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“As representações de alunos do IFMA Campus Imperatriz sobre os povos Afrodescendentes e Indígenas

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5 
 
 
RESUMO 
O Projeto de pesquisa intitulado Diversidade, diferenças e escola: “As 
representações de alunos do IFMA/Campus Imperatriz sobre os povos Afro-
brasileiros e Indígenas” tem como objetivo contribuir para discussão sobre as 
diversidades étnico-raciais a partir de ações pedagógicas que promovam a 
inclusão, o pertencimento e o reconhecimento das diversidades das 
populações afro-brasileira e indígena no ambiente escolar, para tanto se 
analisará as representações dos discentes e docentes a partir de categorias 
como estereótipos, o livro didático, discurso do professor e as discussões 
realizadas na escola sobre a temática, a partir de elementos da pesquisa 
qualitativa utilizando técnicas de pesquisa como: questionário e análise 
documental. Foi possível percebermos que mesmo já no século XXI o 
preconceito ainda é um dos lemas que, mas causam problemas quando se fala 
em convívio entre culturas/povos/raças diferentes, a pesquisa proporcionou o 
conhecimento da visão de muitos alunos e professores. Conclui-se que há a 
necessidade de desenvolver um trabalho sistemático entre alunos, professores 
e a comunidade escolar, já que é perceptível nos discursos de parte dos alunos 
entrevistados atitudes de preconceito e intolerância, aponta-se que a temática 
é trabalhada de maneira frágil e incipiente, já que os livros didáticos adotados a 
temática é bastante fragmentada e descontextualizada, o que tem prejudicado 
tanto a atuação dos professores/as como aplicação da Lei 11.645/2008. 
Palavras-chave: Relações étnico-raciais. Escola. Educação. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 A partir de 1997, com a inclusão da temática “pluralidade cultural” 
como tema transversal nos parâmetros nacionais, o movimento da 
multiculturalidade e da perspectiva intercultural em educação passaram a 
ganhar grande relevância nos cenário social e educacional FLEURI (2003). A 
nível mundial pode-se citar a Conferência da Organização das Nações Unidas 
(ONU) sobre “Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e as Formas 
Conexas de Intolerância”, realizada em Durban (África do Sul) de 31 de Agosto 
a 8 de Setembro de 2001 que resultou na aprovação pela UNESCO na 
Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural em Paris no período de 
15 de Outubro a 3 de Novembro de 2001. 
 
Entretanto, a escola tem-se revelado como um dos espaços em que as 
representações negativas sobre “o negro e o índio” são difundidas. Outra 
problemática encontrada na escola no que diz respeito à discussão da temática 
6 
 
da pluralidade cultural, é que esta tem sido discutida apenas no âmbito de 
diferentes contribuições culturais, como forma de redução do preconceito ou 
celebração de festas relacionadas às diferentes culturas, como por exemplo: 
dia do índio, abolição da escravatura e etc. 
Nesse sentido o objetivo do estudo foi contribuir com as discussões sobre 
a temática no contexto escolar e assim, para tal propôs-se conhecer mais de 
perto essa realidade a partir das representações dos alunos em relação aos 
Afro-brasileiros e Indiodescendentes, além da analise de como a temática está 
sendo trabalhada nos livros didáticos e pelos professores/as. 
 O trabalho foi desenvolvido em varias etapas, na fase inicial foi feita 
revisão de literatura, a começar com a leitura e análise da Lei 11.645/2008, 
além de capítulos de livros, artigos científicos e outros documentos sobre 
temática, na próxima etapa foi feita análise dos livros didáticos adotadas 
diretamente relacionados com a temática, como os de história, literatura e 
sociologia do 1º, 2º e 3º. Segui-se com a elaboração do instrumento de coleta 
de dados, um questionário para aplicação entre professores e alunos, nesse 
intervalo foi feito uma pesquisa no registro no escolar para confrontar a 
descrição de raça mencionada pelo aluno/a e aquela na qual ele se identifica. 
 Com a análise do conjunto dos resultados pode inferir-se que é 
indispensável que a escola sistematize as discussões sobre interculturalidade e 
educação, já que a mesma é feita de maneira assistemática e incipiente, pois a 
discussão de dar somente em datas pontuais, como a semana da consciência 
negra, por exemplo, alguns alunos entrevistados demonstraram sentimentos de 
intolerância e no currículo a temática é bastante fragmentada, já que nos livros 
didáticos não se identificou uma contextualização ampla e abrangente do 
processo sócio-histórico a que não negros e indígenas foram submetidos, o 
que tem prejudicado a aplicação da Lei 11.645/2008 e tratamento o incipiente 
segundo os docentes. 
2 OBJETIVOS 
 
2.1 OBJETIVO GERAL 
 O objetivo principal do projeto era contribuir para uma discursão sobre 
as diversidades étnico-raciais a partir de ações pedagógicas que promovam a o 
7 
 
reconhecimento das diversidades das populações afro-brasileiras e indígena no 
ambiente escolar. 
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
1. Identificar quais estereótipos podem ser evidenciados nas 
representações dos alunos sobre os povos afro-brasileiros e 
indiodescendentes; 
 
2. Analisar se os discursos que estão presentes nas representações 
desses alunos sobre os povos afro-brasileiros e indiodescendentes 
evidenciam algum tipo de preconceito; 
 
3. Analisar como o currículo em sua forma ampla, ou seja, os livros 
didáticos, paradidáticos, o discurso dos professores abordam os povos 
afro-brasileiros e indiodescendentes; 
 
4. Identificar quais concepções estão implícitas nesse currículo e quem 
elas representam; 
5. Analisar como as questões étnico-raciais têm sido discutidas e debatidas 
com alunos. 
 
3. ETAPAS REALIZADAS 
 
a) Mês de Maio: Iniciamos fazendo uma pequena pesquisa a partir a Lei 
11.645/08, pois se refere a diversas temáticas para serem aplicadas nas 
disciplinas escolares de Educação artística, Literatura e História. 
Portanto, dessas temáticas podemos destacar a História da África e dos 
africanos, a História dos povos indígenas, as lutas dos negros e índios 
no Brasil, a culinária, as datas comemorativas, a dança, a capoeira, etc. 
 
b) Mês de Junho: Demos continuidade lendo o livro Preconceito e 
Intolerância na linguagem de Marli Quadros Leite que mostra textos que 
valida o preconceito, o livro destaca muitos subtítulos e um desses 
subtítulos apresenta a visão do preconceito pelas entrevistas, 
8 
 
comentada em noticias até o preconceito respingado nas crônicas e nos 
congêneres então ela mostra todas as formas do preconceito na nossa 
sociedade, além dos artigos Culturas e Educação do prof. Alfredo Veiga 
Neto, e Interculturalidade e Direitos Humanos da profª Vera Maria 
Candau. 
 
c) Mês de Julho: Neste mês lemos um livro cujo tema era as 
Características Étnico-raciais da População com a presente publicação 
deste livro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE 
apresenta os resultados da pesquisa das Características Étnico-raciais 
da População – PcerP , os resultados eram apresentados em um 
conjunto de 65 tabelas, têm como referência as pessoas de 15 anos 
ou mais de idade , o IBGE têm como objetivo levantar uma base 
empírica de informações, visando subsidiar estudos e análises para a 
elaboração de alternativas de aprimoramento do sistema de 
classificação étnico-racial utilizado nos diversos levantamentos 
estatísticos de dados populacionais do Instituto. 
 
d) Mês de Agosto: No mês de agosto já iniciamos as pesquisas em função 
dos livros didáticos, analisamos os livros do 1º, 2º e 3º ano do instituto, 
nessa etapa apenas analisamos os livros, para identificar se haviam 
assuntos em relação aos afrodescendente e indígena, para a quantidade 
de livros encontramos muito pouco assunto descrevendoesses dois 
temas principais, porém foi possível perceber alguns títulos como: Etnias 
do Brasil, o grupo indígena e o grupo negro. A literatura africana de 
língua portuguesa uma literatura de resistência. 
 
 
e) Mês de Setembro: seguiu-se com a análise dos livros didáticos, para 
saber quais os livros adotavam assuntos envolvendo tanto, 
afrodescendentes quando os do indígena. Nós concluímos a analise dos 
livros didáticos, destacando que os assuntos envolvendo o afro-
brasileiro e os indígenas não estavam tendo uma devida importância nos 
9 
 
livros de ensino médio, sendo que já é existente leis que obrigam livros 
didáticos terem um espaço para tais assuntos. 
 
f) Mês de Outubro: Como já se foi concluído a analise dos livros didáticos, 
passamos para uma próxima etapa, que seria os questionários 
elaborados para os alunos e professores, com a finalidade de ter a 
opinião dos alunos em relação aos afro-brasileiros e índiosdecendentes. 
O questionário foi passado para três turmas do ensino médio entre os 
turnos matutino, vespertino e noturno. 
 
g) Mês de Novembro: Dando continuidade ao projeto, e aos objetivos, foi 
feita uma analise no registro escolar do instituto, foram pegas três 
turmas, e analisamos nos instes cor/ raça, para nós percebemos se os 
alunos sabem a sua raça e se aceitam. Foi possível tirar muitas 
conclusões, essa analise no registo escolar foi bem construtiva, já que é 
de grande importância para a finalização do nosso projeto. 
 
h) Mês de Dezembro: Nesta ultima etapa apenas analisamos todas as 
etapas anteriores como a leitura dos livros, a analise dos livros didáticos, 
os questionários passados para os alunos e professores, a analise no 
registo escolar etc. Foi um processo, mas detalhado tentamos analisar 
resposta por resposta dos alunos em relação aos afro-brasileiros e 
indiosdecendentes. Como esta sendo ponto de vista do aluno entre 
estes assuntos e como ele se considera em relação a sua raça. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Os resultados foram conseguidos a partir de uma pesquisa qualitativa, 
onde utilizou-se como instrumento para coleta de dados a análise documental e 
um questionário aplicado aos sujeitos da pesquisa professores/as e alunos/as. 
O questionário de alunos foi compunha-se de três questões, a saber: a primeira 
fechada investigava a identificação étnico-racial dos alunos, a segunda as suas 
10 
 
representações sobre os povos afro-brasileiros e indígenas, e a terceira tinha 
como objetivo averiguar como a temática estava sendo trabalhada na escola. 
Já, quanto ao questionário aplicado aos docentes das disciplinas de 
artes, história e literatura, tinha com principais objetivos averiguar a opinião dos 
docentes sobre a abordagem da temática nos livros didáticos e a também a 
percepção da aplicabilidade da Lei 11.645/2008. 
Nesse sentido seguem as análises por segmento, seguindo alunos, 
documentos e professores/as. 
4.1 Representações dos Alunos 
Segue abaixo os questionamentos e as discussões das representações 
dos alunos: 
1º No contexto da sociedade brasileira, diante do que foi ensinado ao longo da 
sua formação escolar, do que você assistiu e assiste, mas mídia e dentro da 
sua família na sua percepção como descreveria: Os povos afrodescendentes e 
os povos indígenas? 
 
a) Resposta de dois alunos sobre os afrodescendentes 
 
A: Existe em determinados ramos da sociedade certo preconceito quanto aos 
povos afrodescendentes. Em algumas regiões maranhenses as comunidades 
quilombolas, por exemplo, vivem sobre constantes ameaças oriundas de 
grandes proprietários de terras. A secretaria de segurança publica do 
maranhão embora tenha adotado medidas preventivas, a morte não foi evitada. 
 
B: Ao longo da historia, esses povos sofreram maus tratos, de forma injusta, 
pelo homem branco. Na minha concepção, foi uma coisa totalmente errada, 
porque o negro e o branco são individuais como qualquer outro, excluindo essa 
superioridade implantada. É importante ressaltar que todos são iguais perante 
a lei. 
 
Nesta questão ficou evidenciada nas respostas dos alunos a questão do 
preconceito em relação às pessoas afrodescentes, que embora haja toda 
discussão contra o preconceito, inclusive com leis para se combater, ainda é 
bastante significativo esse sentimento entre as pessoas, também é presente a 
11 
 
ideia de superioridade do branco em relação ao negro, e as desvantagens 
socioeconômicas que o processo de escravização desses povos provocou. 
Geralmente o negro é retradado apenas como escravo, esta representação é 
bem presente no imaginário social, como mostra abaixo o desenho de um 
aluno quando investigado sobre as suas representações sobre os povos 
africanos: 
 
 
 
b) Resposta de dois alunos sobre os povos indígenas 
 
A: Esses povos tiveram sua cultura dizimada, com a chegada dos europeus no 
Brasil. Acho que o índio, nos dias de hoje, tem de preservar sua cultura, mas 
exercendo os direitos de estudos, trabalhar etc. 
 
B: Povos que apesar de ser criado no mato, deveria ter seu lugar na sociedade 
sem discriminação. 
 
Os alunos descrevem os povos indígenas como povos que tiveram sua 
cultura dizimada, com a chegada dos europeus no Brasil, os alunos fizeram 
uma descrição os índios muitos pela sua cultura, tanto em relação de moradia, 
quanto em suas tradições, afirmaram que os índios devem ter seus direitos na 
sociedade, sem discriminação. Depreende-se da análise que nas suas 
representações os índios são vistos como povos de cultura diferente e vive que 
12 
 
longe da cidade, no mato fechado em suas ocas. Conforme mostra a 
representação de um aluno através de um desenho na imagem abaixo: 
 
 
 
2º Você acredita que existe alguma desvantagem do Negro e do Indígena no 
contexto da sociedade brasileira? Explique a sua resposta? 
 
Resposta de três alunos 
 
A: Sim, isso se torna evidente quando são analisadas as funções 
desempenhadas pelas partes destacadas no convívio social. 
 
B: Sim, ao longo da historia brasileira a população indígena foi praticamente 
extinta enquanto a negra foi trazida para o Brasil e obrigada a viverem como 
escravos. 
 
C: Sim, pensando nos vestibulares, o sistema de cotas os beneficia, mas ao 
mesmo tempo os menosprezam, pôs é uma forma ate de dizer que eles não 
são capazes tanto quanto o branco. Infelizmente a sociedade ainda pobre 
ideologicamente, sendo preconceituosa e racista. 
 
Todos os alunos concordam que há uma desvantagem do Negro e do 
Indígena na sociedade, porem ela tem sido causada por vários fatores, um bem 
importante que os alunos identificaram esta sendo o convívio social, foi 
seguindo este convívio que alguns alunos exploraram suas respostas em 
13 
 
relação ao grande preconceito uns com os outros, muitos descreveram que o 
negro é mais descriminado devido à cor e aparência física, e o índio devido sua 
cultura, ou seja, sua etnia. 
 
3º Você já participou de alguma discursão na sala de aula sobre questões 
étnico-raciais que envolvem o Negro e o Índio? Em quais disciplinas? Como 
essas discursões acontecem e qual o posicionamento dos alunos? 
 
Resposta de dois alunos 
 
A: Sim, geografia, em um debate sobre origem africana e afrodescendente e o 
posicionamento foi de alguns alunos ruim, mas outro bom. 
 
B: Sim, historia geografia e educação artística. As grandes maiorias dos alunos 
não apresentaram preconceito contra, e a discursão não se deu de maneira 
pacifica. 
 
Já foi citado em questões anteriores que os alunos tem tido 
conhecimento sobre os afrodescendentes e indígenas, por algumas disciplinas,eles vem conhecendo a cultura destas determinadas raças. Os alunos já 
discutiram esses assuntos em sala de aula, principalmente nas matérias de 
geografia e historia, e reconheceu-se a existência do preconceito entre muitos 
durante as discussões em sala de aula, já outros se mantiveram favoráveis a 
medidas contra o racismo, estas discursões acontecem em forma de debate, 
principalmente posicionamento acerca da problemática. 
 
4º Em quais disciplinas e/ou livros didáticos você estudou conteúdos que 
trabalhem “a historia e cultura afro-brasileira e indígena”? O que você aprendeu 
com os conteúdos sobre a cultura afra e indígena? 
 
Resposta de dois alunos 
 
A: Historia sociologia e ética. Aprendi a valorizar as diversas culturas. 
 
B: Livros de historia e geografia. Não foi abordado de uma forma especifica, 
mas foi abordado de acordo com a história do mundo. 
14 
 
 
Todos os alunos que responderam ao questionário, afirmaram que já 
estudaram sobre a história ou a cultura dos povos afro-brasileiro e indígena, 
claro que muitas das vezes não de uma forma especifica, porém só de ver um 
pouco dos assuntos já é um fato bem positivo, pois a escola é um dos meios de 
acabarem com tantos preconceitos encontrados em uma sociedade em relação 
a estas raças, os alunos afirmaram que já tinham visto estes determinados 
assuntos em matérias como historia, sociologia, geografia e educação artística, 
esta matérias passavam a historia, ou seja, a origem destes povos, a cultura, 
como danças, comidas e dialetos. 
 Outro fato registrado que faz das discussões sobre a temática com os 
alunos é à comemoração da Semana da Consciência Negra, uma semana que 
é repleta de debates, fala-se sobre as diferenças e que todos são iguais 
perante a lei. 
Não desconsiderando a importância de tal evento, percebe-se que a 
discussão é fragmentada e fragilizada pois ao trabalhar a cultura como 
expressão apenas de danças, comidas e dialetos, têm-se uma educação que 
concebe a cultura em termos patrimonialistas. E o que significa conceber a 
cultura em termos patrimonialistas? Para Trindade (2002): “É antes de mais 
nada acreditar que a idéia de cultura é a idéia de monopólio oficial de ideias já 
prontas, preestabelecidas”. 
Essa visão materialista de cultura, de preservação de patrimônio, gerida 
pelo Estado, representada na cultura das ciências, das letras, das artes foram 
cristalizadas pela cultura Européia. Para Machado (2002) “é preciso perquirir 
um conceito de cultura que resulte de uma elaboração coletiva e comporte a 
noção de transformação sucessiva [...]”. 
Nesse sentido, entendemos como Silva (2006) que apenas reconhecer a 
diversidade cultural dos alunos não deve se tornar o foco das atenções da 
escola, o mesmo se fará inócuo se tratado apenas no plano da diversidade já 
que em geral, “[...] a posição socialmente aceita e pedagogicamente 
recomendada pela escola é a de respeito e tolerância para com a diversidade 
[...]" (Silva, 2000, p.73), assim, essa visão não contempla uma pedagogia 
crítica e questionadora, e este autor nos propõe um novo olhar a partir da 
seguinte interrogação: 
15 
 
 
Como se configuraria uma pedagogia e um currículo que estivessem 
centrados não na diversidade, mas na diferença, concebida como 
processo, uma pedagogia e um currículo que não se limitassem a 
celebrar a identidade e a diferença, mas que buscassem 
problematizá-las? (SILVA, 2000, p.74) 
Silva (2006) nos alerta para o fato de que a pedagogia e o currículo 
deveriam ser capazes de oferecer oportunidades para que desde cedo as 
crianças e os jovens desenvolvessem capacidades de crítica e questionamento 
dos sistemas e das formas dominantes de representação da identidade e da 
diferença. Assim, cabe a escola explicar a forma pela qual a diferença é 
ativamente produzida. 
 
5º Você já presenciou dentro ou nos arredores da escola algum tipo de 
preconceito contra alunos negros ou indígenas? Em caso afirmativo, conte a 
situação: 
 
Resposta de dois alunos 
 
A: Sim, pessoas menosprezando umas pessoas por causa de sua cor, dizendo 
coisas horríveis, supondo que por ela ser Negra não pudesse agir de forma 
“normal”. 
 
B: Sim, alunos chamando outros por apelidos, que evidenciam o preconceito. 
 
Muitos alunos afirmaram que nunca tinha visto nenhum tipo de 
preconceito com estes determinados alunos, porem outros identificaram vários 
tipos de preconceitos, tais preconceitos em relação às suas origens, heranças, 
etnia e raças. Os preconceitos, mas identificadas foram em relação aos 
apelidos que são dados para negros e índios, devidos suas etnias, tais apelidos 
como carvãozinho, negrinho etc. 
Nesse sentido, podemos compreender que as diferenças são inventadas, 
construídas pela cultura, e a através dela podemos nos afastar de uns e nos 
aproximar de outros GOMES (2003). Dessa forma, quando classificamos como 
iguais todos os que se aproximam da nossa construção de identidade como, 
por exemplo: “branco, classe média”, e como diferente o “outro”, aquele que se 
16 
 
afasta do nosso modelo de identidade, como por exemplo: “o negro, classe 
baixa”, para Silva (2006) cria-se uma série de negações ocultas sobre as 
identidades. 
 
A afirmação da identidade e a enunciação da diferença 
traduzem o desejo dos diferentes grupos sociais, 
assimetricamente situados, de garantir o acesso 
privilegiado aos bens sociais. A identidade e a diferença 
estão, pois, em estreita conexão com relações de poder 
(SILVA, 2006, p.81). 
 
Assim, quando descrevemos ou explicamos algo estamos, através da 
linguagem, produzindo uma “realidade”, neste caso, para Costa (2005): “quem 
tem o poder de narrar o outro, dizendo como está constituído, como funciona, 
que atributos possui, é quem dá as cartas da representação”. Assim, as 
realidades enunciadas como “verdadeiras” são passíveis de questionamentos, 
já que são criadas segundo relações de poder. 
Representar é produzir significados segundo um jogo de correlação 
de forças no qual grupos mais poderosos – seja pela posição política 
e geográfica que ocupam, seja pela língua que falam, seja pelas 
riquezas materiais ou simbólicas que concentram e distribuem, ou 
por alguma outra prerrogativa – atribuem significado aos mais fracos 
e, além disso, impõe a estes seus significados sobre os outros 
grupos (COSTA, 2005, p.43). 
Tomando como pressuposto o poder político que as formas de 
representação podem exercer, fica fácil perceber todas as implicações 
pedagógicas e curriculares que as conceituações, classificações, normas e 
outros exercem nos saberes ensinado na escola. Costa (2005) chama essa 
política de representação, de disputa para narrar “o outro”, que tomando a si 
próprio como referência, como normal, e outro como diferente, cria-se um 
regime de verdade em que os saberes que fomos ensinados são tidos como 
verdadeiros ou “científicos”, como universais. 
 
6º Qual a sua posição sobre o sistema de cotas para acesso a universidade 
para negros e indígenas? Justifique a sua resposta. 
 
Resposta de dois alunos 
 
17 
 
A: O sistema deve ser uma medida paliativa, que não deve diferenciar os 
negros indígenas, mas sim tentar pagar a enorme divida do Brasil com esses 
povos que antes foram escravizados e quase extintos. 
 
B: Para negros em acho errado, pois isso é uma forma mascarada de dizer que 
o negro não tem a mesma capacidade que o branco, isso é discriminação 
racial. Já para os índios eu concordo, porque, infelizmente eles tiveram poucas 
oportunidades; essa cota eu já vejo como uma forma de inclusão social. 
 
Nesta questão foi possível identificar a opinião dosalunos, pois o 
sistema de cotas foi criado para dar acesso a negros, índios além de 
deficientes, estudantes de escola pública em universidades, concursos e 
mercado de trabalho. Porem alguns alunos discorda com este sistema, pois 
uns acham que todos devem competir por uma vaga em faculdades e 
universidades de forma uniforme, não com um sistema que só vai ajudar de 
certa forma apenas negra e indígena, porem a maioria apoia este sistema, pois 
eles afirmam que provavelmente existem desigualdades entre negros e 
indígenas e os povos brancos, e que a descriminação racial ainda esta bem 
existente entre estas raças, há alunos que se põem em uma forma positiva de 
esperança, já que este sistema pode ser uma forma de inclusão social. 
 
Outra forma de comentar pela escola para discussão da cotas raciais foi 
a divulgação através de cartazes, a ideia é chamar a atenção dos alunos para 
as discussões sobre a temática como as fotos abaixo demonstram. 
Fotografia I - Cartaz afixado no mural do Ifma/Campus imperatriz 
 
18 
 
Fonte: autoria própria 
A partir dessa análise é possível inferir que esta questão tão polêmica 
necessita de uma discussão sistemática e profunda entre alunos, comunidade 
escolar e sociedade, um debate que envolva as convergências e divergências. 
Aponta-se o NEABI, como órgão oficial para discussão acadêmica para 
promover esse diálogo. 
 
4.2 Pesquisa documental 
 
 Para conseguimos saber a visão dos alunos em relação os afro-brasileiros 
e indígenas passamos questionários para alguns alunos das turmas do ensino 
médio do instituto, foram-se três turmas após este procedimento fomos até o 
registro escolar e analisamos a etnia/raça dos alunos, conforme declaração na 
ficha de matrícula. 
 A comparação entre a cor do aluno e análise do que responderam na ficha 
de matrícula, revelou que os alunos divergem na declaração de sua raça, ou 
seja, observamos nas três turmas que muitos alunos colocaram sua cor /ou 
raça diferente no registro escolar em relação a si mesmo, ou seja, na entrevista 
mencionou ser de uma determinada cor/raça e na ficha de matrícula colocou 
outra. Na declaração geral da cor/raça dos alunos no registro escolar verificou-
se os seguintes resultados: 
 
 
 
Branca 
31% 
Parda 
62% 
Preta 
7% 
 
0% 
Relação da cor/ raça de três turmas 
IFMA/CAMPUS IMEPRATRIZ 
19 
 
 Dos dados acima expostos visualiza-se como a hibridação é marcante 
na formação da sociedade brasileira com 62% de alunos pardos; supõe-se que 
31% de brancos e apenas 7% de pretos representa uma tendência das 
pessoas a quererem ser brancas e não ser pretas, já que historicamente as 
ideias eurocêntricas difundiram no processo de colonização o que Dussel 
(1995, p.86) caracterizou com “el mito de la modernidad”. 
Vemos ya perfectamente construído el “mito de la Modernidad”, por 
una parte, se autodefine la propia cultura como superior, más 
“desarrolhada”, [...] por otra parte se determina a la outra cultura 
como inferior, ruda, bárbara, siendo sujeto de una culpable 
“inmadurez”. [..] Em esto consiste o el “mito de la modernidad”, em 
um victimar al inocent (al Otro) declarándolo causa cuplable de su 
propia victimación, y atribuyéndose el sujeto moderno plena inocencia 
con respecto al acto victimario. 
Essa realidade comprovam a afirmação de Castro-Gómez que nas 
palavras Oliveira (2010, p. 43) conclui “[...] de que a epistemologia europeia se 
fundamentou na projeção de um sujeito europeu, que é branco, masculino, 
heterossexual e pertencente à classe média”. 
 Foi feita a análise os livros didáticos usados pelos alunos do ensino 
médio, assim foram observados os Geografia, História, Português e Sociologia. 
Relata-se o sentimento de decepção quando ao observar tais livros, nem todos 
davam a devida importância aos assuntos, já os que relatavam sobre os temas 
abordavam o assunto superficialmente. 
 É fundamental destacar que os assuntos envolvendo o afro-brasileiro e os 
indígenas não esta tendo uma devida importância nos livros de ensino médio, 
sendo que já é existente leis que obrigam livros didáticos terem um espaço 
para tais assuntos. Conforme os fragmentos abaixo demonstram : 
a) Sobre os povos indígenas no Livro de Geografia 
Os povos indígenas já viviam no Brasil quando os colonizadores europeus 
chegaram. 
Atualmente, depois de um longo processo de 
extermínio, restam cerca de 400 mil indígenas no 
Brasil. (dados da FUNAI) 
 O extermínio dos indígenas não foi apenas físico, mas também cultural 
chamado de etmoides, pela integração dos índios à sociedade do branco. Essa 
união dos povos começou com a catequese dos nativos e a sua mão de obra 
Através disso nasceram mistura de índio e branco. 
20 
 
 Em 1910 foi reconhecido o direito do índio à posse de terra e o respeito a 
seus costumes... 
FONTE: (Livro de Geografia do 2º ano do ensino médio, Igor Moreira e 
Elizabeth Auricchio p.171 e 169). 
 
b) Povos afro-brasileiros Livro de Geografia 
 
 Africano trazido da África em navios negreiros e leiloado para mão de obra 
e cultivos de cana-de-açúcar, algodão, tabaco e café. 
 O negro foi fundamental para a formação da cultura do Brasil, a mistura 
também formou outros tipos de mestiço, o mulato (branco com negro) e o 
cafuzo (negro e índio). A importância da cultura africana pode ser observada na 
culinária, nas artes, nos esportes, no misticismo e na própria religião. 
 Mas a constituição brasileira proibiu qualquer tipo de descriminação racial e 
com isso melhora a convivência dos negros com os brancos. Melhora mas não 
acaba, em muitas das vezes há dificuldade na procura de emprego e quando 
acha é com salario inferior do branco. 
 
FONTE: (Livro de Geografia do 2º ano do ensino médio, Igor Moreira e 
Elizabeth Auricchio p.171 e 169). 
 
c) Povos africanos no Livro de Literatura 
 A escravidão no Brasil durou quase quarto séculos, marcando 
profundamente a formação da nossa sociedade e cultura. 
 Os escravos eram capturados e comprados na África e, depois, trazidos dos 
mercados brasileiros, onde eram vendidos. 
 Na África, os lugares onde os portugueses criavam colônias eram 
obrigados a usar a língua portuguesa. Transformando a cultura de diversos 
países, depois de tantos séculos o português permaneceu a língua oficial de 
vários desses países. 
 
 A marca registrada da literatura africana é a sua lutar contra os domínios 
estrangeiros, os direitos humanos básicos, exploração da população menor 
favorecida. 
 Os contra racismo entraram nessa resistência, cantores, pintores, poetas, 
escritores, intelectuais, jornalistas, entre várias outras pessoas que fazem parte 
21 
 
dos laços africanos que moram no Brasil. Graças a essa mistura de raça hoje 
cada vez mais, temos escritores negros, cantores, atores de novelas com 
papeis em destaque. 
 É importante lembra que ainda existe muita descriminação contra os 
afrodescendentes no Brasil. Mas embora o processo de integração seja lento, 
devemos continuar. 
 
FONTE: (Livro de Português do 3º ano do ensino médio, Leila Lauar Sarmento 
e Douglas, Literatura Portuguesa p.206). 
4.3 Pesquisa com professores 
Elaboramos um questionário para os professores, já que eles são os 
que, mas passam tempo com os alunos na sala de aula, e podem nós informar 
a visão deles. Exemplos: 
Considerando que a Lei 11.645/2008 traz a obrigatoriedade da discussão da 
história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo da escola, e que seja 
trabalhado em especial nas disciplinas de história brasileira, artes e literatura,responda: 
1º Como os negros e os índios são retratados pelo livro didático que é adotado 
para as suas aulas? 
A: Via de regra nos livros didáticos, são relatados de forma isolada e 
separados de forma que é visível a descontextualizarão com os demais 
temas. 
2º Você concorda com a visão do (s) autor (es), se não, por quê não concorda? 
A: Não, porque esses temáticos são dispostos de formas paralelas aos 
demais conteúdos, ou seja, algo a parte. 
3º Você percebeu alguma mudança ou alteração de conteúdos nos livros após 
a vigência da Lei 11.645/2008? Comente a sua resposta: 
A: Sim, embora estas mudanças sejam paliativas. Elas acabam 
apresentando novos cenários nesta discursão, contudo esta longe de ser 
real. 
4º A vigência da Lei trouxe contribuições para a discussão das relações étnico-
raciais na escola? 
22 
 
A: Sim, uma vez que se tornou obrigatório possui se a discutir-se um 
pouco, mas porem os reflexos é poucos sentidos no ambiente escolar 
atual. 
Nas respostas desse professor (a) fica bem claro que os temas sobre 
afro-brasileiros e indiodescendentes, está sendo trabalhado com os alunos de 
maneira parcial, já que os livros didáticos não abordam a temática na 
proporção de assuntos que a importância do tema requer, infelizmente, a lei 
ainda não está sendo cumprida na maior parte das escolas, e os assuntos são 
trabalhados de maneira fragmentada e descontextualizado. Considerando que 
a temática seja abordada de maneira fragmentada e descontextualizada pelos 
livros didáticos, seria interessante um trabalho interdisciplinar entre os 
professores de Artes, História, Geografia e Língua Portuguesa, como forma 
equacionar essa marca cega nos livros didáticos, ou até mesmo, uma análise 
em conjunto dos livros oferecidos no Programa Nacional do Livro Didático . 
5 CONCLUSÃO 
 Conclui-se este estudo que foi possível observar durante a execução do 
projeto que os alunos do IFMA/Campus Imperatriz têm uma forma variada de 
pensar, muitos já estão vendo a realidade, ou seja, estão aptos a conviverem 
com pessoas de raças diferentes, em um bom convívio, porém ainda existem 
alunos/as que não aceitam conviver com pessoas de outras raças/cor, ou se 
aceitam não se fizeram demonstrar. 
 Assim, é indispensável que a escola intensifique as discussões sobre a 
temática com alunos, que as mesmas não sejam discutidas apenas em datas 
comemorativas como o dia do índio ou a semana da consciência negra, mas 
que se crie um fórum de discussões permanente sobre a temática entre 
professores/as, alunos e servidores/as e até mesmo a comunidade, como os 
pais de alunos/as por exemplo. 
 Foi possível aprender muito na realização deste projeto, foram muitas 
leituras para atingirmos os objetivos, como além de pesquisadoras somos 
alunas do instituto, houve momentos que até na sala de aula foi possível se ter 
uma ideia real sobre os fatos sociais que marcam o cotidiano da vida de índios 
e negros. 
23 
 
 A lição que fica é que devemos aprender a nos relacionar com os 
diferentes, foi muito interessante sabermos como esta sendo vista dos alunos, 
o que está acontecendo na nossa realidade, e mais importante de tudo que 
temos que conviver com ouras culturas/raças/povos pacificamente, sem 
preconceito ou discriminação, pois todos somos diferentes e partilhamos de 
culturas diferenciadas, e é as diferenças de cores, culturas que faz com que 
todos sejamos seres especiais e únicos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. 
Campinas, SP: Papirus, 1995 (Série prática pedagógica). 
BRASIL, Ministério da Educação. Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia do Maranhão. Núcleo de Estudos Afrobrasileiro e 
Índiodescendente. Orientação para implantação do núcleo local. São Luís, 
2011. 
Candau, V. M. (org.). Sociedade, educação e cultura (s): questões e 
propostas. Petropólis: Vozes, 2002. 
COSTA, Marisa Vorraber (org.). O currículo nos limiares do contemporâneo. 
4ª ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2005. 
FILHO, Benedito de Souza (org.). Alta tensão: conflitos, representações e 
dinâmicas de uso e ocupação de faixas de servidão de linhas de 
transmissão da Eletronorte. São Luís: EDUFMA, 2006. 
FLEURI, Reinaldo Matias (org.). Educação intercultural: mediações 
necessárias. Rio de Janeiro: DP&A, 2003. 
GOMES, Nilma Lino. Cultura negra e educação. Revista Brasileira de 
Educação.Disponível em: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
24782003000200006&lng=pt&nrm=iso . Acesso em: 15 fev 2012. 
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro:LTC,1989. 
______. Práticas pedagógicas e questão racial: o tratamento é igual para 
todos/as?. In: DINIZ, Margaret; VASCONCELOS, Renata Nunes (org.). 
Pluralidade cultural e inclusão na formação de professoras e professores. 
Belo Horizonte: Formato, 2004. 
OLIVEIRA, Inês Barbosa, SGARB, Paulo. Redes culturais, diversidades e 
educação. DP&A: Rio de Janeiro, 2002. 
SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença: a perspectiva dos 
estudos culturais. 6. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006. 
____. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Rio 
de Janeiro: Autentica, 2005. 
TEIXEIRA, Elizabeth. As Três Metodologias: acadêmica, da ciência e da 
pesquisa. 5 ed. Petrópolis: Vozes, 2008. 
 
 
 
 
 
25 
 
ANEXO A – Representação de alunos sobre povos afro-brasileiros
 
 
 
 
 
26 
 
ANEXO B – Imagem das representações de alunos sobre os povos 
indígenas 
 
 
 
 
27 
 
 
ANEXO C – Imagens de cartaz posto no mural da escola pelo NEABI 
sobre a legalização das cotas raciais nas universidades 
 
 
 
 
 
28 
 
ANEXO D: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS 
INSTITUTO FEDERAL 
MARANHÃO 
Campus Imperatriz 
 
 
PESQUISA: Diversidade, diferenças e escola: “As representações de alunos do 
IFMA/Campus Imperatriz sobre os povos Afrodescentes e Indígenas” 
Alunas pesquisadoras: Rosana Gomes de Sales e Janaína Santana Queiroz 
Orientadora: Maria José Ribeiro de Sá 
 
QUESTIONÁRIO 
 
 
Estamos realizando uma pesquisa sobre “As representações de alunos do 
IFMA/Campus Imperatriz sobre os povos Afrodescendentes e Indígenas” com o 
objetivo de contribuir para discussão sobre as diversidades étnico-raciais a partir de 
ações pedagógicas que promovam a inclusão, o pertenciamento e o reconhecimento 
das diversidades das populações afro-brasileira e indígena no ambiente escolar. 
Solicitamos vossa participação respondendo as questões que seguem. Não há 
necessidade de identificação, pois queremos garantir anonimato aos nossos 
participantes. Assim que tivermos com os resultados de nossa pesquisa, faremos o 
possível para que os resultados chegue a você. 
 
1. Identificação étnico-racial 
a) Idade: ____________ Série______________ 
b) Você se reconhece ou se identifica como de cor ou raça: (assinale quantas 
opções desejar) 
1. Negro ou Afrodescendente? ( ) Sim ( ) Não 
 2. Indígena? ( ) Sim ( ) Não 
Especifique a Etnia______________________ Língua Falada________________ 
3. Amarelo? ( ) Sim ( ) Não 
Especifique a origem geográfica familiar: (japonesa, chinesa, coreana, etc.) 
_______________________________________________________ 
4. Branco? ( ) Sim ( ) Não 
5. Preto? ( ) Sim ( ) Não 
29 
 
 
6. Pardo? ( ) Sim ( ) Não 
d) Você escolheria um outro termo, diferente desses, para a sua cor ou raça? 
( ) Sim Qual?___________________________________( ) Não 
c) Em relação a sua própria cor ou raça, você a definiria de acordo com: 
1. Cultura, tradição 
2. Traços físicos ( cabelo, boca, nariz, etc.) 
3. Origem familiar, antepassados 
4. Cor da pele 
5. Opção política ideológica 
6. Origem socioeconômica ou de classe social 
7. Outra _________________________________________ 
Ordene por grau de importância 
1ª _________ 2ª ___________ 3ª _________ 
 
2. Representações do aluno sobre os povos Afrodescentes e Indiodescendentes 
a) No contexto da sociedade brasileira, diante do que foi ensinado ao longo da 
sua formação escolar, do que você assistiu e assiste nas mídias e dentro da sua 
família na sua percepção, como descreveria: 
 Os povos afrodescendentes? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
_______________________________________________________________________ 
 Os povos Indígenas? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
30 
 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
b) Você acredita que exista alguma desvantagem do Negro e do Indígena no 
contexto da sociedade brasileira? Explique a sua resposta? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
c) Dê sua opinião sob as seguintes afirmações: 
“Eles não são mais índios: usam roupas, usam celulares, usam computadores” 
 
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
“índios é o que vive na mata, que anda pelado, que não tem veículo 
automotivo…” ___________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
 
d) Você já ouviu expressões do tipo: "Não faça trabalho de negro", "A 
coisa está preta", "Ele é um negro de alma branca". Dê a sua opinião 
sobre as seguintes afirmações: 
31 
 
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________ 
3. As representações sobre os povos afrodescendentes e indígenas no ambiente 
escolar: 
a) Em quais disciplinas e/ou livros didáticos você estudou conteúdos que 
trabalhem “a história e cultura afro-brasileiras e indígenas”? O que você 
aprendeu com os conteúdos trabalhados sobre a cultura Afro e Indígena? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
b) Você já participou de alguma discussão na sala de aula sobre de questões 
étnico-raciais que envolvam o Negro e o Indío? Em quais disciplinas? Como 
essas discussões aconteceram e qual o posicionamento dos alunos? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
c) Você já presenciou dentro ou nos arredores da escola algum tipo de 
preconceito contra alunos Negros ou Indígenas? Em caso afirmativo, conte a 
situação: 
32 
 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
d) E na sala de aula, você já presenciou algum fato representativo de 
discriminação contra alunos negros ou indígenas? 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
e) Qual a sua posição sobre o sistema de cotas para acesso a universidade para 
negros e indígenas? Justifique a sua resposta. 
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________33 
 
 
 
 
 
 
ANEXO E: QUESTIONÁRIO APLICADO AOS DOCENTES 
 
 
INSTITUTO FEDERAL 
MARANHÃO 
Campus Imperatriz 
 
PESQUISA: Diversidade, diferenças e escola: “As representações de alunos do 
IFMA/Campus Imperatriz sobre os povos Afrodescentes e Indígenas” 
Alunas pesquisadoras: Rosana Gomes de Sales e Janaína Santana Queiroz 
Orientadora: Maria José Ribeiro de Sá 
 
QUESTIONÁRIO 
 
 
Entrevista com professores - questões (entrevista para os professores de 
história, artes e literatura) 
 
Considerando que a Lei 11.645/2008 traz a obrigatoriedade da discussão da 
história e cultura afro-brasileira e indígena no currículo da escola, e que seja 
trabalhado em especial nas disciplinas de história brasileira, artes e 
literatura, responda: 
1. Como os negros e os índios são retratados pelo livro didático que é 
adotado para as suas aulas? 
2. Você concorda com a visão do (s) autor(es), se não, por quê não 
concorda? 
3. Você percebeu alguma mudança ou alteração de conteúdos nos livros 
após a vigência da Lei 11.645/2008? comente a sua resposta: 
4. A vigência da Lei trouxe contribuições para a discussão das relações 
étnicos-raciais na escola?

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