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Resumo de Patologia

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Laísa de Souza – Patologia A2
DISTÚRBIO DO CRESCIMENTO E DIF. CELULAR
Alterações do crescimento celular:
Atrofia
Conceito: Redução no volume e na função de uma célula ou órgão.
É resultante da resposta adaptativa de célula ao estresse persistente
O estresse pode ser causado por: insuficiência vascular, inflamação crônica ou desuso
as células atróficas podem reassumir suas funções normais e retornar ao volume inicial
Tipos: 
Por DESUSO, DIMINUIÇÃO DO SUPLEMENTO SANGUÍNEO, FISIOLÓGICA, POR INSUFICIÊNCIA DE NUTRIENTES E COMPRESSÃO
Atrofia por desuso ou redução do trabalho (por repouso prolongado no leito, determina atrofia muscular).
Atrofia por diminuição do suplemento sanguíneo (isquemia parcial, devida a obstrução parcial de uma artéria)
Atrofia fisiológica (Involução que se observa com estruturas e tecidos durante a vida e que devem desaparecer por ex. arcos branquiais)
 Atrofia por insuficiência de nutrientes (inanição)
 Atrofia por compressão (compressão de certos órgãos devido a coleções líquidas ou por outras estruturas).
hIPERTROFIA
Conceito: aumento do volume das células de um órgão, o quem conduz consequentemente a aumento do volume do órgão como um todo. 
O aumento do volume do órgão é resultante do aumento da síntese proteica, com maior produção de componentes estruturais. 
Tipos: 
Hipertrofia fisiológica (p.ex., hipertrofia das células musculares de atletas e trabalhadores braçais, por aumento da exigência de trabalho)
 Hipertrofia patológica (p.ex. bexiga pode sofrer hipertrofia por aumento de exigência de trabalho de sua musculatura lisa frente à hiperplasia da próstata)
Hiperplasia
Conceito: o aumento do número de células em um órgão, em consequência do aumento do número de divisões celulares com manutenção do seu padrão morfofuncional.
Para ocorrer, é necessário: fluxo sanguíneo adequado e integridade da inervação e da estrutura morfofuncional das células. 
Alguns estímulos fisiológicos podem provocar hiperplasia como aparecem no decurso de uma reação inflamatória, de processos regenerativos, estímulos hormonais, estímulos de trabalho. 
Pode ocorrer por solicitação funcional exagerada ou aumento da atividade hormonal. 
Tipos: 
Hiperplasia fisiológica (por ex. aumento das mamas e do útero durante puberdade e gravidez) 
 Hiperplasia patológica
Metaplasia
Conceito: transformação de um tipo de tecido totalmente e diferenciado para outro tipo de tecido igualmente adulto e diferenciado. 
É reversível quando cessado o estímulo que a provocou.  
Tipos: 
Do tipo epitelial que ocorre geralmente após irritação crônica (por ex. transformação do ep.respiratório em pavimentoso estratificado por inalação de agentes irritantes)
Metaplasia mesenquimal cartilaginosa (observada em cicatrizes, cápsula sinovial e pseudo-artroses)
DISPLASIA
Conceito: organização anormal ou uma diferenciação desordernada de células ou tecido presente em um órgão. Lesão na qual parte da espessura do epitélio é substituída por células com graus variados de atipia. 
Considerada uma lesão pré-cancerosa. Manifesta-se por crescimento desordenado, variações (atípias) de forma, tamanho e orientação( polaridade). 
Muito frequentes no colo do útero. Podem ser divididas de acordo com o grau de atipia:
leve
moderada 
 grave 
agenesia
Conceito: ausência completa ou parcial de um órgão ou tecido em seu estágio embrionário
Degenerações celulares 
Conceito: São alterações celulares, geralmente reversíveis quando o estímulo cessa, e que podem ou não evoluir para a morte celular. O citoplasma apresenta-se lesionado, com acúmulo de substâncias exógenas ou pré-existentes, o que reduz ou cessa a função celular.
lesões celulares reversíveis
 Degeneração Gordurosa (esteatose, lipidose):
Conceito: acúmulo excessivo de triglicerídeos no citoplasma de células do parênquima, devido a uma absorção excessiva ou a defeito metabólico e de excreção, formando vacúolos que podem ser pequenos e múltiplos.
Macroscopicamente, o órgão se apresenta amarelado e gorduroso
 Os órgãos acometidos são as musculaturas cardíaca e esquelética, rins e principalmente o fígado, pois é o órgão que metaboliza a gordura.
 
 
Degeneração hidrópica (balonosa)
Conceito: acúmulo de água nas células, devido a alterações na bomba de sódio e potássio, retendo sódio na célula, e consequentemente, retendo água.
Causas: hipóxia, hipertermia, intoxicação, infecção de caráter agudo, toxinas, hipopotassemia e distúrbios circulatórios.
O órgão se apresenta pálido e com aumento de volume. 
É reversível desde que seja retirada sua causa
 .
LESÕES CELULARES IRREVERSÍVEIS
Há duas formas de morte celular: necrose e apoptose.
Necrose
Conceito: conjunto de alterações morfológicas que se seguem à morte celular em um organismo vivo. É sempre patológica
As membranas das células necróticas perdem a sua integridade, ocorrendo extravasamento de substâncias contidas nas células. Isto tem importância clínica pois algumas delas são especialmente abundantes em determinados tipos celulares. Estas substâncias entram na corrente circulatória, podendo ser detectadas e interpretadas como evidência de morte celular. 
Como consequência da necrose ocorre inflamação nos tecidos adjacentes para a eliminação dos tecidos mortos e posterior reparo. Durante este processo inflamatório acumulam-se leucócitos na periferia do tecido lesado, que liberam enzimas úteis na digestão das células necróticas.
Evolução da necrose:
Há um processo inflamatório que se encarrega de digerir as células mortas para que possam ser reabsorvidas e substituídas por células semelhantes àquelas destruídas (regeneração) ou por tecido fibroso (cicatrização). Em algumas ocasiões o tecido necrótico pode sofrer calcificação (calcificação distrófica), como por exemplo, na tuberculose primária.
APOPTOSE
Conceito: morte celular programada 
Função: eliminar seletivamente células que não são mais desejadas, com as células adjacentes e o hospedeiro sendo minimamente afetados.
Nesta forma de morte celular não há vazamento de proteínas através da membrana celular, ocorrendo fagocitose da célula apoptótica sem inflamação local.
Pode ser:
Fisiológica: destruição programada de células durante a embriogênese e a involução mamária após a lactação
Patológica: Morte celular em certas doenças viróticas (ex: hepatite), causadas diretamente por infecção ou por células T citotóxicas. 
Inflamação (Mecan. de defesa)
Conceito: resposta do tecido vivo vascularizado à lesão.
Pode ser desencadeada por: 
Infecções microbianas, agentes físicos, substâncias químicas, tecidos necróticos ou reações imunes.
Ela deve conter e isolar a lesão, destruir microrganismos invasores e inativar as toxinas e preparar o tecido p/ reparo.
É caracterizada por
Dois componentes principais: reação vascular e celular
Efeitos mediados por proteínas do plasma e fatores induzidos pelas paredes dos vasos ou células inflamatórias 
A Inflam. Termina quando o agente é eliminado e os mediadores (q foram secretados) são destruídos
Pode ser prejudicial por reações de hipersensibilidade
Sinais cardinais 
Calor: aumento do fluxo sang. (vasodilatação) e permeabilidade vascular
Rubor
Edema: exsudação de fluido
Dor: compressão terminações nervosas
Perda de função: migração leucócitos, granuloma e reparo.
Células envolvidas
Células endoteliais
Células próprias do tecido
Células migratórias
Macrófago: fagocitam e possuem MHC II. Monócito no sangue/macrófago no tecido
Neutrófilos: Primeiros a alcançar a área da reação inflamatória, pela migração desencadeada por quimiocinas. Importantes na fagocitose e digestão de agentes estranhos.
Mastócitos: Liberação de histamina e armazenamento de heparina 
Basófilos: Liberam histaminas
Eosinófilos: Produzem fator ativador de plaqueta e derivados do ácido araquidônico
EVENTOS CELULARES
O acúmulo de leucócitos, principalmente neutrófilos e células derivadas de monócitos,é a característica mais importante da reação inflamatória, vindo a constituir-se no verdadeiro elemento do processo.
A sequência desses eventos leucocitários pode ser dividida, para fins didáticos, em:
marginação,
adesão
migração e quimiotaxia
fagocitose e degradação intracelular
liberação extracelular de produtos leucocitários
MEDIADORES DA INFLAMAÇÃO
Histamina (mastócitos): causa vasodilatação das arteríolas, aumento da permeabilidade vascular.
Prostaglandinas e leucotrienos (mastócitos e neutrófilos): vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular, quimiotaxia, adesão e ativação de leucócitos.
Citocinas ( IL1 macrófagos): papel na ativação endotelial, estimulando a expressão de moléculas de adesão nas células endoteliais, o que resulta em aumento do recrutamento, aderência dos leucócitos e a aumento da produção de citocinas adicionais
Padrões agudos e crônicos
dISTÚRBIOS hEMODINÂMICOS
Se classificam em alterações hídricas intersticiais (edema), alterações no volume sanguíneo (hiperemia, hemorragia e choque) e alterações por obstrução intravascular (embolia, trombose, isquemia e infarto).
EDEMA
Definição: acúmulo anormal de líquido nos espaços intersticiais ou em cavidades corporais.
Localizado
Sistêmico
Classifica-se em:
EXSUDATO: edema inflamatório (rico em proteínas). Líquido de aparência turva.
TRANSUDATO: líq. de edema não-inflamatório. Aparência clara e serosa. Há uma preservação da membrana vascular.
Hiperemia
Definição: aumento de volume sanguíneo no interior dos vasos em uma região devido a uma intensificação do aporte sanguíneo ou diminuição do escoamento venoso.
O tecido afetado é avermelhado pelo congestionamento de vasos com sangue oxigenado.
Classifica-se em:
ATIVA: provocada por dilatação arteriolar com o aumento do fluxo sanguíneo local, cujo excesso de sangue presente nesse caso provoca eritema, pulsação e calor.
 Causas fisiológicas: músculo esquelético durante o exercício ou patológica: inflamação aguda
PASSIVA: redução na drenagem venosa (p.ex.: insuficiência cardíaca), que causa distensão das veias, vênulas e capilares e assim, a região comprometida adquire uma coloração vermelho-azulada (cianose) devido ao acúmulo de hemoglobina desoxigenada nos tecidos afetados.
HEMORRAGIA
Definição: Extravasamento de sangue devido á ruptura do vaso para um compartimento extravascular ou para fora do organismo.
Pode ser provocada por: 
Rotura: ruptura da parede vascular, podendo ser causada devido a traumatismos, enfraquecimento da parede vascular e aumento da pressão sanguínea.
 Diapedese: hemácias ultrapassam a parede vascular individualmente para dentro de cavidades (internas) ou para fora das cavidades (externas), após enfraquecimento da junção entre células endoteliais e da membrana basal.
Classificações
Quanto à origem: capilar, venosa ou arterial.
Quanto à visibilidade: externa, quando o sangue é visível, ou interna, quando o sangue não é visível
Quanto ao volume: petéquias = pequenas manchas; equimoses = áreas mais extensas; hematoma = coleção de sangue, em geral coagulado; púrpura = empregado para hemorragias espontâneas; apoplexia = fusão intensa na região cerebral.

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