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ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA Rodrigo Costa Eng. Químico, M. Sc. rodrigocostadesousa@hotmail.com 2017-II 1 INTRODUÇÃO As moléculas de água que evaporam dos oceanos, rios e lagos formam as nuvens. Uma vez que as nuvens ficam pesadas o suficiente pode então chover no mesmo local onde houve a evaporação. Mas se essas nuvens forem transportadas pelos ventos pode chover em outro local. Estes processos de evaporação, transporte e precipitação (chuva ou neve) fazem parte do chamado ciclo da água. 2 HISTÓRICO Desde a antiguidade o homem aprendeu, por experiência própria, que a água suja e o acúmulo de lixo, transmitem doenças e que é preciso adotar medidas para dispor de água limpa e, livrar-se dos detritos. Assim iniciou-se a ideia do saneamento básico. A palavra “sanear” vem do latim sanu, que significa tornar saudável, habitável, higienizar e limpar. Fonte: http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html, acessado em 10/04/2017 3 HISTÓRICO Na idade antiga (Até o século V d.C.), o ser humano desenvolveu algumas técnicas importantes, como irrigação, construção de diques e canalizações superficiais e subterrâneas. Medidas sanitárias foram tomadas, como o tratado de Hipócrates “Ares, Águas e Lugares”, que informava aos médicos sobre a relação entre o ambiente e a saúde. Filósofos como Platão e Aristóteles se preocupavam com a qualidade da água e com medidas sanitárias Fonte: http://www.aegea.com.br/portfolios/a-historia-do-saneamento-basico-na-idade-antiga/, acessado em 10/04/2017 4 HISTÓRICO A primeira rede de distribuição de água e captação de esgoto de forma eficiente foi construída há aproximadamente 4.000 anos na Índia; Em 3200 a.C., no Vale dos Hindus foi utilizado o primeiro sistema de águas e drenagem. Egípcios e Chineses já utilizavam métodos de perfuração para obter água do subsolo em 2500 a.C. Quinhentos anos mais tarde, a civilização egípcia utilizava sulfato de alumínio para a clarificação da água Fontes: http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html, acessado em 10/04/2017; e http://www.aegea.com.br/portfolios/a-historia-do-saneamento-basico-na-idade-antiga/, acessado em 10/04/2017 5 HISTÓRICO Na Índia, haviam escritos em Sânscrito sobre os cuidados que deveriam ser tomados com a água a ser consumida, armazenamento em vasos de cobre, filtração através de carvão, purificação por fervura no fogo, por aquecimento ao sol ou pela introdução de uma barra de ferro aquecida na massa líquida, seguida por filtração em areia e cascalho grosso. Em 1500 a.C., os egípcios iniciaram o processo de decantação para a filtração da água. Fontes: http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html, acessado em 10/04/2017; e http://www.aegea.com.br/portfolios/a-historia-do-saneamento-basico-na-idade-antiga/, acessado em 10/04/2017 6 HISTÓRICO Algumas cidades da antiga Grécia e a maioria das cidades romanas também dispunham de sistemas de esgotos. A população obtinha água para o abastecimento em fontes públicas e utilizava latrinas comunitárias para as necessidades fisiológicas, como a Toalete de Ephesus do século 1 d.C. Sob os assentos havia água corrente para levar os dejetos e para que o usuário lavasse a mão esquerda, utilizada na limpeza corporal Fonte: http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html, acessado em 10/04/2017 7 HISTÓRICO O Império Romano também desenvolveu seu sistema de abastecimento de água, o aqueduto Aqua Apia, com cerca de 17km de extensão, em 312 a.C. Foi a primeira grande civilização a cuidar especificamente do saneamento, criando diversos outros grandes aquedutos, reservatórios, grandes termas, banheiros públicos, chafarizes e nomeando Sextus Julius Frontinus como Superintendente de Águas de Roma Fonte: http://www.aegea.com.br/portfolios/a-historia-do-saneamento-basico-na-idade-antiga/, acessado em 10/04/2017 8 HISTÓRICO No final do século XVIII, com a Revolução Industrial, a população das cidades aumentou muito causando agravamento do acúmulo de lixo e excrementos nas ruas. Isso tornou necessária e urgente a criação de um sistema de esgotos que desse conta da demanda, caso contrário, corria-se o risco de deter o progresso industrial pelo surgimento de novas epidemias e consequentemente êxodo das cidades. Os rios passaram a sofrer os efeitos da poluição, caracterizados pela morte dos peixes, do ecossistema, bem como a transmissão de doenças como a cólera. Fonte: http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html, acessado em 10/04/2017 9 HISTÓRICO Em 1804, na Escócia, John Gibb, constrói, experimentalmente, um filtro de areia, para consumo próprio da água, em sua fábrica de branqueamento de tecidos. A água não consumida é vendida à população A primeira Estação de Tratamento de Água (ETA) foi construída em Londres em 1829 e tinha a função de coar a água do rio Tâmisa em filtros de areia. A ideia de tratar o esgoto antes de lançá-lo ao meio ambiente, porém, só foi testada pela primeira vez em 1874 na cidade de Windsor, Inglaterra. Não se sabia como as doenças “saíam do lixo e chegavam ao nosso corpo”. A ideia inicial é que vinham do ar, pois o volume de ar respirado por dia é muito superior ao volume de água ingerido. Porém com a descoberta de que doenças letais da época (como a cólera e a febre tifóide) eram transmitidas pela água, técnicas de filtração e a cloração foram mais amplamente estudadas e empregadas Fontes: Buchan, James. (2003). Crowded with genius: the Scottish enlightenment: Edinburgh's moment of the mind. New York: Harper Collins. http://www.usp.br/qambiental/tratamentoAgua.html, acessado em 10/04/2017 10 HISTÓRICO Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Slow_sand_filter_EPA.jpg, acessado em 21/04/2017 11 HISTÓRICO A primeira instalação do mundo de filtração rápida, foi construída em Campos-RJ, em 1880 Fontes: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013 12 DOENÇAS RELACIONADAS COM A ÁGUA Segundo a OMS, cerca de 80% de todas as doenças que se alastram nos países em desenvolvimento são provenientes da água de má qualidade. As doenças mais comuns, de transmissão hídrica, são: Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013 DOENÇA AGENTE PATOGÊNICO Febre tifóide Salmonela tifóide Febres paratifóides Salmonelas paratifóides Disenteria bacilar Bacilo desintérico Disenteria amebiana Entamoeba histolítica Cólera Vibrião da cólera Diarréia Enterovírus, E. Coli Hepatite infecciosa Vírus tipo A Giardiose Giárdia Lamblia 13 CLASSIFICAÇÃO A classificação básica dos tipos de água se dá de acordo com a sua utilização. Assim, a água utilizada pode ser classificada em: - Água para consumo humano/doméstico/animais; e - Água para consumo industrial . Fonte: Notas de aula, disciplina de Processos Químicos e Bioquímicos, UFRRJ, 17/02/2005 14 CLASSIFICAÇÃO A água industrial destina-se aos processos industriais, tais como: geração de vapor, resfriamento, limpeza eletrolítica, lavagem de peças, redes de prevenção contra incêndios, dentre outros. Para estes processos, a água utilizada pode ser de qualidade inferior à água potável. Contudo, há empregos específicos, como na indústria farmacêutica, que necessita de água em graus de pureza muito elevados. Assim, a água paraconsumo industrial é subclassificada em: - Água para uso geral; - Água de processo; - Água de refrigeração; e - Água para geração de vapor. Fontes: Notas de aula, disciplina de Processos Químicos e Bioquímicos, UFRRJ, 17/02/2005; SHREVE, R. N., Indústrias de Processos Químicos, Ed. Guanabara Dois, 1980, 4ª ed. 15 CLASSIFICAÇÃO Alguns termos são bastante utilizados, a saber: - Água potável: destinada ao consumo humano/animal por apresentar as condições ideais para a saúde. Pode ser tratada ou retirada de fontes naturais. - Água salobra: é uma água de aparência turva. Possui grandes quantidades de sal ou outra substância dissolvida. Não pode ser consumida pelo ser humano. É muito encontrada em regiões de mangue (áreas alagadas próximas ao litoral). O CONAMA classifica águas com salinidade superior a 0,5% inferior a 30%. Fontes: http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tipos_agua.htm; CONAMA 357 16 CLASSIFICAÇÃO - Água salgada: é a conhecida água do mar. Possui grande quantidade de sais, principalmente o cloreto de sódio. O CONAMA classifica águas com salinidade superior a 30%. - Água contaminada: geralmente presente em rios e lagos que recebem esgotos ou resíduos industriais. Não pode ser consumida, pois apresenta microrganismos que transmitem doenças ou produtos químicos que prejudicam a saúde humana. Fontes: http://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tipos_agua.htm; CONAMA 357 17 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA A água pura, a temperatura ambiente, é um líquido incolor, inodoro, insípido e transparente. Entretanto, por ser ótimo solvente, nunca é encontrada no estado de absoluta pureza, contendo várias impurezas que vão desde alguns mg/L na água da chuva, a mais de 30 g/L na água do mar. Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013 18 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA As impurezas mais comuns, os estados em que se encontram e os seus principais efeitos: ESTADO TIPO COR TURBIDEZ ACIDEZ SABOR ODOR SUSPENSÃO Algas e protozoários Areia, silte e argila Resíduos industriais e domésticos COLOIDAL Bactérias e vírus Causam todos os efeito listados e, além de patogênicos, podem causar prejuízos às instalações industriais Substâncias de origem vegetal Sílica e argilas 19 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA Há ainda as impurezas dissolvidas, as quais compreendem uma grande variedade de substâncias de origem mineral, compostos orgânicos e gases, que dão origem a alterações na qualidade da água, cujos efeitos dependem da sua composição e concentração. Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013 20 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA A qualidade de uma determinada água é avaliada por um conjunto de parâmetros pré-determinados por análises físicas, químicas e biológicas. A qualidade da água está sujeita a inúmeros fatores, e só pode ser suficientemente conhecidos através de análises que abranjam diversas estações do ano. Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013 21 CARACTERÍSTICAS DA ÁGUA FÍSICAS QUÍMICAS COR ALCALINIDADE TURBIDEZ ACIDEZ pH DUREZA SABOR E ODOR TEOR DE Fe e Mn TEMPERATURA CLORETO E SULFATOS TOTAIS CONDUTIVIDADE ELÉTRICA IMPUREZAS ORGÂNICAS E NITRATOS OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD) DEMANDA DE OXIGÊNIO FENÓIS E DETERGENTES SUBSTÂNCIAS TÓXICAS 22 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA COR - Normalmente, a cor na água é devida à ácidos húmicos e tanino, originado da decomposição de vegetais. - A cor é sensível ao pH. A sua remoção é mais fácil ao pH baixo. Quanto mais alto o pH, mais intensa é a cor. Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013 23 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA TURBIDEZ - É devido à presença de partículas suspensas com tamanhos variando desde suspensões grosseiras até os colóides - Unidades de medida: Jackson Turbidity Unit (JTU) e Nephelometric Turbidity Unit (NTU) O funcionamento do turbidímetro consiste, basicamente, em atravessar um feixe de luz na amostra e sensibilizar uma célula fotoelétrica com a luz que atravessou a amostra. O aparelho já possui uma correlação, em seu software, entre a quantidade de luz que sensibilizou a célula fotoelétrica e a turbidez Fontes: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. Análise instrumental. Interciência: Rio de Janeiro, 2000. 24 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA pH -Termo usado para expressar a intensidade de uma condição ácida ou alcalina de uma solução - Pode ser medido utilizando-se titulações, papéis indicadores ou peagâmetros. O funcionamento do peagâmetro consiste, basicamente, na ddp gerada entre a solução investigada e o eletrodo de referência. O aparelho já possui uma correlação, em seu software, entre a ddp e o pH Fontes: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; CIENFUEGOS, F.; VAITSMAN, D. Análise instrumental. Interciência: Rio de Janeiro, 2000. 25 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DA ÁGUA SABOR E ODOR São considerações subjetivas. Logo, de difícil avaliação. Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; 26 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA ALCALINIDADE - É devida, com maior frequência, a HCO3 -, produzidos pela ação do gás carbônico dissolvido na água ou sobre a lixiviação de rochas calcáreas, CO3 -2. Contudo, também ocorre devido a ação do HO- - Está relacionada com a coagulação, redução de dureza, e prevenção de corrosão Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; 27 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA ACIDEZ - A acidez devida ao CO2 está na faixa de pH 4,5-8,2 - A acidez a pH abaixo de 4,5 geralmente é causado por ácidos fortes, oriundos de esgotos industriais Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; 28 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA -DUREZA - É conferida à água devido à presença principalmente dos íons Ca+2 e Mg+2 e, em menor grau, os íons Fe+2 e Sr+2 - Causa incrustações nos sistemas de água quente - Não permite a formação de espuma pelos sabões - É expressa em termos de CaCO3, e é classificada como: Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; CLASSIFICAÇÃO [CaCO3,] (mg/L) Água mole x< 50 mg/L Água de dureza moderada 50 < x < 150 mg/L Água dura 150< x < 300 mg/L Água muito dura x > 300 mg/L 29 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA FERRO E MANGANÊS - Conferem sabor amargo, adstringente e cor amarelada e turva, sendo por isso, prejudicial às lavanderias e bebidas gaseificadas. - É adotado o limite de 0,3 mg/L Fonte: RICHTER, C. A. Tratamento de água. Ed. Blucher, 2013; 30 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA DEMANDA DE OXIGÊNIO A maioria dos compostos orgânicos são instáveis e podem ser oxidados biológica ou quimicamente, resultando em compostos finais mais estáveis como CO2, NO3 e H2. 31 CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DA ÁGUA DEMANDA DE OXIGÊNIO - Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)- É a quantidade de oxigênio necessário ao metabolismo das bactérias aeróbias que destroem a matéria orgânica - Demanda Química de Oxigênio (DQO)- Permite a avaliação da carga de esgoto doméstico ou industrial em termos da quantidadede oxigênio necessária para a sua total oxidação em CO2 e H2O. 32 A portaria 2914/2011, do Ministério da Saúde, dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade. 33 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA O sistema convencional trata água com teores de impurezas elevados. Durante o tratamento, a água passa pelas seguintes etapas: coagulação, floculação, decantação e filtração, que serão abordadas em seguida. Também serão discutidas desinfecção, fluoretação, que são etapas comuns a todas tipologias e correção de pH. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 34 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Coagulação: é a mistura de produtos químicos (coagulante) na água a ser tratada, de forma que as impurezas (partículas) e alguns contaminantes dissolvidos são “desestabilizados” para começar a formar partículas maiores. Esta mistura pode ser realizada em um misturador hidráulico ou mecanizado. 35 36 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Floculação: após a coagulação, a água é conduzida para floculadores, local onde os flocos serão formados. Os floculadores são divididos em várias câmaras, dentro das quais a intensidade de agitação da água vai diminuindo gradativamente, e forma a não se quebrar os flocos que estão sendo formados. Semelhante aos misturadores, os floculadores também podem ser mecanizados ou hidráulicos. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 37 38 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Decantador: após a formação dos flocos, a água é conduzida para os decantadores. A decantação é um processo em que se promove a sedimentação dos flocos formados, retirando, assim, parte das impurezas contidas na água. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 39 40 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Tratamento com flotação Este sistema de tratamento é principalmente utilizado quando a água a ser tratada forma flocos com baixa velocidade de sedimentação. A sequência de tratamento é a mesma do tratamento convencional, sendo a decantação substituída ou não pela flotação. Na flotação, a água que sai do floculador é conduzida para um tanque (flotador). Os flocos são arrastadas para a superfície deste tanque, por meio da ação de microbolhas. As microbolhas são formadas por equipamentos especiais, como bomba e compressor de ar. Elas aderem aos flocos, provocando sua subida até a superfície do tanque, sendo daí retirados. A água, então, sai clarificada (limpa) do tanque. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 41 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Desinfecção: a desinfecção tem o objetivo de eliminar os organismos patogênicos que porventura não tenham sido retirados durante o tratamento de água. Existem diversos meios e produtos para se fazer a desinfecção, podendo-se citar: o uso do cloro, hipoclorito de cálcio, hipoclorito de sódio, dióxido de cloro, ozônio e radiação ultravioleta. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 42 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Desinfecção - Cloro e seus compostos são os desinfetantes mais utilizados no Brasil. Devido principalmente ao seu poder de desinfecção e ao fato de seu custo ser relativamente acessível. - Fatores, como o tempo de contato, a mistura do produto com a água e o pH, influenciam na eficiência Cloração da desinfecção. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 43 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Fluoretação: tem como objetivo proteger os dentes contra cárie. Os compostos de flúor mais utilizados para o tratamento são: o fluorsilicato de sódio e o ácido fluorsilício. O uso do flúor na água é exigido pelo Ministério da Saúde. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 44 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA - ETA Correção do pH: sempre que necessário, deve-se fazer a correção do pH na água antes de distribuí-la. O pH elevado pode provocar incrustação na tubulação. Já o pH baixo poder provocar corrosão da tubulação. A cal virgem ou hidratada são os produtos mais comuns para elevar o pH. Para abaixar o pH, pode-se usar ácido ou CO2, prática não muito utilizada. Fonte: “Abastecimento de água”. NUCASE, Belo Horizonte, 2007. 45
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