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Caderno Direito Constitucional II

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Direito Constitucional II
Anotações das aulas de Direito Constitucional II, ministradas pela Professora Marcia Dominguez Nigro Conceição, no segundo semestre de 2013.
06/08/2013
Organização dos Poderes
Termo "separação" - não significa que haja, hoje, nos Estados Democráticos contemporâneos "rigidez" na interpretação da "separação" entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
O art. 2* da CF enunciado que os Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) devem ser harmônicos entre si e "independentes" (autônomos). Portanto deve haver "cooperação" entre eles, porém com respeito ao exercício da "função precípua" que a CF enunciado que atribui a cada um deles.
Termo "poder" - corresponde ao órgão que desenvolve o poder político. Poder Político (uno, indivisível) exercício ocorre por meio de três órgãos (Legislativo, Executivo e Judiciário) 
Da exigência constitucional de relação harmoniosa entre os três órgãos que exercem o poder político decorre o princípio "freios e contrapesos (checks and balances). Segundo este princípio não pode haver desmandos que resulte na interferência de um "Poder" sobre outro, desrespeitando. 
Especificidade em relação a: 
Órgão 
Legislativo, Executivo e Judiciário - três órgãos distintos
Função 
Específica denominada função típica exercida de modo precípuo por cada um dos órgãos (Poderes).
08/08/2013
Funções Típicas
Trata-se de função que atribui identidade a determinado "poder" (órgão), sendo, portanto a razão de existência (razão pela qual foi criado). 
Função típica = função precípua, principal 
Poder Executivo:
Função típica - administrativa ou executiva
Função atípica - legislar 
Função atípica - julgar (contencioso administrativo)
Poder Legislativo:
Funções típicas - legislativa e fiscalizatória (com auxílio do Tribunal de Contas - órgãos administrativos)
Função atípica - administrar e julgar (procedimento administrativo interno)
Edil - vereador 
Poder Judiciário: 
Função típica - julgar(solucionar o litígio)
Funções atípicas - administrar e legislar (iniciativa de leis concorrentes esse poder - lei orgânica da magistratura, atos normativos interna corporis)
Funções atípicas são consideradas instrumentais (acessórias, secundárias) uma vez que são meios para que determinado Poder possa desenvolver sua função típica.
Princípio da Indelegabilidade de funções - trata-se de princípio implícito que se aplica ao exercício da função típica de cada "Poder". Segundo essa norma-princípio, as funções típicas são indelegáveis, sendo pertinentes a cada Poder, por correspondem a razão de sua existência.
13/08/2013
Origem histórica
Aristóteles (380 a. C. a 350 a. C.) - A Política
Machiavel (séc. XV, XVI) - O Príncipe
Jean Bodin - "Os seis livros da República" - França: advogado do rei
Abade Sieyes - o que é o terceiro estado 
Ele é o defensor da Teoria do Poder Constituinte Originário - soberania nacional, hoje, soberania popular (primeira teoria democrática)
John Locke (Inglaterra) - O 2* Tratado de Governo
Locke foi o primeiro a defender que os juízes (função judicial) deveriam ser independentes.
Esses pensadores identificaram as três funções: legislar, administrar e julgar. No entanto, nesses períodos, o regime era autocrático, permanecendo o exercício desses funções nas mãos de um só governante. 
Contexto Pré Revolução Francesa 
1787 - Primeira Constituição Federal (Constituição Democrática votada) - Constituição dos EUA
1791 - Constituição da França (Constituição Democrática) Primeira Constituição europeia e a segunda constituição democrática no mundo.
Montesquieu - "O Espírito das leis"
Nesse conto em que prevalece os ideais da democracia, passa a viger a preconização de que haja três órgãos distintos, sendo atribuída a cada um deles o exército de uma função típica.
CF
Poder Legislativo
Funções Típicas - legislar e fiscalizar
Funções atípicas - administrar (auto-organização); julgar (contencioso administrativo. Julgamento pelo Senado Federal no processo de impeachment (presidente, governador e prefeito)).
Impeachment
Governador - julgamento por órgão especial, Assembleia Legislativa e Desembargadores
Prefeito - Tribunal de Justiça do Estado, autorização dos Edis (vereadores)
Art. 44 até 76
Estrutura do Poder Legislativo na Federação - art. 44
Federação - poder legislativo dual ou dualístico, ou seja bicameral 
Congresso Nacional:
Câmara dos Deputados - representa povo (soberania popular)
Senado Federal - representa os Estados federados Distrito Federal (vontades ou poderes parciais) junto a União (vontade ou poder central)
15/08/2013
Senado Federal 
Mandato (legislatura) - 8 anos, renováveis as vagas por 1/3 e 2/3. 
A representação no Senado é igualitária ou paritária: três por estado e três no Distrito Federal 
Câmara dos Deputados
Legislatura de 4 anos
Distrito Federal
Ente da federação diferente com restrição na sua autonomia - ente federal híbrido por se organizar politicamente como:
Estado: possui senadores e deputados federais. Casa legislativa integrada pelos Deputados federais: câmara legislativa 
Como município: é regido por Lei Orgânica (não tem constituição) que deve ser compatível com a CF 
Como município: ele possui competência sob o interesse local. É vedada a divisão em municípios, que teriam mais autonomia, como ocorre nos estados.
Obs.: é competência da União organizar: 
Defensoria pública 
Poder judiciário 
Ministério público 
Polícia militar e corpo de bombeiros 
Nível estadual: deputados estaduais - Assembleia legislativa, câmara dos Deputados estaduais
Nível municipal: câmara municipal - vereador (edil)
Município: constituição estadual, que deve ser compatível formal e materialmente com a CF. Organiza-se por lei Orgânica e leis municipais.
Eleição 1 - presidente, governador e vice, deputado estadual e governador do distrito federal e deputado distrital - eleições na mesma data com mandato de 4 anos. Exceção: senador - 8 anos.
Eleição 2 - prefeito, vice e vereadores na mesma data, 2 anos antes das eleições para os parlamentares federais presidente da república 
Emenda constitucional - ampliou o exercício do poder legislativo diminuindo o período recesso parlamentar. 
Ano legislativo = sessão legislativa = reunião anual = 2 fevereiro a 22 de dezembro (CF, art. 57, caput) 4 sessões legislativas (deputados e vereadores) ou 8 anos legislativos (senadores) 
Recesso parlamentar - 18/07 a 31/07
Significados
Art. 57, §1* - reuniões - transferência das datas para o primeiro dia útil subsequente
Art. 57 § 2* - a sessão legislativa não será interrompida sem aprovação das leis de diretrizes orçamentárias, caso contrário deverá haver sessões extraordinárias 
Sessão conjunta - câmara dos deputados federais e senado para inaugurar a sessão legislativa 
20/08/2013
Sessões
Sessão ordinária (normal)
Reunião anual - 21 de fevereiro a 5 de julho /recesso/ 1 de agosto a 22 função
Sessão extraordinária (fora da normalidade) - art.57, § 6*
Em horário e dias diferentes daqueles em que as Casas Legislativas (Câmara dos Deputados Federais, Senado, Assembleia Legislativa dos Estados e Câmara Municipal) se reúnem normalmente.
A convocação pode se dar: 
Por requerimento assinado pela maioria dos membros do poder legislativo (câmara dos Deputados Federais e Senado), de acordo com a casa em que matéria será discutida;
 Pelo presidente, mediante solicitação da sessão extraordinária na Câmara dos Deputados Federais e no Senado, ou no Congresso Nacional dependendo matéria. 
Presidente do Senado
Presidente Câmara dos Deputados Federais 
Matéria para deliberação sessão extraordinária: deve ser determinada previamente, para que seja de conhecimento no momento da convocação (regra geral). Observação: a exceção, prevista na CF, é a análise de medida provisória pendente de aprovação ou rejeição pelo Congresso. Nesta hipótese, deve ser analisada, primeiramente, antes da matéria que foi objeto convocação sessão extraordinária ser deliberada 
Maioria dos membros - maioria absoluta (númerosuperior a metade do número integrantes da casa legislativa) 
Competências das Casas Legislativas - art. 48 ao 52
(nível federal - Congresso Nacional, Câmara dos Deputados Federais, Senado)
Atribuições do Congresso Nacional - art. 48, CF - o termo atribuições possui o significado de que, no nível federal, o Congresso Nacional elabora o projeto de lei sobre matéria de competência da União (arts. 21 e 22) e sobre os assuntos contidos no art. 48, porém os referidos projetos dependem de sanção (aprovação formal) da presidente da república. Caso o chefe do poder executivo federal não concorde no "todo ou em parte" com eles, poderá veta-los.
Nesta situação a sanção e o veto, se for o caso, não configura interferência na função típica exercida pelo Congresso Nacional que é legislar. Isso porque há autorização da CF para e o chefe do poder executivo realizar tais atos.
Art. 48 - rol de exemplificativo, pois além deles, as demais matérias de competência da União, que representa a vontade (poder, esfera) central na Federação, também serão objeto de projeto de lei atribuídos ao Congresso Nacional, dependendo da sanção da presidente da república (atribuição do Congresso Nacional). 
22/08/2013
Sanção ou veto do presidente da República 
A sanção é um ato privativo do Poder Executivo em projetos de lei de sua competência.
Elaboração do projeto pelo Congresso Nacional - atribuições de sua competência - art. 49, CF.
As matérias de competência da União tem interesse nacional. Estão anunciadas no art. 48, 21, 22 da CF.
Em relação ao art. 21 se não houver expressamente escrito o verbo legislar, significa que é um de matéria de competência exclusiva.
Presidente da República - sanciona ou não projetos de lei de competência da União, portanto, matérias de interesse nacional.
Do Estado - sanção do governador do Estado nos projetos de lei de sua competência para gerar efeitos de interesse da região do Estado.
Dos municípios - sanção do prefeito nas matérias de sua competência sobre o interesse local.
A sanção antecede a promulgação pelos chefes do Poder Executivo.
27/08/2013
Poder Executivo
Presidente, governador e prefeito.
Sanção - implica a promulgação e publicação
Presidente - Congresso Nacional (atribuição) elaborar o objeto de lei (objeto: matérias de competência da União) e promulga caso não haja veto.
Projeto de lei (presidente art. 21, 22, 48)
Presidente - iniciativa
Poder Legislativo - duas casas do Congresso Nacional - deliberação e aprovação
Presidente
Sanção - promulgação
Veto - retorna o projeto ao Congresso Nacional
Observação:
Promulgação - ato pelo qual a lei inova a ordem jurídica ou seja passa a ter existência jurídica
Publicação - ato por meio do qual a sociedade tem conhecimento da existência da nova lei e do prazo, após o qual começará a gerar efeitos, disciplinando as relações jurídicas - vacatio legis 
Atenção: a emenda constitucional - regulado pelo art. 60, possui como limite formal (procedimental) a promulgação pelas duas casas legislativas (Câmara e Senado). Trata-se de exceção. O presidente república somente tem autorização da CF para proposta da Emenda Constitucional.
Portanto, a emenda constitucional não é sancionada pelo presidente da república somente(quem não sanciona não veta).
O veto do presidente da república pode ser derrubado pelo Congresso Nacional por quórum de maioria absoluta.
A exigência constitucional de sanção do projeto de lei, p qual tem como objeto as matérias de competência da União, justifica-se por ser do Chefe do Poder Executivo Federal na iniciativa de lei nesses assuntos. Portanto, não se trata de interferência do Poder Executivo no exercício da função típica pelo Congresso Nacional corresponde a aplicação do princípio implícito de freios e contrapesos. 
Derrubada do veto pelo Congresso Nacional, nas matérias de competência da União, não implica haver interferência na vontade do Poder Executivo, pois a autorização dada ao Congresso Nacional relaciona-se ao exercício da função típica de legislar constitucionalmente auferida ao Congresso Nacional. 
Competência das Casas Legislativas
Câmara dos Deputados Federais e Senado, separadamente, sem encaminhamento para sanção ou veto do Chefe do Poder Executivo Federal (art. 49, 51, 52)
Significado dos termos: exclusiva (art. 49) e privativamente (art. 51, 52)
Sentido desses termos: competência que somente pode ser exercida por essas casas Legislativas, sem que haja sanção ou veto do presidente da república, e com vedação constitucional, impedindo que a Câmara dos Deputados Federais exerça a competência exclusiva do Congresso Nacional ou as competências privativas do Senado e vice-versa.
CF - somente autoriza à determinada casa legislativa as competências atribuídas pelo Poder Constituinte Originária.
Congresso Nacional 
Matérias relacionadas:
Indígenas
Recursos hídricos 
Ordem jurídica brasileira perante outras (paz, guerra, etc.).
Radiodifusão, concessões, televisão, telecomunicação, tv digital, celular.
Emissão de moeda, operações financeiras.
Subsídios dos ministros do STF 
Criação, extinção e provimento de cargos públicos na Ordem Pública Federal.
03/09/2013
Termos:
Exclusiva - competência do Congresso Nacional
Privativa - Câmara Municipal, Deputados Federais, Senado Federal
Possuem o mesmo significado, pois as matérias elevadas para essas Casas Legislativas pertencem, segundo a CF de modo exclusivo a cada uma delas nesses projetos de lei não há sanção ou veto do Presidente da República.
Observação: a sanção ou veto somente é exigência da Constituição Federal para projetos de lei de matéria de competência da União e trata-se de competência atribuição do Congresso Nacional, consoante terminologia empregada pelo Poder Constituinte Originário. 
Ministros de Estado - Art. 50 - podem ser convocados pelas Casas Legislativas, ou por suas comissões (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados Federais e Senado) para prestar informações sobre assuntos relevantes referentes ao ministério que representa. Requisito: a matéria deve ser previamente comunicada ao Ministro de Estado.
Deve constar da convocação. O não comparecimento resulta em comprimento de crime de responsabilidade.
Crime de responsabilidade (conexões com o exercício da função): 
Ausência
Falsidade ideológica (informações falsas)
Competência privativa da Câmara dos Deputados Federais - art. 51 
Elaborar regimento interno (estrita obediência a CF)
Dispor sobre sua auto organização, auto administração: criação de cargos, remuneração, serviços, poder de polícia (fiscalização)
Competência privativa do Senado - art. 52
Idem: auto administração ^; regime interno; remuneração; criação de serviços cargos; poder de polícia.
Mesas diretoras
Câmara dos Deputados:
 Presidente
Vice
Primeiro Secretário 
Segundo
Etc. 
Senado:
 Presidente
Vice
Primeiro Secretário 
Segundo
Etc. 
Mesa a diretora do Congresso Nacional:
Presidente do Senado 
Vice da Câmara
Primeiro Secretário do Senado
Segundo Secretário da Câmara
A mesa diretora do Congresso Nacional (plenário: Câmara dos Deputados e Senado Federal):
O presidente do Congresso Nacional é o presidente do Senado
Os demais cargos são preenchidos de forma alterada, respeitando-se o cargo que é ocupado na respectiva casa.
Impeachment (aprofundamento no Poder Executivo)
Autorização pela Câmara dos Deputados Federais - art. 51, I (juízo discricionário, segundo Secretário critérios de conveniência e oportunidade) 
Julgamento pelo Senado - art. 52, I - ato vinculado a autorização pela Câmara dos Deputados Federais.
Imunidades Parlamentares - art. 53
Prerrogativa: benefícios para que a atividade parlamentar possa ser exercida de forma livre e isenta.
Origem: Inglaterra.
Dois tipos de imunidade:
Material - substantivo, real - inviolabilidade por manifestações escritas ou orais (votos, opiniões), desde que tenham conexão (pertinência ou nexo causal), com o exercício do mandato (legislativo).
Senadores, Deputados Federais e Estaduais tem imunidade em todo o territórionacional.
Edil (vereador) - somente material em sua circunscrição eleitoral.
Damásio de Jesus e outros: imunidade material é a inviolabilidade, sendo exclusão de antijuridicidade (a verdadeira imunidade)
05/09/2013
Imunidade material (inviolabilidade) implica a não responsabilização penal e civil (art. 53, CF). 
Art. 29, inciso VIII 
Vereador - imunidade material (expressões, votos decisões) somente no município em que exerce a função parlamentar (CF - circunscrição do seu município, circunscrição eleitoral). 
Observação: a inviolabilidade material não é usufruída somente no recinto da Câmara, mas em todos os locais, desde que no município no qual o edil foi eleito.
Deputados estaduais, federais e senadores - inviolabilidade em todos os locais do território nacional. 
Atenção: não se esquecer de que, em qualquer situação de inviolabilidade material, segundo manifestações do STF, para se assegurar a não responsabilidade civil e penal, há que se provar a conexão das manifestações orais e escritas com o exercício do mandato (legislatura, função) parlamentar.
Imunidade Formal (processual ou procedimental)
Trata-se do trâmite ou rito processual. 
12/09/2013
Imunidade formal (adjetiva, procedimental ou processual)
Marco inicial para usufruir das imunidades: formal e material - é a diplomação que antecede a posse. Diplomação: pela expedição do diploma, atesta-se que o candidato foi regularmente eleito (votos válidos) (mais ou menos no meio do mês de dezembro).
Posse - ato pelo qual há a investidura no cargo (poder executivo: presidente, governador e prefeito). 
Imunidade formal
Crime cometido antes da diplomação 
Prerrogativa ou imunidade em relação ao foro de julgamento (competência para julgamento).
 Trata-se do foro especial ou privilegiado. Pela aplicação da lei da "ficha limpa", o processo deverá estar no 1* grau, ou não haver condenação, no primeiro recurso, junto a um órgão colegiado.
Havendo condenação em um órgão colegiado, consoante essa lei, não há autorização para elegibilidade (inelegibilidade relativa). 
Observação: caso esteja a investigação na fase de inquérito, a denuncia será feita no STF.
Terminado o processo mandato (legislatura) se não houver conclusão do processo, este retorna, na fase em que estiver, ao juízo comum. 
2. Crime cometido após a diplomação 
(CF - expedição do diploma)
São várias prerrogativas: 
Art. 53, § 1* - foro especial ou privilegiado. Os autos do processo são encaminhados diretamente ao STF. 
Prisão: não poderão os parlamentares serem presos, exceto em se tratando de flagrante de crime inafiançável (prazo de 24 horas)
"sustação" (paralisação, suspensão) do processo pela Casa legislativa integrada pelo parlamentar (prazo de 45 dias). Atenção: neste caso (inércia do processo) suspende-se o prazo prescricional. Somente durante o mandato. Sempre maioria absoluta (resolver a prisão) e para suspensão do processo. 
19/09/2013
Comissões parlamentares - art. 58 
Órgãos compostos por parlamentares para estudo de determinadas matérias a respeito das quais haverão a elaboração de projeto de lei.
Em todas as casas legislativas, nos três níveis da federação, formam-se as comissões:
Congresso nacional
Câmara dos deputados federais
Senado
Assembleia legislativa - estado
Câmara legislativa - Distrito Federal
Câmara municipal 
Há comissões fixas (comissões temáticas) que perdura durante o mandato e ainda permanecem em outras legislaturas da, por terem como temas assuntos relevantes para o desenvolvimento do país e das atividades inerentes à função administrativa e legislativa. Exemplo: comissão para assuntos econômicos, de orçamento, do meio ambiente, da igualdade racial, da criança e do adolescente, comissão de ética. 
CCJ - comissão de constituição e justiça. Todos os projetos devem ser analisados por ela. Exerce o controle preventivo ou político de constitucionalidade, verificando sua compatibilidade vertical com a CF. É um controle preventivo antes de a lei ingressar na ordem jurídica (antes da promulgação). Controle político - controle de constituição pelo legislativo.
Comissões transitórias ou temporárias - mais importante CPI (comissão parlamentar de inquérito - art. 58, §3*)
24/09/2013
Comissões transitórias ou temporárias 
A mais importante: CPI (comissão parlamentar de inquérito - art. 58, § 3*)
Comissão representativa - ativa durante o recesso parlamentar, representando os parlamentares da casa legislativa que integram.
Observação: Ministros de Estado podem ser convocados para comparecerem a qualquer das comissões parlamentares para prestarem informações sobre suas atribuições, sob pena de crime de responsabilidade - art. 58, § 4*,
Art. 58, § 3* - Todas as casas legislativas podem criar CPI.
Forma:
Requisito formal - modo, procedimento empregado para criação da CPI
1/3 dos membros da casa legislativa (CN, Câmara Federal, Senado, Assembleia legislativa, câmara legislativa, câmara municipal)
Relatório final (libelo) com as conclusões que serão encaminhadas ao Ministério Público. Observação: os parlamentares não tem compromisso de concluir as investigações.
Ministério Público recebe o relatório que, se for consistente, será objeto de denuncia junto ao Poder Judiciário.
Requisito temporal - prazo certo, devem estipular um prazo inicial
Normalmente de 120 dias. Deve ser estipulado de acordo com o regimento interno das casas legislativas.
Poderá haver prorrogações, quantas forem necessárias, no entanto não pode a CPI ultrapassar uma legislatura.
Requerimento deve determinar o prazo inicial
Requisito material - fato determinado
Assunto ou objeto da CPI 
Pode ser por meio de documentos ou outro material, desde que concreta a prova
Nem todos os fatos serão analisados, somente aquele que dará início a investigação
Poderão emergir das investigações outros fatos resultantes de coleta de provas, depoimentos e outros
Somente serão analisados os novos fatos que tiverem nexo causal (conexão, pertinência com o fato principal que gerou a criação da CPI).
27/09/2013
Comissão Parlamentar de inquérito
Requisitos da CF para a formação da CPI:
1/3 dos membros da Casa Legislativa (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados Federais ou Senado)
Relatório final (libelo) com as conclusões que serão encaminhadas ao Ministério Público
O Ministério Público recebe o relatório que, se for consistente, será objeto de denuncia junto ao Poder Judiciário. 
Requisito temporal:
"Prazo certo" - deve ser estipulado de acordo com o regimento interno das Casas Legislativas (normalmente 20 dias). Poderá haver prorrogação quantas vezes forem necessárias, no entanto a CPI não pode ultrapassar a legislatura. No requerimento deve determinar o prazo inicial.
Requisito material (assunto ou objeto da CPI - fato determinado)
Fato efetivamente provocado (provas concretas) poderá emergir das investigações de outros fatos resultantes de coleta de provas, depoimentos e outros.
Somente serão analisados os novos fatos que tiverem nexo causal, conexão, pertencia com o fato principal que gerou a criação da CPI.
01/10/2013
CPI
Limites de investigação: princípio (postulado ou cláusula) da reserva jurisdicional (ou de jurisdição do apoderou Judiciário). Segundo esse princípio implícito há determinados atos para os quais deve haver mandado judicial (ordem, autorização). Portanto, deve ser feita a solicitação fundamentada ao Poder Judiciário, ao qual compete o exercício da função típica de julgar.
Busca e apreensão de documentos em geral (escrito, digital) durante o dia, com ordem judicial (art. 5*, XI)
Sigilo telefônico (conversas gravadas) com ordem judicial (art. 5*, XII)
Exceção: a CF não exige ordem do Poder Judiciário para quebra de sigilo fiscal e bancário. Basta o pedido fundamentado a autoridade competente. 
Expressão " poderes investigatórios das autoridades competentes" 
As atividades da CPI equivalem a fase de instrução realizada pelo Poder Judiciário: depoimentos, indiciados, testemunhas, convocação de ministros, determinação perícias,dados contábeis, técnicos, etc.
Porém não podem as atividades da CPI resultar em punição dos envolvidos ou julgamento.
O relatório CPI, se houver, deve ser encaminhado ao MP, que poderá oferecer denuncia ao Poder Judiciário, dependendo do conteúdo inserido no relatório.
Observação: 
Os poderes de investigação atribuídos pela CF à CPI permitem que as testemunhas possam ser conduzidas coercitivamente. 
Esposa do indiciado tem a permissão do STF para não jurar que falará a verdade.
Preservação do direito de silêncio. 
Espécies legislativas (processo legislativo)
Lei complementar (LC) – elaboração pelo poder legislativo
Lei ordinária (lei) - elaboração pelo Poder legislativo 
Medida provisória - elaborado pelo presidente (função atípica, art. 62).
Lei complementar (LC)
Características:
Objeto: matéria (ou campo material) reservado expressamente pela CF ou Constituição estadual. 
Quórum de aprovação: maioria absoluta ou maioria dos membros do Congresso.
Atenção: o termo complementar é agregado a palavra lei. 
Lei ordinária (lei n* . . . )
Objeto: matéria residual, uma vez que a lei ordinária poderá termo objeto todos os assuntos, excluindo-se as matérias reservadas para a lei complementar. 
Quórum de aprovação: maioria simples ou relativa, que é o número superior a metade dos presentes na sessão. 
Atenção: a sessão para elaboração e aprovação de lei complementar ou ordinária deverá ter para início a maioria absoluta da Casa Legislativa
03/10/2013
Medida Provisória - art. 62
Por que medida provisória não pode tratar de lei complementar? Porque na lei complementar deve haver previsão na CF. 
Elaboração pelo presidente da república, no exercício de função atípica. Por está razão o Congresso Nacional, ao qual compete a função típica de legislar, atua, posteriormente a edição, devendo convertê-la em lei no sentido formal e técnico, ou rejeita-la. A rejeição pode ser expressa ou tácita (após o decurso do prazo total de 120 dias). O prazo para conversão é de 60 dias, com uma prorrogação.
A medida provisória nasce com efeitos de lei, porquanto começa a gerar efeitos (ter eficácia) imediatamente após a publicação. Vencido o prazo de 120 dias, a medida provisória não poderá ser reeditada no mesmo ano legislativo. A matéria somente poderá ser objeto de medida provisória no próximo ano.
Requisitos ou pressupostos: relevância e urgência (conceitos indeterminado, fluidos, ou subjetivos, plásticos, flexíveis).
Não são objetivos, devendo estar relacionados com o contexto fático, fundamentando q aplicação desses conceitos, os quais são valorativos.
Emenda Constitucional n* 32 / 2001 
Estabelece limites ao Presidente da República, em relação a edição de medidas provisórias. 
Observação: caso a Constituição dos estados disponha a respeito da edição de medidas provisórias pelo Chefe do Poder Executivo estadual e municipal, o STF já se manifestou na possibilidade de que elaborou medida provisória. 
Limites (vedações)
 Temporal - 60 dias de eficácia da medida provisória mais prorrogação de 60 dias = total 120 dias, que é o prazo final para conversão em lei ou rejeição. Prazo para início da análise da medida provisória: a fim de evitar o "trancamento da pauta", ou seja não poderão ser discutidos e aprovados os projetos de lei em trâmite legislativo, sem que se inicie o estudo medida provisória - 45 dias. 
Nessa hipótese, a medida provisória passa a ter regime de urgência, sobrepondo-se esta espécie legislativa aos demais projetos de lei. 
Atenção: Ao valor os pressupostos relevância e urgência, o Presidente da República exerce juízo discricionário, segundo os critérios de conveniência e oportunidade.
 b. Limite formal: 
08/10/2013
Medida Provisória 
 b. Formal (modo de elaboração, aprovação, etc.) - art. 60, CF
Autor - chefe do Poder Executivo Federal (Presidente da República)no exercício de função atípica.
Decreto legislativo do Congresso Nacional deverá disciplinar as relações jurídicas geradas, durante a vigência de medida provisória não convertida em lei.
Está não conversão implícita rejeição que pode ser:
Tácita - por decurso do prazo; silêncio do Congresso Nacional
Expressa - formalmente, o Congresso Nacional não converte a medida provisória em lei (sentido formal).
O início da discussão da medida provisória é diferente primeiro na Câmara dos Deputados e depois no Senado.
A não reedição da medida provisória rejeitada tácita ou expressamente no mesmo no legislativo (CF - sessão legislativa)
Material (requisito) - matéria (assunto)
Vedação: reservada para lei complementar; relativas ao direito penal, processo penal e processo civil; organização do Poder Judiciário e do Ministério Público; sobre direito eleitoral e nacionalidade; partidos políticos, cidadania; orçamento, planos anuais orçamentários. Sequestro ou detenção de bens (móveis e imóveis referentes a poupança ou qualquer outro ativo financeiro). Projetos de lei já disciplinados (elaborados) que dependam da sanção ou vetado Presidente da República.
Leis delegadas - art. 68
Autor - Presidente da República - função atípica.
Autorização previa, solicitada ao Congresso Nacional.
A delegação somente pode ser conferida pelas duas Casas Legislativas. Nesta delegação o Congresso Nacional deve estipular os limites sob os quais o Presidente deverá elaborar a lei delegada.
A forma para concessão da delegação: o Congresso Nacional confere a delegação por resolução.
Vedações ou limites materiais:
Não poderão ser objeto de lei delegada:
Matéria reservada previamente pela CF para ser veiculada por lei complementar
Direitos políticos, cidadania, nacionalidade e partidos políticos
Organização do Poder Judiciário e do Ministério Público
Matérias de competência privativa da Câmara dos Deputados Federais, do Senado e do Congresso Nacional.
Na lei delegada e medida provisória são espécies normativa do Presidente na função atípica. 
10/10/2013
Poder Executivo
Chefia da Administração Pública (federal, estadual e municipal)
Afastamento: impedimento e vacância 
Competências privativas do Presidente da República 
Crimes de responsabilidade: impeachment
Crimes comuns - afastamento durante o processo (art. 85, 51, l, 52, parágrafo único e 103 CF)
Chefia das forças armadas (Presidente da República)
Conselhos: de Defesa Nacional e da República 
Chefia da Administração Pública Federal - Poder Executivo (exercida pelo presidente e ministros de estado). Executivo = função administrativa (função típica).
Chefia da administração pública estadual e distrital - exercida elo governador e secretários estadual e distrital.
Chefia da administração pública municipal - prefeito e secretários municipais
Auxiliares diretos do Poder Executivo:
Ministros de Estado
Secretários de Estado, distritais e municipais
São cargos de confiança - de confiança livre escolha e nomeação do chefe do Poder Executivo Federal, estadual, distrital e municipal.
Ministros de Estado não são sabatinados pelo Senado, como os Ministros do STF. Isto porque resultam de escolha pessoal do Presidente da República.
Os Ministros de Estado e Secretários estaduais, etc. - são demissíveis ad nutum porque podem ser demitidos a qualquer tempo e sem justificativa.
Eleição: CF 88 - previa o mandato de cinco anos, sem reeleição.
Eleição do chefe do Poder Executivo implica a do respectivo - vice.
Coincidência das eleições - presidente e governador.
Prefeito - intervalo de dois anos.
1* turno (primeiro domingo de outubro) - eleito é o candidato que obtiver a maioria dos votos válidos, excluídos os nulos e brancos.
2* turno - caso não haja eleitos no 1* turno, a CF prevê 20 dias após o primeiro. Normalmente, realiza-se no último domingo (dia não útil).
Observações:
Ministros de Estado e Secretários - idade mínima de 21 anos
Nato ou naturalizado exceto os Ministros da Defesa Nacional que deve ser brasileiro nato.
Parlamentares federais, estaduais e municipais podem ser nato ou naturalizado, porém lhes é vedada a presidência da casa legislativa
Substituiçãolegal - prevista na CF
Afastamento:
Temporário - impedimento (transitório)
Permanente - vacância
Afastamento do presidente oi governador:
Definitivo ou temporário - sucessor natural do chefe do Poder Executivo é o respectivo vice por era sido eleito conjuntamente com o titular do Poder Executivo.
Impedimento: afastamento temporário, em razão de doença, viagem, etc. Superior a 15 dias - deve haver solicitação de autorização do:
CN - presidente
Assembleia legislativa - governador
Câmara municipal - prefeito 
15/10/2013
Continuação
Impedimento: o chefe do Poder Executivo (federal, estadual ou municipal) afasta-se do exercício do cargo por determinado período: viagem para qualquer fim. Período superior a 15 dias deve haver autorização do Poder Legislativo.
Presidente: autorização do Congresso Nacional 
Governador: autorização da Assembleia Legislativa
Governador do Distrito Federal: autorização da Câmara Legislativa
Prefeito: autorização da Câmara Municipal
Vacância 
O cargo do Poder Executivo pode ficar vago, o que significa a ausência definitiva ou permanente do cargo.
Impedimento - ausência temporária, sua característica é a transitoriedade. 
Vacância - ausência definitiva, sua característica é a definitividade, por morte ou renúncia.
O vice-presidente, vice-governador e o vice-prefeito são os sucessores naturais do titular.
A ordem sucessória para se tornar ocupante do cargo de chefe do Poder Executivo é a mesma no impedimento e no caso de vacância. 
Quem assume temporariamente a chefia do Poder Executivo deve deixar o cargo no momento em que o presidente, governador ou prefeito retornarem aos seus cargos.
Nível federal:
Presidente > Vice-presidente > presidente da Câmara dos Deputados Federais > presidente do Senado > presidente do STF
Nível estadual: 
Governador > Vice-governador > presidente da Assembleia Legislativa (ou presidente da Câmara Legislativa, no caso do Distrito Federal)
Nível municipal:
Prefeito > vice-prefeito > presidente da Câmara Municipal
Caso haja vacância em natureza de vacância definitividade, a CF prevê que sejam realizadas novas eleições:
Serão diretas quando a vaga for aberta nos dois primeiros anos do mandato
Indireta quando abertas nos dois últimos anos
No caso de vacância, o eleito, seja por eleições diretas ou indiretas, assume o denominado mandato tampão, pois permanece no cargo até as próximas eleições.
22/10/2013
Competências privativas do Presidente da República 
Art. 84, CF - rol exemplificativo, não é taxativo nem exaustivo. Existem outras atribuições (competências) que poderão ser exercidas pelo chefe do poder executivo federal (competência da União) consoante disposto o inciso XXVII do art. 84, CF (. . . exercer outras atribuições previstas pela CF). 
Regra: na competência privativa a regra é a Indelegabilidade, atribuída pela CF e originária, prevista no poder constituinte originário. A delegação é exceção.
Matérias que podem ser delegadas (devem estar expressas no texto constitucional) (art. 84, VI, XXll, XXV)
Extinção e criação de cargo na Administração Pública Federal 
Concessão de indulto e comutação de pena 
Pessoas as quais o Presidente pode delegar essas competências privativas (art. 84, Vl, Xll, XXV)
 Ministros de estado exercem a chefia suprema da Administração Pública Federal (cargo de confiança)
Procurador geral da República - chefe do Ministério Público Federal
Advogado geral da União - que atua nas causas em que a União é parte 
Na adin, adecon, ele defende a constitucionalidade da lei. 
Crime de responsabilidade
(Presidente, governador e prefeito)
Crime conexo com exercício da função administrativa, em seu exercício. Previsto no rol exemplificativo do art. 85, CF, por não exaurir todos os crimes que podem ser cometidos no exercício da Administração Pública Federal. 
Atentamente contra qualquer artigo da CF e descumprem a legislação infraconstitucional que tenha relação com a função administrativa são crimes de responsabilidade. 
O crime de responsabilidade tem natureza política, e o julgamento é político, previsto na CF nos arts 51, l, 52, l e parágrafo único. O processo é bifásico - denomina-se impeachment.
O impeachment previsto na CF norte-americana relaciona-se ao presidencialismo, embora sua origem remota esteja na Inglaterra. No entanto, esse instituto não prosperou nesse país, no qual vingou o regime parlamentarismo. 
Impeachment 
Bifásico:
Autorização do processo pela Câmara dos Deputados (quórum de 2/3 dos integrantes). Na Câmara corre o juízo discricionário ou de admissibilidade, segundo os critérios de conveniência e oportunidade. 
Julgamento pelo Senado (art. 52, l), desde que haja autorização da Câmara dos Deputados Federais. Portanto, o julgamento é ato vinculado a autorização da Câmara dos Deputados Federais por depender de sua manifestação favorável.
A presidência do julgamento no Senado é ato do presidente do STF para desempate, por haver necessidade de respeitar o princípio dos freios e contrapesos. Mesmo com o presidente do STF o julgamento é político. 
24/10/2013
Impeachment
Previstas no parágrafo único do art. 52. São duas sanções consideradas hoje pelo STF, principais e cumulativas, em ocorrendo a condenação do Presidente da República.
Perda do cargo
Inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública. Compreensão da função pública: cargo de confiança (comissão), concursos públicos e Indelegabilidade relativa, porque após o período de oito anos, restaura-se a elegibilidade. 
Renúncia antes ou após o início do julgamento
 O processo de impeachment é paralisado, se a renúncia ocorrer até o início do julgamento.
Se ocorrer após: neste caso, a primeira sanção (perda do cargo) resta prejudicada. Se houver condenação aplica-se a segunda (inabilitação por oito anos), para o exercício de função pública. Portanto o processo continua.
Nota: anteriormente, a lei referente ao julgamento do crime de responsabilidade previa haver dependência da sanção de inabilitação em relação a perda do cargo. A segunda era considerada pena acessória da perda do cargo, considerada principal. 
STF - alteração as duas sanções são independentes entre si (principais)(caso Collor).
Atenção: a decisão política no processo de impeachment, a qual pode ser condenação ou absolvição não pode ser contestada junto ao Poder Judiciário. A presença do Presidente do STF no julgamento realizado pelo Senado, desde que haja autorização da Câmara dos Deputados Federais não descaracteriza a sua natureza política e administrativa.
Durante o julgamento, pode ser impetrados mandados de segurança para garantir o contraditório e a ampla defesa, durante o processo. 
Governador (exemplo: São Paulo)
Em relação ao crime de responsabilidade, a constituição do estado de São Paulo previa um órgão especial (Tribunal Especial) com sete desembargadores e sete deputados estaduais, presídios pelo presidente do Tribunal de Justiça. 
Hoje- alteração pelo STF para o Tribunal Especial de São Paulo e Distrito Federal: cinco deputados e cinco desembargadores, presídios pelo presidente STJ. 
Somente ocorre o julgamento pelo Tribunal Especial se houver o juízo de admissibilidade (juízo discricionário) da Assembleia Legislativa nos estados e Câmara Legislativa no Distrito Federal.
Observação: afastamento do cargo por 180 dias, retornando o Presidente após esse prazo, se o julgamento não chegar ao final. 
Crimes comuns
Presidente - julgamento pelo STF. Deve haver o juízo de admissibilidade pela Câmara dos Deputados Federais, que pode ser suspenso por ela com interrupção do prazo prescricional.
Governador do estado e Distrito Federal - Superior Tribunal de Justiça. Juízo discricionário pela Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF para paralisar o processo.
Prefeitos - TJ com abuso de autoridade; desvio de verba.
Ações de improbidade administrativa - foro comum, juízo de primeiro grau.
Crimes eleitorais - TRE ou TSE.
Crimes contra bens e serviços da União de autarquia federais e empresa públicas,são os crimes federais. 
Conselho da República e Conselho de Defesa Nacional 
Forças armadas 
05/11/2013
Poder Judiciário - art. 92 a 96, CF
Magistrados
Garantias constitucionais
Redações constitucionais 
Conselho Nacional de Justiça (art. 103, B)
Quinto constitucional 
O ingresso na magistratura é por meio de concurso de provas e títulos. Deve ter prova de três anos de atividade na advocacia - emenda constitucional 45 do Poder Judiciário.
Garantias
Vitaliciedade - adquirida após dois anos como juiz substituto. Durante esse período há a avaliação jurídica do juiz. Em se tratando de cometimento de falta grave, o juiz poderá não ser vitaliciado.
Tribunal de Justiça - conselho: presidente, vice e corregedor-geral de Justiça - decisões. O corregedor especificamente analisa a conduta do juiz, seja orientando, advertindo ou punindo-o. 
Corregedoria: orientação para evitar falhas na judicatura.
Inamovibilidade - o próprio juiz impulsiona sua carreira. A promoção é por antiguidade e merecimento. 
O Tribunal, ao qual pertence o magistrado, somente pode removê-lo compulsoriamente por interesse público ou segurança do próprio magistrado. 
Irredutibilidade de vencimentos 
Vedações
Magistrado pode exercer somente um cargo no magistério, para não comprometer sua produtividade.
Não pode filiar-se a partido político, nem desenvolver atividades sindicais. 
Proibição: comércio, empresas, atividade educacional diretiva 
Observação: em disponibilidade, período no qual será afastado, recebendo parte de sua remuneração somente uma atividade docente. 
Receber gratificação, auxílio e outros de entidade pública, empresas ou outras, cujas ações poderão ser julgadas pelo favorecido (juiz)
Proibição de exercer a advocacia no juízo ou tribunal, do qual se afastou, após aposentadoria, antes de completar três anos de afastamento. 
Conselho Nacional de Justiça (CNJ) 
Criação pela Emenda Constitucional 45/2004, 103 B, - reforma do Poder Judiciário. 
07/11/2013
Conselho Nacional de Justiça
(art. 103, B) Emenda Constitucional - 08/12/2004 - Reforma do Poder Judiciário.
Órgão administrativo que emite decisões administrativas, das quais cabe recorrer ao STF (exemplo: novembro de 2013 - CNJ, por decisão administrativa, o presidente do TJ da Bahia - caso dos desvios ou não respeito a ordem cronológica do pagamento de precatórios).
Portanto a decisão do CNJ não é definitiva, por ser administrativa. Por essa razão, quem se sentir prejudicado pode recorrer ao STF. É um controle externo do Poder Judiciário. 
É um órgão colegiado, misto, composto por magistrados de diferentes graus de jurisdição justiça comum e especializada, membros da OAB, após sabatina no Senado, membros da sociedade (dois cidadãos de notável saber jurídico e conduta ilibada, um indicado pela Câmara e outro pelo Senado), do Ministério Público. O presidente do CNJ é o do STF. O corregedor do CNJ é o corregedor do STJ. 
Finalidades do CNJ segundo previsão constitucional 
Controle externo do Poder Judiciário:
Zelar pela autonomia do próprio Poder Judiciário
Fiscalizar a atuação dos órgãos administrativos dos Tribunais, fóruns, cartórios internos (Tribunais, comarcas), incluindo os ocupantes de cargos no Poder Judiciário e os próprios magistrados, inclusive os membros do Conselho do Tribunal.
Controle dos cartórios de registro civil e de registro imobiliário 
Atenção: CNJ pode punir diretamente os envolvidos na fiscalização, por provocação de sua atuação, por meio de reclamação ou de ofício. Essa atividade pode incorrer em um nível inicial de controle, ou o CNJ pode avocar procedimentos administrativos em curso em todo o território nacional.
Sanção: remoção, colocação em disponibilidade, aposentadoria compulsória.
Casos importantes de controle: mutirão carcerário, vedação a nepotismo em cargos de confiança, atuação na morosidade de juízes, funcionários, etc.
12/11/2013
Quinto constitucional
Art. 94, caput e parágrafo único da CF
Um quinto dos integrantes será composto por membros do:
Tribunal de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Tribunais Regionais Federais (todos já ingressam como desembargadores)
Ministério Público (TRF - Ministério Público Federal), Tribunal de Justiça - Ministério Público Federal
Membros da OAB - advogados
Requisitos:
Para membros do Ministério Público - 10 anos de exercício (o saber jurídico já foi demonstrado ao serem aprovados no concurso para o Ministério Público)
Para advogados (é uma escolha política da OAB)
10 anos de efetivo exercício da advocacia
Notório saber jurídico
Reputação ilibada 
Tribunal de Justiça da OAB (nível estadual)
TRF - OAB federal
Procedimento:
Cumprir os requisitos constitucionais
Ministério Público e a OAB - elabora a lista sêxtupla 
Os Tribunais (TJ e TRF) - escolhem três nomes - lista tríplice
Envio pelo Tribunal da lista tríplice
Governador (TJ); TRF - presidente da República escolhe um nome para preencher vaga (juízo discricionário, segundo os critérios de conveniência e oportunidade)
Atenção:
Vaga aberta por integrante do Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal, oriundo do quinto constitucional do Ministério Público, somente pode ser preenchida por indicação do Ministério Público (lista sêxtupla)
Vaga aberta por integrante do Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal oriundo do quinto constitucional da OAB, somente pode ser preenchida por advogados (OAB - lista sêxtupla)
Assadas não confundem
Juiz de carreira somente pode ocupar vaga aberta por desembargador concursado (de carreira)
Conteúdo final - art. 143
Forças armadas 
Marinha
Exército
Aeronáutica
Chefia Suprema é o Presidente da República
Subordinados ao Ministro da Defesa Nacional (devem ser brasileiros nato, civil ou militar):
Comandante da Marinha
Comandante do Exército
Comandante da Aeronáutica 
Princípios:
Hierarquia 
Disciplina - não cabe Habeas Corpus decorrente de punição disciplinar militar 
Vedações dos militares na ativa:
Sindicalização 
Filiação partidária 
Greve 
Mulheres e eclesiásticos em tempos de paz não precisam prestar serviço militar o obrigatório, podendo receber outras incumbências.
Em tempos de guerra as mulheres e eclesiásticos podem ser requisitados. 
Emenda constitucional - Poder derivado reformador 
Subordinam-se as regras jurídicas impostas pela CF (Poder Constituinte Originário)
Art. 60, § 4*, incisos I ao IV - cláusulas pétreas - limites materiais
Limites formais:
Discutida aprovada nas duas Casas Legislativas
Promulgada pelo Congresso Nacional 
Limites circunstanciais (impedem a elaboração de emendas constitucionais nos períodos):
Intervenção federal
Estado de defesa
Estado de sítio 
Esses momentos são considerados de extraordinária constitucionalidade (ou legalidade). São a autorização da CF para a limitação temporária de determinados direitos e garantias individuais, taxativamente ou exaustivamente previstos na CF. Essa restrição seria inconstitucional nos períodos de normalidade. 
Conselho de Defesa Nacional e Conselho da República 
São órgãos de consulta do Presidente da República, de opinião, que não obrigam o seu cumprimento. 
Observação:
O estado de sítio (decretação direta ou resultar de estado de defesa do qual não se solucionou a crise)
Estado de sítio - decretação do Presidente da República, com autorização previa do Congresso Nacional.
Estado de defesa - decretação pelo Presidente da República e aprovação do Congresso Nacional.

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