa o fluxo de conteúdo que perpassa múltiplos suportes e mercados midiáticos, considerando o comportamento migratório percebido no público, que oscila entre diversos canais em busca de novas experiências de entretenimento. 
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Livro trata da relação entre 3 conceitos:
Convergência dos meios de comunicação
Cultura participativa
Inteligência coletiva
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Convergência
= 1) fluxo de conteúdos através de múltiplas plataformas de mídia; 2) cooperação entre múltiplos mercados midiáticos; 3) comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação em busca de entretenimento.
Foco  impacto da convergência na cultura popular. Como a convergência remodela a cultura popular (americana) e como impacta a relação entre públicos, produtores e conteúdos da mídia.
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Convergência
Jenkins analisa a convergência pelas transformações culturais relacionadas ao consumo da mídia
Convergência = transformações tecnológicas, mercadológicas, sociais, culturais
	“A circulação de conteúdos – por meio de diferentes sistemas de mídia, sistemas administrativos de mídias concorrentes e fronteiras nacionais – depende fortemente da participação ativa dos consumidores.”
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Convergência
Exemplo do celular (p.31) – Os celulares se tornaram fundamentais no processo de convergência das mídias.
Contra o paradigma da ‘revolução digital’ de que as novas mídias substituiriam as antigas. Segundo o paradigma da convergência, novas e velhas mídias vão interagir de forma cada vez mais complexa. (p.33)
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As mídias não morrem
Conceito de mídia – meio é uma tecnologia que permite a comunicação; meio é um conjunto de protocolos associados ou práticas sociais e culturais que cresceram em torno de uma tecnologia. Sistemas de distribuição são apenas tecnologias; meios de comunicação são também sistemas culturais. (p.41)
Assim, velhos meios de comunicação nunca morrem. O que morre são as ferramentas que usamos para acessar seu conteúdo (as tecnologias de distribuição).
	“Tecnologias de distribuição vêm e vão todo o tempo, mas os meios de comunicação persistem como camadas dentro de um estrato de entretenimento e informação cada vez mais complicado”. (p. 41)
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As mídias não morrem
O conteúdo de um meio pode mudar, seu público pode mudar e seu status social pode subir ou cair, mas ele segue a funcionar dentro de um sistema maior de opções de comunicação. Os velhos meios de comunicação não estão sendo substituídos, mas suas funções são transformados pelo poder de novas tecnologias. (p.41-2)
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Falácia da caixa preta
Hardware diverge e conteúdo converge.
A convergência das mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica. Altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e públicos. (p.43)
A convergência envolve uma transformação tanto na forma de produzir quanto na forma de consumir os meios de comunicação. (p.44)
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Convergência corporativa e alternativa
A convergência é tanto um processo corporativo, de cima para baixo, como um processo de consumidor, de baixo para cima. A convergência corporativa coexiste com a convergência alternativa. (p.46)
Ressalva: consumidores pioneiros, de elite.
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Cultura participativa
Cultura participativa = contraria noções antigas da passividade dos receptores dos meios de comunicação. Produtores e consumidores não são mais ocupantes de papeis separados. (Ainda assim, corporações exercem maior poder do que qualquer consumidor individual).	
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Cultura participativa
	“A convergência não ocorre por meio de aparelhos, por mais sofisticados que venham a ser. A convergência ocorre dentro dos cérebros dos consumidores individuais e em suas interações sociais com outros. Cada um de nós constrói a própria mitologia pessoal, a partir de pedaços e fragmentos de informações extraídos dos fluxos midiáticos e transformados em recursos através dos quais compreendemos nossa vida cotidiana.”
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Inteligência coletiva
Inteligência coletiva = expressão cunhada por Pierre Lévy. Ideia de que nenhum de nós pode saber tudo, cada um de nós sabe alguma coisa, e podemos juntar as peças se associarmos nossos recursos e unirmos nossas habilidades. O consumo tornou-se um processo coletivo compartilhado. 
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Inteligência coletiva
É uma fonte alternativa de poder midiático, que estamos usando, neste momento, mais para fins recreativos, mas já começamos a aplicar para propósitos mais sérios.
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Narrativa transmidiática
“A narrativa transmidiática refere-se a uma nova estética que surgiu em resposta à convergência de mídias – uma estética que faz novas exigências aos consumidores e depende da participação ativa das comunidades de conhecimento. A narrativa transmidiática é a arte da criação de um universo”.
Fortalecimento de uma economia afetiva que orienta consumidores de bens simbólicos e criadores midiáticos + expansão de formas narrativas transmidiáticas.
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Narrativa transmidiática
Um dos símbolos da narrativa transmidiática é Matrix, classificado pelo autor como o “filme cult emblemático da cultura da convergência.” 
Além dos filmes do cinema, que foram o ponto de lançamento da franquia, o universo de Matrix se desenvolveu através de quadrinhos, animes e games. Os fãs de Matrix também criaram uma enciclopédia virtual colaborativa, a Matrix Wiki.
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Narrativa transmidiática
Para viver uma experiência plena num universo ficcional, os consumidores devem assumir o papel de caçadores e coletores, perseguindo pedaços da história pelos diferentes canais, comparando suas observações com a de outros fãs, em grupos de discussão on-line, e colaborando para assegurar que todos os que investiram tempo e energia tenham uma experiência de rica.
Em outros termos, cria-se um universo ficcional, interconectado em diferentes canais de comunicação, cujo sentido só é plenamente depreendido quando o conteúdo é experimentado em todo o seu conjunto.
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