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Notas de aula prática 5 (Mec. Solos I)

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1
 
 
Notas de aula prática de Mecânica dos Solos I 
(parte 5) 
 
 
 
Helio Marcos Fernandes Viana 
 
Tema: 
 
Aula prática: Ensaios de determinação dos índices 
físicos, e ensaio de granulometria 
 
 
 
Conteúdo da aula prática 5 
 
1 Ensaios de determinação dos índices físicos 
 
2 Ensaio de granulometria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
1 Ensaios de determinação dos índices físicos 
 
1.1 Introdução 
 
 
 Os principais ensaios de determinação dos índices físicos, que são usados 
rotineiramente nos laboratórios são: 
 
 -> Ensaio de peso específico natural; 
 -> Ensaio de teor de umidade; e 
 -> Ensaio de peso específico dos sólidos. 
 
 A seguir, são apresentados as principais características, e procedimentos 
dos ensaios usados na determinação dos índices físicos. 
 
 
1.2 Ensaio peso específico natural 
 
 
 A determinação do peso específico natural pode ser feita por vários 
métodos: método do corpo-de-prova moldado em laboratório, método do frasco e 
areia, etc. 
 
 Nesta parte do curso de Mecânica dos solos I, será considerada a 
determinação do peso específico natural pelo método do corpo-de-prova moldado 
em laboratório. 
 
OBS. A determinação do peso específico natural do solo pelo ensaio do frasco e 
areia, é mais usado para controle de compactação de aterros no campo; O ensaio 
frasco e areia e não é usado rotineiramente em laboratórios. Para obter detalhes 
deste ensaio consulte Caputo (2007) volume 1. 
 
 
1.2.1 Determinação do peso específico natural do solo pelo método do corpo-
de-prova moldado em laboratório 
 
 
 Os principais procedimentos do ensaio peso específico natural com corpo-
de-prova moldado em laboratório são os que se seguem: 
 
a) Retira-se do canto de um bloco indeformado de solo uma amostra prismática 
cujas dimensões são 8x8x15 cm como mostra a Figura 1.1b; 
 
b) Terminada a retirada da amostra prismática de 8x8x15 cm, deve-se aplicar 
parafina sobre as partes descobertas do bloco indeformado de onde foi tirada a 
amostra prismática de 8x8x15 cm; 
 
 
 
 
 
 3
 
 
Figura 1.1 - Bloco indeformado (a), amostra prismática (b), e corpo-de-prova 
(c), para determinação da massa específica natural 
 
 
 
c) Então, inicia-se a moldagem de um corpo-de-prova cilíndrico retirando o excesso 
de solo do topo e da base da amostra prismática 8x8x15 cm, que foi retirada do 
bloco indeformado. Assim sendo, a altura da amostra prismática deve ficar entre 
10,5 e 13,0 cm, e o topo e a base da amostra prismática devem ser aplainados 
(tornados planos); 
 
d) Na sequência, a amostra prismática é levada para o torninho de talhagem, e com 
o auxílio de uma faca ou espátula, retira-se o excesso de solo lateral da amostra 
prismática, até a mesma se tornar em um corpo-de-prova cilíndrico; 
 
e) Após a talhagem, o corpo-de-prova cilíndrico moldado no torninho de talhagem 
deverá possuir, aproximadamente, 12,5 cm de altura e 5 cm de diâmetro, como 
mostra a Figura 1.1c; 
 
f) A determinação do volume do corpo-de-prova é feita a partir da média de 5 (cinco) 
determinações da altura do corpo-de-prova; e a partir média de 5 (cinco) 
determinações do diâmetro do corpo-de-prova como recomenda Nogueira (2001); 
 
OBS. Para fazer as determinações da altura e do diâmetro do corpo-de-prova utiliza-
se um paquímetro. 
 
g) Após a determinação do volume do corpo-de-prova; Então, o corpo-de-prova é 
levado para uma balança para determinar seu peso; e 
 
h) Finalmente, dividi-se o peso do corpo-de-prova pelo seu volume, e então, 
determina-se a peso específico natural do solo. 
 
 A Figura 1.2 ilustra a talhagem do corpo-de-prova no torninho de talhagem 
para o ensaio peso específico natural. 
 
 
 
 4 
 
 
Figura 1.2 - Talhagem do corpo-de-prova no torninho de talhagem para o 
ensaio peso específico natural 
 
 
1.2.2 Equipamentos utilizados no ensaio de peso específico natural do solo 
 
 
 No ensaio de peso específico natural do solo são utilizados os seguintes 
equipamentos: 
 
 a) Faca ou espátula de talhagem do corpo-de-prova; 
 b) Torninho de talhagem do corpo-de-prova; 
 c) Panela para conter a parafina derretida; 
 d) Fogão de uma boca para derreter a parafina; 
 e) Pincel para aplicar a parafina na amostra indeformada; 
 f) Balança capaz de pesar 1 kg, com precisão de 0,01 g; e 
 g) Paquímetro. 
 
OBS. Para realização do ensaio também é necessário que a parafina seja aplicada 
no bloco indeformado, após a retirada da amostra para moldagem do corpo-de-
prova. 
 
 
 
 5
1.2.3 Considerações finais acerca da determinação do volume do corpo-de-
prova para o ensaio de peso específico natural 
 
 
As 5 (cinco) determinações da altura do corpo-de-prova são feitas com um 
ângulo de cerca de 70º entre cada determinação de altura. 
 
As 5 (cinco) determinações do diâmetro do corpo-de-prova são feitas, 
aproximadamente, em: 0,1.h; 0,3.h; 0,5.h; 0,7.h; e 0,9.h, onde h é a altura do corpo-
de-prova. 
 
 
1.3 Ensaio teor de umidade 
 
 
 O ensaio teor de umidade é o ensaio mais utilizado na mecânica dos solos. 
 
 
1.3.1 Principais procedimentos do ensaio teor de umidade, que é geralmente 
realizado no laboratório 
 
 
 Os principais procedimentos do ensaio teor de umidade do solo, que é 
geralmente utilizado em laboratório são os que se seguem: 
 
a) Toma-se uma porção cerca de 50 g de solo, colocando-a numa cápsula com 
tampa; 
 
b) O conjunto solo úmido mais cápsula é pesado em uma balança com precisão de 
0,01 g; 
 
c) Na sequência, a cápsula é destampada e levada à estufa até a constância de 
peso, isto é, até o solo ficar seco. Geralmente, 24 h é o tempo necessário para o 
solo secar na estufa entre 105 e 110 oC; 
 
d) Após o solo secar, pesa-se o conjunto solo seco mais cápsula; e 
 
e) Finalmente, pode-se calcular o teor de umidade do solo com base na seguinte 
equação: 
 
 (1.1) 
em que: 
 W = teor de umidade; 
 P2 = peso do solo úmido mais peso da cápsula; 
 P1 = peso do solo seco mais peso da cápsula; e 
 P0 = tara ou peso da cápsula. 
 
OBS. Existe um método de determinação rápida do teor de umidade do solo 
chamado SPEED, o qual é usado para controle de compactação de aterros no 
campo; A determinação do teor de umidade pelo método SPEED será apresentada 
em uma aula futura relacionada à compactação dos solos. 
%100.
PP
PPW
01
12
−
−=
 6 
1.3.2 Equipamentos utilizados no ensaio teor de umidade do solo 
 
 
 No ensaio teor de umidade do solo são utilizados os seguintes 
equipamentos: 
 
 a) Cápsula de alumínio; 
 b) Balança capaz de pesar 1 kg de solo, com precisão de 0,01 g; 
 c) Estufa capaz de manter temperatura entre 105 e 110 oC; e 
 d) Pinça para retirar a cápsula quente da estufa. 
 
 
1.4 Ensaio peso específico dos sólidos 
 
 
 O peso específico dos sólidos é um índice físico importante para traçado da 
curva de distribuição granulométrica dos solos, que é usada na classificação dos 
solos. 
 
 
1.4.1 Principais características do ensaio de peso específico dos sólidos 
 
 
 O ensaio de peso específico dos sólidos possui as seguintes características: 
 
i) Primeiramente, toma-se uma amostra de 250 g de solo passante na peneira # 4,8 
mm; 
 
ii) Determina-se a umidade da amostra de 250 g; 
 
iii) Em seguida, da amostra de 250 g, toma-se uma porção de cerca 60 g para solos 
arenosos, ou de cerca de 50 g para solos argilosos; 
 
iv) Coloca-se a porção de 50 ou 60 g (conforme o tipo de solo) em um Béquer com 
água destilada, e então, deixa-se a mistura em repouso por 12 horas; 
 
v) Na sequência, transfere-se a mistura em repouso para o copo do dispersor, e 
acrescenta-se água destilada até metade do copo dispersor, e então,dispersar a 
mistura durante 15 minutos; 
 
vi) Após a dispersão, transfere-se a mistura, cuidadosamente, para o picnômetro, e 
completa-se com água destilada até a metade do picnômetro. Então, 
posteriormente, aplica-se 15 minutos de vácuo ao picnômetro; 
 
vii) Em seguida, acrescentar-se mais água destilada ao picnômetro, até 1 cm abaixo 
da base do gargalo, e então aplica-se mais 15 minutos de vácuo ao picnômetro; 
 
OBS(s). 
a) Gargalo é a parte tubular do picnômetro; e 
b) O vácuo aplicado à mistura solo mais água destilada serve para remoção do ar 
aderente as partículas de solo. 
 7
viii) Após aplicação de vácuo, acrescenta-se água destilada ao picnômetro até que a 
base do menisco coincida com a marca de referência no gargalo do picnômetro; 
 
OBS. Menisco é a superfície curva que aparece nos líquidos quando estão em 
tubos finos. 
 
ix) Nesta fase, cuidadosamente, pesa-se o picnômetro, e determina-se a 
temperatura do conteúdo do picnômetro; 
 
xi) Após, pesar o picnômetro, calcula-se o peso específico dos sólidos do solo, que 
está sendo ensaiado; e 
 
xii) Finalmente, realiza-se um novo ensaio, com uma segunda porção de solo, pois o 
resultado final do ensaio peso específico dos sólidos será uma média de 2 (dois) 
ensaios, quando os resultados dos 2 (dois) não diferirem mais de 0,02 g/cm3. 
 
 
1.4.2 Equação para cálculo do peso específico dos sólidos 
 
 
 O peso específico dos sólidos pode ser obtido com base na seguinte 
equação: 
 
 (1.2) 
em que: 
γS = peso específico dos sólidos (g/cm3); 
γW = peso específico da água (em g/cm3), na temperatura T (oC) 
P1 = peso da amostra de solo úmido utilizada no ensaio (g); 
P2 = peso do conjunto: picnômetro, solo, e água (em g), na temperatura T (oC); 
P3 = peso do conjunto: picnômetro e água (em g), na temperatura T (oC); e 
W = teor de umidade do solo (%). 
 
OBS(s). 
a) P2 é determinado, quando a base do menisco de água coincide com a marca no 
gargalo do picnômetro; 
b) No ensaio de peso específico dos sólidos usa-se, apenas, água destilada; e 
c) g = gf (grama força), e se relaciona à força peso. 
 
 
1.4.3 Principais equipamentos utilizados no ensaio de peso específico dos 
sólidos 
 
 
 Os principais equipamentos utilizados no ensaio de peso específico dos 
sólidos são: 
a) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 oC; 
b) Aparelho dispersor, com hélices metálicas substituíveis, e com copo munido de 
chicanas metálicas; 
c) Picnômetro de 500 cm3, devidamente calibrado a 20 oC; 
d) Bomba de vácuo com registros, vacuômetro e conexões, que é capaz de aplicar 
um vácuo de 88 kPa (ou 66 cm de Hg, mercúrio, a 0 oC), para remoção do ar 
aderente as partículas de solo; 
[ ] W231 1S PP)W100/()100P(
)W100/()100P( γ×−++×
+×=γ
 8 
e) Termômetro de 0 a 50 oC, graduado em 0,1 oC; 
f) Balança que permita pesar nominalmente até 1,5 kg, com resolução de 0,01 g; 
g) Funil de vidro; 
h) Bureta com diâmetro que passe pelo gargalo do picnômetro; 
i) Conta-gotas; 
j) Cronômetro; 
l) 2 béqueres com capacidade de 250 cm3; e 
m) Toalha de mão para secar eventuais partículas de água na superfície externa do 
picnômetro. 
 
OBS. Além do solo, para realização do ensaio é necessário água destilada. 
Portanto, o laboratório deverá possuir um destilador de água. 
 
 
1.4.4 Padronização do ensaio de massa específica dos sólidos 
 
 
 A norma utilizada para o ensaio é a NBR 6508 (1984) da ABNT, intitulada: 
Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm - determinação da massa 
específica. 
 
OBS. Optou-se por utilizar o termo peso específico, por entender que este termo 
atende melhor ao conceito de força da Física, e também porque este termo está de 
acordo com Caputo (2007) e com Pinto (2006). 
 
 A Figura 1.3 ilustra amostras de solos, que ficaram em repouso em água 
destilada por 12 horas para realização dos ensaios peso específico dos sólidos. 
 
 
 
Figura 1.3 - Amostras de solos, que ficaram em repouso em água destilada por 
12 horas para realização dos ensaios peso específico dos sólidos 
 
 9
 A Figura 1.4 ilustra um picnômetro e outros acessórios, tais como: bomba de 
vácuo, balança, cronômetro, termômetro e etc., utilizados no ensaio peso específico 
dos sólidos, no Laboratório de Transportes da Escola de Engenharia de São Carlos - 
USP. 
 
 
 
Figura 1.4 - Picnômetro e outros acessórios, tais como: bomba de vácuo, 
balança, cronômetro, termômetro e etc., utilizados no ensaio 
peso específico dos sólidos 
 
 Figura 1.5 mostra um picnômetro conectado à bomba de vácuo para retirada 
das bolhas de ar da água, durante o ensaio de peso específico dos sólidos. 
 
 
 
Figura 1.5 - Picnômetro conectado à bomba de vácuo para retirada das bolhas 
de ar da água, durante o ensaio de peso específico dos sólidos 
 
 10 
2 Ensaio de granulometria 
 
 
A mediada do tamanho das partículas constituintes do solo é feita por meio 
da granulometria, e a representação dessa medida se dá por meio da curva de 
distribuição granulométrica. 
 
 Através da curva de distribuição granulométrica, e dos resultados dos 
ensaios LL e LP é possível classificar o solo pelos sistemas HRB (Highway 
Research Board, atual TRB) e USCS (Unifield Soil Classification System). 
 
 A curva de distribuição granulométrica é o resultado final do ensaio de 
granulometria. 
 
OBS. TRB significa Trasportation Research Board. 
 
 
2.1 Principais características do ensaio de granulometria 
 
 
 O ensaio de granulometria pode ser dividido em quatro partes, as quais são: 
 
a) Fase de divisão da amostra; 
b) Fase de sedimentação; 
c) Fase de peneiramento fino; e 
d) Fase de peneiramento grosso. 
 
a) Características da fase de divisão da amostra 
 
 As principais características da fase de divisão da amostra para o ensaio de 
granulometria são as que se seguem: 
 
i) Inicialmente, toma-se uma amostra de solo seca ao ar, do material passado na 
peneira 76 mm; 
 
OBS. A quantidade de amostra a ser tomada para o ensaio de granulometria, 
depende da dimensão máxima do grão encontrado no solo como indica a Tabela 
2.1. 
 
Tabela 2.1 - Tamanho da amostra para ensaio de granulometria em função da 
dimensão dos maiores grãos 
 
 
 
d < 5 1
5 < d < 25 4
d > 25 8
Dimensão (d) dos maiores grãos 
contidos na amostra, determinada 
por obsevação visual (mm)
Quantidade míma da 
amostra (kg)
 11
ii) Em seguida, determina-se o peso da amostra seca ao ar (Mt); 
 
iii) Após pesar a amostra seca ao ar, deve-se passar a amostra pela peneira 2 mm, 
e então, determinar o peso de solo retido na peneira de 2 mm (Mg); 
 
iv) Na sequência, cuidadosamente, deve-se separar o material retido na peneira 2 
mm para fase o peneiramento grosso; 
 
v) Quanto ao material que passa na peneira de 2 mm, deve-se determinar umidade 
higroscópica (água higroscópica é a água que se encontra em um solo seco ao ar 
livre); e 
 
vii) Finalmente, determina-se o peso total da amostra seca (Ms), com base na 
seguinte equação: 
 
 
 (2.1) 
 
em que: 
 Ms = peso total da amostra seca; 
 Mt = peso da amostra seca ao ar; 
 Mg = peso do material retido na peneira de 2 mm; e 
 W = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm. 
 
b) Características da fase de sedimentação 
 
i) Inicialmente, deve-se tomar uma porção do solo, que passou na peneira de 2 mm, 
para determinação da umidade higroscópica (a umidade será a média de três 
determinações); 
 
OBS: Água higroscópica é a água que se encontra em um solo seco ao ar livre. 
 
ii) Na sequência, deve-se tomar uma porção do solo, que passou na peneira de 2mm, para o ensaio de sedimentação. Î A porção será de 120 g para solos arenosos 
ou de 70 g para solos argilosos; 
 
iii) A porção de solo tomada, anteriormente, deve ser misturada com 125 cm3 de 
uma solução de hexametafosfato de sódio, e então, deve-se deixar a mistura em 
repouso por 12 horas, no mínimo; 
 
iv) Após o repouso da mistura, deve-se levar a mistura ao dispersor e dispersá-la por 
15 minutos; 
 
v) Após a dispersão da mistura, deve-se, transferir a mistura para proveta de 1000 
cm3, e completar a proveta com água destilada até o traço correspondente a 1000 
cm3 (ou ml); 
 
vi) Nesta fase, a proveta deverá ser agitada por 1 min., e então, a proveta será 
colocada sobre uma mesa e o cronômetro será disparado; 
 
Mg100
)W100(
)MgMt(MS +×+
−=
 12 
vii) Após disparar o cronômetro, deve-se colocar o densímetro na proveta e realizar 
leituras para 30 segundos, e para 1 e 2 minutos; 
 
viii) Na sequência do ensaio, deve-se retirar o densímetro da proveta, mas recolocá-
lo para as leituras de 4, 8, 15 e 30 minutos, e também para as leituras de 1, 2, 4, 8 e 
24 horas; e 
 
OBS. Após cada leitura no densímetro; Então, o densímetro é retirado da proveta, e 
é realizada a medida da temperatura na proveta. 
 
ix) Finalmente, deve-se realizar os cálculos da fase de sedimentação. 
 
 A Figura 2.1 mostra uma foto tirada durante os ensaios de granulometria 
conjunta, realizados por um engenheiro no Laboratório de Transportes da Escola de 
Engenharia de São Carlos - USP. Percebe-se, na foto, alguns solos sendo 
ensaiados nas provetas sobre a mesa, e o engenheiro segurando em uma das mãos 
o densímetro utilizado no ensaio. 
 
 
 
 
 
Figura 2.1 - Alguns ensaios de granulometria sendo realizados por um 
engenheiro no Laboratório de Transportes da Escola de 
Engenharia de São Carlos - USP 
 
 
 
 
 
 
 13
c) Características da fase de peneiramento fino 
 
i) Após a leitura de 24 horas, verter o material da proveta na peneira de # (malha) 
0,075 mm, e proceder a lavagem do material em água potável; 
 
ii) Na sequência, o material lavado, na peneira # (malha) 0,075 mm, deverá ser 
secado em estufa, a temperatura entre 105 e 110 ºC; 
 
iii) Após a secagem, deve-se passar o solo seco pela bateria de peneiras: 1,2; 0,6; 
0,42; 0,25; 0,15; e 0,075 mm, e anotar o peso de solo retido em cada peneira; e 
 
iv) Finalmente, deve-se realizar os cálculos da fase de peneiramento fino. 
 
d) Características da fase de peneiramento grosso 
 
i) Inicialmente, deve-se lavar o solo retido na peneira de 2 mm, e secá-lo em estufa 
(entre 105 e 110 oC); 
 
ii) Na sequência, deve-se pesar o solo que foi seco na estufa; 
 
iii) Após secar o solo em estufa, deve-se passar o solo seco por um conjunto de 
peneiras de 50; 38; 25; 19; 9,5; e 4,8 mm, somando-se o peso de solo retido 
acumulada em cada peneira; e 
 
iv) Finalmente, deve-se realizar os cálculos da fase de peneiramento grosso, e traçar 
a curava granulométrica do material. 
 
OBS. Muitas vezes, 100% da amostra de solo passa na peneira de 2 mm, o que 
dispensa a fase de peneiramento grosso. 
 
 
2.2 Principais equipamentos utilizados no ensaio de granulometria 
 
 
 Os principais equipamentos utilizados no ensaio de granulometria são: 
 
a) Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 oC; 
b) Balanças que permitam pesar nominalmente 200 g, 1,5 kg, 5 kg e 10 kg, com 
resoluções de 0,01 g, 0,1 g, 0,5 g e 1 g respectivamente; 
c) Recipientes adequados, tais como dessecadores, que permitam guardar amostras 
sem variação de umidade. A prática tem demonstrado que sacos plásticos podem 
desempenhar esta função; 
d) Aparelho dispersor, com hélices substituíveis, e com copo munido de chicanas. A 
rotação da hélice do aparelho não deve ser inferior a 9000 rpm; 
e) Proveta de vidro, com cerca de 45 cm de altura e 6,5 cm de diâmetro, com traço 
de referência indicando 1000 cm3 (ou 1000 ml) a 20 oC; 
f) Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20 oC e com resolução de 0,001, 
graduado de 0,995 a 1,050; 
g) Termômetro de 0 a 50 oC, graduado em 0,1 oC; 
h) Cronômetro com indicação de segundos; 
i) Béquer de vidro, com capacidade de 250 cm3; 
 14 
j) Proveta de vidro, com capacidade de 250 cm3 (ou 250 ml) e resolução de 2 cm3 
(ou 2 ml) 
k) Tanque de banho, com dimensões adequadas à imersão das provetas até o traço 
de referência, capaz de manter a temperatura da suspensão aproximadamente 
constante durante a fase de sedimentação; Este tanque é usado em locais de 
ensaio, onde a temperatura não é constante; 
l) Peneiras de 50; 38; 25; 19; 9,5; 4,8; 2,0; 1,2; 0,6; 0,42; 0,25; 0,15 e 0,075 mm; e 
ainda o fundo final para peneiras; 
m) Agitador mecânico de peneiras, com dispositivo para fixação de até seis 
peneiras, inclusive tampa e fundo; 
o) Baqueta (ou vareta) de vidro; 
p) Bisnaga (para esguichar água destilada nas partículas presas ao copo do 
dispersor); 
q) Funil de vidro; e 
r) Destilador de água. 
 
 
2.3 Materiais utilizados para realização do ensaio de granulometria 
 
 
 Além do solo, para realização do ensaio de granulometria é necessário: 
 
a) Água destilada; 
b) Hexametafosfato de sódio (usado para preparar a solução defloculante, a qual 
evita que as partículas finas formem flocos ou grumos e depositem rapidamente na 
fase de sedimentação); 
c) Carbonato de sódio (para atuar no PH da solução defloculante, a qual deverá ficar 
com PH básico entre 8 e 9); e 
d) Papel marcador de PH. 
 
Observações sobre a água destilada: 
a) Destilar significa transformar a substância do estado líquido para o estado de 
vapor (vaporização), e depois do estado de vapor para o estado líquido por 
condensação (ou resfriamento do vapor) da substância; 
b) O processo de destilação da água permite que seja eliminada da água sais 
minerais e partículas de argila, obtendo-se assim a água destilada ou água pura 
(H2O), que é utilizada nos ensaios de laboratório; 
c) Muitas vezes, a água destilada reage com o CO2 (dióxido de carbono) do ar 
fazendo com que a água destilada deixe de ser totalmente pura; 
d) A água destilada é considerada uma água leve, pois não possuindo sais 
apresenta peso específico um pouco menor que outros tipos de água; e 
e) A água da chuva oriunda da evaporação da água do mar, rios e lagos é 
considerada água destilada; Contudo, a água da chuva está sujeita a reagir com o 
CO2 (dióxido de carbono) presente no ar deixando de ser totalmente pura. 
 
 
 
 
 
 
 
 15
2.4 Padronização do ensaio de granulometria 
 
 
 A norma utilizada para o ensaio é a NBR 7181 (1984) da ABNT, intitulada: 
Solo - análise granulométrica. 
 
OBS. A norma 7181 (1984) apresenta as formulações utilizadas para realização dos 
cálculos do ensaio de granulometria, e para o traçado da curva granulométrica. 
 
 
2.5 Curva de distribuição granulométrica 
 
 
Como já comentado, a curva de distribuição granulométrica é o resultado 
final do ensaio de granulometria. 
 
A curva de distribuição granulométrica apresenta as seguintes 
características: 
a) O gráfico da curva granulométrica é semilogarítmico; 
b) No eixo das abscissas tem-se o tamanho das partículas na escala logarítmica; 
c) No eixo das ordenadas, à esquerda, tem-se a porcentagem retida acumulada nas 
“peneiras”, em peso; Ou seja, a porcentagem de solo, em peso, com diâmetros 
maiores do que o diâmetro em análise (ou considerado); e 
d) No eixo das ordenadas, à direita, tem-se a porcentagem que passa pelas 
“peneiras”, em peso; Ou seja, a porcentagem de solo, em peso, com diâmetros 
menores do que o diâmetro em análise (ou considerado). 
 
 A Figura 2.2 ilustra um exemplo de uma curva de distribuição 
granulométrica. 
 
 
Figura 2.2 - Exemplo de uma curva de distribuição granulométrica 
 
 
 
 
 
 
 
 16 
2.6 Comentário final acerca do ensaio de granulometria 
 
 
 A utilizaçãodo programa Excel, do Microsoft Office, torna fácil os cálculos do 
ensaio de granulometria, bem como o traçado do gráfico da curva de distribuição 
granulométrica. 
 
 É possível, um único técnico, iniciar vários ensaios de granulometria em um 
único dia (até 7, sete, ensaios). 
 
 
Referências bibliográficas 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6508. Grãos de solos 
que passam na peneira de 4,8 mm - determinação da massa especifica. Rio de 
Janeiro, 1984. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7181. Solo - análise 
granulométrica. Rio de Janeiro, 1984. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6457. Solo - Amostras 
de solo - Preparação para ensaios de compactação e de caracterização. Rio de 
Janeiro. 1986. 
 
BUENO, B. S.; VILAR, O. M. Mecânica dos solos. Apostila 69. Viçosa - MG: 
Universidade Federal de Viçosa, 1980. 131p. 
 
CAPUTO, H. P. Mecânica dos solos e suas aplicações (fundamentos). Vol. 1. 6. 
ed., Rio de Janeiro - RJ: Livros Técnicos e Científicos Editora S. A., 2007. 234p. 
(Bibliografia Principal) 
 
http://pt.wikipedia.org 
 
NOGUEIRA, J. B. (2001) Mecânica dos solos - Ensaios de laboratório. São 
Carlos - SP: Escola de Engenharia de São Carlos - USP. 248p. 
 
PAULO (funcionário do setor de topografia da Escola de Engenharia de São Carlos) 
Foto no Laboratório de Transportes da Escola de Engenharia de São 
Carlos - USP. 2001. 
 
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. 3. ed., São Paulo - SP: Oficina 
de Textos, 2006. 355p. 
 
VIANA, H. M. F. Fotos no Laboratório de Transportes da Escola de Engenharia 
de São Carlos - USP. 2001.

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