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DIREITOS DA PERSONALIDADE: CAPITULO II DO LIVRO I, TITULO I, DA PARTE GERAL Antes de falarmos propriamente dos direitos da personalidade, cumpre trazer alguns esclarecimentos acerca de seus titulares, ou seja, as pessoas (Pessoa Física e Pessoa Jurídica). DAS PESSOAS: Os animais e as coisas podem ser objeto de direito, mas apenas as pessoas são SUJEITOS de direito. São as pessoas é que vão se relacionar em uma sociedade. Precisamos um dos outros, é impossível viver sem as outras pessoas para atender nossas necessidades e satisfazer nossos interesses individuais de saúde, educação, habitação, lazer, etc. O Direito Civil também cuida das relações entre as pessoas. As Pessoa podem ser: a) Pessoas Físicas: São as pessoas naturais, os seres humanos, cuja personalidade começa do nascimento com vida. As pessoas naturais são detentoras dos direitos da personalidade; Todas as pessoas naturais possuem capacidade de direito, porém, nem todas as pessoas naturais possuem a capacidade de fato (os incapazes). A incapacidade das pessoas naturais cessa em regra ao completarem 18 anos ou em caso de emancipação. b) Pessoas Jurídicas: Consiste no conjunto de pessoas físicas e de bens (pessoa física + patrimônio), dotado pelo Estado de personalidade, para juntar esforços e realizar grandes empreendimentos; As Pessoas Jurídicas (PJ) possuem um nascimento – REGISTRO. DIREITOS DA PERSONALIDADE E O CÓDIGO CIVIL D 2002. A previsão dos Direitos da Personalidade dentro da Codificação Civilista é uma inovação do Código Civil de 2002. Referido Código trouxe um capítulo próprio destinado exclusivamente aos direitos da personalidade. O Código Civil de 2002 ao contrário do Código Civil de 1916 deixou de ter um perfil essencialmente patrimonial, passando a se preocupar substancialmente com o indivíduo em perfeita sintonia com os preceitos da Constituição Federal de 1988. 1. Conceito: Os direitos da personalidade são aqueles direitos que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e morais da pessoa em si e em suas projeções sociais. São direitos que se encontram em uma esfera extrapatrimonial do indivíduo – onde possuem uma tutela jurídica de valores que não são redutíveis pecuniariamente. Ex: vida., integridade física, intimidade, honra, etc. Titular dos direitos da personalidade: o ser humano. (*) os nascituros – muito embora, não tenham personalidade jurídica, tem seus direitos ressalvados, desde a concepção – consequentemente é correto dizer que os nascituros também possuem direitos da personalidade. (previsão do artigo 1º do Código Civil Brasileiro) 2. Direitos da Personalidade e a Pessoa Jurídica: A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 5º, inciso X, fala em pessoas, não especificando se trata de pessoa física somente, desta forma não se pode interpretar tal disposição constitucional de forma restritiva. Já no artigo 5º, inciso V, a Constituição Federal assegura o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou a imagem a pessoa, aqui novamente não houve também nenhuma restrição de qual tipo de pessoa (jurídica ou física). Após grande discussão sobre a possibilidade da pessoa jurídica ser sujeito de direitos da personalidade, o Superior Tribunal de Justiça editou a SÚMULA 227 que determina: A pessoa jurídica pode sofrer dano moral – Se a pessoa jurídica pode sofrer dano moral, se o dano moral é um dos atributos da personalidade, logo, as pessoas jurídicas também são titulares de direito da personalidade. Em relação ao próprio Código Civil, o artigo 52 determina que, aplica-se a pessoa jurídica o que couber, a proteção dos direitos da personalidade. Desta forma, é pacificado o entendimento de que a pessoa jurídica é detentora dos direitos da personalidade, não cabendo mais qualquer discussão sobre o tema. 3- Características dos Direitos da Personalidade: 3.1) Absolutos: Os direitos da personalidade, são oponíveis erga omnes, ou seja, pode ser oponível contra qualquer um que visa ataca-lo, seu efeitos irradiam a todos os campos e impondo à coletividade o dever de respeitá-los; Ninguém, em momento algum esta legitimado (tem o direito) de ofender os direitos da personalidade de outra pessoa. 3.2) Gerais ou Necessários: Os direitos da personalidade são outorgados(assegurados/garantidos) a todas as pessoas, pelo simples fato delas existirem; Ou seja, nasceu com vida já é titular dos direitos da personalidade. 3.3) Extrapatrimoniais: Os direitos da personalidade não possuem um conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente, ainda que sua lesão gere efeitos econômicos. Ex: A moral de uma pessoa não pode ser estivada em valores, porém, a lesão a esse direitos terá um valor econômico, que será o valor da indenização. 3.4) Indisponíveis: Os direitos da personalidade JAMAIS, nem por vontade própria do indivíduo titular, poderá ser transferido a outro (o titular jamais poderá ser mudado). Essa indisponibilidade faz com que os direitos da personalidade atinjam um patamar diferenciado dentro dos direitos privados. Da indisponibilidade dos direitos da personalidade surgem outras duas sub características: 3.4.1) Intransmissibilidade: impossibilidade de alteração subjetiva (sujeito titular) – inalienabilidade; 3.4..2) Irrenunciabilidade: impossibilidade do reconhecimento jurídico de abandono do direito. EX: ninguém pode dizer que não quer ter o direito ao nome, a imagem... 3.5) Imprescritível: inexiste um prazo para o seu exercício, os direitos da personalidade jamais serão extintos pelo uso – trata-se dos efeitos do tempo para a aquisição ou extinção de direitos. É diferente da prescritibilidade da pretensão de reparação por eventual violação a um direito da personalidade. 3.6) Impenhorável: os direitos da personalidade jamais poderão ser penhorados, não havendo qualquer impedimento legal na penhora de créditos patrimoniais decorrentes de uma indenização por ofensa a um dos direitos da personalidade. 3.7) Vitalícios: Os direitos da personalidade, acompanha a pessoa desde a primeira manifestação com vida até o seu passamento (morte). Existem direitos que se projetam além da morte do indivíduo – artigo 12 do Código Civil de 2002. 4- Classificação dos Direitos da Personalidade: CORPO -------MENTE------ESPÍRITO A) Vida e integridade física – corpo vivo, corpo morto (cadáver), voz; B) Integridade psíquica e criações intelectuais (liberdade, criação intelectual, privacidade, segredo). C) Integridade Moral – honra, imagem, identidade pessoal. 4.1 DIREITO À VIDA: Trata-se do direito mais precioso do ser humano, que sintetiza e concentra em si, todos os demais direitos. É sem dúvida nenhuma o direito mais importante para a pessoa humana, pois sem a vida, todos os outros direitos não teriam sentido existir, apesar de haver direitos pós- morte. Os principais direitos da personalidade iniciam-se ao mesmo momento em que se inicia a vida do indivíduo, tornando-se a vida indispensável para a manutenção de outros direitos, tornando o direito à vida o sustentáculo dos direitos da personalidade. 4.2 DIREITO À INTEGRIDADE FÍSICA: A higidez do ser humano, trata-se da incolumidade corpórea e intelectual, repelindo lesões causadas ao funcionamento normal do corpo humano. (*) Tratamento de saúde – artigo 15 do Código Civil de 2002 - Direito ao corpo – vivo ou morto. O corpo humano consiste em uma projeção física da individualidade humana, sendo portanto inalienável, muito embora, se admita a disposição de suas partes, seja em vida, seja para depois da morte , desde que, justificado o interesse público, e não implique na mutilação, e sem qualquer fins lucrativos. ARTIGO 13 DO Código Civil. (*) Direito do Cadáver: ARTIGO 14 DO Código Civil. eliadyh Realce eliadyh Realce Juntamente com o direito à vida há o direito à integridade física, que confere ao homem o direito de proteger o seu corpo contra agressões de todo o tipo, inclusive intervenções médicas. A pessoa pode negar e inclusive não pode ser obrigada a fazer qualquer tipo de intervenção médico-cirurgica, ao menos que esteja correndo risco de vida. O indivíduo tem o direito de proteger seu corpo, mas há inúmeras profissões e atividades esportivas/recreacionais lícitas que tem em sua essência o risco a lesão, e o participante só o pratica com o devido consentimento. 4.2.1 DIREITO AO CORPO HUMANO O direito ao corpo humano está subentendido dentro do direito à integridade física. Mas há dois tópicos a serem discutidos dentro deste tema: 4.2.2 DIREITO AO CORPO VIVO A pessoa humana tem o direito de manter intacto o seu corpo enquanto estiver viva, mas há situações em que ele pode dispor de alguma parte de seu corpo, desde que não o mutile nem seja com intenção de lucrar. É permitido lançar mão de partes do corpo, em vida ou mesmo após a morte, para ajudar a salvar a vida de outrem ou que seja por motivo de mudança de sexo devido a personalidade da pessoa estar em um corpo do sexo oposto. 4.2.3 DIREITO AO CORPO MORTO Como um dos direitos da personalidade, a pessoa humana tem o direito ao corpo, mas a pessoa pode dispor, ainda em vida, de todo o seu corpo ou parte dele após a morte, seja em doação de órgãos e tecidos para transplante ou para estudo acadêmico, podendo revogar desta decisão a qualquer momento, conforme o Código Civil Brasileiro de 2002. No caso de doação de órgãos e tecidos, de acordo com a legislação brasileira, todo cidadão é doador, conforme o sistema de consentimento presumido, tendo que se manifestar contrariamente caso não queira ser. Exceto em duas situações (direito à prova e necessidade) o corpo morto é inviolável na conformidade da lei. 4.2.4 DIREITO À VOZ A voz é uma das características mais marcantes dos seres humanos, podendo identificá- los mesmo sem o uso da imagem; por esta causa a pessoa humana tem o direito à voz, sendo reconhecido pela Constituição Federal de 1988 no seu Art. 5º, inciso XXVIII. Trata-se da emanação natural do som do ser humano, é protegida como um direito da personalidade. Muito embora, trata-se de um componente físico que se agrega a imagem, ganha individualidade, identificado a pessoa e estilos. 5. DIREITO À INTEGRIDADE PSIQUICA Sem considerar outros direitos personalíssimos, haja vista que é impossível classificar a todos, pois há uma quantidade enorme, a classificação dos direitos da personalidade, considerando como alicerce desta, o direito à vida e a integridade física, o direito à integridade psíquica e criações intelectuais e o direito à integridade moral é: Dentro dos direitos da personalidade, há os direitos de cunho material, como o corpo, à vida, que é mantida com o corpo são, à voz, que só é possível ser produzida e ouvida com o corpo físico; mas há também os direitos da personalidade que não são visíveis, eliadyh Realce eliadyh Realce eliadyh Realce eliadyh Realce eliadyh Realce eliadyh Realce que estão em nosso intelecto, ligados a inteligência e aos sentimentos, estes são os direitos à integridade psíquica, que são descritos a seguir: 5.1.DIREITO À LIBERDADE A liberdade é a condição que o homem tem de fazer o que sua vontade determina, mesmo se isto for ilícito. O próprio indivíduo escolherá, utilizando de sua liberdade, qual caminho seguir, o certo (lícito) ou errado (ilícito). Na nação brasileira, guardada por sua Constituição, a liberdade pode ser exercida plenamente, exceto nos casos previstos na lei. Ou seja, a mesma lei que dá direito à liberdade, também demarca onde e o que a pessoa pode ou não fazer. Mesmo com a proibição, cada indivíduo pode escolher fazer ou não determinado ato, dando-o assim a real liberdade. 5.2.DIREITO À LIBERDADE DE PENSAMENTO O direito à liberdade de pensamento nada mais é que um direito à liberdade, mas como é individualmente demonstrada, pode-se colocar como um direito específico. A liberdade de pensamento também é resguardada pela Carta Magna. A liberdade de pensamento engloba a liberdade à crença, à preferência política, à qualquer filosofia, ou seja, à liberdade do cidadão pensar como bem entender. 5.3.DIREITO ÀS CRIAÇÕES INTELECTUAIS Os direitos às criações intelectuais são amostras da liberdade de pensamento, e assim, direito psíquico. Mesmo sendo psíquicos, a liberdade à criação engloba dois direitos, o autoral e o material, o primeiro aparece como efetivo direito da personalidade e o segundo apenas como direito à propriedade. 5.4.DIREITO À PRIVACIDADE O direito à privacidade é basicamente o direito de estar só. Ele garante que a vida pessoal de cada um não seja invadida de qualquer forma e não chegue ao conhecimento de terceiros. A pessoa tem o direito a resguardar sua família, suas correspondências, sua casa, sua vida privada e sua intimidade de um modo geral. 5.5 DIREITO AO SEGREDO PESSOAL, PROFISSIONAL E DOMÉSTICO No trabalho, em casa e em sua vida pessoal, todos têm informações que por força do ofício ou por liberdade particular são considerados segredos, e estes são resguardados, sendo que ninguém poderá violá-los com o risco de ser punido por lei. 6. DIREITO À INTEGRIDADE MORAL Direito à integridade moral é direito da personalidade, e nessa matéria temos: 6.1.DIREITO À HONRA Protegido pela tipificação dos crimes de calúnia, difamação e injúria, o direito à honra é um dos direitos inerentes ao ser humano, resguardado desde o primeiro dia de vida. A honra é um direito da personalidade ligado ao bom nome, fama e dignidade da pessoa humana. 6.2.DIREITO À IMAGEM Apesar de o direito à imagem ser condicionado ao direito físico, sua violação é sentida no cunho moral. Por isso este direito tem lugar entre os da personalidade. 6.3.DIREITO À IDENTIDADE 6.4. Este direito visa proteger os direitos que distinguem a pessoa entre as outras. O principal fato que garante este direito é o nome. DOMICÍLIO: Toda pessoa tem um lugar onde se concentra sua vida, sua família e seus negócios; o nomadismo é exceção, pois as pessoas sempre se fixam em algum lugar; O domicílio é o lugar onde a pessoa física reside (elemento objetivo) com ânimo definitivo (elemento subjetivo); já a Pessoa jurídica tem por domicílio o lugar de sua sede prevista em seu estatuto; A noção de domicílio é de grande importância para o direito. Como as relações jurídicas se formam entre pessoas, é necessário que estas tenham um local, livremente escolhido ou determinado por lei, onde possam se encontradas para responderem por suas obrigações. Todos os sujeitos de direito devem ter, pois, um lugar certo no espaço, de onde irradiem sua atividade jurídica. Esse ponto de referencia é o seu domicílio. Elementos do conceito de domicílio: a) Elemento objetivo: a residência – mero estado de fato material b) Elemento subjetivo: de caráter psicológico, consiste no animo definitivo, na intenção de fixar-se no local de modo permanente. Residência é portanto, apenas um elemento componente do conceito de domicílio. DOS BENS: São os objetos raros e úteis ao homem que podem ser apropriados (propriedade = é o direito real mais importante; não é só, a proteção à propriedade é condição de desenvolvimento, pois história mostra que neste séc XXI os países socialmente mais justos e economicamente desenvolvidos, são aqueles que garantiram a propriedade dos seus cidadãos ao longo dos séculos). Valores materiais ou imateriais que servem de base para uma relação jurídica. Sujeitos da relação jurídica – pessoa física e pessoa jurídica Objeto de uma relação jurídica – bem Bem é diferente de coisa? Sim, porém não de maneira clara. A corrente majoritária: Coisa é corpóreo – tem existência material (tem um corpo) Bem – o que é imaterial – de existência abstrata. Ex: direito de crédito. Etc. (*) Essa distinção é relevante para o direito penal – Ex: furto e roubo. Tipos de bens: a) Incorpóreos (softwares, dir. autoral, fundo de comércio) e corpóreos (a grande maioria), estes sujeitos à posse e à usucapião; atenção que neste séc XXI os bens incorpóreos tem mais valor que os corpóreos, basta lembrar o patrimônio de companhias como Apple, Google e Windows. Até o séc XX ouro, terra e petróleo eram os bens mais preciosos. Agora tecnologia e informação são a riqueza. b) Móveis (podem ser deslocados sem dano), c) Semoventes (seres com movimento próprio) d) Imóveis não podem ser deslocados; e) Fungíveis: são os móveis que podem ser substituídos por outros, (ex: dinheiro), f) Infungíveis: individuais como uma obra de arte; g) Consumíveis: se exaurem com o uso normal, como os alimentos h) Divisíveis : podem ser fracionados sem perder sua qualidade, exemplo: sacas de arroz i) Indivisíveis: Não podem ser fracionados, Ex: diamante grande, barco, carro, etc. j) Singulares: Ex: um livro, um boi k) Coletivos: universalidade de fato= biblioteca, rebanho; universalidade de direito= complexo de rel. jurídicas = patrimônio, herança, massa falida; l) Principais e acessórios: o acessório segue o principal e pode ser: natural(frutos e produtos), industrial(derivado do trabalho humano) e civil (juros, aluguel, rendimentos); Características: 1. Objeto de uma relação jurídica - OBJETO 2. Tem que ter um interesse econômico – para ser objeto de uma relação jurídica – tem que ter um valor econômico – VALOR ECONÔMICO 3. Subordinação do bem a um titular - TITULARIDADE Bens que não podem ser objetos de uma relação jurídica: a) Coisa comum – a que é insuscetível de apropriação e qualquer pessoa pode utilizá- las– Ex: ar, planeta terra, estrelas... b) Coisa sem dono – Res nullius – o que não tem dono pode ser apropriado por quem quiser. Ex: peixe no oceano. c) Coisa abandonada – Res Derelicta – tinha um dono e este dono abriu mão de seu direito de propriedade. Ex: jogo minha caneta no lixo. Coisa abandonada é diferente de coisa perdida – para ter coisa abandonada tem que existir o animus de abandonar. Classificação dos Bens: 1. Em si mesmo: Olha apenas para o bem. 1.1. Corpóreos e Incorpóreos: a) Corpóreos – existência física, material – sentidos humanos (energia elétrica é bem corpóreo) – podem ser objeto de compra e venda. b) Incorpóreos – existência abstrata, existência ideal – direito a herança, direito autoral, direito de crédito. Não se fala em compra e venda, mas sim em cessão (nem sempre é gratuita, pode também ser onerosa). 1.2. Móveis e Imóveis: a) Imóveis: imobilizados, que não podem ser levados de um local para outro. b) Móveis: pode ser deslocado, sem alteração em sua substância. 2. Reciprocamente considerados: Comparação de um bem em relação a outro bem. Ex: frutos em relação a árvore (bens acessórios e principais) BENFEITORIAS: São acessórios industriais, decorrentes do trabalho humano, ou seja, são obras feitas para conservar, melhorar ou embelezar a coisa principal. TIPOS DE BENFEITORIAS: NECESSÁRIAS, ÚTEIS E VOLUPTUÁRIAS O Código Civil , Lei 10.406/2002, no seu artigo 96, conceitua os três tipos de benfeitoria, daí temos que a Benfeitoria são obras executadas no imóvel com a intenção de conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. Existem várias espécies de benfeitorias e cada uma produz um efeito jurídico diverso. As benfeitorias podem ser Necessárias, Úteis ou Voluptuárias: A) BENFEITORIAS NECESSÁRIAS: São aquelas que se destinam à conservação do imóvel ou que evitem que ele se deteriore, portanto são lançados diretamente em Despesas de Manutenção. Exemplos: reparos de um telhado, reparo na parede para evitar a infiltração de água ou a substituição dos sistemas elétricos e hidráulico danificados, portanto todos eles são necessários com característica de uma manutenção ou conserto, simplesmente. B) BENFEITORIAS ÚTEIS As obras que aumentam ou facilitam o uso do imóvel, como por exemplo a construção de uma garagem, a instalação de grades protetora nas janelas ou fechamento de uma varanda, porque tornam o imóvel mais confortável, seguro ou ampliam sua utilidade. C) BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS: As que não aumentam ou facilitam o uso do imóvel, mas podem torná-lo mais bonito ou mais agradável, tais como obras de jardinagem, de decoração ou alteração meramente estética como cerca viva, Colocação de Coluna Romanas no Hall de Entrada, Construção de Lago para embelezamento do local. BENS PÚBLICOS: 1. Bens de uso especial: são aqueles que visam a execução dos serviços da administração publica, e ao público em geral – são os bens utilizados pela administração/poder público. E: escolas públicas 2. Bens dominiciais: são os bens que pertencem a União, ao Estado, ao Distribuo Federal ou aos Municípios, não estão sujeitos ao usucapião, podendo ser alienados somente na forma e nos casos específicos em lei. Não possuem uma destinação específica. 3. Bens de uso comum: são os bens que podem ser utilizados por qualquer um do povo sem qualquer formalidade. Ex: rios, estradas, ruas, etc. AUSENCIA: A ausência é uma situação específica da pessoa natural que desaparece de seu domicílio, sem deixar qualquer representante ou informação de seu paradeiro, causando assim uma incerteza jurídica de sua existência; A ausência será declarada por decisão judicial. Essa decisão tem por finalidade proteger o patrimônio deixado pelo ausente. Ausente é a pessoa que desaparece de seu domicílio sem deixar um representante ou procurador para administrar os seus bens. Será declarada a ausência caso o procurador não queira, não possa administrar os bens ou se os seus poderes forem insuficientes. Nos casos de ausência, o juiz, a requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, declarará a ausência e nomear-lhe-á curador. O cônjuge será o curador legítimo, sempre que não esteja separado judicialmente ou de fato por mais de 2 anos antes da declaração de ausência. Na falta de cônjuge, a escolha recairá, em ordem preferencial, nos ascendentes e nos descendentes, precedendo os mais próximos aos mais remotos. Na falta de qualquer das pessoas mencionadas, o juiz nomeará curador dativo.
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