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Direito Penal Militar - Resumo 4

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Resumo Direito Penal Militar – Aula 03 
 
Crimes Militares em Tempos de PAZ 
 
Art. 149 – MOTIM e REVOLTA 
Reunirem-se militares ou assemelhados: 
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; [NEGA CUMPRIR 
ÓRDEM] 
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando 
violência; [NEGA CESSAR AÇÃO IRREGULAR] 
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, 
contra superior; [GREVE OU AGRESSÃO] 
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de 
qualquer deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de 
qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em 
desobediência à ordem superior ou em DETRIMENTO DA ORDEM OU DA DISCIPLINA 
MILITAR: 
 Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
 Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: 
 Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
 
- Concurso de Militares da Ativa, não aceitando civis ou inativos, aceitando militares inativos equiparados (que 
ocupam emprego regular na Administração Militar). 
ATENÇÃO!!! Parte da doutrina entende que civis e inativos podem participar 
como coautores ou partícipes, sendo necessária o conluio com ao menos dois 
militares ativos. No entanto outra parte considerável da doutrina entende que 
o crime de motim somente pode ser cometido por militares da ativa (Crime 
Propriamente Militar) já tendo a CESPE adotado esse entendimento. 
 
STM – Analista Judiciário – 2011 - CESPE 
 
 
Resposta. No item I a situação hipotética configura crime de revolta, no 
entanto os civis não integraram a relação juridica penal militar, tanto como 
partícipes como na figura de coautores. Deverão ser julgados pela justiça 
comum. 
No item II a situação hipotética seria classificada como crime de motim, 
diferenciando do item I apenas pelo não uso de armamento. 
 
- Diferente do crime de CONSPIRAÇÃO. 
- O Crime de motim com Violência contra Superior acaba sendo absorvido pelo tipo penal do artigo 157 do 
CPM, que é justamente o crime de violência contra superior. Essa é a posição doutrinária majoritária. 
- Tanto no Crime de MOTIM quanto no de REVOLTA, a pena do cabeças é aumentada em 1/3. 
- O Motim se qualifica Revolta se estiverem presentes 2 ou mais Militares da ativa armados. Não é necessário 
usar as armas. 
 
Art. 150 – ORGANIZAÇÃO DE GRUPO PARA A PRÁTICA DE VIOLÊNCIA 
Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material 
bélico, de propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular 
em lugar sujeito ou não à administração militar: 
 Pena - reclusão, de quatro a oito anos. 
- Crime se consuma com a prática da violência. 
Motim 
Revolta 
- Armas próprias ou impróprias, militares ou pessoais. Ainda que apenas um dos militares esteja armado, o 
conhecimento desse fato pelos outros já qualifica esse tipo penal (quando da sua consumação). 
 
 
 
 
Art. 151 – OMISSÃO DE LEALDADE MILITAR 
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou 
revolta de cuja preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de 
todos os meios ao seu alcance para impedi-lo: 
 Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
- Sujeito ativa é militar da ativa ou equiparado (militar inativo que ocupa cargo na Administração Militar). 
- Dever de avisar seu superior, o quanto antes, sobre motim de que teve notícia (anterior) & ao presenciar 
motim ou revolta usar de todos os meios para impedi-lo; 
- Omissão indireta, ocorre quando o agente finge tomar as medidas necessárias para conter o motim/revolta, 
mesmo sabendo que os meios empregados são insuficientes; 
 
Art. 152 – CONSPIRAÇÃO 
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime previsto no artigo 
149: 
Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e quando era 
ainda possível evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste de que participou. 
- Atos preparatórios para a realização de Motim/Revolta, não configurando mera conversa sobre o assunto ou 
manifestação de insatisfação. 
- Divergências doutrinárias sobre a possibilidade de se conspirar para realizar o Motim descrito no Inciso III do 
Art. 149 CPM (assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em 
comum, contra superior). 
- O crime se consuma com a reunião dos agentes com a finalidade de conspirar, ou seja, se participa da reunião 
um militar que não sabia dessa finalidade, este não incorre no crime. 
- O parágrafo único isenta de pena, o militar que delata a conspiração, sendo este pessoa que participou da 
reunião sem saber, a princípio, de sua finalidade ou que efetivamente conspirou e resolveu mudar de ideia. 
 
Art. 154 – ALICIAÇÃO DE MILITARES DA ATIVA. 
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no 
capítulo anterior: 
 Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR, ou seja, pode ser cometido por civil, militar inativo ou militar ativo. 
- O crime se consuma COM O ACEITE DO MILITAR em cometer o crime. 
- Caso o militar não aceite, é possível o enquadramento na FORMA TENTADA. 
 
Art. 155 – INCITAMENTO 
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar: 
 Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito 
à administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou 
gravado, em que se contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR, ou seja, pode ser cometido por civil, militar inativo ou militar ativo. 
- Se a incitação for para a prática de crime comum, o incitador também incorrerá na prática do crime comum 
(CP art. 286); 
- Conduta dolosa. 
- Se o militar não concordar ocorrerá o enquadramento na FORMA TENTADA. 
 
Art. 156 – APOLOGIA DE FATO CRIMINOSO OU DE SEU AUTOR 
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em 
lugar sujeito à administração militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR, ou seja, pode ser cometido por civil, militar inativo ou militar ativo. 
- Somente em LOCAL SOB A ADMINISTRAÇÃO MILITAR. 
Acordar, combinar, conspirar... 
Isenção 
De Pena 
- Crime doloso. 
 
 
 
 
 
Art. 157 – VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR 
Art. 157. Praticar violência contra superior: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general: 
Pena - reclusão, de três a nove anos. 
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime 
contra a pessoa. 
§ 4º Se da violência resulta morte: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço. 
- Divergências doutrinárias sobre a possibilidade de apenas militares da ativa ou também militares inativos 
cometerem esse crime; 
- Necessário o conhecimento do cargo de superior pelo agente. 
- Necessária a VIOLÊNCIA FÍSICA, ainda que não configure lesão corporal, é necessário o contato físico. 
- Se contra comandante ou oficial general, ocorre a QUALIFICAÇÃO do crime, subindo a pena para 3 a 9 anos 
de reclusão, isso ocorre pela proteção especial que é concedida a esses postos, pelo valor hierárquico. 
- Se utilizada arma,incide uma AGRAVANTE. Arma própria ou imprópria. A arma deve ser utilizada. 
- Alteração da pena também em decorrência da morte ou lesão corporal. 
- Aumento de 1/6 da pena se o agente estiver em serviço; 
 
Art. 158 – VIOLÊNCIA CONTRA MILITAR DE SERVIÇO 
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, 
vigia ou plantão: 
Pena - reclusão, de três a oito anos. 
§ 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 
§ 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime 
contra a pessoa. 
§ 3º Se da violência resulta morte: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
- Sujeito ativo pode ser Civil ou Militar (Crime impropriamente militar); 
- O Oficial de Dia é aquele que desempenha função de gerenciamento de uma unidade militar, normalmente 
exercendo essas atribuições fora dos horários de expediente, razão pela qual podemos dizer que o Oficial de 
Dia representa o Comandante. 
- Eventualmente a função de Oficial de Dia poderá ser exercida por PRAÇA, ocasião em que a violência praticada 
contra ele também configurará VIOLÊNCIA CONTRA MILITAR EM SERVIÇO. 
- Oficial de serviço diz respeito a atribuições específicas que são conferidas a oficiais, por exemplo Oficial de 
Comunicação Social ou Comandante de Força Patrulha. 
- Oficial de Quarto é o responsável pela função de vigilância ou sentinela. Quarto representa o tempo que o 
militar fica de guarda, a divisão do dia, para distribuição dessa função. 
- Sentinela é o militar que guarda um determinado local, posto móvel ou imóvel, com ou sem arma. 
- Vigia protege uma situação, evento ou pessoa. O plantão compõe a segurança das subunidades incorporadas 
a uma Unidade Militar. 
- Uso de arma configura majorante. 
- Concurso de Crimes caso fique configurada lesão corporal; 
- Quando resultar em morte será qualificado, 12 a 30 anos. 
 
Art. 159 – AUSÊNCIA DE DOLO NO RESULTADO 
Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam 
que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do crime contra 
a pessoa é diminuída de metade. 
- Preterdoloso ou qualificado pelo resultado??? 
 
Formas 
Qualificadas 
Formas 
Qualificadas 
Art. 160 – DESRESPEITO A SUPERIOR 
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o comandante da unidade a que pertence o 
agente, oficial-general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a pena é aumentada da 
metade. 
- Somente Militares. O desrespeito deve ocorrer na presença de outro militar (não civil). 
Art. 161 – DESRESPEITO A SÍMBOLO NACIONAL 
Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato 
que se traduza em ultraje a símbolo nacional: 
 Pena - detenção, de um a dois anos. 
 
 
- Não se inclui os símbolos dos Estados Federados. 
- Agente deve ser militar Ativo, sendo possível concurso com Civil ou Inativo. 
- Necessário Estar em Local sujeito à Administração militar ou diante da tropa (dois ou mais militares sob o 
comando de um terceiro). O desrespeito deve ser percebido, notado. 
 
Art. 162 – DESPOJAMENTO DESPREZÍVEL 
Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por 
menosprezo ou vilipêndio: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, 
ou em público. 
- Pode ser praticado por Militar Ativo e inativo (entendimento majoritário). 
- Aumento de ½ se praticado na frente de Tropa ou em Público. 
 
Art. 163 – RECUSA DE OBEDIÊNCIA 
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou 
relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução: 
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Agente deve ser Militar da Ativa, havendo doutrinadores que defendem a possibilidade de ser cometido 
também por Militar inativo. 
- Crime de Mão Própria, não sendo admitida coautoria. 
- Não há obrigação de o subordinado cumprir ordem hierárquica ILEGAL. 
- Se a ordem não decorrer da relação de serviço, o tipo penal é outro (Desobediência, Art. 301 CPM). 
- Desobediência a dever imposto por lei ou regulamento se encaixa também nesse tipo penal. 
- Parte da doutrina acha necessário a presença de “afronta ao superior”. 
Insubordinação Recusa de Obediência 
 (Gênero) (Espécie) 
 
Art. 164 – OPOR-SE A ORDEM DE SENTINELA 
Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Pode ser praticado por Civil ou Militar; 
 
 Hino Arma Selo Bandeira 
Despir-se, expressando menosprezo. 
Art. 165 – REUNIÃO ILÍCITA 
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de 
superior ou assunto atinente à disciplina militar: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a 
quem dela participa, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR, ou seja, pode ser praticado tanto por militares quanto por civis. 
- Via de regra é cometido por civis ou militares de cargo inferior ao militar que emitiu a ordem, incorrendo na 
tipificação quem organiza a reunião e quem dela participa. 
- É possível a COAUTORIA de superior (militar superior ao que emitiu a ordem), por exemplo quando esse 
ajuda a organizar a reunião de inferiores (ao militar que emitiu a ordem). 
- A reunião deve ter o objetivo de afrontar a ordem, violando assim os princípios da hierarquia e disciplina 
militar. Desta forma, reunião visando elogiar ou bendizer alguma ordem não incide nessa tipificação. 
 
Art. 166 – PUBLICAÇÃO OU CRÍTICA INDEVIDA 
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar 
publicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer 
resolução do Governo: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, ou seja, só pode ser cometido por militares na ativa. 
- Publicar, por qualquer meio, civil ou militar, sem licença. É necessário que a informação se torne pública, ou 
seja, que realmente se efetue a publicação; 
- Publicar ato ainda sem autorização, ou publicar manifestação criticando ato superior. 
 
Art. 167 – ASSUNÇÃO DE COMANDO SEM ORDEM OU AUTORIZAÇÃO 
Art. 167. Assumir o militar, sem ordem ou autorização, salvo se em grave emergência, 
qualquer comando, ou a direção de estabelecimento militar: 
 Pena - reclusão, de dois a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, normalmente cometido por oficiais, que normalmente tem função de 
comando, no entanto podendo ser cometido por praças. 
- COMANDO se refere às unidades operacionais, e DIREÇÃO trata das unidades administrativas. É necessário 
que o infrator realize atos decisórios importantes. 
- Não incide no crime o militar que realiza a conduta em situação de emergência ou quando autorizado. 
 
Art. 168 – CONSERVAÇÃO ILEGAL DE COMANDO 
Art. 168. Conservar comando ou função legitimamente assumida, depois de receber ordem de 
seu superior para deixá-los ou transmiti-los a outrem: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, onde militar assume o comando de forma licita no entanto resiste à ordem 
de superiorde se afastar da competência. 
Art. 169 - OPERAÇÃO MILITAR SEM ORDEM SUPERIOR 
Art. 169. Determinar o comandante, sem ordem superior e fora dos casos em que essa se 
dispensa, movimento de tropa ou ação militar: 
Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
Parágrafo único. Se o movimento da tropa ou ação militar é em território estrangeiro ou 
contra força, navio ou aeronave de país estrangeiro: 
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, podendo ser cometido apenas por COMANDANTE. 
- MOVIMENTO DE TROPA é levar a tropa de um lugar para outro. AÇÃO MILITAR é utilizar a tropa para uma 
finalidade definida. 
- O Comandante é a pessoa legitimada para determinar o movimento ou ação militar, no entanto necessita de 
ordem para tanto. 
- Tipo penal se qualifica se ocorrer EM TERRITÓRIO ESTRANGEIRO ou se ocorrer em território nacional 
CONTRA FORÇA, NAVIO OU AERONAVE DE PAÍS ESTRANGEIRO. 
- Não é necessário que ocorra o movimento ou ação militar, se consumando o crime com a simples emissão 
da ordem. 
 
Art. 170 – ORDEM ARBITRÁRIA DE INVASÃO 
Formas 
Qualificadas 
Art. 170. Ordenar, arbitrariamente, o comandante de força, navio, aeronave ou engenho de 
guerra motomecanizado a entrada de comandados seus em águas ou território estrangeiro, ou 
sobrevoá-los: 
Pena - suspensão do exercício do posto, de um a três anos, ou reforma. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, podendo ser cometido apenas por COMANDANTE, oficial. 
- Ação dolosa, ou seja, é necessário que comandante saiba estar adentrando em território estrangeiro. 
 
 
 
Art. 171 – USO INDEVIDO POR MILITAR DE UNIFORME, DISTINTIVO OU INSÍGNIA 
Art. 171. Usar o militar ou assemelhado, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia de 
posto ou graduação SUPERIOR: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR. 
- É necessário usar publicamente as vestes de superior hierárquico, não incorrendo no tipo a situação em que 
é autorizado para tanto, por exemplo em um treinamento. 
 
Art. 172 – USO INDEVIDO DE UNIFORME, DISTINTIVO OU INSÍGNIA MILITAR POR QUALQUER PESSOA 
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito: 
Pena - detenção, até seis meses. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR. 
- Mais genérico que o anterior, se limitando a tipificar o uso indevido de uniforme, inclusive de uniforme 
inferior à militar superior. 
 
Art. 173 – ABUSO DE REQUISIÇÃO MILITAR 
Art. 173. Abusar do direito de requisição militar, excedendo os poderes conferidos ou 
recusando cumprir dever imposto em lei: 
Pena - detenção, de um a dois anos. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR. 
- Requisição Militar advém da mesma norma constitucional que a Requisição administrativa, qual seja inciso 
XXV do Art. 5º. 
 
Art. 174 – RIGOR EXCESSIVO 
Art. 174. Exceder a faculdade de punir o subordinado, fazendo-o com rigor não permitido, ou 
ofendendo-o por palavra, ato ou escrito: 
Pena - suspensão do exercício do posto, por dois a seis meses, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
- Crime PRIPRIAMENTE MILITAR. 
- EXCEDER significa ultrapassar o limite legal, aplicando sanção não prevista em lei, em condições gravosas ou 
subumanas ou ainda por meio de ofensa verbal ou escrita. 
- É crime subsidiário, sendo absorvido na ocorrência de lesão corporal ou morte. 
 
Art. 175 – VIOLÊNCIA CONTRA INFERIOR 
Art. 175. Praticar violência contra inferior: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Parágrafo único. Se da violência resulta lesão corporal ou morte é também aplicada a 
pena do crime contra a pessoa, atendendo-se, quando for o caso, ao disposto no art. 159. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, necessitando ainda que o criminoso seja superior hierárquico em relação à 
vítima. 
- Agressão necessariamente física. 
- Se resultar em lesão corporal ou morte, a pena será materialmente cumulada com a do tipo respectivo, 
atendendo-se quando necessário a disposição do artigo 159 (diminuição de pena). 
 
Art. 176 – OFENSA AVILTANTE A INFERIOR 
Art. 176. Ofender inferior, mediante ato de violência que, por natureza ou pelo meio empregado, se 
considere aviltante: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no parágrafo único do artigo anterior. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, necessitando ainda que o criminoso seja superior hierárquico em relação à 
vítima. 
- É necessária a intenção de humilhar o inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 177 – DA RESISTÊNCIA MEDIANTE AMEAÇA OU VIOLÊNCIA 
Art. 177. Opor-se à execução de ato legal, mediante ameaça ou violência ao executor, ou a quem esteja 
prestando auxílio: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 1º Se o ato não se executa em razão da resistência: 
Pena - reclusão de dois a quatro anos. 
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência, ou ao fato 
que constitua crime mais grave. 
 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR. 
- É necessário que haja violência ou ameaça contra o executor do ato legal, não se enquadrando o caso em 
que a violência é contra o patrimônio, por exemplo quando o criminoso quebra os vidros da viatura. 
- Se pela resistência o ato não se consuma, o crime SE QUALIFICA. 
- A pena é MATERIALMENTE CUMULADA com a pena do crime de violência ou outro mais grave. 
 
Art. 178 – FUGA DE PRESO OU INTERNADO 
 Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente presa ou submetida a medida de segurança 
detentiva: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 1º Se o crime é praticado a mão armada ou por mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
§ 2º Se há emprego de violência contra pessoa, aplica-se também a pena correspondente à 
violência. 
§ 3º Se o crime é praticado por pessoa sob cuja guarda, custódia ou condução está o preso ou 
internado: 
Pena - reclusão, até quatro anos. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR. 
- Tipo aplicável somente aos presídios militares ou outras instalações prisionais militares, nesse sentido, a 
súmula 75 do STJ. 
- QUALIFICAM o crime o uso de ARMA própria ou impropria, o CONCURSO de pessoas, o ARROMBAMENTO 
da instalação e, por fim a qualidade do autor de ser responsável pelo prisioneiro. 
- Se houver emprego de violência, ocorrerá a CUMULAÇÃO MATEIRAL DA PENA com a pena correspondente a 
violência. 
 
Art. 179 – MODALIDADE CULPOSA DO TIPO ANTERIOR 
Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente presa, confiada à sua guarda ou condução: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
- Crime PROPRIAMENTE MILITAR, uma vez que civil somente comete crime militar quando tem a intenção de 
ofender as instituições militares, não cabendo assim crime militar na modalidade culposa praticada por civil. 
- Aplicável somente quando o fugitivo estava preso, e não também aos casos em que cumpria medida de 
segurança. 
 
Art. 180 – EVASÃO DE PRESO OU INTERNADO 
Art. 180. Evadir-se, ou tentar evadir-se o preso ou internado, usando de violência contra a 
pessoa: 
Pena - detenção, de um a dois anos, além da correspondente à violência. 
§ 1º Se a evasão ou a tentativa ocorre mediante arrombamento da prisão militar: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
§ 2º Se ao fato sucede deserção, aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR, uma vez que é possível a prisão de civil em estabelecimento penal 
militar. 
- Não incide sobre fugas de estabelecimentos penais comuns. 
Forma 
Qualificada 
Cumulação 
De Penas 
Forma 
Qualificada 
- Não é necessário obter êxito na fuga. 
- É necessário o uso de VIOLÊNCIA para que o crime se consuma. 
- CUMULAÇÃO MATERIAL DA PENA se configurada deserção. 
- Qualificada pelo arrombamento da prisão militar. 
 
 
 
 
Art.181 – ARREBATAMENTO DE PRESO OU INTERNADO 
Art. 181. Arrebatar preso ou internado, a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob 
guarda ou custódia militar: 
Pena - reclusão, até quatro anos, além da correspondente à violência. 
- Crime IMPROPRIAMENTE MILITAR. 
- Necessário o uso de violência, contra pessoa ou patrimônio. 
- Preso em local sob administração militar. 
- CUMULAÇÃO MATERIAL DA PENA em caso de lesão corporal no arrebatado. 
 
Art. 182 – AMOTINAMENTO 
Art. 182. Amotinarem-se presos, ou internados, perturbando a disciplina do recinto de prisão militar: 
Pena - reclusão, até três anos, aos cabeças; aos demais, detenção de um a dois anos. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem participa do amotinamento ou, sendo oficial e 
estando presente, não usa os meios ao seu alcance para debelar o amotinamento ou evitar-lhe as 
consequências. 
- Crime de AUTORIA COLETIVA NECESSÁRIA, e IMPROPRIAMENTE MILITAR. 
- PU incrimina oficial que se junta ao movimento ou que presente não adota dos meios cabíveis e possível para 
acabar com o amotinamento, ou aliviar-lhes as consequências. 
- Penas aumentada para os “cabeças”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Retirar algo repentinamente. 
Cumulação 
De Penas

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