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Abordagem Classic Sistemica Estrategia

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ADMINISTRAÇÃO p/ TRE-PIAUÍ 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Wagner Rabello Jr. – Aula 00 
 
Prof. Wagner Rabello Jr. www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 37 
AULA 3 
ABORDAGENS CLÁSSICA, BUROCRÁTICA E SISTÊMICA DA 
ADMINISTRAÇÃO 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. INTRODUÇÃO 2 
2. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 5 
3. TEORIA DA BUROCRACIA 16 
4. ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO 24 
5. QUESTÕES COMENTADAS 27 
6. LISTA DAS QUESTÕES 34 
7. GABARITOS 37 
8. BIBLIOGRAFIA 37 
 
 Salve, salve, concurseiros, 
 Vamos dar início ao nosso terceiro encontro e hoje vamos estudar 
algumas teorias administrativas que se desenvolveram no século passado: 
Teoria Clássica, Teoria da Burocracia e Teoria Sistêmica. Basicamente, e 
vocês vão perceber isso, as questões de provas vão buscar de você o 
conceito, as características, e a diferença entre as teorias. Vamos lá!!! 
 
Quem avança confiante na direção de 
seus sonhos e se empenha em viver a 
vida que imaginou para si encontra um 
sucesso inesperado em seu dia-a-dia. 
(Henry Thoreau) 
 
 
Dúvidas: wagnerrabello@estrategiaconcursos.com.br 
 
ADMINISTRAÇÃO p/ TRE-PIAUÍ 
Teoria e exercícios comentados 
Prof Wagner Rabello Jr. – Aula 00 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
Os primórdios da administração 
 Poderíamos ir até 4.000 A.C. para visualizarmos as primeiras 
organizações com aspectos rudimentares e básicos do que entendemos 
por administrar. Um bom exemplo disso foi a construção das pirâmides do 
Egito. Bem, a história é interessante, mas é loooooonga... e é rara em 
provas de concursos. Basta saber que a administração existe faz alguns 
milênios. 
 Desse modo, vamos estabelecer como ponto de partida de estudo, 
não mais que isso, a revolução industrial. Segundo Idalberto Chiavenato 
(o CESPE gosta muito dele, hein!) as organizações, tal qual conhecemos 
hoje, originaram-se da revolução industrial, com o surgimento da máquina 
à vapor e das primeiras fábricas. 
 Em relação ao desenvolvimento da ciência da Administração a 
distância temporal é menor ainda, posto que somente a partir do século 
XX “a administração começou a receber atenção e estudos mais profundos 
de alguns pioneiros” (Chiavenato). Nessa esteira, vale dizer que, ainda 
que de modo não sistematizado, alguns percussores existiram antes do 
século XX, como Adam Smith e Charles Babbage. 
 
As origens da gerência 
 Surge com o capitalismo industrial, quando os produtores (artesão) 
 são reunidos nas fábricas, no bojo da revolução industrial 
 Gerência pressupõe ordenação/coordenação 
 Inicialmente o capitalista assumiu as funções de proprietário e 
 gerente 
 O surgimento do modo capitalista de gerência e de produção fez 
 surgir os primeiros contratos por empreitada 
 “Por volta de 1870, o empregador imediato de muitos trabalhadores 
não era o grande capitalista, mas o subcontratador intermediário, ao 
mesmo tempo empregado e empregador de trabalho. Alguns deles tinham 
até 150 homens sob suas ordens, o que exigia um supervisor chamado 
doggie (cachorrinho) para superintender o trabalho.” (Harry Braverman) 
 “O verbo to manage (administrar, gerenciar), vem de manus, do 
latim, que significa mão. Antigamente significava adestrar um cavalo nas 
suas anduras, para fazê-lo praticar o manége. Como uma cavaleiro que 
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Teoria e exercícios comentados 
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utiliza rédeas, chicote, espóras (...) e adestramento desde o nascimento 
para impor suas vontades ao animal, o capitalista empenha-se, através da 
gerência (management), em controlar. O controle é o conceito 
fundamental de todos os sistemas gerenciais”. (Harry Braverman) 
 
A questão do controle 
 “O controle sem centralização de emprego era quase impossível. Assim, 
ocorreu a necessidade gerencial de reunir trabalhadores num único teto. O 
1º efeito de tal mudança era impor aos trabalhadores horas regulares de 
trabalho, em contraste com o ritmo auto-imposto que incluía interrupções, 
meio expedientes, feriados e afins”. (Harry Braverman) 
 
A divisão do trabalho 
É o mais antigo princípio inovador do modo capitalista de produção. Tendo 
origem na produção manufatureira, de uma forma ou de outra, a divisão 
do trabalho permaneceu sendo o princípio fundamental da organização 
industrial. 
 
Divisão social (ou geral) do trabalho x divisão manufatureira 
 A divisão social (ou geral) do trabalho ocorre dentro dos ofícios e 
oficinas de artesãos e revela que, de um modo geral, não há divisão de 
tarefas dentro dos ofícios (com exceção da questão relativa aos sexos). 
 A divisão manufatureira é uma divisão pormenorizada, ou seja, é o 
parcelamento dos processos implicados na feitura do produto em 
numerosas operações executadas por diferentes trabalhadores 
 Para Braverman, “a divisão do trabalho na sociedade é característica 
de todas as sociedades conhecidas; a divisão do trabalho na indústria é 
produto peculiar da sociedade capitalista”. 
 
Conceitos de Administração 
 “Administração é o processo de tomar decisões sobre objetivo e 
utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos 
principais de decisões, também chamadas processos ou funções: 
planejamento, organização, liderança, execução e controle”. (Antônio 
Maximiano) 
 
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Organizações 
 “Uma organização é um sistema de recursos que procura realizar 
algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos)”. (Antônio Maximiano) 
 
 
 
 
 
 
 
Adaptado de Antônio Maximiano 
 
Formação do conhecimento administrativo 
 Métodos científicos (teorias) 
 Prática (empirismo ou experimentos) – 
 
Administração no tempo 
Revolução industrial (século XVIII) – substituição gradativa do trabalho 
humano pelo trabalho das máquinas. A revolução industrial teve sua fase 
embrionária durante o mercantilismo (surgimento da burguesia – 
comerciantes e banqueiros) e floresceu a partir de duas perspectivas: 
1. Surgimento das fábricas 
2. Invenção da máquina a vapor 
Revolução digital – substituição do homem pelo computador e 
potencialização do uso dos computadores 
 
 
 
 
 
 
 
- Pessoas 
- Informação 
- Conhecimento 
- Espaço 
- Tempo 
- Dinheiro 
- Instalações 
 
ORGANIZAÇÃO 
OBJETIVOS 
ADMINISTRAÇÃO p/ TRE-PIAUÍ 
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2. ABORDAGEM CLÁSSICA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 Para alguns autores a abordagem clássica da administração é 
idealizada por Fayol, enquanto outra corrente defende que tal abordagem 
engloba, também a administração científica de Taylor. Considerando que 
temos questões do CESPE que se referem à abordagem clássica tanto em 
relação ao fayolismo como ao taylorismo, vamos estudar as duas 
abordagens. 
A abordagem clássica da administração se divide em: 
 Administração Científica, de Frederick Winslow Taylor 
 Teoria Clássica, de Henry Fayol. 
 Os dois autores acima citados partiram de pontos distintos com a 
preocupação de aumentar a eficiência na empresa. 
Taylor se preocupava basicamente com a execução das tarefas (ênfase 
nas tarefas). 
Fayol se preocupava com a estrutura da organização (departamento, 
setores, etc.) 
 Os postuladosde Taylor e Fayol dominaram aproximadamente as 
quatro primeiras décadas do século XX, no panorama administrativo das 
organizações. 
 A origem da Abordagem Clássica da Administração está nas 
conseqüências geradas pela revolução industrial, basicamente no 
crescimento acelerado e desorganizado das empresas, exigindo uma 
substituição do empirismo e da improvisação pela necessidade de 
aumentar a eficiência e competência das organizações no sentido de obter 
melhor rendimento possível dos seus recursos e fazer face à concorrência 
e competição que se avolumavam entre as empresas. 
 
ABORDAGEM 
CLÁSSICA 
 
ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA DE 
TAYLOR 
TEORIA CLÁSSICA DE FAYOL 
ADMINISTRAÇÃO p/ TRE-PIAUÍ 
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 Fizemos uma breve análise do surgimento da administração e 
verificamos alguns conceitos básicos. A partir daqui vamos analisar a 
fundo o conteúdo da prova. 
 Embora ainda não tenhamos falado, também vamos estudar os 
princípios da produção em massa de Henri Ford, que é um desdobramento 
da ênfase nas tarefas. 
 
A Administração científica 
 O movimento da Administração Científica foi iniciado por Winslow 
Taylor nas últimas décadas do século XIX. A administração científica 
significa um empenho no sentido de aplicar os métodos da ciência aos 
problemas complexos e crescentes do controle do trabalho nas empresas 
capitalistas em rápida expansão. 
 “O Taylorismo pertence à cadeia de desenvolvimento dos métodos e 
organização do trabalho, e não ao desenvolvimento da tecnologia, no qual 
seu papel foi mínimo. O controle foi o aspecto essencial da gerência ao 
longo da historia, mas foi na teoria de Taylor que o controle adquiriu 
dimensões sem precedentes”. (Braverman) 
 O conceito de “gerência científica” (ou Administração Científica) é 
atribuído a F. W. Taylor. 
 David Harvey, explica que a obra “Os Princípios da Administração 
Científica”, de Taylor, é um influente tratado que descrevia como a 
produtividade do trabalho podia ser radicalmente aumentada através da 
decomposição de cada processo de trabalho em movimentos componentes 
e da organização de tarefas de trabalho fragmentadas segundo padrões 
rigorosos de tempo e estudo do movimento. Este ponto trata do famoso – 
muito comum em provas - estudo dos tempos e movimentos realizado 
por Taylor. Mais adiante veremos com detalhes este estudo. Por hora, 
vamos continuar estudando as bases da administração científica. 
 O propósito da administração científica é controlar o trabalhador 
para que ele produza uma quantidade ideal, que ofereça mais lucro 
ao empregador, trabalhando num ritmo máximo que seu corpo possa 
agüentar. Além disso, “todo possível trabalho cerebral deve ser banido da 
oficina e centrado no departamento de planejamento ou projeto [...]” 
(Taylor apud Braverman, 1987, p. 103), ficando o operário encarregado 
apenas de executar o serviço. 
 As formas de gerência existentes antes do taylorismo - que Taylor 
chamava de “gerência comum” - ele considerava totalmente inadequadas 
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para conseguir esses resultados, visto que Taylor não considerava os 
trabalhadores como pessoas aptas a exercerem a gerência, devendo, 
portanto, esse posto ser dado a um especialista. “O mérito desse relato é 
sua clareza em ilustrar o eixo sobre o qual gira toda a gerência moderna: 
o controle do trabalho através do controle das decisões que são tomadas 
no curso do trabalho” (Braverman) 
Para Taylor, os elementos da Gerência (Administração) Científica são: 
1. Estudo de tempo e padrões de produção; 
2. Supervisão funcional; 
3. Padronização de ferramentas e instrumentos; 
4. Planejamento das tarefas; 
5. O princípio da exceção; 
6. A utilização da régua de cálculo e instrumentos para economizar 
tempo; 
7. Fichas de instruções de serviço; 
8. A idéia de tarefa, associada a prêmios de produção pela sua execução 
eficiente; 
9. Sistemas para classificação dos produtos e do material utilizado na 
manufatura; 
10. Sistema de delineamento da rotina de trabalho. 
 
Princípios da Administração Científica de Taylor 
 Segundo Taylor, a gerência adquiriu novas atribuições e 
responsabilidades descritas pelos quatro princípios a seguir: 
1. Principio de Planejamento: substitui no trabalho o critério 
individual do operário, a improvisação e a atuação empírico-
prática, pelos métodos baseados em procedimentos científicos. 
Substituir a improvisação pela ciência, através do planejamento. 
2. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os 
trabalhadores de acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-
los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método 
planejado. Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as 
máquinas e equipamentos de produção, bem como o arranjo físico 
e a disposição racional das ferramentas e materiais. 
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3. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar 
de que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas 
estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve 
cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor 
possível. 
4. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições 
e as responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem 
mais disciplinada. 
 
Taylor e a ênfase nas tarefas 
 
 Chiavenato resume a ênfase nas tarefas como: 
 
 
 
 
 A ênfase nas tarefas é a abordagem da Escola de Administração 
Científica que teve origem no início do século passado e tem como 
fundador o engenheiro americano Frederick TAYLOR. Segundo 
Chiavenato: 
Sua preocupação original foi tentar eliminar o fantasma 
do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias 
americanas e elevar os níveis de produtividade por meio 
da aplicação de métodos e técnicas de engenharia industrial 
(...) e localizou-se inicialmente no nível do trabalho 
individual de cada operário, tomado isoladamente. (Grifei) 
 
 Nessa época não havia uma metodologia de trabalho estabelecida, 
muito por conta do fato de boa parte dos trabalhadores serem oriundos da 
classe artesã. Desse modo, cada operário estabelecia sua própria forma 
Uma abordagem microscópica utilizada no nível do 
operário e não no nível da empresa em sua totalidade. 
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de trabalhar e isso gerava grandes disparidades em relação à quantidade 
e qualidade das peças produzidas por cada trabalhar. Por conta disso, 
revela Chiavenato: 
 
 
 
 
 
 
 A administração das tarefas foi fruto de um estudo muito conhecido 
chamado estudos de tempos e movimentos (motion-time study) que 
levou ao chamado método racional (the best way) que tinha por 
objetivo a busca pela eficiência do operário, ou seja, a maximização na 
utilização dos recursos (notadamente o tempo e o material de trabalho). 
 O estudo dos tempos e movimentos (motion-time study), 
segundo Chiavenato, funcionava da seguinte forma: as atividades mais 
complexas eram subdivididas em atividades mais simples, as quais eram 
divididas em movimentos elementares para facilitar sua racionalização e 
sua padronização. Até os movimentos elementaresforam padronizados. 
Com isso, a simplificação e a padronização tornaram o trabalho mais 
eficiente. Ademais, a fragmentação permitiu o que hoje conhecemos como 
especialização do trabalhador. 
 Depois de descoberto o melhor modo de executar determinada 
tarefa, Taylor passou a se preocupar com a questão do tempo e do padrão 
de produção, e fez isso através da cronometragem, de modo que pudesse 
estabelecer um tempo-padrão para realização de determinada tarefa. 
Exemplo de tempo-padrão: 1 minuto é o tempo necessário, e máximo, 
para apertar 10 parafusos. 
 Era através do tempo padrão que Taylor controlava o desempenho 
dos empregados. Quem não conseguisse se enquadrar nesse quesito era 
demitido. Provavelmente você deve ter lembrado as famigeradas metas 
que fábricas, bancos e lojas estabelecem atualmente para seus 
funcionários. Caso você tenha pensado nisso, pensou bem, tem tudo a 
ver. Já naquela época foram estabelecidos programas de treinamento e 
recompensas salariais através das metas. Exemplo: seu tempo-padrão era 
produzir 1.000 (mil) peças por mês, cada peça produzida mensalmente, 
além das 1.000 (mil), gerava um bônus salarial para o empregado. 
Taylor procurou tirar do operário o seu jeito 
pessoal de executar a tarefa – no que foi bem-
sucedido – para impor-lhe um método planejado 
e estudado por um profissional especializado no 
planejamento das tarefas. (grifei) 
 
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O plano de Taylor (primeira fase) 
 Parte da doutrina sustenta que a principal razão para a invenção do 
estudo dos tempos foi a busca da precisão para definir o valor dos 
salários. Posteriormente, percebeu-se que o estudo de tempos (e, em 
seguida, tempos e movimentos) era um processo que tinha o valor 
intrínseco de permitir o aprimoramento do trabalho operacional, através 
da racionalização dos movimentos. Mais tarde, ao juntar-se às idéias de 
Gilbreth, o sistema de administração de tarefas de Taylor formou a base 
de estudo de tempos e movimentos. 
 
Segunda fase da administração científica 
 Na segunda fase do movimento da administração científica, a ênfase 
desloca-se, da produtividade do trabalhador, para o aprimoramento dos 
métodos de trabalho. Esta segunda fase corresponde ao estudo Shop 
management (Administração de operações fabris), de 1903, mas não é 
um único momento cronológico, uma vez que abrange eventos muito 
anteriores a esse ano, nos quais Taylor estivera envolvido desde que 
apresentara o trabalho anterior, A piece-rate system. A segunda fase é 
um desenvolvimento teórico, compreendendo o aumento do escopo da 
administração científica, que se torna um sistema mais abrangente de 
administração. 
 
Terceira fase da administração científica 
 Taylor acreditava no incentivo para o trabalhador individual, que 
atenderia ao desejo de ganho material e estimulam o crescimento 
pessoal. Nas palavras de Taylor: 
A prosperidade máxima de cada empregado significa não 
apenas salários mais altos mas também, e mais importante, 
significa o desenvolvimento de cada homem à sua condição 
de eficiência máxima. A maioria das pessoas acredita que os 
interesses fundamentais dos empregados e empregadores 
são antagônicos. A administração científica, no entanto, tem 
por princípio que os verdadeiros interesses dos dois são 
idênticos. 
 Essa terceira fase trata dos pressupostos do tempo-padrão e o de 
abonos salariais e têm como fundamento a concepção do chamado homo 
economicus. Essa concepção pressupõe que o homem tem como única e 
exclusiva motivação: o dinheiro. 
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 Os métodos racionais de Taylor – também baseado no controle das 
atividades do operário – deram à administração científica o papel de 
percussora da produção em massa. Esse tipo de produção possui alguns 
princípios que descreveremos abaixo: 
1. Padronização – no que diz respeito aos tipos de máquinas 
utilizadas, bem como seu arranjo físico dentro da empresa. 
2. Racionalização do trabalho – Esta ligada à metodologia 
de trabalho do operário. Quem já assistiu ao filme “Tempos 
Modernos” tem uma idéia do quão exacerbada era a questão da 
padronização e da racionalização do trabalho, tendo em vista que 
o protagonista (Charlie Chaplin) passava tantas horas realizando 
os mesmos movimentos na fábrica que, quando saia de lá, ainda 
continuava realizando, involuntariamente, os movimentos de 
trabalho. 
3. Ritmo – trata-se da sequência sincronizada dos produtos na 
linha de montagem 
 
 Com base no que verificamos até aqui, vamos finalizar este ponto 
estudando as características da administração científica e sua ênfase nas 
tarefas. Uma boa compreensão dessa parte certamente vai lhe garantir 
um precioso pontinho na prova. 
Características da ênfase nas tarefas 
Ênfase na parte prática do trabalho 
Racionalização dos tempos e movimentos 
Divisão do trabalho com a conseqüente especialização 
Desenho de cargos e tarefas 
Padronização 
Incentivos salariais (prêmios por produção) 
 
 Com isso, encerramos nosso estudo da primeira parte da 
Abordagem Clássica: Taylor e sua administração científica com ênfase nas 
tarefas. 
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 Agora vamos analisar as características da produção em massa em 
Henri Ford. 
 
Princípios de produção em massa segundo Henri Ford 
 
 Ford não inventou nenhuma teoria, ele apenas aproveitou as teorias 
e técnicas já existentes, oriundas da administração científica, e foi 
adaptando à sua fábrica de automóveis. Desse modo, o que se pede, em 
provas, sobre Henri Ford e a produção em massa é o que segue abaixo.
 
1- Peças e componentes padronizados e intercambiáveis 
 Na produção em massa, cada peça ou componente pode ser 
montado em qualquer sistema ou produto final. Para alcançar a 
padronização, Ford passou a utilizar o mesmo sistema de calibragem para 
todas as peças, em todo o processo de manufatura. Esse princípio deu 
origem ao controle de qualidade, cujo objetivo era assegurar a 
uniformidade das peças. Além de padronização, Ford procurou 
simplicidade, reduzindo o número de peças de seus produtos. Por 
exemplo, o bloco de seu motor de quatro cilindros era uma peça fundida, 
ao passo que seus concorrentes fundiam os quatro cilindros 
separadamente, para depois juntá-los. 
 
2- Especialização do trabalhador 
 Na produção em massa, o produto é dividido em partes e o processo 
de fabricá-lo é dividido em etapas. Cada etapa do processo produtivo 
corresponde à montagem de uma parte do produto. Cada pessoa e cada 
grupo de pessoas, num sistema de produção de massa, tem uma tarefa 
fixa dentro de uma etapa de um processo predefinido. 
 Na produção artesanal, o trabalhador faz um produto do começo ao 
fim - desde o projeto até o controle de qualidade final – ou uma parte 
significativa de um produto final. Já na produção em massa a divisão do 
trabalho implica a especialização do trabalhador em uma tarefa específica. 
 Na produção de massa, as qualificações do trabalhador resumem-se 
ao conhecimento necessário para a execução de uma tarefa. Exemplo: a 
clássica atividade de apertar parafusos, parodiada por Charlie Chaplin, no 
filme Tempos modernos. 
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 Essa mecanização da atividade humana, que produz a alienação do 
trabalhador, foi objeto das críticas mais contundentes que se fizeram à 
produção massificada. 
 Agora vamos estudar a segunda parte da Abordagem Clássica: Fayol 
e a ênfase na estrutura 
 
Fayol e a ênfase na estrutura organizacional 
 
 A partir desse momento ocorre uma ampliação da visão e 
consequentemente dos estudos na área de Teoria Geral da Administração 
(TGA). Fayol começa a se preocupar com o desenho da organização, e não 
só dos cargos e tarefas, ou seja, há uma preocupação com a estrutura 
organizacional e seu conseqüente desdobramento em gerências, 
diretorias, departamentos setores etc. 
 
 
 
 
 
 Dentro da ênfase na estrutura organizacional nós temos 3 (três) 
grandes teoria 
 Teoria Clássica de Fayol 
 Teoria da Burocracia de Max Weber 
 Teoria Estruturalista 
 Nosso edital pede apenas a teoria clássica e a teoria da burocracia, 
portanto, não vamos perder nosso precioso tempo estudando a teoria 
estruturalista, tendo em vista que a mesma não pode ser cobrada na 
prova. 
 
O foco deixa de ser os trabalhadores e passa a ser a 
estrutura da organização como um todo, incluindo 
seus cargos e setores (órgãos). 
 
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Teoria Clássica de Fayol 
 O responsável por essa linha de ação e estudo foi o engenheiro 
francês Henri Fayol, que sustentava a necessidade de uma análise 
integrada de toda organização. Segundo Idalberto Chiavenato: 
Fayol defendia a visão anatômica da empresa em termos de 
organização formal, isto é, a síntese dos diferentes órgãos 
que compõem a estrutura organizacional, suas relações e 
suas funções dentro do todo. (Grifei) 
 Fayol também defendia a visão do homo economicus e buscava a 
máxima eficiência da organização. Além disso, pregava o princípio da 
unidade de comando (cada subordinado deve receber ordens de apenas 
uma pessoa) e a responsabilidade. 
 O desenvolvimento da teoria de Fayol veio a reboque das seis 
funções básicas que, segundo ele, todas as organizações realizavam. 
FUNÇÕES BÁSICAS DA ADMINISTRAÇÃO – Henri Fayol 
1. Função técnica – relacionada com a produção de bens e/ou 
serviços. 
2. Função comercial – compra, venda e troca de mercadorias. 
3. Função financeira – gerenciamento de capital 
4. Função contábil – inventários, registros, balanços e demais 
instrumentos pertinentes ao ramo. 
5. Função de segurança – proteção de bens e pessoas 
6. Função administrativa – responsável pela coordenação das 
demais funções; 
 
 Dentre as funções acima reveladas, merece destaque a função 
administrativa que, segundo Fayol, possui como elementos: 
 Prever – visualizar o futuro e traçar programas de ação 
 Organizar – elaborar a estrutura da organização e o modo de ação. 
 Comandar – dirigir e orientar o pessoal 
 Coordenar – harmonizar os esforços individuais e coletivos 
 Controlar – garantir que tudo ocorra como planejado. 
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 Para Chiavenato, “os elementos da administração compõem 
processos administrativos. São localizáveis em qualquer trabalho do 
administrador, em qualquer nível hierárquico ou em qualquer área de 
atividade da empresa”. 
 Por fim, vamos revelar outra grande contribuição de Henri Fayol 
para a ciência da Administração que foi o estabelecimento de 14 (catorze) 
Princípios Gerais da Administração: 
14 (catorze) Princípios Gerais da Administração (FAYOL) 
Divisão do trabalho - com especialização das tarefas e trabalhadores 
para maior eficiência 
Autoridade e responsabilidade - direito de dar ordens e esperar 
obediência, com responsabilidade 
Disciplina - obediência a regras claras e justas, com punição às 
infrações 
Unidade de comando - cada empregado com apenas um chefe 
Unidade de direção - todas as unidades da organização buscando os 
mesmos objetivos gerais 
Subordinação do interesse individual ao geral - os interesses da 
organização tem precedência sobre os dos empregados 
Remuneração justa do pessoal - tanto para o empregado como para 
a organização 
Centralização - concentração da autoridade no topo da organização 
Cadeia de comando - uma linha de comando e comunicação, do alto 
até a base 
Ordem - pessoas e materiais nas posições onde são necessários e 
eficientes - "um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar" 
Eqüidade - tratamento justo a todo o pessoal 
Estabilidade do pessoal - a rotatividade é prejudicial à eficiência da 
organização 
Iniciativa - os funcionários devem ser incentivados a propor melhorias; 
Espírito de equipe - deve haver harmonia entre o pessoal para o 
trabalho em grupo. 
 
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 Pessoal, devo alertá-los de que, dentre todos os princípios, os que 
mais aparecem em provas são os princípios da unidade de comando e o 
princípio da unidade de direção, tendo em vista que, para os desavisados, 
podem parecer sinônimos, mas não são: 
Unidade de comando é o princípio que estabelece que um subordinado 
deve ter um - e somente um - chefe direto. 
Unidade de direção é bem diferente, pois diz respeito à direção que os 
funcionários e setores da organização devem seguir, ou seja, a conjunção 
de esforços em um mesmo sentido (sinergia). 
 
Características da ênfase Teoria Clássica da Administração 
Adota os princípios gerais da administração 
Ênfase na organização formal (estruturas) 
Define as funções básicas das organizações 
Adota os princípios: planejar, organizar, comandar, coordenar e 
controlar. 
 
 Agora vamos estudar a Teoria da Burocracia. 
 
 
3. TEORIA DA BUROCRACIA 
 
 Trata-se de uma teoria que também tem por escopo a estrutura 
organizacional. O sociólogo e economista alemão Max Weber (figura 
comum em provas) é considerado o “pai da burocracia”. Não porque tenha 
inventado essa concepção administrativa, posto que a mesma já existisse 
desde antes de seu nascimento, e sim porque foi Max Weber quem 
primeiro sistematizou a referida teoria, em sua obra: Sociologia da 
Burocracia. 
 É bom ressaltar que a expressão burocracia, que vamos estudar 
agora, não deve ser vista somente como aquela figura lenta e ineficiente, 
tão comum no jargão popular. Existem as características da burocracia, 
que revelam uma organização do tipo ideal e existem as disfunções. 
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As 7 (sete) dimensões da burocracia 
 Max Weber sustentava que a burocracia era o tipo ideal de 
administração, sendo certo que poderia ser aplicada a qualquer tipo de 
organização: pública, privada, igrejas etc. Para o autor, esse tipo ideal era 
decorrente das chamadas 7 (sete) dimensões da burocracia. 
 Gente, das 3 (três) teorias que estamos estudando hoje a 
burocracia é a que mais aparece em provas de concursos. Você precisa 
guardar 3 (três) pontos fundamentais da burocracia. 
1. Que é um tipo ideal de administrar (segundo Max Weber) 
2. As dimensões (características) da burocracia 
3. As disfunções (problemas gerados) da burocracia. 
 Pois bem, já disse acima que, paraWeber, a burocracia é um tipo 
ideal de administrar. Agora, vejamos suas características e, após, suas 
disfunções. 
 
 
As 7 (sete) dimensões da burocracia. 
 
 
FORMALIDADE 
 
PROFISSIONALIZ
AÇÃO 
SEPARAÇÃO: 
PROPRIEDADE 
DA 
ADMINISRAÇÃO 
 
MERITOCRACIA 
 
IMPESSOALIDA
DE 
 
HIERARQUIA 
 
DIVISÃO DO 
TRABALHO 
 
BUROCRACIA 
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 O diagrama nos mostra as 7 (sete) dimensões (características) da 
burocracia de Max Weber: Divisão do trabalho, hierarquia, 
impessoalidade, meritocracia, separação entre propriedade e 
administração, profissionalização e formalidade. Vamos compreender cada 
uma dessas características. 
Divisão do trabalho – essa característica diz respeito ao fato de que 
cada pessoa dentro da organização deve ter um papel (função) 
claramente definido, ou seja, deve existir uma norma (na burocracia 
tudo deve ser documentado) explicitando as competências, deveres, 
atribuições etc. de cada pessoa e setor da organização. 
Hierarquia – a burocracia é uma forma de administrar sustentada 
fortemente na hierarquia (os exércitos são organizações tipicamente 
burocráticas). Quem decide é sempre a pessoa de mais alto nível 
hierárquico. Cada cargo, função e setor tem um superior hierárquico. 
Impessoalidade – uma das características da burocracia mais 
presentes, ainda hoje,na Administração Pública, constando, inclusive, 
como um dos princípios da administração pública insculpidos na 
Constituição da República Federativa do Brasil. Segundo o princípio da 
impessoalidade, a burocracia não tem espaço para sentimentos: ela 
deve ser racional e impessoal. A burocracia enfatiza os cargos e não as 
pessoas. 
Meritocracia – significa que as pessoas devem ser escolhidas em 
função das suas competências e capacidades, e não por conta de favores 
ou clientelismos. O concurso público é um exemplo clássico de 
recrutamento com base no mérito. 
Separação entre propriedade e administração – inicialmente, as 
primeiras indústrias, eram organizações familiares e seus patrimônios 
não eram bem delimitados. Havia uma mistura entre o patrimônio 
particular de uma empresa e o patrimônio da empresa em si. O princípio 
da separação sustenta que deve existir uma clara distinção entre o 
patrimônio da empresa e o patrimônio pessoal do dono da empresa. Na 
aula 5 falaremos desse ponto em relação à Administração Pública. 
Profissionalização – os funcionários de uma empresa burocrática 
devem ser profissionais e especialistas. Segundo Chiavenato “são 
especialistas em face da divisão do trabalho; são assalariados de acordo 
com suas funções ou posição hierárquica; seus cargos constituem sua 
principal atividade dentro da organização; são nomeados pelo superior 
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imediato; seguem uma carreira dentro da organização e não são donos 
dos meios de produção. 
Formalidade – todas as atividades, rotinas e procedimentos devem ser 
devidamente documentados. Também deve existir um conjunto de 
normas e regulamentos a serem fielmente seguidos, sem margens para 
improvisações, ou seja, só pode ser feito aquilo que está devidamente 
regulamentado em normas, estatutos, regimentos internos ou qualquer 
outro documento do tipo. 
 As dimensões acima são consideradas dimensões básicas. 
Eventualmente, dependendo da organização, alguma outra dimensão pode 
ser adicionada, como veremos na tabela ao final. 
 Quando o modelo burocrático começou a ganhar força ao redor do 
mundo, lá pelo início do século passado, os seus benefícios saltavam aos 
olhos, posto que existissem poucas doutrinas que fizessem com que uma 
organização funcionasse de forma ideal. No entanto, ocorreu que as 
características da burocracia foram tão internalizadas pelas pessoas que 
geraram as chamadas disfunções da burocracia. 
 
Disfunções da burocracia 
 Um sociólogo chamado Robert K. Merton, ao estudar as 
conseqüências previstas (ou desejadas) da burocracia que a conduzem à 
máxima eficiência, notou também as conseqüências imprevistas (ou 
indesejadas) e que a levam à ineficiência e às imperfeições. A estas 
conseqüências imprevistas, deu-se o nome de disfunções da burocracia, 
para designar as anomalias de funcionamento responsáveis pelo sentido 
pejorativo que o termo burocracia adquiriu atualmente. 
 
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 As disfunções ocorreram porque o tipo ideal de burocracia sofre 
transformações, tendo em vista que é realizado por homens. 
 Segundo Merton, o homem (excluído dos estudos de Max Weber, 
que descreveu um sistema social desumano e mecanicista), quando 
participa da burocracia, faz com que toda a previsibilidade do 
comportamento, que deveria ser a maior conseqüência da organização, 
desvirtue do modelo preestabelecido. 
 É importante percebermos que cada disfunção é o resultado de 
algum desvio ou exagero em cada uma das características do modelo 
burocrático explicado por Weber. Cada disfunção é uma conseqüência 
não-prevista pelo modelo weberiano. 
 
As disfunções da burocracia são basicamente as seguintes 
1. INTERNACIONALIZAÇÃO DAS REGRAS E EXAGERADO APEGO AOS 
REGULAMENTOS 
 As diretrizes da burocracia, emanadas através das normas e 
regulamentos, para atingir os objetivos da organização, tendem a adquirir 
um valor positivo, próprio e importante, independentemente daqueles 
objetivos, passando a substituí-los gradativamente. As normas e 
regulamentos passam a se transformar de meios em objetivos. Passam a 
ser absolutos e prioritários: o funcionário adquire “viseiras” e esquece que 
a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade 
racional. Com isto, o funcionário burocrata torna-se um especialista, não 
por possuir conhecimento de suas tarefas, mas por conhecer 
perfeitamente as normas e os regulamentos que dizem respeito ao seu 
cargo ou função. Os regulamentos, de meios, passam a ser os principais 
objetivos do burocrata. 
 
2. EXCESSO DE FORMALISMO E DE PAPELÓRIO 
 A necessidade de documentar e de formalizar todas as 
comunicações dentro da burocracia a fim de que tudo possa ser 
devidamente testemunhado por escrito pode conduzir à tendência ao 
excesso de formalismo, de documentação e, consequentemente, de 
papelório. Aliás, o papelório constitui uma das mais gritantes disfunções 
da burocracia, o que leva o leigo, muitas vezes, a imaginar que toda 
burocracia tem necessariamente um volume inusitado de papelório, de 
vias adicionais de formulários e de comunicações. 
 
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3. RESISTÊNCIA A MUDANÇAS 
 Como tudo dentro da burocracia é rotinizado, padronizado, previsto 
com antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa 
estabilidade e repetição daquilo que faz, o que passa a lhe proporcionar 
uma completa segurança a respeito de seu futuro na burocracia. 
Atendendo às normas e regulamentos impostos pela burocracia, o 
funcionário torna-se simplesmente um executor das rotinas e 
procedimentos, os quais passa a dominar com plena segurança e 
tranqüilidade com o passar do tempo. Quando surge alguma possibilidade 
de mudança dentro da organização, essamudança tende a ser 
interpretada pelo funcionário como algo que ele desconhece, e, portanto, 
algo que pode trazer perigo à sua segurança e tranqüilidade. Com isto, a 
mudança passa a ser indesejável para o funcionário. E, na medida do 
possível, ele passa a resistir a qualquer tipo de mudança que se queira 
implantar na burocracia. Essa resistência à mudança pode ser passiva e 
quieta, como pode ser ativa e agressiva através de comportamentos de 
reclamação, tumultos e greves. 
 
4. DESPERSONALIZAÇÃO DO RELACIONAMENTO 
 A burocracia tem com uma de suas características a impessoalidade 
no relacionamento entre os funcionários. Daí o seu caráter impessoal, pois 
ela enfatiza os cargos e não as pessoas que os ocupam. Isto leva a uma 
diminuição das relações personalizadas entre os membros da organização: 
diante dos demais funcionários, o burocrata não os toma mais como 
pessoas mais ou menos individualizadas, mas como ocupantes de cargos, 
com direitos e deveres previamente especificados. Daí a 
despersonalização gradativa do relacionamento entre os funcionários da 
burocracia. Os funcionários passam a conhecer os colegas não pelos seus 
nomes pessoais, mas pelos títulos dos cargos que ocupam. Algumas 
vezes, o conhecimento é feito pelo número do registro do colega ou por 
qualquer outra forma de identificação das pessoas imposta pela 
organização. 
 
5. CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO DECISORIAL 
 A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da 
autoridade. Portanto, quem toma decisões em qualquer situação será 
aquele que possui a mais elevada categoria hierárquica, 
independentemente do seu conhecimento sobre o assunto. Quem decide é 
sempre aquele que ocupa o posto hierárquico mais alto, mesmo que nada 
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saiba a respeito do problema a ser resolvido. Por outro lado, categorizar 
significa uma maneira de classificar as coisas, estereotipadamente, a fim 
de lidar com elas com mais facilidade. Quanto mais se lançar mão da 
categorização no processo decisorial, menor será a procura de alternativas 
diferentes de solução. 
 
6. SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E PROCEDIMENTOS 
 A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, como meio de 
garantir que as pessoas façam exatamente aquilo que delas se espera. 
Como uma burocracia eficaz exige devoção estritas às normas e 
regulamentos, essa devoção às regras e regulamentos conduz à sua 
transformação em coisas absolutas: as regras e rotinas não mais são 
consideradas como relativas a um conjunto de objetivos, mas passam a 
ser absolutas. Com o tempo, as regras e as rotinas tornam-se sagradas 
para o funcionário. O impacto dessas exigências burocráticas sobre a 
pessoa provoca profunda [imitação em sua liberdade e espontaneidade 
pessoal, além da crescente incapacidade de compreender o significado de 
suas próprias tarefas e atividades dentro da organização como um todo. 
Estudando o efeito da estrutura burocrática sobre a personalidade dos 
indivíduos, alguns autores chegaram a algumas conclusões, como a 
“incapacidade treinada” (no conceito de Veblen38, ou a “deformação 
profissional” ou, ainda, a “psicose ocupacional”, para mostrar que o 
funcionário burocrata trabalha em função dos regulamentos e das rotinas, 
e não em função dos objetivos organizacionais que foram realmente 
estabelecidos. Essa superconformidade às regras, aos regulamentos, às 
rotinas e procedimentos conduz a uma rigidez no comportamento do 
burocrata: o funcionário passa a fazer o estritamente contido nas normas, 
nas regras, nos regulamentos, nas rotinas e procedimentos impostos pela 
organização. Esta perde toda a sua flexibilidade, pois o funcionário 
restringe-se ao desempenho mínimo. Perde sua iniciativa, criatividade e 
inovação. 
 
7. EXIBIÇÃO DE SINAIS DE AUTORIDADE 
 Como a burocracia enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-se 
necessário um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que 
detêm o poder. Daí surge a tendência à utilização intensiva de símbolos 
ou de sinais de status para demonstrar a posição hierárquica dos 
funcionários, como o uniforme, a localização da sala, do banheiro, do 
estacionamento, do refeitório, o tipo de mesa etc., como meios de 
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identificar quais são os principais chefes da organização. Em algumas 
organizações – como o exército, a Igreja etc. – o uniforme constitui um 
dos principais sinais de autoridade. 
 
8. DIFICULDADE NO ATENDIMENTO A CLIENTES E CONFLITOS COM O 
PÚBLICO 
 O funcionário está completamente voltado para dentro da 
organização, para suas normas e regulamentos internos, para suas rotinas 
e procedimentos, para seu superior hierárquico que avalia o seu 
desempenho. Essa sua atuação interiorizada para a organização 
geralmente o leva a criar conflitos com os clientes da organização. Todos 
os clientes são atendidos de forma padronizada, de acordo com os 
regulamentos e rotinas internos, fazendo com que o público se irrite com 
a pouca atenção e descaso para com os seus problemas particulares e 
pessoais. Com as pressões do público, que pretende soluções 
personalizadas que a burocracia padroniza, o funcionário passa a perceber 
essas pressões como ameaças à sua própria segurança. Daí a tendência à 
defesa contra pressões externas à burocracia. 
 Essas disfunções fizeram com que a burocracia se transformasse no 
que temos hoje: uma organização voltada para si mesma, preocupada 
mais com os processos internos do que com sua finalidade precípua que é 
o cliente externo. 
 
 
 
 
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Características da Burocracia Disfunções da Burocracia 
1. Caráter legal das normas 
2. Caráter formal das 
comunicações 
3. Divisão do trabalho 
4. Impessoalidade no 
relacionamento 
5. Hierarquização da autoridade 
6. Rotinas e procedimentos 
7. Competência técnica e mérito 
8. Especialização da 
administração 
9. Profissionalização 
1. Internalização das normas 
2. Excesso de formalismo e 
papelório 
3. Resistência a mudanças 
4. Despersonalização do 
relacionamento 
5. Categorização o 
relacionamento 
6. Superconformidade 
7. Exibição de sinais de 
autoridade 
8. Dificuldades com clientes 
Previsibilidade do funcionamento Imprevisibilidade do 
funcionamento 
Fonte: Idalberto Chiavenato 
 
 
 
 
4. ABORDAGEM SISTÊMICA DA ADMINISTRAÇÃO 
 
 As organizações estão imersas em um mundo extremamente 
turbulento e ao mesmo tempo interligado. Esse cenário começou a se 
desenhar a partir da segunda metade do século passado, notadamente 
com a aceleração dos processos de globalização e tecnologia. Para Michael 
A. Hitt et al. 
A natureza fundamental da competição em várias 
indústrias no mundo está mudando. O ritmo dessa 
mudança implacável e está aumentando. Até mesmo 
definir os limites de uma indústria se tornou um 
desafio”. 
A percepção desse ambiente turbulento e interligado fez surgir a chamada 
teoria sistêmica, ou abordagem sistêmica, das organizações. 
 
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Conceito de sistema 
 As organizações, como dito antes, estão totalmente interconectadas, 
direta ou indiretamente,ao ambiente interno e externo do qual elas fazem 
parte. Essa pequena afirmação já nos revela a idéia fundamental de um 
sistema, que é a sua correlação com as partes que o circundam. 
 Uma organização não é um fim em si mesma. Tampouco, é auto-
suficiente, tendo em vista que o ambiente depende de sua atuação, ao 
mesmo tempo em que ela é dependente do sistema. 
A figura abaixo nos mostra interconectividade em um ambiente complexo 
e dinâmico. 
 
 Podemos definir sistema como sendo um conjunto de estruturas e 
pessoas que estão inter-relacionadas para atingirem seus objetivos. Ex: 
eu sou parte do sistema do curso, o curso é parte do sistema de ensino, 
vocês são parte do curso e do sistema de ensino, e por aí vai. 
 Percebam que o grande lance é você guardar que o sistema trata da 
interligação entre pessoas e organizações, tanto no ambiente interno 
quanto no ambiente externo. 
 
Pressupostos de um sistema 
 De acordo com Chiavenato, para que um sistema possa funcionar 
devem existir os seguintes parâmetros: 
 Entradas ou insumos (inputs) - todo sistema recebe ou importa do 
ambiente externo os insumos de que necessita para funcionar. Ex: 
uma empresa precisa de matéria prima para produzir, você precisa 
de cursos para estudar. 
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 Operação ou processamento – todos os insumos são processados. 
Neste momento você está processando essas informações. 
 Saídas ou resultados (outputs) – o insumo que chegou e foi 
processado se transforma em produto que será posto no ambiente. 
Ex: a empresa transformou a matéria prima em um carro. Você 
transformou esse estudo em conhecimento e vai utilizar na prova. 
 Retroação ou realimentação (feedback) – é a reentrada, ou retorno, 
ao sistema de parte de suas saídas ou resultados, que passam a 
influenciar o seu equilíbrio entre entradas e saídas. Ex: você vai 
receber o resultado da prova (retroação), a partir daí você pára de 
estudar (eehh, você passou) ou você vai estudar mais ainda para 
passar no próximo (mas vai passar!!!). 
 
Chiavenato ainda divide a retroação em positiva ou negativa. 
 Retroação positiva – atua no sentido de estimular a entrada de 
insumos no sistema para agilizar ou incrementar as suas operações 
e, consequentemente, produzir mais saídas ou resultados. 
 Retroação negativa – a ação do sistema foi exagerada ou mais do 
que suficiente. Nessa caso, a retroação negativa tem por função 
restringir a entrada de insumos para reduzir as operações e 
consequentemente a saída de insumos para o ambiente. 
 As retroações têm a função de gerar um equilíbrio entre entrada e 
saída. Esse equilíbrio se chama homeostasia. Alerta! Homeostasia 
aparece muito em provas. 
 A homeostasia é uma palavra oriunda da biologia que diz respeito à 
regulação. Ex: Exemplos: Os músculos esqueléticos tremem para produzir 
calor quando a temperatura corporal é muito baixa. Quando a 
temperatura é muito alta o suor arrefece o corpo por evaporação. 
 Alguns conceitos de homeostasia. 
De acordo com o dicionário Michaelis 
Homeostase [De homeo- + -stase.] S. f. 
1. Fisiol. Med. Tendência à estabilidade do meio interno do organismo. 
2. Cibern. Propriedade auto-reguladora de um sistema ou organismo que 
permite manter o estado de equilíbrio de suas variáveis essenciais ou de 
seu meio ambiente. [ V. retroalimentação. ] 
 
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Homeostasia [ De homeo+stase+ia] S.f. 
1. Biol. Lei dos equilíbrios internos que rege a composição e as reações 
físico-químicas que se passam no organismo e que, graças a mecanismos 
reguladores, são mais ou menos constantes. É o que acontece com o teor, 
no sangue, de água, sais, oxigênio, açúcar, proteínas e graxos, o mesmo 
se verificando com a reserva alcalina do sangue e temperatura interna. 
 Assim, do mesmo modo que o corpo humano, as organizações estão 
sempre em busca de um equilíbrio entre entradas e saídas. Isto é 
homeostasia. 
 
Agora é hora de exercitar!!! 
 
5. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
A história da administração teve seu início entre o final do século 
XIX e início do século XX, mas grandes realizações das civilizações 
da Antiguidade demonstram a existência de conhecimentos de 
administração. 
Comentário: 
 Poderíamos ir até 4.000 A.C. para visualizarmos as primeiras 
organizações com aspectos rudimentares e básicos do que entendemos 
por administrar. Um bom exemplo disso foi a construção das pirâmides do 
Egito. 
GABARITO: Certa 
 
2. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
Os estudos de tempos e movimento tiveram início com a teoria da 
burocracia de Max Weber. 
Comentário: 
 Quem realizou o estudo dos tempos e movimentos foi Taylor. Max 
Weber é o ícone da Teoria da Burocracia. 
GABARITO: Errada 
 
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3. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
A busca da eficiência das organizações por meio da racionalização 
do trabalho do operário e da estruturação e funcionamento das 
organizações estava presente nos princípios da chamada 
abordagem clássica da administração. 
Comentário: 
1. Quando a questão fala em: “eficiência das organizações por meio da 
racionalização do trabalho do operário” está tratando da ênfase nas 
tarefas. 
2. Quando a questão fala em: “estruturação e funcionamento das 
organizações” está tratando da ênfase na estrutura. 
GABARITO: Certa 
 
4. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
Formalidade das comunicações, ênfase nas normas, 
impessoalidade das relações e hierarquia da autoridade são 
princípios da teoria da burocracia. 
Comentário: 
 Também chamadas de: dimensões ou características da burocracia. 
GABARITO: Certa 
 
5. (CESPE/FUB/Secretário Executivo/2011) 
De acordo com Taylor, o nível de eficiência do trabalhador é 
estabelecido com base na capacidade social que esse trabalhador 
apresenta, e não em sua capacidade de executar o trabalho 
corretamente no prazo estabelecido. 
Comentário: 
 Taylor não levava em conta a capacidade social do trabalhador. O 
estudo dos tempos e movimentos e o tempo padrão, por exemplo, 
buscaram a racionalização e a máxima eficiência do trabalhador durante a 
execução das tarefas. Também podemos refutar a questão através do 
conceito de homo economicus, segundo o qual o homem tem como único 
interesse os valores materiais. 
GABARITO: Errada 
 
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6. (CESPE/MTE/Administrador/2008) 
O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de 
esforço desenvolvido pelos demais colaboradores, procurando 
racionalizar as tarefas e eliminar os movimentos inúteis, adota 
pressupostos coerentes com a abordagem clássica da 
administração. 
Comentário: 
 David Harvey, explica que a obra “Os Princípios da Administração 
Científica” é um influente tratado que descrevia como a 
produtividade do trabalho podia ser radicalmente aumentada através da 
decomposição de cada processo de trabalho em movimentos componentes 
e da organização de tarefas de trabalho fragmentadas segundo padrões 
rigorosos de tempo e estudo do movimento. Este ponto trata do famoso– 
muito comum em provas - estudo dos tempos e movimentos realizado 
por Taylor. 
GABARITO: Certa 
 
7. (CESPE/MTE/Administrador/2008) 
Segundo a teoria de sistemas, as funções de um sistema 
independem de sua estrutura. 
Comentário: 
 A teoria dos sistemas sustenta que as organizações são totalmente 
dependentes da sua estrutura interna e do ambiente externo. É a idéia de 
interconectividade total. 
GABARITO: Errada 
 
8. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
Os múltiplos elos entre as organizações e o ambiente tornam 
intangível a clara definição das fronteiras que marcam os limites 
organizacionais. 
Comentário: 
 A questão aborda a questão sistêmica. Em linhas gerais, a questão 
está nos dizendo que, dados os inúmeros relacionamentos que uma 
organização possui, fica difícil limitar onde a mesma começa e onde 
termina. 
GABARITO: Certa 
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9. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
As organizações podem ser consideradas sistemas abertos, já que 
estão em constante interação com o ambiente por meio da 
transformação de insumos em produtos e serviços. 
Comentário: 
 Mais uma questão sobre abordagem sistêmica. 
GABARITO: Certa 
 
10. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
A visão sistêmica das organizações considera que há um ciclo de 
vida organizacional definido para que não haja desvios nas normas 
sociais de sua estrutura. 
Comentário: 
 Não tem absolutamente nada a ver com visão sistêmica. Totalmente 
absurda. 
GABARITO: Errada 
 
11. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
Em uma organização, a homeostase ocorre quando há relação de 
equilíbrio entre a eficiência e a eficácia organizacional. 
Comentário: 
 Pegadinha na área. A homeostase é a busca do equilíbrio entre as 
entradas e as saídas de uma organização e não entre a eficiência e a 
eficácia. 
GABARITO: Errada 
 
12. (CESPE/ME/Administrador/2009) 
Ao valorizar a meritocracia como forma de promoção, o 
administrador estará se pautando na teoria da burocracia. 
Comentário: 
 A meritocracia é uma das características (dimensões) da burocracia. 
GABARITO: Certa 
 
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13. (CESPE/EMBASA/Administrador/2010) 
Fila constante, em frente aos postos de atendimento das 
organizações, inclui-se entre as características da teoria da 
burocracia weberiana. 
Comentário: 
 Pegadinha na área!!! Muita gente errou, muita mesmo. Os 
problemas causados não são características, como diz a questão, são as 
DISFUNÇÕES DA BUROCRACIA. 
GABARITO: Errada 
 
14. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Em virtude de buscar resultados por intermédio das pessoas, 
Taylor é considerado representante da escola das relações 
humanas. 
Comentário: 
 Pelo contrário, Taylor era, inclusive, criticado por conta das suas 
metodologias de trabalho. O filme tempos modernos é uma dura crítica a 
essa forma de trabalho. 
GABARITO: Errada 
 
15. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Taylor defendia a manutenção e a divulgação dos métodos de 
trabalho existentes, visando evitar, assim, que o trabalho fosse 
feito de forma heterogênea pelos operários. 
Comentário: 
 O único erro da questão está em dizer que Taylor defendia a 
divulgação dos métodos de trabalho. Na verdade, Taylor partia do 
pressuposto que somente os gerentes tinham habilidades especiais e que 
os operários deveriam ser treinados, exclusivamente, para executar uma 
determinada atividade. 
GABARITO: Errada 
 
16. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Para Taylor, a responsabilidade pela elaboração do processo ideal 
de trabalho é dos empregados. 
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Comentário: 
 Como falado na questão anterior, essa é uma responsabilidade dos 
gerentes. Aos empregados cabe a mera execução. 
GABARITO: Errada 
 
17. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Taylor defendia a especialização da tarefa, que deve ser encarada 
como o foco essencial do trabalho. 
Comentário: 
 Especialização das tarefas através de movimentos repetitivos. 
GABARITO: Certa 
 
18. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Segundo Taylor, a administração deveria se pautar no 
pragmatismo, considerando a experiência pessoal do trabalhador 
o mais importante, afastando, desse modo, a ciência do trabalho. 
Comentário: 
 Pelo contrário. A administração, para Taylor, deveria se pautar nas 
tarefas desenvolvidas pela gerência e padronizadas para toda 
organização. O empregado sequer tinha o direito de tentar fazer algo 
diferente. 
GABARITO: Errada 
 
19. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Fayol defende que os chefes devem se ater aos detalhes das 
tarefas desenvolvidas por seus empregados. 
Comentário: 
 A preocupação maior de Fayol era com as estruturas organizacionais 
(ênfase na estrutura) e não com os detalhes das tarefas. 
GABARITO: Errada 
 
 
 
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20. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
A teoria proposta por Fayol defende que cada setor da organização 
deve propor seus próprios objetivos, atuando, desse modo, como 
unidades estratégicas de negócio, com atuação independente da 
organização, devendo satisfação apenas quanto ao resultados 
financeiros obtidos. 
Comentário: 
 Essa é uma concepção totalmente atual. 
 Fayol defendia princípios como o da unidade de comando e o da 
unidade de direção, portanto, não há que se falar em cada setor da 
organização propor seus próprios objetivos. 
GABARITO: Errada 
 
21. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Weber propõe que uma das principais vantagens da burocracia 
consiste em conferir rapidez à tomada de decisões. 
Comentário: 
 Para Max Weber a burocracia é o tipo ideal. Tudo o que vier dele em 
relação à burocracia vai ser falando bem do modelo. 
GABARITO: Certa 
 
22. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
A teoria de sistemas adota uma visão reducionista e analítica da 
administração. 
Comentário: 
 Adota uma visão ampla da organização. 
Gabarito: Errada 
 
 
 
 
 
 
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6. LISTA DAS QUESTÕES 
 
1. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
A história da administração teve seu início entre o final do século XIX e 
início do século XX, mas grandes realizações das civilizações da 
Antiguidade demonstram a existência de conhecimentos de administração. 
 
2. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
Os estudos de tempos e movimento tiveram início com a teoria da 
burocracia de Max Weber. 
 
3. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
A busca da eficiência das organizações por meio da racionalização do 
trabalho do operário e da estruturação e funcionamento das organizações 
estava presente nos princípios da chamada abordagem clássica da 
administração. 
 
4. (CESPE/TJ-RR/Administrador/2006) 
Formalidade das comunicações, ênfase nas normas, impessoalidade das 
relações e hierarquia da autoridade são princípios da teoria da burocracia.5. (CESPE/FUB/Secretário Executivo/2011) 
De acordo com Taylor, o nível de eficiência do trabalhador é estabelecido 
com base na capacidade social que esse trabalhador apresenta, e não em 
sua capacidade de executar o trabalho corretamente no prazo 
estabelecido. 
 
6. (CESPE/MTE/Administrador/2008) 
O gestor público que se preocupa em eliminar o desperdício de esforço 
desenvolvido pelos demais colaboradores, procurando racionalizar as 
tarefas e eliminar os movimentos inúteis, adota pressupostos coerentes 
com a abordagem clássica da administração. 
 
 
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7. (CESPE/MTE/Administrador/2008) 
Segundo a teoria de sistemas, as funções de um sistema independem de 
sua estrutura. 
 
8. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
Os múltiplos elos entre as organizações e o ambiente tornam intangível a 
clara definição das fronteiras que marcam os limites organizacionais. 
 
9. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
As organizações podem ser consideradas sistemas abertos, já que estão 
em constante interação com o ambiente por meio da transformação de 
insumos em produtos e serviços. 
10. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
A visão sistêmica das organizações considera que há um ciclo de vida 
organizacional definido para que não haja desvios nas normas sociais de 
sua estrutura. 
 
11. (CESPE/CORREIOS/Administrador/2011) 
Em uma organização, a homeostase ocorre quando há relação de 
equilíbrio entre a eficiência e a eficácia organizacional. 
 
12. (CESPE/ME/Administrador/2009) 
Ao valorizar a meritocracia como forma de promoção, o administrador 
estará se pautando na teoria da burocracia. 
 
13. (CESPE/EMBASA/Administrador/2010) 
Fila constante, em frente aos postos de atendimento das organizações, 
inclui-se entre as características da teoria da burocracia weberiana. 
 
14. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Em virtude de buscar resultados por intermédio das pessoas, Taylor é 
considerado representante da escola das relações humanas. 
 
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15. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Taylor defendia a manutenção e a divulgação dos métodos de trabalho 
existentes, visando evitar, assim, que o trabalho fosse feito de forma 
heterogênea pelos operários. 
 
16. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Para Taylor, a responsabilidade pela elaboração do processo ideal de 
trabalho é dos empregados. 
 
17. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Taylor defendia a especialização da tarefa, que deve ser encarada como o 
foco essencial do trabalho. 
18. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Segundo Taylor, a administração deveria se pautar no pragmatismo, 
considerando a experiência pessoal do trabalhador o mais importante, 
afastando, desse modo, a ciência do trabalho. 
 
19. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Fayol defende que os chefes devem se ater aos detalhes das tarefas 
desenvolvidas por seus empregados. 
 
20. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
A teoria proposta por Fayol defende que cada setor da organização deve 
propor seus próprios objetivos, atuando, desse modo, como unidades 
estratégicas de negócio, com atuação independente da organização, 
devendo satisfação apenas quanto ao resultados financeiros obtidos. 
 
21. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
Weber propõe que uma das principais vantagens da burocracia consiste 
em conferir rapidez à tomada de decisões. 
 
22. (CESPE/FINEP/Administrador/2009) 
A teoria de sistemas adota uma visão reducionista e analítica da 
administração. 
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7. GABARITOS 
 
1. C 2. E 3. C 4. C 5. E 
6. C 7. E 8. C 9. C 10. E 
11. E 12. C 13. E 14. E 15. E 
16. E 17. C 18. E 19. E 20. E 
21. C 22. E 
 
 Por hoje é só. Estudem e descansem bastante, pois a próxima aula 
será das grandes...rs. 
 
Forte abraço a todos!!!! 
 
e-mail: wagnerrabello@estrategiaconcursos.com.br 
 
 
8. BIBLIOGRAFIA 
 
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista. 1974 
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 
Campus, 2009. 
HARVEY, David. O neoliberalismo: histórias e implicações, 2010. 
MAXIMIANO, Antonio. Teoria geral da administração. 2008.

Outros materiais