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Fundamentos do Processo Civil

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1 
 
 
 
Apontamentos por José Roberto Monteiro 
4º semestre – 2012 
 
03/08/12 
Apresentação 
 
06/08/12 
Competência Internacional (melhor: Jurisdição Internacional) 
� Relação direta com o princípio constitucional da soberania do Estado, de forma a impedir 
que outros Estados estrangeiros executem decisões que tenham proferido em seu território, 
no Brasil. 
- não admite a interferência de outros Estados 
- não admite que o poder judiciário receba coerção de Estado alienígena 
 
 
 
 
 
Jurisdição concorrente: Art. 88, Código de Processo Civil. 
 Art. 88. É competente a autoridade judiciária brasileira quando: 
 I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
 II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
 III - a ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no no I, reputa-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica 
estrangeira que aqui tiver agência, filial ou sucursal. 
Jurisdição exclusiva: Art. 89, Código de Processo Civil. 
 Art. 89. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
 I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja 
estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. 
 
O Código de Processo Civil (Arts. 88 e 89) estabelece a 
jurisdição concorrente e a jurisdição privativa ou exclusiva. 
Fundamentos do Processo Civil 
 
2 
 
 
Relativização do inciso I do Art. 89, Código de Processo Civil. 
Caso: Dois ingleses em processo de divórcio, com imóveis no Brasil. 
� Pela letra da lei, a justiça inglesa não pode arbitrar sobre a partilha; 
� Mas o que se discute é uma relação jurídica de fundo diferente; 
� Se na justiça inglesa se defende preceitos também previstos na legislação brasileira, pode-se 
relativizar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sentença estrangeira Arts. 483, 484, Código de Processo Civil. 
Art. 483. A sentença proferida por tribunal estrangeiro não terá eficácia no Brasil senão depois de homologada 
pelo Supremo Tribunal Federal. 
 Parágrafo único. A homologação obedecerá ao que dispuser o Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 
Art. 484. A execução far-se-á por carta de sentença extraída dos autos da homologação e obedecerá às regras 
estabelecidas para a execução da sentença nacional da mesma natureza. 
� Houve uma revogação tácita (EC 45) parcial do caput do Art. 483. Onde se lê “Supremo 
Tribunal Federal”, leia-se “Superior Tribunal de Justiça”. 
� Não há de se falar em homologação de sentença estrangeira que afronte normas de ordem 
pública, nem princípios e costumes básicos da sociedade brasileira. 
Mas... E na Arábia Saudita, onde os direitos da mulher são mínimos? 
� A decisão não pode ser relativizada. 
Litispendência (Art. 301, § 1º e 2º, Código de Processo Civil) 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação 
anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma 
causa de pedir e o mesmo pedido. 
� Não há litispendência internacional, por força do Art. 90, Código de 
Processo Civil. 
 
Art. 90. A ação intentada perante tribunal estrangeiro não induz 
litispendência, nem obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça 
da mesma causa e das que Ihe são conexas. 
 
3 
 
 
Requisitos para homologação 
1. A petição que requer a homologação tem que seguir os requisitos do Art. 282, Código de 
Processo Civil. 
 Art. 282. A petição inicial indicará: 
 I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
 II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; 
 III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
 IV - o pedido, com as suas especificações; 
 V - o valor da causa; 
 VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
 VII - o requerimento para a citação do réu. 
2. É documento obrigatório a apresentação da sentença que se pretende homologar em cópia 
autenticada devidamente legalizada na embaixada brasileira do país que protocolar a 
decisão. 
3. É obrigatória a tradução juramentada da decisão, de todos os documentos necessários. 
 
� Recebimento da petição pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça, que vai determinar 
a citação dos interessados. 
� Não se discute o mérito na homologação. 
 
10/08/12 
 
Competência Interna 
 
�Excelso pretório 
 
4 
 
 
Processo Civil ���� Justiça comum 
1. Interna ou externa 
2. Competência (T E M, não nos interessa aqui) 
 
 
 
 
 
 
Acervos legislativos 
 Constituição Federal 
Competência interna Código de Processo Civil 
 Organização Judiciária do estado 
 
Foro e Juízo 
� Foro, no Código de Processo Civil = Comarca. 
� “Foro Regional de Pinheiros” = Juízo 
� Em um contrato, quando se elege um foro – Foro de Eleição – refere-se à comarca. 
� Competência territorial no Código de Processo Civil, via de regra, refere-se à competência de 
caráter relativo. 
� A Lei de Organização Judiciária do Estado de São Paulo pode referir competência de caráter 
absoluto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exercício mnemônico 
Tem justiça especializada? 
Tem! 
Trabalhista, Eleitoral, Militar 
Ato que ofende norma de ordem pública, imperativa ou cogente: 
o ato é nulo, inclusive “ex officio” até o limite da jurisdição. 
Se o ato está ligado a uma norma dispositiva, não imperativa, o 
juiz não pode agir “ex officio”, apenas provocado pelas partes. 
Quando a competência é definida como absoluta, o instrumento 
da defesa a “preliminar ao mérito”. Não confundir com 
“preliminar de mérito”, que é quando se discute a causa de pedir. 
A “preliminar ao mérito” é antes de discutir o mérito e pode 
determinar nulidade absoluta. Art. 301, Código de Processo Civil. 
 
5 
 
 
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir o mérito, alegar: 
I - inexistência ou nulidade da citação; 
II - incompetência absoluta; 
 III - inépcia da petição inicial; 
 IV - perempção; 
 V - litispendência; 
Vl - coisa julgada; 
 VII - conexão; 
 Vlll - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização; 
 IX - convenção de arbitragem; 
 X - carência de ação; 
 Xl - falta de caução ou de outra prestação, que a lei exige como preliminar. 
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada, quando se reproduz ação anteriormente ajuizada. 
§ 2o Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido. 
3o Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso; há coisa julgada, quando se repete ação que já foi 
decidida por sentença, de que não caiba recurso. 
§ 4o Com exceção do compromisso arbitral, o juiz conhecerá de ofício da matéria enumerada neste artigo. 
 
Instrumento para nulidade relativa (norma dispositiva) 
� Exceção de incompetência relativa em razão do lugar 
� Petição em separado 
 
13/08/12 
 
Perpetuação da jurisdição - Art. 87, Código de Processo Civil 
Art. 87. Determina-se a competência no momento em que a ação é proposta. São irrelevantes as 
modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem o 
órgão judiciário ou alterarem a competência emrazão da matéria ou da hierarquia. 
 
� A competência se estabelece no momento da propositura da ação. 
 
6 
 
 
Desmembramento de comarcas 
� Há correntes que recomendam transferir todas as ações em curso quando há 
desmembramento de comarcas; outras, não. 
� Há também desmembramento de varas. 
 
Transferências de todos os processos 
� Já houve os 2 casos: 
Só processos novos na nova comarca / vara 
 
 
 
 
 
 
Critérios para a fixação de competência – CARNELUTTI* 
* Francesco Carnelutti (Udine 1879 – Milão 1965) foi um dos mais eminentes advogados e juristas italianos e o principal 
inspirador do Código de Processo Civil italiano 
� Nosso Código de Processo Civil adotou o critério de Carnelutti 
 
 
1. Objetivo – valor da causa e matéria 
2. Funcional – hierarquia 
3. Territorial 
� OBJETIVO 
- Em primeiro lugar deve-se olhar o organograma do Judiciário 
- É civil, portanto fora da justiça especializada ( T E M ) 
- Define-se no Código de Processo Civil e na lei de organização judiciária do estado 
Salvo... Arts. 102 e 111, Código de Processo Civil 
Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência, 
observado o disposto nos artigos seguintes. 
 Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das partes; mas 
estas podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde serão propostas 
as ações oriundas de direitos e obrigações. 
“E aí, professora?” 
A lei que criou a nova comarca ou a nova vara vai determinar a 
transferência ou não dos processos em andamento. 
Para uma melhor compreensão dos critérios do nosso Código de Processo Civil, 
é muito importante ler a exposição de motivos na abertura do diploma. 
 
7 
 
 
� FUNCIONAL 
- Apura a hierarquia 
- A competência originária ou derivada (recursal) de cada tribunal 
- Toma-se o Art. 92, Constituição Federal, e se vê qual é a competência de uma vara cível, do 
Tribunal de Justiça (que tem ambas as competências) e do Supremo Tribunal Federal. 
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: 
I - o Supremo Tribunal Federal; 
I-A o Conselho Nacional de Justiça; 
II - o Superior Tribunal de Justiça; 
III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
V - os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VI - os Tribunais e Juízes Militares; 
VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na 
Capital Federal. 
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. 
Considerar: - Processo Cautelar preparatório 
 
“periculum in mora” – perigo de demora (em tradução livre) 
“fumus boni iuris” – Fumaça do bom direito, indício de que há forte amparo à causa no 
ordenamento jurídico. 
 
� Cautelares são medidas de urgência em que o perigo da demora da ação pode ameaçar o 
bem da vida em questão. (ver “Sobre o termo BEM DA VIDA”, abaixo, nesta página) 
 
 
 
 
 
 
 
� A ação de deriva de cautelar deve ser julgada na mesma vara que conheceu a cautelar. 
 
 
Quando? 
Quando se demonstrar que a demora pode fazer o bem de vida perecer, ou a “fumaça 
do bom direito” apontar que o que se está pedindo é amparado pelo direito. 
Sobre o termo BEM DA VIDA: “...Imperioso, ainda, é perscrutar o conteúdo gramatical do termo, em que pese à palavra 
bem, em suma significar uma coisa, já a palavra vida referir-se em um de seus sentidos, a existencialidade. Portanto, bem 
da vida é todo e qualquer bem (coisa), que se prende, que está junto a existencialidade. Noutro falar, bens passíveis de 
apreensão pelos homens, e neste sentido, torna-se demasiado lato o conteúdo do termo ora em discussão. Outrossim, 
conclui-se que bem da vida, neste sentido lato, abarca tudo aquilo que é passível de vinculação pelo Homem...” 
Discussão acerca do termo: “Bem da vida” – O Problema da Linguagem Jurídica. Emerin, C. Disponível em 
<http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/632358> .Acesso em 15 de agosto de 2012 
 
8 
 
� TERRITORIAL – Arts. 94, ss, Código de Processo Civil 
- O autor pode optar pelo foro do domicílio do réu ou pelo foro de eleição, exceto: 
 - Direito de propriedade 
 - Vizinhança 
 - Servidão1 
 - Posse 
 - Demarcação de terras 
 - Nunciação2 de obra nova 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Seção III 
Da Competência Territorial 
Art. 94. A ação fundada em direito pessoal e a ação fundada em direito real sobre bens móveis serão propostas, em regra, 
no foro do domicílio do réu. 
 § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. 
§ 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele será demandado onde for encontrado ou no foro do domicílio do 
autor. 
§ 3o Quando o réu não tiver domicílio nem residência no Brasil, a ação será proposta no foro do domicílio do autor. Se este 
também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. 
§ 4o Havendo dois ou mais réus, com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do 
autor. 
Art. 95. Nas ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro da situação da coisa. Pode o autor, 
entretanto, optar pelo foro do domicílio ou de eleição, não recaindo o litígio sobre direito de propriedade, vizinhança, 
servidão, posse, divisão e demarcação de terras e nunciação de obra nova. 
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o 
cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido 
no estrangeiro. 
 Parágrafo único. É, porém, competente o foro: 
 I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; 
 II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes. 
Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o competente para a 
arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. 
 Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu representante. 
 Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente: 
 I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente; 
Lembrando: aqui, foro = comarca. 
HOUAISS 
1
 Servidão: utilidade de passagem ou direito que alguma propriedade ou terceiros têm à 
serventia através de prédios e terras alheias. 
 
2
 Nunciação: que visa embargar obra nova (diz-se de cada um dos artigos na petição da ação) 
 
 
9 
 
 II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente. 
Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos remetidos ao juiz competente da Capital do Estado 
ou Território, tanto que neles intervenha uma das entidades mencionadas neste artigo. 
 Excetuam-se: 
 I - o processo de insolvência; 
 II - os casos previstos em lei. 
 Art. 100. É competente o foro: 
 I - da residência da mulher, para a ação de separação dos cônjuges e a conversão desta em divórcio, e para a anulação de 
casamento; 
 II - do domicílio ou da residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos; 
 III - do domicílio do devedor, para a ação de anulação de títulos extraviados ou destruídos; 
 IV - do lugar:a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica; 
 b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu; 
 c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de personalidade jurídica; 
 d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento; 
 V - do lugar do ato ou fato: 
 a) para a ação de reparação do dano; 
 b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios. 
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, será competente o 
foro do domicílio do autor ou do local do fato. 
 
17/08/12 ���� não houve aula 
20/08/12 
Art. 96, Código de Processo Civil. 
Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a 
arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda 
que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. 
 Parágrafo único. É, porém, competente o foro: 
 I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; 
 II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares 
diferentes. 
� Arrolamento � para herdeiros maiores e capazes e para pequeno monte-mor. 
� ATENÇÂO: o Parágrafo único discute apenas o foro nacional, definido no caput. 
 
10 
 
 
 
Art. 97, Código de Processo Civil. 
Art. 97. As ações em que o ausente for réu correm no foro de seu último domicílio, que é também o 
competente para a arrecadação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições 
testamentárias. 
� Ausente: que não morreu. “LINS” : Local Incerto e Não Sabido. 
� Inventário: menores ou incapazes, grande patrimônio ou com grandes questões. 
� Arrecadação: levantamento de ativos e passivos do espólio. 
 
Art. 98, Código de Processo Civil. 
Art. 98. A ação em que o incapaz for réu se processará no foro do domicílio de seu 
representante. 
 
Art. 99, Código de Processo Civil. 
 Art. 99. O foro da Capital do Estado ou do Território é competente: 
I - para as causas em que a União for autora, ré ou interveniente; 
 II - para as causas em que o Território for autor, réu ou interveniente. 
Parágrafo único. Correndo o processo perante outro juiz, serão os autos remetidos ao juiz 
competente da Capital do Estado ou Território, tanto que neles intervenha uma das entidades 
mencionadas neste artigo. 
 Excetuam-se: 
 I - o processo de insolvência; 
 II - os casos previstos em lei. 
� Só no João Mendes 
Art. 109, §3º, Constituição Federal 
§ 3º - Serão processadas e julgadas na justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou 
beneficiários, as causas em que forem parte instituição de previdência social e segurado, sempre que 
a comarca não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir 
que outras causas sejam também processadas e julgadas pela justiça estadual. 
Trata de benefício previdenciário em que se pretende revisão ou concessão. 
 
MONTE-MOR: Expressão que denomina o valor bruto de uma herança, sem as deduções da lei. 
 
11 
 
Ação contra o INSS: Qual o nexo do benefício? Invalidez? 
 Idade? 
Auxílio-doença? 
Acidente? 
 
Art. 100, Código de Processo Civil (ver Lei 6515/77) 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em 
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos 
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim 
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, 
proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por 
invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e 
serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste 
artigo. 
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na 
data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão 
pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor equivalente ao triplo do fixado em lei 
para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o 
restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. 
� Ação de alimentos tem rito especial, talvez o mais célere do Processo Civil. 
IV – A sede da Pessoa Jurídica 
c) também os entes despersonalizados (condomínio, massa falida, etc.). 
V- Parágrafo único – cai na OAB 
IV - do lugar: 
 a) onde está a sede, para a ação em que for ré a pessoa jurídica; 
 b) onde se acha a agência ou sucursal, quanto às obrigações que ela contraiu; 
c) onde exerce a sua atividade principal, para a ação em que for ré a sociedade, que carece de 
personalidade jurídica; 
 d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se Ihe exigir o cumprimento; 
 V - do lugar do ato ou fato: 
 a) para a ação de reparação do dano; 
 b) para a ação em que for réu o administrador ou gestor de negócios alheios. 
Justiça Federal, a não ser que o 
município em que reside não tenha 
foro de justiça federal. 
Ação acidentária: varas do trabalho. 
Onde não há, vara cível. 
 
12 
 
Parágrafo único. Nas ações de reparação do dano sofrido em razão de delito ou acidente de veículos, 
será competente o foro do domicílio do autor ou do local do fato. 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Arts. 102 a 11, Código de Processo Civil. 
Art. 102. A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou 
continência, observado o disposto nos artigos seguintes. 
Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de 
pedir. 
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e 
à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. 
Art. 105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas 
simultaneamente. 
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência 
territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. 
Art. 107. Se o imóvel se achar situado em mais de um Estado ou comarca, determinar-se-á o foro pela 
prevenção, estendendo-se a competência sobre a totalidade do imóvel. 
 Art. 108. A ação acessória será proposta perante o juiz competente para a ação principal. 
Art. 109. O juiz da causa principal é também competente para a reconvenção, a ação declaratória 
incidente, as ações de garantia e outras que respeitam ao terceiro interveniente. 
Art. 110. Se o conhecimento da lide depender necessariamente da verificação da existência de fato 
delituoso, pode o juiz mandar sobrestar no andamento do processo até que se pronuncie a justiça 
criminal. 
Parágrafo único. Se a ação penal não for exercida dentro de 30 (trinta) dias, contados da intimação do 
despacho de sobrestamento, cessará o efeito deste, decidindo o juiz cível a questão prejudicial. 
Art. 111. A competência em razão da matéria e da hierarquia é inderrogável por convenção das 
partes; mas estas podemmodificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro 
onde serão propostas as ações oriundas de direitos e obrigações. 
§ 1
o
 O acordo, porém, só produz efeito, quando constar de contrato escrito e aludir expressamente a 
determinado negócio jurídico. 
 § 2
o
 O foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes. 
� Prorrogação de Competência é a ampliação de competência de um determinado órgão 
jurisdicional para conhecer certas causas que não estariam compreendidas de forma 
ordinária em suas atribuições. 
� Foro de eleição – Art. 111, Código de Processo Civil. Prorrogação voluntária: as 2 partes 
contratam uma cláusula onde voluntariamente se altera o foro legalmente competente. 
 
13 
 
� Há discussão sobre o foro de eleição em contrato de adesão, que é um contrato em que uma 
das partes o apresenta pronto (financiamento Casas Bahia, cheque especial, telefonia, TV a 
cabo, etc.) 
Prorrogação por conexão e continência - Arts. 102 a 104, Código de Processo Civil. 
Também quando a parte ex adversa (oposta, contrária) não opõe restrição à alteração da 
competência (Art. 114, Código de Processo Civil). 
Art. 114. Prorrogar-se-á a competência se dela o juiz não declinar na forma do parágrafo único do art. 112 
desta Lei ou o réu não opuser exceção declinatória nos casos e prazos legais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conexão – Art. 103, Código de Processo Civil. 
Comum: O liame se dá pelo objeto ou causa de pedir. 
 O locatário não paga � ação de despejo 
Objeto� O locador não quer receber � ação de depósito em juízo 
 Objeto: Contrato de locação 
 
� A identidade entre as partes não é obrigatória 
� Duas ações conexas são reunidas 
- Ordem pública: evitar decisões conflitantes 
- Ordem política judiciária: celeridade e economia processuais. 
 
 
Continência 
Conexão 
Foro de eleição 
Não resistência da ex-adversa 
Competência Relativa 
Somente para normas 
dispositivas e não de 
ordem pública 
Competência absoluta � normas de ordem pública, cogentes � JAMAIS SOFRE ALTERAÇÃO. 
 
14 
 
Art. 104, Código de Processo Civil. 
Continência: Há identidade entre as partes que compõem o polo passivo e ativo da demanda. 
� A causa de pedir é idêntica, mas o pedido ou o objeto é mais amplo em, uma que em outra. 
 
Art. 105, Código de Processo Civil. 
� Para celeridade e economia processual 
 
Art. 106, Código de Processo Civil. 
Prevento 
Instituto da prevenção 
Prevento é o juiz que primeiro despachou a petição inicial nos termos do Art. 106, Código de 
Processo Civil. 
Art. 219, Código de Processo Civil 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda 
quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. 
 § 1
o
 A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação. 
§ 2
o
 Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a 
ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 
 § 3
o
 Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias. 
§ 4
o
 Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á 
por não interrompida a prescrição. 
 § 5
o 
O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. 
 § 6
o
 Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao 
réu o resultado do julgamento. 
Quando em duas comarcas diferentes: 
 
 
 
Uma em São Bernardo 
Uma em Santo André 
Para continência ou 
conexão 
Pelo juízo que primeiro 
citou o ex adverso 
 
15 
 
 
 
 
24/08/12 
Continência e conexão – Arts. 103 e 104, Código de Processo Civil 
 Art. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando Ihes for comum o objeto ou a causa de pedir. 
Art. 104. Dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e 
à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras. 
Conexão 
 Imediato � a condenação, a tutela condenatória. 
 Mesmo objeto do pedido 
 Mediato � o bem da vida da ação 
 Art. 103 
 Mesma causa de pedir � fatos e fundamentos jurídicos do pedido, a “historinha” 
 
Objetivo da conexão 
� Evitar decisões conflitantes 
� Economia processual 
� erga omnes e inter pars 
 
 
Continência 
� O maior engloba o menor; mesmas partes, mesma causa de pedir, o objeto do pedido de 
uma é maior que o de outra. 
� Ações continentes (porque uma contém outra) 
 
 
 
� Chega a petição ao Fórum e se protocoliza; 
� Distribui-se: vara e nº do protocoliza; 
� Despacho: a 1ª vez que o juiz põe a mão; 
� Cita as partes. 
Se a comarca é diferente, não é possível ver quem 1º despachou, então se decide 
pelo que primeiro citou (citação válida) 
Erga omnes � contra todos, para com todos. 
Inter pars � estipulado pelas partes em um contrato, gera lei entre elas. 
Elementos da ação 
� Partes 
� Pedido 
� Causas de pedir 
Condições de ação 
� Legitimidade das partes 
� Possibilidade jurídica do pedido 
� Interesse de agir 
NÃO CONFUNDIR 
 
16 
 
Procedimento para declaração da modificação de competência por conexão e continência 
Art. 213, I, Código de Processo Civil. 
 Art. 253. Distribuir-se-ão por dependência as causas de qualquer natureza: 
 I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já ajuizada; 
Que juiz? Art. 106, Código de Processo Civil. 
Art. 106. Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma 
competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar. 
Art. 219, Código de Processo Civil. 
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda 
quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. 
 § 1
o
 A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação. 
§ 2
o
 Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subsequentes ao despacho que a 
ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço judiciário. 
 § 3
o
 Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias. 
§ 4
o
 Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-se-á 
por não interrompida a prescrição. 
 § 5
o 
O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição. 
§ 6
o
 Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará ao 
réu o resultado do julgamento. 
� Citação válida é a que foi recebida preenchendo todos os requisitos (correios, oficial de 
justiça, hora certa, edital) 
� A reunião dos processos não é obrigatória porque não gera nulidade absoluta, uma vez que 
não ofende norma de ordem pública. 
� Não se reúne ações de competência diferente (Exemplo: trabalhista e cível). 
 
Conflito de competência 
� Dá-se quando dois juízes ou mais se julgam competentes para conhecer e decidir uma 
determinada ação, e quando um juiz se declara incompetente evocando a competência de 
outro que também se declara incompetente. 
� Conflito positivo � Dois ou mais querem ficar com o processo. 
� Conflito negativo � ninguém quer ficar com o processo. 
Como resolver? ���� Art. 112, Código de Processo Civil. 
 Art. 112. Argui-se, por meio de exceção, a incompetência relativa. 
 
17 
 
Mas antes... Constituição Federal. 
É função do Estado exercera jurisdição. 
Art. 102, I, o, Constituição Federal. 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-
lhe: 
 
I - processar e julgar, originariamente: 
 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre 
Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; 
Como? O Superior Tribunal de Justiça julgará os conflitos. 
Art. 105, I, d, Constituição Federal. 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem 
como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
Art. 108, I, e, Constituição Federal. 
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: 
I - processar e julgar, originariamente: 
e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; 
Súmula 3 – Superior Tribunal de Justiça 
 COMPETE AO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DIRIMIR CONFLITO DE 
 COMPETENCIA VERIFICADO, NA RESPECTIVA REGIÃO, ENTRE JUIZ FEDERAL E 
 JUIZ ESTADUAL INVESTIDO DE JURISDIÇÃO FEDERAL. 
Súmula 180 – Superior Tribunal de Justiça 
 NA LIDE TRABALHISTA, COMPETE AO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 
 DIRIMIR CONFLITO DE COMPETENCIA VERIFICADO, NA RESPECTIVA REGIÃO, 
 ENTRE JUIZ ESTADUAL E JUNTA DE CONCILIAÇÃO E JULGAMENTO. 
Súmula 236 – Superior Tribunal de Justiça 
 Não compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir conflitos de 
 competência entre juízes trabalhistas vinculados a Tribunais 
 Regionais do Trabalho diversos. 
 
 
18 
 
Súmula 428 – Superior Tribunal de Justiça 
 Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de 
 competência entre juizado especial federal e juízo federal da mesma 
 seção judiciária. 
 
Procedimento 
 
Quem pode suscitar (levantar) o conflito? 
- O juiz 
- O Ministério Público 
- As partes 
 
� Toda a vez que se tem conflito de competência que envolve matéria de ordem pública, que 
exige parecer do Ministério Público. 
 
Art. 117, Código de Processo Civil. 
 
 Art. 117. Não pode suscitar conflito a parte que, no processo, ofereceu exceção de incompetência. 
 
� Exceção de incompetência é uma defesa indireta contra o processo. Não se pode alegar também 
conflito de competência. 
 
25/08/12 (sábado) – aula de reposição 
Teoria da ação 
 
 
 
 
 
� Para a relação processual não é necessário haver a lide. 
� O direito de ação, de buscar tutela jurisdicional é direito fundamental garantido pelo Art. 5º, 
Constituição Federal. 
Lembrando outra vez... 
 
 
 
Juiz 
Autor Réu 
Lide 
Condições de ação 
� Legitimidade das partes 
� Possibilidade jurídica do pedido 
� Interesse de agir 
 
19 
 
Espécies de Tutela 
 
 Declaratória – que declara a existência ou inexistência da relação jurídica. 
Trinária Constitutiva – Constitui, desconstitui, conserva ou modifica a relação jurídica. 
 Condenatória – determina uma prestação, ou em estrito senso, um pagamento. 
 As 3 anteriores, mais: 
Quinária Mandamental – expedição de ordem para que alguém faça ou deixe de fazer algo 
 Executiva lato sensu – determina a transferência de patrimônio do réu para o autor 
 
Tutela declaratória 
� O objetivo é reconhecer ou não um direito; é imprescritível, o juiz declara o direito 
Súmula 242, Superior Tribunal de Justiça. 
 Cabe ação declaratória para reconhecimento de tempo de serviço para 
 fins previdenciários. 
Súmula 181, Superior Tribunal de Justiça. 
 É ADMISSIVEL AÇÃO DECLARATORIA, VISANDO A OBTER CERTEZA QUANTO A 
 EXATA INTERPRETAÇÃO DE CLAUSULA CONTRATUAL. 
 
� A eficácia da ação meramente declaratória produz efeito ex tunc, desde sempre 
 
 
 
 
Tutela Constitutiva 
� O objetivo é constituir, desconstituir ou modificar uma relação jurídica. 
 
 
 
Relembrando: 
Ex tunc – Qualidade do ato, contrato ou condição que tem efeito retroativo (soco na testa). 
Ex nunc – Qualidade do ato, contrato ou condição que NÃO tem efeito retroativo (soco na nuca). 
 
20 
 
Tutela de prevenção – Cautelar 
Proteger a efetivação de tutela jurisdicional. Exemplo: Cirurgia não autorizada por plano de saúde � 
cautelar para proteger a vida (morte iminente). 
� Não confundir com antecipação de cautela, prevista no Art. 273, Código de Processo Civil. 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos 
da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e: 
 I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu. 
§ 1
o
 Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do 
seu convencimento. 
§ 2
o
 Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do 
provimento antecipado. 
§ 3
o
 A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as 
normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4
o
 e 5
o
, e 461-A. 
§ 4
o
 A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão 
fundamentada. 
 § 5
o
 Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento. 
§ 6
o
 A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos 
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso. 
§ 7
o
 Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, 
poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em 
caráter incidental do processo ajuizado. 
� A antecipação de cautela é como se o juiz estivesse dando a sentença antes. 
 
 
 
 
 
 
 
Relembrando: 
Processo é o desencadear lógico de eventos que tem por objetivo a efetivação da 
tutela jurisdicional, contra ou a favor do autor. 
Procedimento é o caminho que se percorre para a efetivação do processo. 
 
21 
 
27/08/12 
Atos Processuais 
Atos processuais são os eventos que se desencadeiam logicamente no processo, a fim de 
efetivar a tutela jurisdicional. 
Não confundir com... 
1. Fato processual que é uma ocorrência da vida que ocorre no processo, mas não tem 
influência em seu desenrolar. Exemplo: uma greve que paralise o judiciário ou a morte 
do advogado de uma das partes. 
2. Ato Jurídico que decorre de uma relação jurídica com raiz, origem, no direito material. 
Exemplo: união estável, que existe de fato e tem reconhecimento através do processo. 
Conceitos 
1. Moacyr Amaral Santos. Os atos processuais são atos praticados no processo. São, por 
isso, atos que tenham por efeito a constituição, a conservação, o desenvolvimento, a 
modificação ou a extinção da relação jurídica processual. 
 
2. Alexandre Freitas Câmara. Os atos processuais são os atos que têm por consequência a 
conservação, o desenvolvimento, a modificação ou a extinção do processo. 
 
Importante: 
O ato processual é só o que acontece no processo. 
Exemplo: A determinação de um juiz para que se recolha o imposto causa mortis é ato processual. O 
que a parte faz para recolhê-lo, não é. 
 
Os principais atos processuais são: 
� Do autor � a petição inicial 
� Do juiz � a sentença 
Classificação dos atos processuais 
1. Objetiva: a partir do conteúdo do ato processual. 
2. Subjetiva: a partir de quem praticou o ato processual (autor, réu ou juiz). 
O Código de Processo Civil adota a teoria subjetiva. 
 
 
22 
 
Objetiva 
Agrupa osatos processuais a partir da natureza do seu conteúdo (do objeto, daí objetiva). 
1. Atos postulatórios: são aqueles em que a parte pleiteia algo perante o juiz, provocando uma 
deliberação. Exemplo: petição inicial, contestação, recursos em geral, réplica, etc. 
2. Atos probatórios: são os relacionados à produção de provas. Podem ser determinados pelo 
juiz ou por iniciativa das partes. Todo o ato probatório relaciona-se com fatos controversos 
da lide, ou seja, não se prova matéria de direito, só matéria fática. 
3. Atos decisórios: o juiz decide o mérito ou questões processuais de caráter resolutivo ou não, 
ou seja, pode ou não ser o mérito, podem ser questões de caráter meramente processual. 
� A partir de 2006, o processo passou a ser sincrético, ou seja, passou a haver sincretismo 
(fusão, síntese equilibrada) entre o processo de conhecimento e a execução. 
 
A partir da Teoria Subjetiva... 
� A preponderância relaciona-se na iniciativa das partes (dos sujeitos, daí subjetiva), ou seja, 
o critério concentra-se no detalhamento dos atos produzidos pelo autor, réu e juiz, sob os 
seguintes princípios: 
1. Princípio da Tipificação 
Os atos processuais estão tipificados em um modelo prévio definido em lei, de forma 
relativa, na medida em que a parte produtora do ato poderá tomar, alternativamente, 
diversos caminhos para atingir a finalidade processual buscada, conforme o ônus carreado 
pela lei. 
 
 
 
 
2. Princípio da Instrumentalidade das formas 
Objetivo: menos atividade e maior efetividade processual 
Arts. 154, 244, 249, Código de Processo Civil. 
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei 
expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a 
finalidade essencial. 
Parágrafo único. Os tribunais, no âmbito da respectiva jurisdição, poderão disciplinar a prática e a 
comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos de 
IMPORTANTE 
Relaciona-se com o princípio seguinte, da instrumentalidade das formas, que estabelece em relação 
à taxatividade, a relativização da forma prescrita em lei para a prática de determinado ato. 
 
23 
 
autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas 
Brasileira - ICP - Brasil. 
§ 2
o
 Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e 
assinados por meio eletrônico, na forma da lei. 
 
Art. 244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará 
válido o ato se, realizado de outro modo, Ihe alcançar a finalidade. 
 
Art. 249. O juiz, ao pronunciar a nulidade, declarará que atos são atingidos, ordenando as 
providências necessárias, a fim de que sejam repetidos, ou retificados. 
 § 1
o
 O ato não se repetirá nem se Ihe suprirá a falta quando não prejudicar a parte. 
§ 2
o
 Quando puder decidir do mérito a favor da parte a quem aproveite a declaração da nulidade, o 
juiz não a pronunciará nem mandará repetir o ato, ou suprir-lhe a falta. 
 
� Permite que se crie “torres de marfim” 
 
 
 
� Exemplo: A citação está com endereçamento errado. Mas o carteiro conhece o bairro e 
consegue entrega-la. O citado diz que não recebe mesmo assim, porque o endereço está 
errado. Pelo princípio da tipificação seria necessária uma nova citação. Mas se o carteiro 
colocar que o destinatário se recusou a receber, o citado estará errado. 
 
 
 
3. Princípio da Publicidade 
Os atos processuais são públicos, salvo para resguardar interesse privado relevante. 
Exemplo: requerimento de segredo de justiça – ato postulatório. 
 
 
 
A expressão Torre de Marfim designa um mundo ou atmosfera onde intelectuais se envolvem 
em questionamentos desvinculados das preocupações práticas do dia-a-dia. Como tal, tem 
uma conotação pejorativa, indicando uma desvinculação deliberada do mundo cotidiano. 
Nota: 
Cominação de nulidade: declarar a existência da nulidade. 
 
24 
 
31/08/12 
Atos da Teoria Subjetiva - Teoria adotada pelo Código de Processo Civil 
Considera como preponderante para a sua definição, a parte que produz o ato. 
 Das partes – aqui entendidas como autor e réu. 
Atos Do Juiz (ou do colegiado, em se tratando de tribunal). 
 Dos serventuários da justiça. 
- Os serventuários da justiça são também denominados órgãos auxiliares da justiça. 
- São os “cartorários”, termo usual, mas errado, uma vez que não é “cartório” da XY Vara Cível, mas 
sim ofício da XY Vara Cível. 
 Atos praticados pelas partes 
Podem ser atos com conteúdo petitório (referente a um pedido), de requerimento ou de 
providências. 
Petitório: a petição inicial, a contestação, o requerimento de arrolamento de testemunhas, 
os recursos, as juntadas de documentos. 
Atos praticados pelo juiz (que incluem os atos processuais praticados pelo tribunal, órgão 
colegiado). 
- Decisório: sentença ou acordão. Stricto sensu, se em 1º grau é sentença. 
 Definitiva: a que julga o mérito 
Sentença 
 Terminativa: a que não julga o mérito 
 
 
 
 
 
 
 
Na sentença definitiva, espera-se que não haja recurso, embora se possa recorrer. É ato processual 
de iniciativa do juiz e não permite a renovação da petição inicial, ato processual de iniciativa do autor. 
A sentença terminativa é a aquela em que o juiz não analisou o mérito e permite a renovação da 
petição inicial. Falta uma ou mais condições de ação ou pressupostos processuais. 
Em ambos os casos, sentença é a decisão lato sensu, pode ser acordão (decisão de tribunal). 
Renovação da petição inicial é apresentar de novo a mesma petição inicial, respeitada a perempção. 
Pode se apresentar 2 vezes e depois mais uma, passado um período. 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos Pressupostos Processuais 
� Existência 
� Validade 
� Negativos (Marcus Vinicius Rios Gonçalves) 
 
Pressupostos de Existência do Processo segundo a classificação tradicional: 
a) Objetivos: Existência de demanda, direito de acesso à justiça. Sem demanda não há 
processo. 
b) Subjetivos: são o juiz (órgão investido da jurisdição) e as partes (com capacidade para ser 
parte) 
 
 
 
 
 
 
Condições de ação 
 Julgamento do mérito 
Pressupostos processuais 
 Necessidade / utilidade 
 Interesse de agir 
 Necessidade / adequação 
CONDIÇÕES DE AÇÃO Legitimidade das partes 
 
 Possibilidade jurídica do pedido 
Capacidade para ser parte: Pessoa Física ou Pessoa Jurídica 
 - Maior capaz, ou... 
Capacidade Processual - Representado de menor de 16 anos 
 - Assistido se entre 16 e 18 anos 
Relembrando pontos importantes do 3º semestre, necessários ao entendimento da matéria... 
 
26 
 
Pressupostos de Validade do processo 
a) Subjetivos 
� Juiz com competência e imparcialidade 
� Partes com capacidade processual 
� Capacidade postulatória (que é o que o advogado, MP, defensor público tem: capacidade de 
pedir para outra pessoa). Art. 38, CPC. 
 
b) Objetivos 
� Validade intrínseca: diz respeito aos requisitos formais, ao procedimento que deve ser 
seguido. 
� Validade Extrínseca ou negativa: 
. Litispendência: 2 ou mais ações idênticas (mesma parte, mesmo objeto, mesma causa de 
pedir) 
. Coisa julgada: Quando reproduz ação anteriormente já julgada 
. Perempção (art. 267, V e Art. 268, § único, CPC). Extinção 3 vezes por abandono. 
São os pressupostos negativos que extinguem o processo de primeira (o juiz não vai mandar 
emendar): 
- litispendência 
- perempção 
- coisa julgada 
- convençãode arbitragem (Art. 276, CPC) 
 
Decisões interlocutórias 
� São de iniciativa do juiz 
� São proferidas no curso do processo para a resolução de questões incidentes, sem caráter 
terminativo ou definitivo. 
� É algo que acontece no início ou no meio – no transcorrer – do processo. O recurso em uma 
decisão interlocutória é o agravo de instrumento 
� Nas decisões definitivas e terminativas, o veículo é o recurso. 
Exemplo de decisão interlocutória: Quando se arrola uma testemunha e se requer ao juiz que 
peça à testemunha que compareça à audiência, e o juiz despacha: “Indefiro”, ou “Não admito”. 
 
 
 
Despacho é o papel onde o juiz escreve a decisão, não é a sentença. 
...voltando ao 4º semestre. 
 
27 
 
Despachos 
São todos os demais atos praticados no processo, de ofício ou a requerimento das partes, e cujo 
conteúdo depende de cada caso concreto, e a forma não está estabelecida em lei. 
A mais famosa categoria é a dos despachos de mero expediente, também conhecidos como atos 
processuais ordinatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 Atos processuais de iniciativa dos serventuários ou auxiliares da justiça 
� São atos de movimentação. 
� A 1ª função é a documentação do processo. 
� O serventuário também pode ser instado a apresentar atos de certificação, como no caso 
em que um terceiro pede certidão de objeto e pé (qual é o pedido e em que pé está) 
Arts. 166, 167, 169 Parágrafo único, 170 e 171, Código de Processo Civil. 
Art. 166. Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o escrivão a autuará, mencionando o 
juízo, a natureza do feito, o número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu início; e 
procederá do mesmo modo quanto aos volumes que se forem formando. 
Art. 167. O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma 
quanto aos suplementares. 
Parágrafo único. Às partes, aos advogados, aos órgãos do Ministério Público, aos peritos e às 
testemunhas é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervieram. 
Art. 169. Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével, 
assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-
los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência. 
 § 1
o
 É vedado usar abreviaturas. 
Art. 170. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia, ou de outro método idôneo, em qualquer juízo 
ou tribunal. 
Art. 171. Não se admitem, nos atos e termos, espaços em branco, bem como entrelinhas, emendas 
ou rasuras, salvo se aqueles forem inutilizados e estas expressamente ressalvadas. 
Ato ordinatório é o que coloca ordem no processo, partindo da premissa que o processo é um 
desencadear lógico de eventos. Exemplo: corrigir a numeração das páginas dos autos do processo. 
Não é ato ordinatório: o advogado faz carga (retira) dos autos do processo do ofício; ladrão rouba o 
carro com os autos dentro. Advogado pede recomposição dos autos. 
Acordão: materialização do ato processual expedido pelos tribunais com caráter definitivo, terminativo 
ou anulatório. 
 
28 
 
Termos processuais 
 
 
� Reduzir a termo significa transcrever um ato processual que não era escrito, era oral. Na 
redução a termo o juiz ouve e escreve o que ele está entendendo. 
 
� Transcrever a termo significa transcrever um depoimento ouvido de forma idêntica ao 
original, como por estenotipia, por exemplo. 
 
Para Moacyr Amaral Santos 
 “Termo é a expressão escrita de certos atos processuais. Tem caráter de 
autenticidade, pois feita por serventuários da justiça no exercício de suas 
atribuições”. 
 
� Alguns termos têm forma especial. Arts. 661, 663, 664, 665, 843, 938 e 965, Código de 
Processo Civil. 
Art. 661. Deferido o pedido mencionado no artigo antecedente, dois oficiais de justiça cumprirão o 
mandado, arrombando portas, móveis e gavetas, onde presumirem que se achem os bens, e lavrando 
de tudo auto circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas, presentes à diligência. 
Art. 663. Os oficiais de justiça lavrarão em duplicata o auto de resistência, entregando uma via ao 
escrivão do processo para ser junta aos autos e a outra à autoridade policial, a quem entregarão o 
preso. 
Art. 664. Considerar-se-á feita a penhora mediante a apreensão e o depósito dos bens, lavrando-se 
um só auto se as diligências forem concluídas no mesmo dia. 
Art. 665. O auto de penhora conterá: 
 I - a indicação do dia, mês, ano e lugar em que foi feita; 
 II - os nomes do credor e do devedor; 
 III - a descrição dos bens penhorados, com os seus característicos; 
 IV - a nomeação do depositário dos bens. 
 Art. 843. Finda a diligência, lavrarão os oficiais de justiça auto circunstanciado, assinando-o com as 
testemunhas. 
Art. 938. Deferido o embargo, o oficial de justiça, encarregado de seu cumprimento, lavrará auto 
circunstanciado, descrevendo o estado em que se encontra a obra; e, ato contínuo, intimará o 
construtor e os operários a que não continuem a obra sob pena de desobediência e citará o 
proprietário a contestar em 5 (cinco) dias a ação. 
Aqui, “termo” não se refere a tempo, a prazo. É a materialização física do ato processual. 
 
29 
 
Art. 965. Junto aos autos o relatório dos arbitradores, determinará o juiz que as partes se manifestem 
sobre ele no prazo comum de 10 (dez) dias. Em seguida, executadas as correções e retificações que ao 
juiz pareçam necessárias, lavrar-se-á o auto de demarcação em que os limites demarcandos serão 
minuciosamente descritos de acordo com o memorial e a planta. 
 
Termo de autuação: é “colocar a capinha”. 
Termo de juntada: é o que se junta no processo. 
Termo de conclusão: é o carimbo, não está mais no ofício, está na mesa do juiz. 
Termo de vista: para requerer vista, levar o processo, fazer carga ao processo. 
Termo de intimação 
Termo de remessa 
Termo de apensamento 
Termo de recebimento 
Termo de desentranhamento 
Termo de data 
 
Autos 
 
Ao contrário do que indica o Art. 159, Código de Processo Civil, na prática não existem cópias dos 
autos do processo. 
 
Art. 159. Salvo no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados, todas as petições e documentos que instruírem o processo, 
não constantes de registro público, serão sempre acompanhados de cópia, datada e assinada por quem os oferecer. 
§ 1o Depois de conferir a cópia, o escrivão ou chefe da secretaria irá formando autos suplementares, dos quais constará a 
reprodução de todos os atos e termos do processo original. 
 § 2o Os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na falta dos autos originais. 
- Autos suplementares são os que completam os autos, não é ao que se refere o Art. 159. 
03/09/12 
Autos Suplementares 
� De documentos (ação com quantidade muito grande de documentos): Separam-se os 
principais e os demais são suplementares. 
� De agravo de instrumento: quando julgado, volta e é apensado. 
Comunicação dos Atos Processuais 
� Dois princípios constitucionais: 
- Publicidade dos atos processuais. 
- Contraditório e ampla defesa. 
� Porque o processo não é uma armadilha que possa pegar as partes ou 3º interessado de 
surpresa. 
�O objetivo é a transparência. 
 
30 
 
� É a forma como o juiz coloca as partes a par de todos os trâmites processuais. 
 
 
�Todos os atos processuais têm que ser comunicados a quem faz parte da relação 
processual, inclusive terceiros interessados, como por exemplo, a seguradora, no caso de um 
acidente de trânsito envolvendo um segurado. 
 
 
Como ocorre a comunicação dos atos processuais? 
 
� Real: Quando a ciência dos atos é feita diretamente à pessoa interessada, pelo escrivão, 
pelo oficial de justiçaou por AR – aviso de recebimento dos Correios. 
� Presumida: citação por edital ou hora certa. 
 
 
 
 
 
 
Comunicação de atos processuais fora dos limites territoriais do juízo 
 
� Carta de Ordem: Um tribunal ordena a um juízo inferior o cumprimento de uma 
determinação para a comunicação de um ato processual a uma ou ambas as partes ou 
terceiros interessados que também integrem eventualmente o processo. Essa determinação 
nunca pode ser descumprida, em nome da hierarquia do judiciário. 
 
� Carta Rogatória: Providência de um juízo rogante no Brasil para ser cumprida no exterior, ou 
vice-versa. Para ser cumprida no Brasil, só com autorização do Superior Tribunal de Justiça 
(era o Supremo Tribunal Federal, mas foi mudado pela EC 45/2004). 
 
� Carta Precatória: Comunicação de atos processuais entre juízos da mesma hierarquia, mas 
territorialmente distintos. Vai de comarca específica para comarca específica (na Justiça 
Federal, de Região para Região), do juízo deprecante para o juízo deprecado. Não acontece, 
por exemplo, do Fórum João Mendes para o Fórum Santo Amaro, na mesma comarca. 
 
Arts. 202 a 212 do Código de Processo Civil, Seção II - Das Cartas 
 
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória: 
 I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato; 
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao 
advogado; 
 III - a menção do ato processual, que Ihe constitui o objeto; 
 IV - o encerramento com a assinatura do juiz 
Afinal... 
O processo é um desencadear lógico de eventos. 
Hora certa: o oficial de justiça vai até o endereço do citado uma, duas, três vezes. Ao 
não encontra-lo na 3ª vez, deixa uma comunicação de que vai voltar tal dia e tal hora. 
Se no dia e hora marcados ainda não o encontra, está feita a citação. 
 
31 
 
§ 1
o
 O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instrui-la com mapa, 
desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligência, pelas partes, 
peritos ou testemunhas. 
§ 2
o
 Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em original, 
ficando nos autos reprodução fotográfica. 
§ 3
o
 A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio eletrônico, 
situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei. 
Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser cumpridas, 
atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência. 
Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento, poderá 
ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato. 
 
 
 
 
Art. 205. Havendo urgência, transmitir-se-ão a carta de ordem e a carta precatória por telegrama, 
radiograma ou telefone. 
Art. 206. A carta de ordem e a carta precatória, por telegrama ou radiograma, conterão, em resumo 
substancial, os requisitos mencionados no art. 202, bem como a declaração, pela agência expedidora, 
de estar reconhecida a assinatura do juiz. 
Art. 207. O secretário do tribunal ou o escrivão do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a carta 
de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o ato, por intermédio do 
escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma vara, 
observando, quanto aos requisitos, o disposto no artigo antecedente. 
§ 1
o
 O escrivão, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ao secretário do tribunal ou ao 
escrivão do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que Iha confirme. 
 § 2
o
 Sendo confirmada, o escrivão submeterá a carta a despacho. 
 Art. 208. Executar-se-ão, de ofício, os atos requisitados por telegrama, radiograma ou telefone. A 
parte depositará, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a importância 
correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se o ato. 
 Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho motivado: 
 I - quando não estiver revestida dos requisitos legais; 
 I - quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia; 
 III - quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade. 
Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento, ao 
disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária estrangeira, 
por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se o ato. 
Trasladar: cópia, carimbo e autenticação. 
 
32 
 
Art. 211. A concessão de exequibilidade às cartas rogatórias das justiças estrangeiras obedecerá ao 
disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. (EC 45/2004: Superior Tribunal de 
Justiça. Também nos Arts. 88 e 89, Código de Processo Civil)) 
Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 10 (dez) dias, 
independentemente de traslado, pagas as custas pela parte. 
Citação 
� Trazer a parte ex-adversa a compor a relação processual. 
Qual é o núcleo da citação? Permitir o exercício do direito de defesa. Art. 213, Código de Processo 
Civil. 
Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender. 
� Sem citação não há processo � nulidade absoluta 
� O maior vício de um processo é a falta ou invalidade da citação. 
 Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu. 
Citação é exigência para: 
� Processo de conhecimento 
� Processo de execução 
� Processo cautelar 
� Ações especiais, para o réu e terceiros interessados. 
Suprimento de citação: É o ato processual praticado pela parte que deveria ter sido citada, mas não 
foi. 
Arts. 215, 216, 217, 218, Código de Processo Civil. 
Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador 
legalmente autorizado. 
§ 1
o
 Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador, feitor ou 
gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados. 
§ 2
o
 O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade, onde 
estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na pessoa do 
administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis. 
 Art. 216 A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu. 
Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se não 
for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado. 
 Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito: 
 I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; 
 
33 
 
II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na linha 
colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; 
 III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; 
 IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado. 
Art. 218. Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está 
impossibilitado de recebê-la. 
§ 1
o
 O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O juiz nomeará 
um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias. 
§ 2
o
 Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à sua 
escolha, a preferência estabelecida nalei civil. A nomeação é restrita à causa. 
 § 3
o
 A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu. 
 
Lei 9.099/95 de 26 de setembro de 1995, Art. 18 + Art. 221, Código de Processo Civil. 
Lei 9.099/95 - Seção VI 
Das Citações e Intimações 
 Art. 18. A citação far-se-á: 
 I - por correspondência, com aviso de recebimento em mão própria; 
 II - tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, mediante entrega ao encarregado da recepção, 
que será obrigatoriamente identificado; 
 III - sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou carta precatória. 
 § 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e 
advertência de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será 
proferido julgamento, de plano. 
 § 2º Não se fará citação por edital. 
 § 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da citação. 
 Art. 221, Código de Processo Civil 
 Art. 221. A citação far-se-á: 
 I - pelo correio; 
 II - por oficial de justiça; 
 III - por edital. 
 
34 
 
 IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria. 
O Art. 221 indica a ordem preferencial da citação. 
Correio – Regra geral 
- É preciso a assinatura de quem está sendo citado, exceto em direito trabalhista e execuções fiscais. 
- Os prazos começam a correr da juntada da AR aos autos. 
Citação por oficial de justiça 
Arts. 222, 224, 225 e 226 do Código de Processo Civil. 
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto: 
 a) nas ações de estado; 
 b) quando for ré pessoa incapaz; 
 c) quando for ré pessoa de direito público; 
 d) nos processos de execução; 
 e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência; 
 f) quando o autor a requerer de outra forma. 
Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou 
quando frustrada a citação pelo correio. 
 Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter: 
 I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências; 
 II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como a 
advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis; 
 III - a cominação, se houver; 
 IV - o dia, hora e lugar do comparecimento; 
 V - a cópia do despacho; 
 VI - o prazo para defesa; 
 VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz. 
 Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em cartório, 
com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as cópias, depois de 
conferidas com o original, farão parte integrante do mandado. 
Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo: 
 
35 
 
 I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé; 
 II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé; 
 III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado. 
 
 
 
 
Todo o ato citatório obriga o oficial de justiça a lavrar uma certidão de citação que é anexada ao 
mandado e devolvida ao ofício. O prazo começa a correr quando é juntado ao processo (no trabalho, 
citou, começa a contar o prazo). 
 
Citação por hora certa 
Art. 227, Código de Processo Civil. 
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou 
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da 
família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, 
na hora que designar. 
 
10/09/12 
Citação por Hora Certa 
Está relacionada com a tentativa do réu em se ocultar para não receber a citação. Quem valora a 
atitude do réu é o oficial de justiça. Ele só pode se utilizar do Hora Certa se por três vezes foi ao 
domicílio ou residência do réu e não conseguiu encontra-lo. Deixará, então, a comunicação de 
retorno, com dia e hora, com qualquer pessoa da família ou vizinho, voltando no dia marcado. 
Vício material � Se o vizinho se recusa a receber, a citação não é válida 
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, 
comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência. 
§ 1
o
 Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, 
dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca. 
§ 2
o
 Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou com 
qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome. 
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, 
dando-lhe de tudo ciência. 
 
Contrafé é a cópia da petição inicial 
 
36 
 
Citação por edital 
� É custosa para o autor 
� Será feita nas modalidades do Art. 231, I, II, III, Código de Processo Civil 
Art. 231. Far-se-á a citação por edital: 
I - quando desconhecido ou incerto o réu; 
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; 
III - nos casos expressos em lei. 
§ 1
o
 Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento de 
carta rogatória. 
§ 2
o
 No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será divulgada 
também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão. 
Arresto 
Em face de indícios fortes de que o devedor está se desfazendo dos bens, o credor pede 
arresto. 
Art. 653. O oficial de justiça, não encontrando o devedor, arrastar-lhe-á tantos bens quantos bastem 
para garantir a execução. 
Parágrafo único. Nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, o oficial de justiça procurará o 
devedor três vezes em dias distintos; não o encontrando, certificará o ocorrido. 
Art. 654. Compete ao credor, dentro de 10 (dez) dias, contados da data em que foi intimado do arresto a 
que se refere o parágrafo único do artigo anterior, requerer a citação por edital do devedor. Findo o 
prazo do edital, terá o devedor o prazo a que se refere o art. 652, convertendo-se o arresto em penhora 
em caso de não pagamento. 
Requisitos para a citação por edital 
Art. 232. São requisitos da citação por edital: 
I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ins. I e II do artigo 
antecedente; 
II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; 
III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo menos 
duas vezes em jornal local, onde houver; 
IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias, correndo da 
data da primeira publicação; 
V - a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos disponíveis. 
§ 1
o
 Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio, de que trata o n
o
 II 
deste artigo. 
§ 2
o
 A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da 
Assistência Judiciária. 
Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231, I e II, 
incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o saláriomínimo vigente na sede do juízo. 
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando. 
Intimação 
O advogado é comunicado dos atos processuais através de intimação: 
� Justiça estadual e do Trabalho � do Estado em que se encontra 
 
37 
 
� Justiça Federal comum � da União 
A intimação deve conter: 
� número do processo 
� nome correto do advogado 
� nome das partes 
� tipo de ação 
Exceção: nos processos que envolvem direito de família, menores, a intimação far-se-á só com 
as iniciais dos nomes das partes, para resguardar direitos de personalidade e intimidade. 
Art. 234. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para que 
faça ou deixe de fazer alguma coisa. 
Art. 235. As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em contrário. 
Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as 
intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial. 
§ 1
o
 É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus 
advogados, suficientes para sua identificação. 
§ 2
o
 A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente. 
Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de 
publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, 
os advogados das partes: 
I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo; 
II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo. 
Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria. 
Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus 
representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo 
escrivão ou chefe de secretaria. 
Parágrafo único. Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial 
ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo 
endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva. 
Art. 239. Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo correio. 
Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter: 
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o número de 
sua carteira de identidade e o órgão que a expediu; 
II - a declaração de entrega da contrafé; 
III - a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado. 
Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o 
Ministério Público contar-se-ão da intimação. 
Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se tiverem 
ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense. 
Art. 241. Começa a correr o prazo: 
I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de 
recebimento; 
II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do mandado 
cumprido; 
III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento ou 
mandado citatório cumprido; 
IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da data de sua 
juntada aos autos devidamente cumprida; 
V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz. 
Art. 242. O prazo para a interposição de recurso conta-se da data, em que os advogados são intimados 
da decisão, da sentença ou do acórdão. 
§ 1
o
 Reputam-se intimados na audiência, quando nesta é publicada a decisão ou a sentença. 
 
38 
 
§ 2
o
 Havendo antecipação da audiência, o juiz, de ofício ou a requerimento da parte, mandará intimar 
pessoalmente os advogados para ciência da nova designação . 
 
� Na Justiça Estadual e Federal comum, constará o nome dos advogados DAS 2 PARTES 
� Na Justiça do Trabalho, tanto autor como réu tem que indicar o nome do advogado que as 
procurações foram feitas. 
 
 
Ministério Público: pessoalmente. Porque? Porque o interesse é do Estado ou da sociedade. 
 
Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as 
intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial. 
§ 1
o
 É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e de seus 
advogados, suficientes para sua identificação. 
§ 2
o
 A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente. 
Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de 
publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do processo, 
os advogados das partes: 
I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo; 
II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo. 
Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em lei própria. 
Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus 
representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo 
escrivão ou chefe de secretaria. 
Parágrafo único. Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço residencial 
ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes atualizar o respectivo 
endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva. 
 
14/09/12 
Prazo 
Requisitos para a prática de atos processuais quanto ao tempo. 
 
� Devem ser praticados durante os dias úteis forenses 
� Sábado é dia útil extra forense 
� Feriado é o que definido em lei. Exemplo: terça-feira de carnaval, não. 
� Dia útil forense: quando está aberto. 
� Exceção: Art. 172, Código de Processo Civil. Permite, desde que autorizado pelo juiz, a 
prática de atos em dias não forenses e no período entre 06:00h e 20:00h. 
 
 
 
39 
 
 
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
§ 1
o
 Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o 
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 
§ 2
o
 A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa do juiz, 
realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste artigo, 
observado o disposto no art. 5
o
, inciso Xl, da Constituição Federal. 
§ 3
o
 Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta deverá 
ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de organização 
judiciária local. 
Férias Forenses 
EC 45/04 alterou o Art. 93, XII, Constituição Federal. 
Não há férias forenses, há recesso forense, de 21 ~ 22 de dezembro a 6 ~ 9 de janeiro. 
Suspensão e Interrupção do prazo 
Suspensão 
� Paralização parcial do prazo, porque após a ocorrência de inatividade do processo, recomeça 
a contagem a partir dos dias já superados. 
Art. 265. Suspende-se o processo: 
I - pela morte ou perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou 
de seu procurador; 
II - pela convenção das partes; 
III - quando for oposta exceção de incompetência do juízo, da câmara ou do tribunal, bem como de 
suspeição ou impedimento do juiz; 
IV - quando a sentença de mérito: 
a) depender do julgamento de outra causa, ou da declaração da existência ou inexistência da relação 
jurídica, que constitua o objeto principal de outro processo pendente; 
b) não puder ser proferida

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