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Apostila PROVA I PCI III 2014.1 COMPLETA

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Apostila Prova I PCI III 2014.1 
 
Aula 01 – Introdução a Assistência de Enfermagem ao Adulto – Profª Maria Angélica 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A expressão “cronologização da vida” é usada por Kelhi e Meyer (1996) para 
caracterizar as transformações na forma como a vida é periodizada, no tempo de 
transição de uma etapa para a outra e no próprio caráter do curso de vida como 
INSTITUIÇÃO SOCIAL. 
 Essa institucionalização do curso de vida envolveu praticamente todas as 
dimensões do mundo familiar e do trabalho e está presente na organização do sistema 
produtivo, nas instituições educativas, no mercado de consumo e nas políticas públicas, 
que cada vez mais, têm como alvo grupos etários específicos. 
 A padronização da infância, adolescência, idade adulta e velhice estão associadas 
historicamente ao processo de transição de uma economia que tinha como base a 
unidade doméstica para uma economia baseada no mercado de trabalho. 
 Também pode-se atribuir ao Estado Moderno, que transformou questões da esfera 
privada e familiar em questões de ordem pública: o Estado orienta o curso de vida, 
regulamentando todas as suas etapas desde o momento do nascimento até a morte, 
passando pelo sistema de fases de escolarização, entrada no mercado de trabalho e 
aposentadoria. 
 Quando falamos de cronologização da vida precisamos atentar para as variações 
nas etapas e na extensão em que seu curso é periodizado em sociedades modernas 
distintas, ou seja, existe variação na periodização cronológica dependendo do contexto de 
cada região. 
● Idade Adulta: período onde as pessoas tomam consciência das mudanças na 
capacidade reprodutiva e física, que significam o início de um outro estágio de vida. 
 Do ponto de vista do Direito (jurídico) e no caso das pessoas, a idade adulta supõe 
o momento em que a lei estabelece que se tem plena capacidade de fazer. 
 Isso supõe um incremento tanto nos direitos da pessoa como em suas 
responsabilidades. No entanto, é necessário ter presente que, em alguns ordenamentos 
jurídicos, “maior idade” e “adulto” não são, em sentido próprio, termos sinônimos. 
 O fato de que se considere que o adulto tem a capacidade plena sobre seus atos 
implica uma série de responsabilidades sobre os mesmo. 
 No caso do menor, pode não ser responsável por algumas atuações penais ou por 
atos que dêem lugar a responsabilidade civil. Também pode supor que os responsáveis 
Transformações 
Históricas 
Modernização da 
Sociedade 
Processo de 
Individualização 
Institucionalização 
do Curso de Vida 
Estágios de vida foram claramente 
definidos e separados e a fronteira entre 
eles passou a ser dada pela idade 
cronológica 
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sejam os pais ou tutores em seu lugar. No entanto, a partir da idade adulta o único 
responsável por seus atos é a própria pessoa, e deve responder deles ante a justiça. 
 
●Idade Adulta Jovem ou Idade Adulta Inicial - entre os últimos anos da adolescência 
(18anos) e o final dos 30 anos de idade (39 anos) 
●Idade Adulta Intermediária ou Meia-idade – entre os 40 e 65 anos de idade. 
 
Mudanças Físicas 
 Adulto Jovem - Crescimento físico completo; Grávidas e Lactantes; Mais 
saudáveis. 
 Adulto meia-idade – Cabelos grisalhos/queda; Diminuição da elasticidade da pele; 
Diminuição da acuidade visual e auditiva; Menopausa (F) e Cimatério (M). 
 
Mudanças Psicossociais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mudanças Cognitivas 
 Adulto Jovem e Adulto de Meia-Idade 
 Tomada de decisão ↔ Pensamento Crítico ↔ Desenvolvimento de 
Habilidades ↔ Capacidade de Aprender e Ensinar. 
 
ADULTO JOVEM 
 Esse período caracteriza-se pelo pico do desenvolvimento biológico, pela adoção 
de papeis sociais importantes e pela evolução de um self e uma estrutura de vida adulta. 
O adulto jovem pode fazer vários começos, antes de assumir um compromisso mais 
duradouro. 
 
Tarefas Evolutivas 
 Durante a vida adulta, são restadas opções para profissão e casamento. 
 Também é importante a tarefa de individualização, na qual o adulto aprende a 
aceitar a si mesmo como uma pessoa única, distinta da sociedade e além disso, parte 
dessa. 
 O fracasso nessa tarefa leva ao conformismo excessivo. 
 O objetivo primário do adulto jovem é tornar-se mais independente das pessoas e 
instituições. 
 Aproximadamente por volta dos trinta anos, os adultos sentem a necessidade de 
levar a vida mais seriamente, fazendo uma reavaliação da vida que estão levando. As 
pessoas podem, então, reafirmar seus compromissos e experiências, ou passar por uma 
crise maior manifestada por problemas conjugais, mudanças de emprego , ansiedade e 
depressão. 
 
 
ADULTO 
Responsabilidade 
Objetivos de Vida 
Trabalho 
Família 
Paternidade/ 
Maternidade 
Saúde 
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Profissão 
 O desenvolvimento de uma escolha profissional é influenciado pela classe social, 
pelo gênero e pela raça. 
 Os trabalhadores menos qualificados ingressam no mercado de trabalho logo após 
o ensino secundário, já os mais qualificados passam antes por uma universidade ou 
escola profissionalizante. 
 As mulheres exibem um dentre dois padrões: 
(1) O trabalho é componente central de suas vidas, ficando a família 
secundária, quando existe; 
(2) O casamento e a família são primários e a carreira secundária. As 
donas-de-casa que resolvem trabalhar enfrentam muitos problemas, pois precisam 
revezar entre os papeis de esposa, mãe e trabalhadora. 
 Os membros das minorias raciais são sobrecarregados, frequentemente, com 
condições mais baixas, o que limita suas oportunidades de ter um emprego gratificante e 
satisfatório; sofrendo grandes decepções. 
 A satisfação com o emprego dá vazão à criatividade, relacionamentos satisfatórios 
com os colegas e maior autoestima; 
 A desadaptação pode causar insatisfação consigo mesmo e com o trabalho, 
insegurança, autoestima diminuída, raiva e ressentimento por ter que trabalhar. Isso pode 
levar a mudanças de emprego, faltas, erros, propensão a acidentes e sabotagem. 
 A identidade nuclear da pessoa é seriamente danificada quando a pessoa perde o 
emprego. Isso leva a tensões psicológicas e físicas que podem causar: alcoolismo, 
homicídios, violência, suicídio e doenças mentais. 
 
Casamento 
 Sua taxa está decrescendo ao passo que a taxa de divórcios está aumentando. 
 A maioria das pessoas divorciadas casa-se de novo. 
 A unidade conjugal continua proporcionando um meio de intimidade prolongada, 
perpetuando a cultura e gratificando as necessidades interpessoais. 
 Os problemas conjugais podem levar ao divórcio, mas ocorrem também em 
casamentos que não terminam em divórcio ou separação. Surge, assim, a necessidade 
de serviços especializados em aconselhamento conjugal. 
 A terapia conjugal é uma forma de psicoterapia para pessoas casadas em conflito 
uma com a outra, apresentando uma dinâmica mais aprofundada que o aconselhamento 
conjuga. Tanto um quanto o outro procura ajudar os parceiros a lidarem de modo mais 
eficaz com seus problemas. 
 
Paternidade e Maternidade 
 Vários problemas devem ser enfrentados para a criação de um filho. 
 Estão envolvidos peso econômico e também custos emocionais. 
 Os filhos podem reacender nos pais conflitos infantis ou apresentarem doenças 
que desafiem os recursos emocionais da família. 
 Os homens, geralmente, estão amis preocupados com o trabalho, enquanto as 
mulheres estão mais preocupadas com seu papel de mãe. 
 Entretanto, esse quadro vem mudando nos últimos anos, com o aumento do 
número de mulheresque ingressam no mercado de trabalho. 
 Devido ao aumento no número de divórcios, cresce a taxa de filhos de famílias 
monoparentais. Essas crianças apresentam maior incidência de baixo rendimento escolar 
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e problemas emocionais; alguns são precoces, devido ao fato de terem assumido maiores 
responsabilidades muito cedo. 
 
ADULTO DE MEIA IDADE 
 Vai dos 40 aos 65 anos. 
 Os indivíduos fazem uma análise do passado e redefinem como gostariam de viver 
a vida daí pra frente. 
 Redefinem-se também os papeis de maridos e esposas. 
 Ocorrem também algumas mudanças de gênero, as mulheres assumem posturas 
tidas como masculinas e os homens posturas tidas como femininas. 
 
Tarefas Evolutivas 
 Estudos mostraram que existe uma forte correlação entre saúde física e a saúde 
mental. Além disso, pessoas com adaptação psicológica mais fraca durante fases 
anteriores, apresentam maior incidência de doenças físicas, na meia-idade. Aspectos 
psicológicos do adulto também estão relacionados à infância. 
 Sexualidade: É uma importante questão nessa fase. Pode haver declínio do 
funcionamento sexual. Nos homens, o problema mais comum é o temor e a realidade da 
impotência, cujas causas mais comuns são: ingestão excessiva de álcool, drogas 
(tranquilizantes e antidepressivos) e estresse com fadiga e ansiedade. As mulheres 
apresentam maior capacidade para o orgasmo, mas são mais vulneráveis a baixas de 
autoestima por perderem a aparência jovem, valorizada pela sociedade atual. Sentem-se 
menos desejáveis e menos capacitadas a uma vida sexual adequada. A incapacidade de 
lidar com essas mudanças corporais leva homens e mulheres a submeterem-se a 
cirurgias estéticas para manterem uma aparência jovem. 
 O Climatério Masculino e Feminino: caracteriza-se por uma diminuição no 
funcionamento biológico e fisiológico. Nas mulheres é a menopausa, cuja experiência 
pode ser desagradável ou positiva. Muitas mulheres consideram-se mais livres por não 
mais estarem sujeitas a riscos de gravidez. É uma experiência psicofisiológica súbita ou 
radical. Algumas mulheres apresentam ansiedade e depressão, consequentes da 
estrutura da personalidade pré-menopausa. Nos homens não existe uma demarcação 
muito nítida; contudo, eles devem adaptar-se ao declínio no funcionamento biológico e no 
vigor físico em geral. Pode passar por uma crise que pode levar ao alcoolismo ou uso de 
drogas, depressão, mudanças no trabalho e no relacionamento ou até mesmo mudança 
para um estilo de vida alternativo. Devido a eventos graves ou inesperados da vida, as 
pessoas podem passar pela “crise de meia-idade”. 
 
Riscos de Saúde 
 Fatores de Risco – Fatores de risco de saúde para o adulto são originários de 
comunidade, dos padrões e estilo de vida e do histórico familiar. Ex.: Histórico Familiar, 
Hábitos de Higiene Pessoal, Morte Violenta e lesão, Abuso de substâncias, Gravidez não 
planejada, Doenças Sexualmente transmissíveis, Fatores Ambientais e Ocupacionais. 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
 As atividades de promoção da saúde podem ser: 
 Passivas – Fluoretação da água de um Município. 
 Ativas – Motivação para adotar um Programa de Saúde 
 Mídia; Escola; Trabalho; PCI III 
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 As situações de risco de vida são prioridades no atendimento, entretanto em outras 
situações a médio e longo prazo, o Enfermeiro deve considerar os vários fatores que 
influenciam e determinam quais as necessidades que devem ser assistidas para manter a 
saúde. 
 À medida que um país evolui, a população tende a avançar em educação e 
conhecimentos. Os profissionais, mais precisamente os Enfermeiros, passam a dar 
ênfase a prevenção de doenças, através da promoção da saúde, como forma importante 
do cuidar, porque ajudam as pessoas a se manterem saudáveis melhorando o nível de 
bem estar. 
 A prevenção de doenças parte do conhecimento de que diferentes fatores podem 
afetar o nível de saúde do indivíduo, incluindo os hábitos de vida, o estresse e o meio 
ambiente. 
 Os programas de promoção da saúde devem ser dirigidos para a mudança do 
estilo de vida das pessoas, tendo a finalidade de melhorar o nível de saúde e satisfazer as 
necessidades básicas delas. 
 
O CUIDAR DE ENFERMAGEM também é PREVENIR DOENÇAS, PROMOVENDO A 
SAÚDE!!! 
 
 Segundo Nettina (1996), a prevenção de doenças visa evitar problemas ou 
minimizá-los após sua instalação. 
 O cuidar Preventivo se classifica em como se classificou o cuidar preventivo ou 
prevenção em: 
 Prevenção Primária: prevenção total 
 Prevenção Secundária: envolve o reconhecimento precoce de uma 
condição 
 Prevenção Terciária: tenta reduzir os efeitos da condição e impedir as 
complicações a longo prazo. 
 
 A Promoção da Saúde deve ser feita durante toda a vida, com assuntos 
focalizando a 1ª infância, a segunda infância, a adolescência, a vida adulta e velhice. 
 A Educação em Saúde é um componente essencial do cuidado de Enfermagem e 
tem por objetivos: promover, manter e normalizar a saúde e também a adaptação aos 
efeitos residuais da doença. Na Educação em Saúde deve-se levar em consideração as 
aptidões (habilidade inata ou adquirida) para o aprendizado dos clientes e as estratégias 
de ensino do Enfermeiro. 
 
Aptidões para o Aprendizado: 
 1.Ajudar a melhorar a aptidão física do cliente para que ele aprenda a tentar aliviar 
qualquer desconforto físico. 
 2.Ajudar a promover a aptidão emocional do cliente para o aprendizado – 
motivação. 
 A motivação para o aprendizado depende: 
 -Da aceitação da doença. 
 -Do reconhecimento da necessidade de aprender. 
 -Dos valores relacionados com a história sociocultural e de um 
esquema terapêutico compatível com seu estilo de vida. 
 -De um ambiente agradável receptivo e positivo. 
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 3.Ajudar e promover a aptidão experiencial do cliente a aprender, tendo em vista, 
as experiências anteriores. 
 
Estratégias de Ensino: 
1.Estar preparado para ensinar o cliente a qualquer momento e em qualquer lugar. 
 2.Utilizar várias técnicas adequadas para atender as necessidades de cada 
indivíduo: aulas explicativas; grupo de discussão (indivíduos com necessidades 
semelhantes); demonstração e treinamento; livros, cartazes, folhetos, gravuras, vídeos; 
sessões de reforço 
 
PROMOÇÃO DA SAÚDE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS E SUAS COMPLICAÇÕES 
 Alimentação, Exercício Físico regular, Estresse – Sedentarismo/Obesidade 
 Tabagismo 
 Alcoolismo/Drogas 
 DSTs;AIDS 
 Hipertensão 
 Diabetes 
 Dengue 
 Gripe Tipo A 
CLIENTE ↔ ENFERMEIRO 
 
 A OMS através das suas estimativas globais indica que um conjunto pequeno de 
fatores de risco é responsável pela maioria das mortes por doenças crônicas. Entre esses 
fatores destacam-se o tabagismo, a obesidade, as dislipidemias, a ingestão insuficiente 
de grutas e hortaliças. 
 Em 2000, a Assembleia Geral das Nações Unidas reunindo 191 países na Cúpula 
do Milêni comprometeu-se a cumprir os seguintes objetivos de desenvolvimento até 2015: 
 1.Erradicar a extrema pobreza e a fome 
 2. Atingir o ensino básico universal 
 3. Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres 
 4. Reduzi a mortalidade na infância 
 5. Melhorar a saúde materna 
 6. Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças 
 7. Garantir a sustentabilidade ambiental 
 8. Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimentoOs profissionais de saúde, em especial da ENFERMAGEM, estão diretamente 
implicados na LUTA por melhores condições de VIDA e SAÚDE das populações, o que 
depende da educação em saúde. 
 
Aula 02 – Método de resolução de problemas; Pensamento crítico na Prática de 
Enfermagem: considerações introdutórias – Profª Márcia Lisboa 
Pensamos criticamente o dia todo. 
Tomadas de decisão. 
Não se aprende a pensar criticamente de uma hora para outra. 
As enfermeiras tomam decisões clínicas na prática – separa as enfermeiras do 
pessoal técnico. 
Benner (1984) descreve a tomada de decisão clínica como um julgamento, que 
inclui o pensamento crítico e reflexivo e a ação e aplicação da lógica científica e prática. 
A - Questionamentos orientadores: 
1 – O que é um problema? 
2 – O que é um método? 
3 – O que é um problema do cliente/paciente? 
4 – O que é um problema de enfermagem? 
5 - Quem é o dono do problema? Quem define o que é problema? – As diferentes visões 
de mundo 
6 - O que é solucionar um problema? 
7 – Solucionar problemas em enfermagem é igual a resolver os problemas dos clientes e 
elaborar o processo de enfermagem? 
 
B - Como solucionar um problema no contexto da Primeira Etapa Curricular 
(baseado no pensador crítico)? 
 Fatores pessoais: 
1. Cultive desenvolvimento moral – considere o que é certo e errado no agir. Ex.: 
Chegar atrasado ajuda a resolver problemas? É correto manter conversas 
paralelas enquanto outros se focam na solução? 
2. Não seja preconceituoso ou tendencioso – considere em uma perspectiva mais 
multifacetada. Ex.: nem sempre um cliente de menor renda terá pior condição 
alimentar, existem outros aspectos. 
3. Seja autoconfiante: quem teme excessivamente o fracasso centra-se no fracasso. 
Ex.: Avaliar previamente seu entendimento das perguntas do instrumento de coleta 
de dados permite a você ser confiante no que irá perguntar. 
4. Desenvolva comunicação eficiente e habilidades interpessoais – buscar 
entender os outros e ser entendidos por eles. Comunicar-se é mais do que escutar 
e falar, também, é ter comportamento compatível. Ex.: Você não se importa em 
deixar o cliente em pé por vários minutos, aguardando seu fim de conversa 
informal com um amigo, e a seguir inicia a entrevista clínica de enfermagem como 
se importasse com ele? 
5. Faça uma autoavaliação durante as ações – verificar em que medida estamos 
obtendo progresso na ação. Ex.: prossegue desenvolvendo uma palestra enquanto 
o barulho ao redor é ensurdecedor e o cliente não consegue ouvir. Por que estou 
agindo assim? Estou focado na tarefa ou no resultado? 
6. Examine seu estado de conhecimento e experiência prévia – ter uma 
consciência de seus pontos fracos e fortes e em que medida eles estão 
configurados ajuda no desenvolvimento de habilidades. 
 
 Fatores situacionais: 
1. Evite ansiedade, estresse, fadiga – em níveis moderados e elevados tendem a 
reduzir a capacidade de pensar e resolver problemas. Ex.: Ter brigado com todos 
os colegas de turma não ajuda nos seus pensamentos porque você tende a perder 
capacidade de concentração e foco no problema e perde a possibilidade de 
compartilhar outras visões. 
2. Cuidado com sentimentos excessivos – a raiva, repulsa, pena, paixão tendem a 
causar tanto uma percepção parcial dos fatos, quanto a apressar uma tomada de 
decisão. 
3. Conheça o risco envolvido (maleficiência/beneficiência) – estimar os riscos e 
decorrências da ação tornam a tomada de decisão mais prudente. Ex.: ao 
conhecer os riscos do abuso de antiácidos, em especial em idosos, permite ao 
estudante ser cuidadoso na investigação deste dado. 
4. Busque mais dados sobre a situação – quanto mais se conhece de determinada 
situação, maiores as chances de solucionar o problema. Ex.: Entender que cada 
questão do instrumento de coleta de dados tem uma finalidade, e, que destas 
outras perguntas poderão surgir. 
5. Reconheça os motivadores e os reforços – buscar por traços que o estimulem a 
pensar mais e tomar a decisão mais correta. Ex.: é motivador pensar na melhora 
do bem-estar do cliente frente a um problema bem solucionado pelo estudante. 
6. Minimize as distrações ambientais – evitar ao máximo os distratores, 
selecionando o ambiente adequado e buscando se “preparar para o encontro com 
o cliente”. 
 
 C- Alguns procedimentos essenciais à resolução de um problema: 
a) Qual é o problema? - verifique a existência de um problema, determinando 
a sua categoria: problema de saúde do cliente, problema de relacionamento 
profissional, problema de disponibilidade de recurso, problema de 
gerenciamento do cuidado? 
b) A quem pertence a solução primária do problema? – é um problema de 
ação independente de enfermagem (investigo-resolvo) ou de prática 
colaborativa (investigo-compartilho/encaminho)? 
c) Qual a importância e prioridade atribuída pelo cliente ao problema? – 
estimar a importância e prioridade que o problema tem para o cliente 
permite supor qual será seu nível de adesão ao cuidado de enfermagem e 
saúde. 
d) Quais são as causas (origem) do problema (desfecho)? – o que levou a 
que o problema ocorresse? 
e) Como as causas se relacionam entre si e formam um padrão? – quais 
os dados que eu posso juntar, e quando reunidos tendem a representar uma 
“figura que eu considero ter a cara de uma imagem conhecida”? 
f) Quanto tempo eu disponho para conhecer de modo profundo o 
problema? – estimar qual a magnitude (tamanho) e complexidade (relações 
entre as partes) do problema. 
g) Quais os recursos que disponho para resolver o problema? – de quais 
recursos humanos e materiais eu disponho para resolver este problema? 
h) Com que pressa eu estou tirando conclusões dos dados que tenho 
conhecido? – reconhecer que é comum se gerar hipóteses precoces 
(soluções/explicações provisórias), mas, que as mesmas podem levar a 
falsas conslusões (sínteses e julgamentos errados) 
i) Estou deixando o cliente falar e colocando atenção nas evidências? – 
perceber que até a conclusão do problema, a solução é guiada pela 
incerteza e busca da solução provável, e não da confirmação da certeza 
inicial. 
 
D - Algumas ferramentas para a solução de problemas: 
1 – Instrumento de coleta de dados estruturado – inclui: os padrões de investigação 
(necessidades e funções do cliente) e os dados a serem investigados. Apresenta um 
formato e organização que determina uma “trilha” de investigação que pode facilitar a 
identificação e solução de problemas do cliente, família e ambiente. Ex: Instrumentos de 
entrevista e ambiência. 
2 - Mapa de dados – representa uma compilação dos dados que estão nos instrumentos, 
tendo uma estimativa de magnitude representada pela ocorrência (freqüência) absoluta e 
percentual. 
3 – Tabelas – uma organização sintética derivada de dados organizados no mapa de 
dados. Tende a permitir a interpretação de tendências de um conjunto de dados de um 
mesmo cliente ou de vários clientes. 
4 – Gráfico e tabela de correlação – permite mapear visualmente a correlação entre 
duas variáveis a serem medidas. Por exemplo: é possível determinar a relação entre a 
importância e a prioridade conferida a um problema. 
 
Exemplo de tabela de correlação de importância e prioridade: 
Muito importante e pouco prioritário 
 
Exemplo de afirmativa: 
“Eu sei que minha vida depende disso, 
mas, 
eu preciso arrumar tempo para fazer 
isso”. 
Muito importante e muito prioritário 
 
Exemplo de afirmativa: 
“Eu dependo disso e preciso resolver 
isso já”. 
 
Pouco importante e pouco prioritário 
 
Exemplo de afirmativa: 
“Está tranqüilo; isso incomoda muito 
pouco e pode esperar”. 
Pouco importante e muito prioritário 
 
Exemplo de afirmativa: 
“Apesar de ser uma coisinha de poucoimportância eu quero fazer e ficar logo 
livre disso”. 
 
ATITUDE DE PENSAMENTO CRÍTICO 
CONFIANÇA 
PENSAR DE FORMA INDEPENDENTE 
JUSTIÇA 
RESPONSABILIDADE E AUTORIDADE 
ASSUNÇÃO DE RISCOS 
DISCIPLINA 
PERSEVERANÇA 
CRIATIVIDADE 
CURIOSIDADE 
INTEGRIDADE 
HUMILDADE 
 
Aula 03 – Roteiro para a Pesquisa e Desenvolvimento da Pesquisa/Seminário PCI III 
– Profª Márcia Lisboa 
Orientamos os alunos de forma que este trabalho de PCI possa ser utilizado para 
apresentações futuras em eventos científicos. Sugerimos alguns: Pesquisando em 
enfermagem (maio), Encontro Trabalho e Saúde do Trabalhador (maio), Jornada de 
Iniciação Científica da UFRJ (segundo semestre). Os trabalhos só poderão ser inscritos 
com a autorização de todos os participantes, inclusive da professora orientadora, após a 
correção do resumo feita por ela. 
 
ATENÇÃO: 
1) Existe uma parte final de orientações/ prescrições de enfermagem. 
2) Este é um roteiro geral que você deverá adequar à situação específica do grupo 
profissional escolhido, sugerindo tópicos para acrescentar ou retirar o que julgar 
importante. 
 
TÍTULO: (sugestão) 
- Cuidados básicos de saúde do profissional... 
- Mecanismos de conservação da saúde em trabalhadores de... – um estudo de 
enfermagem. 
- A Enfermagem na prevenção do........ em trabalhadores.... 
*É importante que o título contenha a palavra enfermeira (o) ou enfermagem e que 
identifique o grupo de trabalhadores investigados. 
 
REGRAS GERAIS DE APRESENTAÇÃO: 
a) tipo de papel – deve ser utilizado o papel branco, preferencialmente nas dimensões 
297x210 mm (A4); 
b) escrita – digitado com tinta preta e somente um lado da folha; 
c) paginação – as folhas do trabalho devem ser contadas sequencialmente desde o 
sumário, mas não numeradas. A numeração é colocada a partir da introdução. O 
número localiza-se a 2 cm da borda superior do papel, margeado à direita; 
d) margem - superior e esquerda = 3 cm 
inferior e direita = 2 cm; 
e) espaçamento – todo texto deve ser digitado com espaçamento 1,5 de entrelinhas; 
f) letra – tipo de letra Times New Roman ou Arial tamanho 12 e para citação direta usar 
fonte tamanho 10; 
g) parágrafo – 2cm da margem esquerda; 
h) numeração Progressiva – para melhor organização e apresentação do trabalho, deve-
se adotar a numeração progressiva das seções do texto. Os títulos das seções primárias 
(capítulos), por serem as principais divisões de um texto, devem iniciar em folha distinta, 
com indicativo numérico alinhado à esquerda e separado por um espaço. 
 - Destacam-se gradativamente os títulos das seções, utilizando-se os recursos de caixa 
alta, negrito ou, itálico. 
 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS (não apresentam numeração nas páginas, embora as 
mesmas sejam contadas): 
- Capa; 
- Folha de rosto; 
- Agradecimento 
- Sumário 
 
ELEMENTOS TEXTUAIS (3 partes) 
 - Considerações Iniciais ou Introdução 
- Metodologia 
- Resultados ou Apresentação e análise dos dados ou Desenvolvimento 
- Considerações Finais ou Conclusão 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ou INTRODUÇÃO 
Apresentar o problema de pesquisa e o objeto de estudo contextualizado: 
Exemplo: 
“Na condição de alunos do 3º período do Curso de Graduação em Enfermagem e 
Obstetrícia da EEAN/UFRJ (por extenso) tivemos a oportunidade de realizar um estudo 
sobre o estresse em adultos trabalhadores e para tanto escolhemos o profissional 
motorista de ônibus. A escolha desse grupo de trabalhadores foi pelo fato....” 
PROBLEMÁTICA - Dizer quais são os possíveis problemas físicos, mentais, sociais, que 
esse grupo profissional pode apresentar a partir desses maus hábitos de saúde (vida). 
Apresentar autores que discutem esta temática. 
 
- A PROFISSÃO E O MUNDO ATUAL 
Descrever a profissão, origem/ história, características da profissão e dos trabalhadores, 
inserção no mercado de trabalho. 
- A TEMÁTICA 
Apresentar a temática do estudo a partir de referências (tabagismo, alcoolismo, 
prevenção do câncer, uso de equipamentos de proteção, estresse, etc...) 
- A ENFERMAGEM E A PROBLEMÁTICA 
Relacionar a atuação da enfermagem na temática abordada (como os enfermeiros atuam 
na.... (prevenção do alcoolismo, câncer, etc....) 
 
- OBJETIVOS 
Geralmente em número de dois ou três, articulados à temática e ao tipo de pesquisa 
desenvolvida. Dar preferência aos verbos: identificar, caracterizar, descrever. 
*Os objetivos deverão ser atendidos nos resultados do trabalho. Para isso, o 
instrumento de coleta de dados deverá estar adequado. 
 
JUSTIFICATIVA 
As pesquisas se justificam geralmente pela problemática apresentada e que será 
estudada; e pela lacuna no conhecimento sobre o tema (poucos trabalhos científicos 
sobre a temática). 
 
- RELEVÂNCIA DO ESTUDO 
Qual é o impacto que a sua pesquisa trará para a prática desses profissionais? 
 
- CONTRIBUIÇÃO DO ESTUDO 
Quais são as contribuições que o seu estudo trará para a prática assistencial, para a 
pesquisa e para o ensino de enfermagem? 
 
METODOLOGIA (também faz parte da introdução) 
- TIPO DE ESTUDO 
O estudo é do tipo quantitativo. 
- CENÁRIO 
Descrever o local de trabalho (pode anexar planta física). Apresentar características 
ambientais que podem contribuir/ facilitar a problemática. Atenção: não é descrição da 
ambiência como vocês têm feito. É uma descrição do local onde será feita a pesquisa, 
justificado na forma como ele pode influenciar na problemática estudada. 
- SUJEITOS 
Número (no mínimo vinte) e características desses sujeitos (vide instrumento) 
Exemplo: 
“Os sujeitos do estudo serão/foram n trabalhadores de ambos os sexos do setor de 
embalagens de uma empresa de produtos químicos” 
- COLETA DE DADOS (INSTRUMENTO) 
Uso de instrumento (apresentaremos um modelo que você poderá alterar com a 
orientação da professora de acordo com o grupo pesquisado e com os objetivos da 
pesquisa). Cada temática tem o seu instrumento próprio. Atenção não é entrevista! 
- ANÁLISE DOS DADOS 
Será baseada nos dados coletados, apresentados em forma de quadros e tabelas 
simples, analisados estatisticamente. 
- ASPECTOS ÉTICOS 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), de acordo com a Resolução 
196/96- atualmente 466/2012. É individual. Ou seja, cada sujeito assinará o TCLE em 
duas cópias. Os alunos ficarão com uma cópia e a outra ficará com o depoente (sujeito). 
O Comitê de Ética em Pesquisa da EEAN/HESFA aprovou o grande projeto de pesquisa 
do PCI-3 em agosto de 2006. 
*Autorização da Instituição (alguns locais pedem/ exigem uma apresentação institucional 
dos alunos do trabalho para autorizarem a pesquisa. Para os que necessitarem, solicite à 
professora orientadora o mais rápido possível, pois o documento deverá ser feito em 
papel timbrado). 
 
- APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ou RESULTADOS ou PODE-SE DAR 
UM TÍTULO 
Apresentar os quadros e tabelas de acordo com o questionário feito. Fazer a leitura e os 
comentários pertinentes, subsidiados por referências (artigos e livros sobre a temática). 
- CONSIDERAÇÕES FINAIS ou CONCLUSÃO 
Pontuar os aspectos mais importantes. Apresentar a conclusão e sugestões do grupo de 
acadêmicos (pesquisadores) para o trabalhador estudado. Pontuar o alcance dos 
objetivos e a contribuição do estudo. 
 Atenção: não se cita autores nas referências, elas são os comentários finais dos autores 
sobre a pesquisa desenvolvida. 
 
REFERÊNCIA 
Listar em ordem alfabética os autores citados no corpo do trabalho, inclusive Internet. Ver 
junto à professora orientadora como fazê-la corretamente. 
Ajuda: 
http://www.leffa.pro.br/textos/abnt.htm#5.17 
 
ANEXOS e APÊNDICESInstrumento de coleta de dados 
Modelo do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
Pedido de autorização e carta de autorização da instituição (local onde colheu os dados) 
Carta de sugestões para o grupo pesquisado: síntese dos resultados com sugestões de 
melhoria. 
Folder (se houver) 
Planta física do local investigado (opcional) 
Fotos (se houver autorização para divulgação) 
 
O que se pede a seguir não faz parte da pesquisa, MAS É IMPORTANTE COMO 
ATIVIDADE DO PCI - ENTREGUE separadamente, porém, no mesmo dia junto com a 
pesquisa realizada. 
 
- ORIENTAÇÕES DE ENFERMAGEM AOS PROBLEMAS DETECTADOS 
Listar os problemas detectados a partir da coleta de dados e apresentados em forma de 
quadros e tabelas. Fazer as orientações/ prescrições de enfermagem para cada problema 
detectado – correlacione problema e orientação. 
 
 
 
Aula 04 – Semiologia e Semiotécnica – Ênfase na Inspeção – Profª Maria Angélica 
 
Contextualizando 
• Inserção do conteúdo no PCI III; 
• Nexos com as outras aulas; 
• Nexos com a pratica de enfermagem. 
Introdução 
• Cuidado de Enfermagem 
• Sujeito no Cuidado de Enfermagem 
Primeira Parte 
• Conceito de Semiologia 
• Conceito de Semiotécnica 
• Entrevista e Comunicação 
 
Cuidado de Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sujeito do Cuidado 
 Sujeito Singular inserido no Contexto; o Sujeito Singular é agente de uma história 
político-sócio-histórico-cultural. 
 
Discutindo a Temática 
 
SEMIOLOGIA → Grego: Semeion= sinal + logos = tratado, estudo. Estudo dos Sinais e 
Sintomas. 
SEMIOTÉCNICA → Grego: Semeion = sinal + techné = arte. Estudo das Técnicas. 
 
Semiologia/Propedêutica 
• Base da pratica clinica; 
• Objetiva levantar dados para a intervenção de enfermagem. 
• O conteúdo mais especifico de semiologia e o exame físico incluindo o levantamento de 
dados. 
• Esta incluído no Processo de Enfermagem: Histórico de enfermagem, Diagnóstico de 
Enfermagem, Prescrição, Implementação e Evolução. 
 
Cuidado do 
Enfermagem integral: 
Perspectiva técnico-
instrumental e 
perspectiva afetivo-
expressiva 
Sujeito 
do 
Cuidado 
Encontro 
Face a 
Face 
Escuta 
Sensível 
Visão 
Holística 
Constuindo e 
Reconstruind
o Relações 
Relação 
de 
Confiança 
Processo de assistência ao cliente: 
• Realizar a preparação para o exame físico; 
• Seleção de instrumentos apropriados; 
• Realização das avaliações; 
• Registro de achados; 
• Tomada de decisões. 
Exame físico: Anamnese (entrevista), o exame físico geral e o exame físico especializado. 
Resolutividade 
 
Semiotécnica 
Aborda as técnicas de enfermagem, que 
compreendem as ações indicadas para atender a 
demanda resultante da semiologia. 
 
Entrevista 
• O que é importante numa entrevista? 
• Qual o tipo de relação é estabelecida entre 
enfermeiro e cliente na entrevista? 
• Quais são os componentes da entrevista? 
• Como deve ser realizada uma entrevista? 
• Quais são as partes/fases de uma entrevista? 
• Quais são as informações que devem ser coletadas na entrevista? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação na 
Prática de 
Enfermagem 
• Processo 
contínuo, dinâmico 
e multidimensional; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Emissor/Transmissor 
Receptor/decodificador 
Tipos de Comunicação 
Verbal 
Palavras: falada e escrita. 
Implica: vocabulário, significados 
denotativos e conotativos, pausamento, 
entonação, clareza e concisão, momento e 
relevância. 
Não-verbal 
(55% da 
comunicação) 
Cinésia (postura e expressão do corpo) / 
Toque / Territorialidade ou 
Proxêmica/ Paralinguagem (elementos 
não-verbais de comunicação utilizado 
para modificar sentido e transmitir 
emoção)/ Características Físicas/ Fatores 
do meio ambiente/ Tacênica (tudo que 
envolve a comunicação tátil) (SILVA, 
1996). 
Implica: Aparência pessoal, Postura e 
Modo de andar, Expressão facial, 
contato visual, gestos, sons, territorialidade 
e espaço pessoa 
Paraverbal 
Tom 
Ritmo 
Períodos de Silêncio 
Entonação 
 
Comunicação Terapêutica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Entrevista 
• Conversa organizada com o paciente para obter anamnese e informação sobre doença 
atual. 
• Diálogo com o cliente, não simplesmente uma sessão de perguntas e respostas. Trata-
se de um importante instrumento de investigação. 
• Fases: orientação, funcionamento ou ação e conclusão ou encerramento. 
 
 
 
Habilidade de um 
profissional em ajudar as 
pessoas a enfrentarem seus 
problemas, relacionarem-se 
com os demais, ajustarem o 
que não pode ser mudado e 
enfrentarem os bloqueios à 
auto-realização 
(SILVA,1996) 
Facilita alcance dos objetivos 
Proporciona oportunidade de se 
estabelecer relacionamento humano; 
Permite interação entre enfermeira e 
cliente; 
Elementos: cortesia, utilização de nomes, privacidade, confidencialidade, confiança, autonomia, 
responsabilidade e afirmativo; 
Na execução de uma entrevista atentar para: 
 
SEMPRE NUNCA 
☺Compreensão 
☺Ética 
☺Respeito 
☺Verdade 
☺Saber ouvir 
Autoridade 
Impaciência 
Intolerância 
Juízo de valor 
Preconceito 
 
Fase de Orientação 
Introdução a entrevista 
• Apresentação do enfermeiro; 
• Explicar necessidade da coleta dos dados; 
• Sigilo profissional; 
• Estabelecimento de uma relação de confiança (relacionamento enfermeiro-cliente); 
• Comportamentos não verbais: olhar direcionado ao cliente, meneio afirmativo da cabeça, 
sorriso, inclinação para adiante e toque. 
Corpo da Entrevista 
• Pensamento crítico; 
• Reunir informações: dados biográficos, evolução da doença atual, as percepções e 
crenças do paciente sobre a doença e anamnese (detalhes do “funcionamento de seu 
corpo”, seus hábitos, queixas e sentimentos ou sofrimentos, que possa estar sentindo). 
• Estratégias de comunicação: ouvir, parafrasear, focalizar, resumir e esclarecer. 
Fechamento da Entrevista 
• Dica de que a entrevista está chegando ao final; 
• Colocar-se a disposição para esclarecimento de dúvidas. 
• Resumo dos pontos importantes e indagação se o resumo foi preciso; 
• Agradecer ao cliente por fornecer dados corretos quanto ao seu estado de saúde. 
 
Observar na Entrevista 
Nível de consciência e atividade intelectual 
Orientação têmporo-espacial – verificar se o cliente tem consciência do tempo 
(data, hora, dia) e de onde ele está. 
Orientação autopsíquica – em relação à identificação de si mesmo. 
Orientação alopsíquica – em relação à identificação dos outros. 
 
Atividade discursiva: 
À forma: a elocução pode ir desde o silêncio absoluto até a fala logorréica. 
Ao grau de comunicação: acessibilidade,autenticidade ,tendência ao monólogo, 
volume, tom e modulação da voz. 
 
Histórico do Paciente 
 Emocional: Estado de comportamento emocional; Sistemas de apoio; 
Autoconceito; Imagem Corporal; Humor; Sexualidade; Mecanismos de Enfrentamento. 
 Intelectual: Desempenho Intelectual; Resolução de Problemas; Nível educacional; 
Memória de longo prazo e recente. Padrões de comunicação; Intervalo de atenção; 
 Social: Situação Financeira; Atividades recreacionais; Linguagem primária; 
Herança cultural; Influências culturais; Recursos da comunidade; Fatores de risco 
ambiental; Relações sociais; Estrutura e apoio família. 
 Espiritual: Crenças e Significados; Exp. Religiosas; Rituais e práticas; Associação; 
Coragem. 
 Física e do Desenvolvimento:Percepção do est. de saúde; Terapias atuais; 
Fatores de risco; Ativ. e coordenação; Revisão dos sistemas; Crescimento e Maturidade; 
Ocupação; Capacidade de completar ativ. da vida diária (AVD). 
 
Segunda Parte: 
• Exame Fisico 
• Tecnicas do Exame Fisico. 
• Aplicacao das tecnicas do exame fisico. 
• Sinais Vitais 
 
Exame Físico – ênfase no PCI III. 
Objetivos do Exame Físico: 
• Coletar dados de referência sobre a saúde do paciente; 
• Suplementar, confirmar ou contestar dados obtidos no histórico; 
• Confirmar e identificar diagnósticos de enfermagem; 
• Realizar julgamento clínico sobre alterações do estado de saúde; 
• Avaliar resultados fisiológicos do tratamento. 
 
Técnicas do Exame Físico 
1. Inspeção (processo de observação): 
• Inspecionar o tamanho, forma, cor, simetria, posição e anormalidade em cada área; 
• Utiliza-se o sentido da visão; 
• Pode ser estática ou dinâmica. 
 
Principais aspectos que devem ser inspecionados no cliente: 
• Estado geral; 
• Nível de consciência; 
• Estado nutricional; 
• Linguagem; 
• Movimentação e postura. 
 
2. Ausculta (processo de aplicação da audição) 
• Ouvir sons ou ruídos produzidos pelos órgãos; 
•Usada para avaliar ruídos respiratórios normais e patológicos, bulhas cardíacas normais 
e suas alterações, fluxo sanguíneo passando pelos vasos e ruídos do trato intestinal. 
 
3. Percussão 
• Golpeamento leve de uma área a ser pesquisada. 
• Principais técnicas de percussão são: direta, dígito-digital, com borda da mão, punho 
percussão e de piparote. 
• É utilizada principalmente para se delimitar órgãos, detectar coleções de líquido ou de ar 
e perceber formações fibrosas teciduais. 
 
4. Palpação (utilização do sentido do tato) 
• Objetivo de explorar a superfície corporal (palpação superficial) e os órgãos internos 
(palpação profunda). 
• Confirma os dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como: Alteração 
da textura; Tamanho; Forma; Consistência; Sensibilidade (tátil, térmica, dolorosa); 
Elasticidade (turgor); Temperatura; Posição e característica de cada órgão; Resistência 
muscular; Presença de massas. 
 
Refletir 
• Como utilizaremos essas técnicas do exame físico no estágio do PCI III? 
• Qual é a importância dessas técnicas para a obtenção de dados na prática de 
enfermagem? 
 
Aplicação das técnicas no PCI III 
Inspeção: 
• Avaliar as condições gerais, isso é, condições de Higiene, expressão facial, modo de 
olhar, postura, condições físicas e contato/relações; 
• Avaliação do sistema tegumentar. 
Pele, Cabelo e Unhas 
• A pele fornece proteção externa ao corpo, regula a temperatura e age como órgão 
sensorial para dores, temperatura e toque. 
• A avaliação tegumentar inclui a pele, o cabelo, o couro cabeludo e as unhas. 
• A avaliação da pele pode revelar uma variedade de condições, incluindo alterações na 
oxigenação, circulação, nutrição, dano a tecidos e hidratação e higiene. 
Avaliação do Sistema Tegumentar 
• Iluminação homogênea e preferencialmente promovida pela luz solar (principalmente em 
pele escura), temperatura adequada do ambiente e posicionamento do cliente. 
• Inspeção geral panorâmica da pele, com o paciente despido, em posição ereta 
preferencialmente, e com a observação das faces anterior, posterior e lateral do corpo. 
• Pormenorizar as alterações ou desvios da normalidade, com a descrição de todos os 
caracteres dessas alterações. 
Avaliação da Coloração da Pele 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CIANOSE PERDA DA PIGMENTAÇÃO ERITEMA 
PALIDEZ ICTERÍCIA MARROM-BRONZEADO 
Albinismo: É a coloração branco-leitosa da pele em decorrência da falta congênita de 
melanina. 
Púrpura: Resultante do extravasamento de hemácias na derme. Quando menor que 1 
cm, denomina-se petéquia. Maior que 1 cm: Equimose 
Enantema: Eritema de mucosa. 
 
Manchas Pigmentares 
▪ Hipocromia: Mancha mais clara que a pele, decorrente da diminuição de melanina. 
▪ Acromia: Mancha sem cor decorrente da ausência de melanina. 
▪Hipercromia: Mancha escura, variável (castanho, azulado ou preto). Decorre geralmente 
do aumento de melanina. 
 
Lesões Elementares 
As lesões elementares representam as alterações do tegumento cutâneo, 
determinadas por processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, por 
distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação. 
 
Palpação (na avaliação da pele): 
Avaliação da Textura 
• Trama ou disposição dos elementos que constituem um tecido. A textura da pele é 
melhor avaliada deslizando-se as polpas digitais sobre a superfície cutânea, sendo 
possível constatar uma das seguintes alternativas: textura normal, lisa ou áspera, fina ou 
grossa, endurecida ou macia. 
 
Avaliação da Espessura 
• Lesões com alteração da espessura: 
• Edema – aumento da espessura, depressível. Resulta do acúmulo de líquido na derme 
e ou hipoderme. 
• Cicatriz – tecido fibroso formado após cura de uma ferida. 
 
Avaliação da Temperatura 
• É importante que se faça a distinção entre temperatura corporal e temperatura da pele. 
Para tal avaliação usa-se o dorso da mão ou dos dedos, comparando-se com o lado 
homólogo cada segmento examinado. 
 
Avaliação do Turgor 
• É a elasticidade da pele que pode ser reduzido por edemas e desidratação. 
• Avalia-se o turgor pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele que engloba 
tecido subcutâneo. 
• Indica conteúdo normal de água. 
 
Avaliação da Sensibilidade: 
Pode-se observar três tipos de sensibilidade 
• Sensibilidade dolorosa 
• Sensibilidade tátil 
• Sensibilidade térmica 
 
Avaliação da Umidade: 
• Usar as pontas dos dedos sem luvas para palpar superfícies observando maciez, 
secura, crostas e flocos. 
 
Avaliacao da Vascularizacao: 
• Petéquias: pequenos pontos roxos ou vermelhos na pele causados por pequenas 
hemorragias nas camadas da pele (problemas de coagulação, doenças hepática e uso de 
drogas); 
• Edema: Agregação de líquidos nos tecidos (traumatismos diretos ou retorno venoso 
prejudicado) – Edema de cacifo (+1=2mm (retorno rápido), +2=4mm (retorno de 10-15s), 
+3=6mm (1 a 2 min), +4=8mm (2 a 3 min). 
 
SINAIS VITAIS 
• Inspeção: Frequência Respiratória; 
•Palpação: Pulso Arterial, Temperatura e instrumento na verificação da Pressão Arterial. 
Pressão Arterial 
 
Temperatura: 
•Hipotermia Grave: <30ºC 
•Hipotermia Moderada: 30º - 34ºC 
•Hipotermia Leve: 34º - 36º C 
•Afebril: 36º a 37ºC 
•Estado febril: 37º C – 37,5ºC 
•Febre: > 37,5º C ( Febre – 38 - 38,9ºC; Pirexia- 39 - 40ºC; Hiperpirexia > de 40ºC) 
Pulso arterial: 
•Adulto: 60 a 100bpm (POTTER, 2005, p. 659) 
Frequência respiratória: 
•Entre 12 a 16 irpm (POTTER, 2005, p.659) 
Outras avaliações possíveis com a Inspeção 
Couro Cabeludo: Anormalidades no formato; Inflamações aparentes; Pediculose; 
Sujidade; Seborréia; Caspa; Cabelos secos e quebradiços. 
Pelos: Hipertricose ou hirsutismo: proliferação anormal de pelos; 
 Hipotricose: diminuição da quantidade de pelo 
 Alopecia: Queda geral ou parcial de pelos 
Conjutivite: inflamação da conjuntiva 
Blefarite: inflamação da borda cutâneo-mucosa 
Terçol: inflamação das glândulas Zeis e Moi 
Exoftalmia: Protusão do globo ocular 
Ptose: Queda de pálpebras 
Icterícia: deposição de pigmento (bilirrubina) 
Arco senil: Halo esbranquiçado 
Enoftalmia: Retração do globo ocular 
 
Nariz: Obstrução Nasal; Sujidade 
Pavilhão Auricular: Implantação Auricular; Sujidade 
Boca: Cianose ou palidez de lábios; Queilose (rachadura das comissuras labiais); Herpes 
labial; Ressecamento; Ausência de dentes; Halitose. 
Membros Superiores e Inferiores: Palidez; Rubor; Cianose; Edema; Dilatação venosa; 
Alterações cutâneas; Alteração da movimentaçãodas articulações; Limitação de 
amplitude; Alteração de massa muscular; Alterações de marcha (MMII); Varizes (MMII); 
Coloração acastanhada no terço inferior (MMII). 
 
Considerações ao PCI III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 – Conceitos de Trabalho e sua Evolução Histórica – Profª Márcia Lisboa 
 
 O QUE É TRABALHO? O QUE LEMBRA A PALAVRA TRABALHO? 
 - Tem muitos significados. Carrega emoção - dor, tortura, suor do rosto, fadiga, 
aflição, fardo. 
 - Operação humana de transformação da matéria natural em objeto de cultura. 
 - Homem em ação para sobreviver e realizar-se criando instrumentos e com esses, 
todo um novo universo com vinculações com a natureza. 
 ORIGEM DA PALAVRA TRABALHO 
Grego: fabricação 
 esforço (oposto a ócio) 
 pena (próximo a fadiga) 
Latim: laborare (ação de labor) 
 Operare (verbo que corresponde a opus [obra]) 
Francês: travailler 
 ouvrer ou oeuvrer 
 tâche (tarefa) 
Italiano: lavorare 
 operare 
Espanhol: trabajar 
 obrar 
Inglês: labour (esforço, cansaço) 
 work (criar) 
Alemão: arbeit (esforço, cansaço) 
 werk (criar) 
Estudante: 
Atendimento no PCI-III 
requer: 
➔ Conhecimento teórico 
➔Conhecimento técnico 
➔Cultura 
➔Atendimento holístico 
➔Ética 
 
↓ 
 
Qualidade Assistencial 
Pelos Acadêmicos de 
Enfermagem 
Clientes: 
Atendimento realizado 
pelo PCI-III traz: 
✗Educação em saúde 
✗Melhor qualidade de 
vida 
✗Aumento da autoestima 
✗Interesse pelo 
autocuidado 
✗Satisfação 
↓ 
Reconhecimento 
Do Enfermeiro na 
sociedade 
 
Português: labor (realizar uma obra que lhe expresse e que dê reconhecimento social e 
permaneça além da sua vida) 
 trabalho (esforço rotineiro e repetitivo, sem liberdade, de resultado 
consumível, incômodo inevitável) 
 
Do Dicionário: Operação das forças e faculdades humanas para alcançar determinado 
fim; atividade coordenada de caráter físico ou intelectual necessária a qualquer tarefa 
serviço ou empreendimento; exercício dessa atividade como ocupação permanente, 
ofício, profissão. 
 Outros significados mais particulares: dissertação, discurso, trabalhos de 
assembleia, serviço de uma repartição burocrática, deveres escolares dos alunos, 
processo de nascimento de uma criança: trabalho de parto. 
 Em nossa língua a palavra trabalho vem do latim “tripalium” (padecimento no 
cativeiro): sofrer - esforçar-se - laborar - obrar. 
 Trabalho físico e mental (intelectual) - não há predomínio de um sobre o outro, as 
coisas se superpõem. Trabalho é o esforço e também o seu resultado: a construção 
(ação) enquanto processo (edifício pronto). 
 O trabalho humano é diferente do trabalho animal, pois há intenção, liberdade, 
várias maneiras. Em física por ex. o trabalho é o nome do produto entre força e 
deslocamento que um corpo em movimento realiza no tempo. Em fisiologia: músculo 
realiza trabalho. Em sociologia: divisão social do trabalho. 
 
 CONCEITOS 
 “O significado de aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar 
determinado fim; atividade coordenada de caráter físico ou intelectual, necessária a 
qualquer tarefa, serviço ou empreendimento; exercício dessa atividade como ocupação 
permanente, ofício, profissão” (Ferreira, 1975) 
 Dicionário filosófico: o homem trabalha quando põe em atividade suas forças 
espirituais ou corporais, tendo por objetivo um fim sério que deve ser realizado ou 
alcançado. Mesmo que não se produza nada imediatamente visível com o esforço do 
estudo, o trabalho de ordem intelectual corresponde àquela definição tanto quanto o 
trabalho corporal, embora seja este que leve a um resultado exteriormente perceptível, 
um produto concreto ou uma mudança de estado ou situação. (Albornoz, 2002, p. 9). 
 O trabalho é uma relação peculiar entre os homens e os objetos, na qual se unem 
o subjetivo e o objetivo, o particular e o geral, através do instrumento, a ferramenta. 
(Hegel) 
 O trabalho do homem tem uma qualidade específica, distinta de um mero labor 
animal. “O que distingue o pior arquiteto da melhor das abelhas é que o arquiteto ergue a 
construção em sua mente antes de a erguer na realidade” (Marx) 
 Para Marx (1980:202): O trabalho é a relação do homem com a natureza. "É um 
processo de que participam o homem e natureza, processo em que o ser humano com 
sua própria ação impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza". 
 
 Significância do Trabalho: (CODO, SAMPAIO & HITOMI, 1992) 
 - Inserção dos indivíduos no mundo; 
 - Contribui para a formação da identidade humana; 
 - Contribui para a construção da subjetividade humana; 
 - Permite que os indivíduos participem da vida social. 
 
 TRABALHO: é a atividade desenvolvida pelo homem sob determinadas formas, 
para produzir riqueza. As condições históricas lhe dão validade e estabelecem o seu 
limite. 
 A história do trabalho começa quando o homem buscou os meios de satisfazer 
suas necessidades – a produção da vida material. Na medida em que a satisfação é 
atendida ampliam-se as necessidades dos outros - criam-se relações sociais – 
determinam a condição histórica do trabalho. 
 
 HISTÓRIA DAS CIVILIZAÇÕES 
PRIMEIRO ESTÁGIO DA ECONOMIA ISOLADA E EXTRATIVA - Grupo de pessoas 
ligadas por laços de sangue. Colhem frutos pescam, caçam segundo sua tradição. 
Rituais. Trabalho serve como subsistência. 
SEGUNDO ESTÁGIO: AGRICULTURA - Surge a propriedade, produto excedente, surge 
classe social ociosa, posse, direito de domínio (eu plantei o meu grão), trocas 
desiguais/relações de desigualdade. Guerra - quem perde fica para trabalhar para o novo 
senhor - a terra pode ser trabalhada por escravos, servos, ou camponeses -, origens da 
riqueza, incentivo ao trabalho artesanal, comércio/troca/moeda, burguesia (entre senhores 
feudais e os reis) - a burguesia determina até hoje as formas pelas quais se realiza o 
trabalho. Saber/tecnologia/colonização. 
TERCEIRO ESTÁGIO: REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Séc XVIII: Invenção da máquina a 
vapor - revolução tecnológica; Séc. XIX - uso da eletricidade; Séc XX automação (terceira 
onda da revolução industrial). 
 
 No mundo industrial falta o vínculo entre o trabalho e o resto da vida. A separação 
do trabalho do prazer leva-nos a atividades alienantes (lazer passivo), não criando senso 
crítico para mudanças. Enquanto isto, o mundo do trabalho não sofre críticas, continuando 
a dar lucros a seus donos (empresários). 
 
 E A SAÚDE DO TRABALHADOR? 
 Para falar do conceito de saúde do trabalhador temos que nos remeter ao conceito 
de medicina do trabalho e de saúde ocupacional. 
 
MEDICINA DO TRABALHO 
 Surgimento: 1ª metade do século XIX com a Revolução Industrial 
 Alto consumo da força de trabalho 
 Processo acelerado e desumano de produção 
 Intervenção sob pena de tornar inviável a sobrevivência e reprodução do próprio 
processo 
 O médico foi inserido nas fábricas com o objetivo de identificar processos danosos 
à saúde e auxiliar na recuperação do trabalhador para que o mesmo retornasse ao 
trabalho 
 Teoria da unicausalidade - para cada doença um agente etiológico que deveria ser 
identificado e as medidas de controle adotadas 
 A medicina do trabalho era um modelo que se limitava a adaptar e selecionar o 
trabalhador através de suas aptidões para realizações das atividades laborais- 
busca da máxima produtividade 
 Problema - identificar/diferenciar as doenças relacionadas ao trabalhocom outras 
doenças comuns na população 
 
 Os efeitos da II Guerra Mundial exigiram intensidade de trabalho e em condições 
adversas. Grande esforço industrial produzido no período pós-guerra. Os custos 
provocados pelas perdas de vidas nos acidentes de trabalho e doenças do trabalho 
começaram a serem também sentidos pelos empregadores e companhia de seguros 
pelas indenizações – seguro por invalidez – originando prejuízos financeiros. 
 A insatisfação dos trabalhadores em seus locais der trabalho aumentou, levando 
aos movimentos de melhorias das condições de trabalho e demais direitos trabalhistas. A 
medicina do trabalho foi ineficiente para intervir sobre os problemas de saúde dos 
trabalhadores. A resposta racional foi ampliar a atuação médica com relação ao 
trabalhador, intervindo também no ambiente. 
 
SAÚDE OCUPACIONAL 
 Surge nas grandes empresas a Saúde Ocupacional com a participação multi e 
interdisciplinar compondo uma equipe multiprofissional com ênfase na higiene industrial, 
influenciada inclusive pelas escolas de Saúde Pública (EUA) que já vinham discutindo as 
questões relacionadas ao trabalho e saúde. 
 Um conjunto de fatores de risco é considerado na produção da doença, avaliada 
através da clínica e de indicadores epidemiológicos, ambientais e biológicos de 
exposição e efeito. 
 Contudo mantinha-se uma prática medicalizada, de cunho individual e voltada para 
o mercado formal de trabalho. 
O CENÁRIO EM QUE SE DEU AS TRANSFORMAÇÕES DE S.O PARA S. DO T 
 Movimento social renovado, revigorado e redirecionado que surge nos países 
industrializados – segunda metade a década de 60 – onde se passa a questionar o 
sentido da vida, o valor da liberdade, o significado do trabalho e da vida, o uso do corpo e 
a denúncia de obsoletos valores já sem significado para a nova geração. 
 No Brasil a Saúde do trabalhador surgiu na década de 1980: Introdução de 
mudanças na legislação trabalhistas brasileira e principalmente em relação às questões 
de saúde e segurança do trabalhador. 
 O processo leva a exigência da participação do trabalhador nas questões de 
segurança e saúde – expressas em situações de sofrimento, doença e morte. 
 
 A saúde do trabalhador consiste na área de conhecimento que estuda o processo 
de saúde/doença dos grupos humanos, bem como sua relação com o trabalho e como 
trabalho pode levar ao agravamento de doenças e/ou propiciar o seu surgimento. 
 Tem como objetivo a promoção e a proteção da saúde do trabalhador através de 
ações de vigilância epidemiológica dos riscos presentes nos ambientes e a sua relação 
com as condições de trabalho. Deve-se considerar as atividades voltadas para a proteção 
e prestação da assistência aos trabalhadores, compreendendo procedimentos 
diagnósticos, tratamento e reabilitação de forma integrada. 
 “A Saúde do Trabalhador considera o trabalho enquanto organizador da vida social, 
como espaço de dominação e submissão do trabalhador pelo capital, mas igualmente, de 
resistência, de constituição e do fazer histórico. Os trabalhadores assumem o papel de 
atores, de sujeitos capazes de pensar e de se pensarem produzindo uma experiência 
própria, no conjunto das representações da sociedade”. 
 
 
 
 EXAME DE SAÚDE DO TRABALHADOR 
 Importante medida preventiva em saúde ocupacional, podendo denominá-los numa 
empresa de legais, empresariais, pessoais ou individuais. Inclui entre outros, a realização 
obrigatória dos exames médicos: 
 admissional e demissional, 
 periódico, 
 de retorno ao trabalho (afastamento), 
 mudança de função. 
 
 TRABALHO NA ENFERMAGEM 
 Origem guerreira/freiras (rituais)/pagã 
 Florence Nightingale 
 Anna Nery 
 Herdamos das americanas 
 A enfermagem é uma ciência humana, de pessoas e experiências, com um campo 
de conhecimentos, fundamentações e práticas que abrangem do estado de saúde ao 
estado de doença, e mediada por transações pessoais, profissionais, científicas, 
estéticas, éticas e políticas do cuidar de seres humanos. (LIMA) 
 
Aula 06 – Gênero e Trabalho; Homem e Mulher Trabalhadores – Profª Márcia Lisboa 
Gênero: é uma categoria própria das ciências sociais que permite compreender a 
construção social, cultural e histórica das relações entre os sexos. 
A perspectiva de gênero é uma abordagem teórica e metodológica que permite 
reconhecer e analisar as identidades, perspectivas e relações entre homens e mulheres, 
fundamentalmente as relações de PODER entre os sexos. 
Joan Scott: “o gênero é um elemento constitutivo de relações sociais baseado nas 
diferenças percebidas entre os sexos”. 
O gênero é uma forma primeira de significar as relações de poder (dimensão 
relacional, social e política). 
Mulheres: considera-se que a aptidão das mulheres que por um lado não é 
reconhecida pelo mercado de trabalho são características consideradas como naturais e 
inatas: destreza manual, paciência, perfeição, submissão, meiguice, passividade, 
dissimula o cansaço, produtora de cuidados, capacidade para exercer dupla ou tripla 
jornada de trabalho. 
Homens: distinguem-se do feminino por exclusão; masculinidade, fortaleza, força 
física, esperteza, superioridade, capacidade de liderança, reativo, que assumem riscos e 
exigências, reivindicador, maior opção para as funções e para o exercício profissional. 
Mulher como trabalhadora - pensar na sua integridade, como sujeito da produção e 
da reprodução. 
O capitalismo provoca na mulher uma dissociação: 
Ela é: igual como indivíduo que pode vender sua força de trabalho - ignora-
se suas especificidades. 
Diferente quando é vista como sujeito portador de uma identidade 
referenciada na esfera doméstica da reprodução, nas vivências próprias da feminilidade 
(gestação, parto). 
A qualificação da mulher desde a infância é nas tarefas monótonas, repetitivas, 
minuciosas - se estendem como mão de obra desqualificada. 
Essa dissociação condiciona extensa jornada de trabalho + jornada doméstica = 
dupla jornada de trabalho. 
O aumento da participação da mulher no mercado de trabalho não significa 
necessariamente igualdade de condições entre homem e mulher. 
 
Algumas questões existentes no contexto de trabalho da mulher: 
Jornada de trabalho. 
Ramos de atividades: ainda pode-se dizer que tem-se aquelas profissões 
verdadeiras reservadas no mercado para mulheres – escolha cultural arbitrada por 
mecanismos ideológicos. 
Carga física, assédio sexual, violência, controle das necessidades fisiológicas, a 
sexualidade, a reprodução, a desigualdade social, a exigência da “boa aparência”. 
OIT na 60 ª Conferência Internacional do Trabalho afirmou: “devem der adotadas 
todas as medidas necessárias para garantir o direito das mulheres ao trabalho como um 
direito inalienável de todo ser humano”. 
Em 1975 foi proclamado o Ano Internacional do Mulher. Contudo a realidade da 
mulher trabalhadora ainda era difícil. Hoje tem-se alguma mudança, mas ainda 
insuficiente. 
 
Trabalhadora doméstica: aspectos legais são desconhecidos pelas mesmas ou 
não cumpridos. 
Trabalhadora rural: ONU – 67% da força de trabalho rural dos países em 
desenvolvimento ; não tem seus direitos assegurados. 
Trabalhadora portadora de deficiência: 
- Dificuldades na formação profissional. 
- Acesso ao mercado de trabalho: atividades limitadas à camelô, empregadas 
domésticas, remuneração mais baixa que o mercado. 
 
A saúde no trabalho do H e da M: 
- Explicar as situações específicas da vida labora: incorporação no mercado de 
trabalho, discriminação, dupla jornada de trabalho. 
- Analisar os aspectos reconhecidamente patogênicos e os invisíveis (derivados da 
divisão da sociedade em gêneros).- Analisar os danos à saúde em função da dupla jornada. 
 
Causas da situação de saúde das mulheres no trabalho: 
- Conflitos decorrentes dos lugares de socialização 
- Tensão entre a relação “tempo doméstico- tempo social” 
- Falta de tempo para repor energias consumidas na dupla ou tripla jornada 
- Fatores sociais e familiares, sobrecarga física e mental, fadiga intensa 
- Situações decorrentes da saúde reprodutiva (abortos, carga hormonal da 
contracepção) 
 
Questões que a trabalhadora precisa conhecer: 
- Jornada de trabalho 
- Hora extra 
- Jornadas especiais ( insalubre, periculosidade, penosidade) 
- Trabalho noturno ( 20% sal. Min.) 
- Repouso semanal, férias, comissões, percentuais, gratificações, abono. 
Periculosidade 
 São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação 
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aqueles que, por sua natureza ou métodos de 
trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições 
de risco acentuado. 
 "O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional 
de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou 
participações nos lucros da empresa." 
A periculosidade foi regulamentada pela Norma Regulamentadora Nº 16, por meio 
de dois anexos. 
A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo 
as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de PERÍCIA a cargo de 
Engenheiro do Trabalho ou Médico do Trabalho, registrados no Ministério do trabalho. 
 
 "O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade 
cessará com a eliminação do risco ã sua saúde ou integridade física..." 
 
Insalubridade 
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua 
natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes 
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da 
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 
A insalubridade foi regulamentada pela Norma Regulamentadora No 15, por meio 
de 14 anexos. 
 
Penosidade 
Adicional de penosidade encontra-se previsto no artigo 7º, inciso XXIII da 
Constituição da República, inserido no mundo jurídico juntamente com o adicional de 
insalubridade e periculosidade. 
Trata-se de uma modalidade de indenização que será destinada a todo tipo de 
atividade que, embora não cause efetivo dano à saúde do trabalhador, possa tornar sua 
atividade profissional mais sofrida, desde que não percebam qualquer outro adicional. 
Por exemplo: os trabalhadores que exercem sua atividade de pé, ou tenham que 
enfrentar filas, ou se sujeitem ao sol ou à chuva, ou trabalhem sozinhos, tenham que 
levantar muito cedo ou muito tarde, ou com produtos com odores extremamente 
desagradáveis. 
 
Revistas Femininas 
 As seguintes pérolas foram extraídas de revistas Femininas da década de 60. Cabe 
nossa reflexão: 
Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças, 1957). 
Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e 
provas afeto. (Revista Cláudia, 1962). 
A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora 
de casa. (Jornal das Moças, 1945). 
A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, nada de incomodá-lo 
com serviços domésticos. (Jornal das Moças, 1959) 
A esposa deve vestir-se depois de casada com a mesma elegância de solteira, pois 
é preciso lembrar- se de que a caça já foi feita, mas é preciso mantê-la bem presa. (Jornal 
das Moças, 1955) 
Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete. 
Tenha cinzeiros espalhados por toda casa. (Jornal das Moças, 1957) 
A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher 
por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, 
exatamente como ele a idealizara. (Revista Claudia, 1962) 
Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na 
verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (Revista Querida, 1954) 
O noivado longo é um perigo. (Revista Querida, 1953) 
É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal das 
Moças,1957) 
E para finalizar a “mais mais” de todas: O LUGAR DE MULHER É NO LAR. O 
TRABALHO FORA DE CASA MASCULINIZA. (Revista Querida, 1955). 
 
Aula 07 – Práticas Integrativas e Complementares de Saúde no Cuidado de 
Enfermagem: Introdução ao tema – Profª Neide Titonelli 
 
Definição: emprego de recursos naturais no cuidado à saúde. São práticas que recusam 
o uso de substâncias químicas que não existam na natureza. 
Exemplos de PICS 
•As diversas tecnologias de intervenção em saúde oriundas da Medicina 
Tradicional Chinesa e outras difundidas no Ocidente: acupuntura, fitoterapia, shiatsu, 
massoterapia, essências florais, cromoterapia, argiloterapia, trofoterapia. 
 
Princípios Fundamentais das PICS 
•Abordam de modo integral e dinâmico o processo saúde-doença. 
•Envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de 
prevenção de agravos e recuperação da saúde com ênfase na escuta acolhedora, no 
desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano com o meio 
ambiente e a sociedade. 
•Podem ser utilizadas de forma isolada ou integrada com outros recursos 
terapêuticos, naturais ou não. 
•Dispõem de práticas corporais complementares que se constituem em ações de 
promoção e recuperação da saúde e prevenção de doenças. Logo, não se preocupam 
restritamente com a doença e o corpo do doente. 
•São práticas que incentivam o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a 
participação social. Daí a colocação de que os princípios destas práticas vêm ao encontro 
da forma pela qual concebemos o cuidado e a ética que o envolve. 
 
Práticas Integrativas e Complementares de Saúde - PICS 
•Integram as vivências e experiências do ser humano, pessoais e coletivas, de 
viver e de se cuidar, em uma concepção holística. 
•Englobam aspectos físicos, socioculturais, emocionais, mentais e ambientais, de 
forma interativa e interdependente. O potencial de reequilíbrio e autocura do sujeito são 
estimulados. 
A Relação no Cuidado 
•Existem dois sujeitos partícipes do processo do cuidado. 
•Valoriza o que o cliente sabe, pensa, crê e deseja, associado às suas expectativas 
e concepções sobre saúde e doença. 
 
 
Tamires
Realce
Nesta visão 
→ Usuários dos serviços de saúde: sujeitos protagonistas. 
 SUS: oferecer tecnologias compatíveis com a realidade sociocultural das pessoas, 
considerando seus saberes e práticas de saúde. 
→ Valoriza o ser humano na sua inteireza. 
 
A Inserção das PICS no Sistema Único de Saúde 
•Portaria do Ministério da Saúde nº 971, de 03 de maio de 2006. 
- Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no 
Sistema Único de Saúde. 
- Caráter nacional. Recomenda a adoção pelas Secretarias de Saúde dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, da implantação e implementação das ações e 
serviços relativos às Práticas Integrativas e Complementares de Saúde. 
Os órgãos e entidades do Ministério da Saúde, cujas ações se relacionem com o 
tema, devem promover a elaboração ou a readequação de seus planos, programas, 
projetos e atividades. 
Em 1997 o Conselho Federal de Enfermagem, através da Resolução nº 197 → 
estabelece e reconhece as Terapias Alternativas como especialidade e/ou qualificação do 
enfermeiro. 
 
Integralidade em saúde 
•Pensar a saúde na perspectiva da integralidade implica considerar para além dos 
parâmetros biológicos universais, os incorporando aos processos terapêuticosdos 
profissionais. 
•Respeito ao conjunto de crenças, percepções e valores dos grupos sociais que 
influenciam a forma como as pessoas vivenciam os processos de adoecimento. 
Para tanto, 
•Rever os modelos de atenção em saúde que extrapolem a perspectiva 
reducionista e fragmentária da biomedicina, por uma concepção nova paradigmática 
pautada na integralidade. 
•Ampliar as intervenções em saúde, deslocando o foco, das intervenções 
circunscritas ao combate dos sintomas da doença para ações afetas às necessidades em 
saúde e as demandas de cuidado dos sujeitos e coletividades. 
 
Aplicabilidade das PICS 
•Implicações: ética; política; ideológica; cultural; econômico; científicas. 
 
REFLEXÕES 
•A academia ensina e sustenta o processo ensino-aprendizagem no saber 
acadêmico-científico. 
•Necessidade de ampliação do conhecimento para além da dimensão biológica e 
em torno de outros recursos que hoje estão sendo objeto de reflexão crítica. 
 
Aspecto Ético e Legal 
•Muitos profissionais se debatem na tentativa de garantir cada qual para si, a 
exclusividade de saberes e práticas. 
•Viável a incorporação de conhecimentos herdados de outras culturas e 
pensamentos na formação acadêmica e prática profissional, desde que o profissional 
mantenha-se em constante atualização técnica na busca de novos ou resgatados 
conhecimentos. 
 
PESQUISAS DESENVOLVIDAS PELO NUCLEARTE 
Práticas utilizadas pelos sujeitos 
•Reiki, shiatsu, acupuntura, fitoterapia, florais, cromoterapia, diferentes tipos de 
massagem. 
 
Principais indicações: dores musculares, depressão e síndrome do pânico. 
Circunstâncias de utilização: insatisfação e sensação de limites impostos à 
atuação e interação com o outro; último ou único recurso. 
 
Concepções de enfermeiros acerca da inserção de PICS 
Principais resultados: 
Práticas vitalizadoras da energia humana → integra a pessoa à natureza, nela 
envolvendo o contexto e outros seres que a integra. 
Potencializam a relação do cuidado → cliente e profissional mais presentes e 
ativos. Rompem com as fronteiras disciplinares e fortalecem a perspectiva interdisciplinar 
do cuidado. 
 
Limites da aplicabilidade de PICS 
•Dificuldade em rever os paradigmas que sustentam os modelos assistenciais → 
rigidez em aceitar mudanças ou por conformismo. 
•Fragilidades relacionadas à falta de regulamentação das PICS. 
•Formação profissional cunhada ao modelo biomédico. 
•Desconfiança. 
•Falta de conhecimento. 
•Preconceito. 
 
Possibilidades 
•Filosofia institucional como facilitadora 
•Enfoque humanístico, pautado na integralidade do ser. 
•Qualifica o cuidado: interação, toque, solidariedade, troca de energia. 
 
Pesquisas concluídas 
•Dissertações de mestrado 
→ Práticas Integrativas e Complementares de Saúde na Concepção de Clientes 
Usuários: uma análise sob o enfoque ético do cuidado de enfermagem. 
→ Acupuntura no conjunto das intervenções de enfermagem: um diálogo 
transparadigmático. 
 
•Teses de doutorado 
→ Educação em saúde facilitada por música: uma estratégia de cuidado e 
pesquisa em enfermagem junto a sujeitos com Diabetes Mellitus tipo 2. 
→ Encontros musicais: uma estratégia de cuidado de enfermagem junto a sistemas 
familiares no contexto da quimioterapia. 
 
Pesquisas em andamento 
● Tese de doutorado 
→ Efeitos da acupuntura associados ao tratamento convencional na intervenção de 
diagnósticos de enfermagem de pessoas com hipertensão arterial primária. 
 
● Dissertação de mestrado 
→ Efeitos da acupuntura no tratamento de crianças e adolescentes portadores de 
fibrose cística. 
 
Aula 08 – Cuidado de Enfermagem e o Uso de Plantas Medicinais- Profª Neide 
Titonelli 
 
Plantas medicinais: são aquelas que trazem, na sua composição físico-química, 
potencialidades terapêuticas cujas finalidades incluem a preservação da saúde, 
tratamento de males e restauração do bem-estar do ser humano. 
Fitoterapia: mais utilizado no espaço acadêmico, das investigações científicas e estudos 
voltados à saúde humana. 
Emprego de plantas com propriedades terapêuticas 
•Não se baseia tão somente no saber do senso comum. Muitas delas estão sendo 
estudadas e demonstradas cientificamente. 
•Proposta no cuidado de enfermagem: 
- compartilhamento de saberes e práticas - como utilizar as plantas nos 
espaços comuns da vida cotidiana das pessoas. 
 
De que modo? 
- Plano coletivo de ação que implique na necessária revisitação do paradigma que 
sustenta as práticas de saúde vigente. 
* valorizar a participação ativa e questionadora dos clientes, sujeitos do 
cuidado. 
* respeito ao modo de viver e aos saberes e práticas de cuidar dos clientes: 
questão ética. 
 
Formas de Preparo das PM 
- Cataplasma 
- Compressa 
- Decocção 
- Inalação 
- Infusão 
- Suco ou sumo 
- Xarope 
 
Orientações gerais aos usuários de plantas medicinais 
•Apesar das plantas medicinais serem um método natural ela pode fazer mal, ou 
seja, causar toxidade ou efeito adverso ao organismo. 
•Não devem ser consideradas inofensivas. 
•Não utilizar nenhuma planta que não conheça seus efeitos. 
•Cuidado: há muitas plantas de aparência semelhante, mas NÃO são iguais. 
•Locais de plantio. NÃO pode cultivá-las: 
- locais poluídos, terras contaminadas por produtos químicos, fezes de animais, próximos 
de gases poluentes, como os dos automóveis. 
•Verificar o local de armazenamento das plantas: folhas secas devem ser 
acondicionadas em recipiente de vidro, ao abrigo da luz. 
•Tome cuidado com a combinação das plantas entre si e com drogas alopáticas. 
Podem potencializar o efeito das plantas, tornando-as tóxicas ao organismo. 
•Nenhuma planta deve ser consumida por longo período. 
•A dose recomendada à criança é sempre a metade a do adulto 
•Verifique sempre o estado de conservação da planta: se possui mofo, insetos, 
fezes de animais. 
•O uso de chá diário não deve ultrapassar três a quatro copos ao dia. 
 
Pesquisas produzidas pelo Nuclearte 
•“Enfermagem fundamental e seus nexos com o uso de práticas naturais de saúde – o 
exemplo das farmácias vivas”. 
Contou com o auxílio financeiro da FAPERJ e a participação de 06 bolsistas de 
iniciação científica: CNPq/balcão, PIBIC, FAPERJ. 
O projeto foi desenvolvido em dois hospitais universitários do Rio de Janeiro e 
outros hospitais públicos do município do Rio de Janeiro, além de uma comunidade 
circunvizinha à UFRJ. Os sujeitos se constituíram de estudantes universitários da área da 
saúde, clientes dos hospitais em nível ambulatorial e de internação, e pessoas adultas 
moradoras da comunidade mencionada. Ao todo, participaram 172 sujeitos. 
 
Alguns resultados da pesquisa 
- Emprego indiscriminado. 
- Não passa pela preocupação com a cientificidade, tampouco de tornar-se nocivo ao 
organismo humano. 
- Experiência empírica. 
- Pressupõe ajuda e solidariedade 
- Recurso autêntico do saber popular. 
 
Plantas que emergiram com maior destaque 
- Erva-cidreira, boldo, erva-doce, camomila, capim-limão, saião, hortelã, guaco, 
pata de vaca, poejo, carqueja, espinheira santa e erva-de-santa-maria. 
- Principais finalidades terapêuticas: efeitos calmantes, dores musculares e no 
combate aos problemas digestivos e respiratórios. 
 
Alguns resultados da pesquisa 
- Os usuários das plantas medicinais quase sempre desconhecem seus efeitos 
indesejáveis, considerando-as inofensivas. 
- Concepção popular de que por se tratar de um recurso natural, não oferece risco 
à saúde. 
 
Justificativa do uso 
- Eficácia das mesmas, seja como profilaxia de doenças ou manutenção da saúde. 
- Baixo custo, quando comparadas com os remédios alopáticos. 
- Frustração sentida pelas pessoas devido à falta de resolutividade dos meios 
convencionais de tratamento

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