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Ítalo Romano Eduardo - Cartilha INSS

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2
INTRODUÇÃO 
 
Esta cartilha versa sobre o Regime Geral de Previdência Social. O RGPS é o regime do qual participa 
qualquer pessoa que exerça atividade remunerada. Assim, todo trabalhador da iniciativa privada é 
obrigatoriamente segurado do RGPS e fará jus aos seguintes benefícios: aposentadoria por tempo de 
contribuição, aposentadoria especial, aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, salário-
maternidade, salário-família, auxílio-doença, auxílio-acidente, auxílio-reclusão, pensão por morte e aos 
seguintes serviços: reabilitação profissional e serviço social. 
Além dos benefícios, abordaremos nesta cartilha, diversos temas estreitamente relacionados aos benefícios 
previdenciários tais como: prazos de carência, perda da qualidade de segurado, forma de cálculo do salário-
de-benefício, renda mensal dos benefícios, documentos necessários ao requerimento de um determinado 
benefício, quem são os segurados e os dependentes, entre outros. 
Apresentaremos todo o conteúdo em forma de perguntas e respostas, pois assim propicia ao leitor responder 
mentalmente a pergunta antes mesmo de sua leitura e se por acaso responder de forma equivocada tem a 
chance de aprender e corrigir o erro. 
No final disponibilizamos uma seleção de questões de concursos anteriores para que você possa avaliar seu 
aprendizado. 
Sem dúvida um material para aqueles que querem lograr êxito no próximo concurso do INSS. 
 
3
AUTORES 
 
Ítalo Romano Eduardo
 
é Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil, tendo ingressado no cargo em 2001, 
após obter o 3º lugar na Bahia no concurso do ano 2000. Exerce, atualmente, suas atribuições na Delegacia 
da Receita Federal em Salvador/BA. No período de 1997 a 2000, ocupou o cargo de Técnico de Controle 
Externo do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, realizando auditoria em entidades governamentais. 
Formado em Engenharia Química, pela Universidade Federal da Bahia 
 
UFBA, possui pós-graduação na 
área de Administração Pública. É instrutor oficial da Previdência, da ESAF e é professor em vários cursos 
preparatórios para concurso. Autor de vários livros sobre Legislação Previdenciária. 
Jeane Tavares Aragão Eduardo
 
foi investida no cargo de Auditora Fiscal da Receita Federal do Brasil, após 
obter o 5º lugar na Bahia no concurso efetuado em 2000. Atualmente, desempenha suas atribuições na 
Delegacia da Receita Federal em Salvador/BA. Em 1996 e 1997, exerceu o cargo de Técnico de Finanças e 
Controle do Ministério da Fazenda. No ano de 1997, foi aprovada em 1º lugar no concurso de Técnico de 
Controle Externo do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, onde realizava auditoria em orçamentos e 
contas públicas. É formada em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia 
 
UFBA. É instrutora 
oficial da Previdência, da ESAF. Autora de vários livros sobre Legislação Previdenciária 
 
4
SUMÁRIO 
 
1. Conhecendo a Previdência Social, 5 
2. Beneficiários do RGPS, 10 
3. Manutenção da Qualidade de Segurado, 17 
4. Perda da Qualidade de Segurado, 19 
5. Dependentes, 21 
6. Inscrição, 26 
7. Carência, 28 
8. Salário-de-benefício, 30 
9. Fator Previdenciário, 32 
10. Renda Mensal do Benefício, 34 
11. Aposentadoria por Invalidez, 36 
12. Aposentadoria por Idade, 40 
13. Aposentadoria por Tempo de Contribuição, 42 
14. Aposentadoria Especial, 46 
15. Auxílio-doença, 50 
16. Salário-família, 53 
17. Salário-maternidade, 55 
18. Auxílio-acidente, 59 
19. Pensão por Morte, 60 
20. Auxílio-reclusão, 63 
21. Habilitação e Reabilitação Profissional e Serviço Social, 66 
22. Justificação Administrativa, 68 
23. Regras para Controle da Concessão e Pagamento de Benefícios, 70 
24. Quadro resumo dos Benefícios, 72 
25. Coletânea de Questões, 73 
26. Provas Analista e Técnico Previdenciário Ano 2005, 102 
 
5
1. CONHECENDO A PREVI DÊNCIA SOCIAL 
 
1. Quais os regimes de previdência social no Brasil?
 
A previdência social no Brasil é composta dos seguintes regimes: 
 
Regime Geral de Previdência Social 
 
RGPS; 
 
Regimes próprios de Previdência Social dos servidores públicos e dos militares; 
 
Regimes de Previdência Complementar (oficial e privado). 
Agora, vamos conhecer em linhas gerais algumas características de cada um deles: 
Regime Geral de Previdência Social:
 
é administrado pelo INSS, dele são segurados obrigatórios todos os 
trabalhadores da iniciativa privada, empregados públicos regidos pela CLT, servidores temporários, os ocupantes de 
cargo em comissão e os ocupantes de cargos efetivos não possuidores de regime próprio. 
Regimes próprios de previdência social:
 
são administrados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios e 
atendem ao servidor estatutário, que é ocupante de cargo efetivo da esfera federal, estadual, distrital ou municipal. 
Regimes de previdência complementar oficiais:
 
quando forem implementados serão administrados pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios e serão obrigatórios para o servidor ocupante de cargo efetivo que ingressar no 
serviço público após a criação dos mesmos. 
Regimes de previdência complementar privados:
 
são geridos por instituições privadas e são abertos a qualquer 
pessoa que queira participar. 
Assim, podemos perceber que existem vários regimes previdenciários: um regime específico para os trabalhadores, em 
geral, do setor privado, regimes previdenciários próprios para servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, um regime 
complementar oficial para os servidores públicos que ingressarem no serviço após a criação dos mesmos e, por fim, um 
regime complementar privado voltado para todos aqueles que queiram participar. No esquema a seguir, veremos 
resumidamente: os regimes, quem administra e seus filiados. 
 
6
2. Resumo
 
3. Os servidores públicos possuem seu próprio regime?
 
Nem sempre. A União, os Estados e o Distrito Federal possuem regime próprio de previdência, entretanto alguns 
Municípios não o possuem (na verdade a maioria deles), assim os servidores estatutários ocupantes de cargo efetivo 
que não estão filiados a um regime próprio de previdência, os servidores temporários, os comissionados e os 
empregados públicos devem ser obrigatoriamente filiados ao Regime Geral de Previdência Social. Além disso, o regime 
de previdência complementar a ser criado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município será facultativo para os 
servidores ocupantes de cargo efetivo que tiverem ingressado no serviço público antes da data da publicação do ato de 
sua instituição e obrigatória para os que ingressarem após aquela data. 
Um regime de previdência social é aquele que garante no mínimo os benefícios aposentadoria e pensão por morte. 
4. Quais os atos normativos que regem os benefícios do RGPS?
 
Em primeiro lugar, a Constituição Federal de 1988 norteia as demais normas que versam sobre o assunto, 
estabelecendo as premissas, os objetivos e as diretrizes para a Previdência Social (Título VIII, Da Ordem Social, 
artigos 201 e 202). 
 
A Lei n. º 8.213/91 que trata dos benefícios da previdência social. 
 
O Decreto no
 
3.048/99, também chamado de Regulamento da Previdência Social, em seus artigos 1o
 
a 193 
dispõem sobre o Regime Geral de Previdência Social e seus benefícios, e será a nossa principal referência nesta 
cartilha. 
 
A Instrução Normativa n. º 11/2006, que detalha tudo que contém no Decreto no
 
3.048/99,e estabelece os 
procedimentos que devem ser adotados pelos funcionários que trabalham no atendimento aos beneficiários nas 
agências da Previdência Social. 
REGIMES
 
DE 
PREVIDÊNCIA 
Complementar 
Oficial 
Regimes
 
Próprios 
RGPS Complementar 
Privado 
FILIADOS
 
- trabalhadores da 
iniciativa privada; 
- servidores 
comissionados; 
- servidores temporários; 
- empregados públicos; 
- servidores ocupantes 
de cargo efetivo não 
possuidores de regime 
próprio. 
FILIADOS
 
Servidores ocupantes 
de cargo efetivo. 
FILIADOS
 
Servidores ocupantes 
de cargo efetivo. 
FILIADOS
 
Qualquer pessoa 
interessada. Não há 
restrição. 
Administrado 
pelo INSS 
Administrado pela 
União, Estados, 
Distrito Federal e 
Municípios que 
possuem. 
Administrado pelos 
fundos de 
previdência privada 
(Banco do Brasil, 
Unibanco e outros). 
Administrado pela 
União, Estados, 
Distrito Federal e 
Municípios quando 
criarem. 
 
7
 
5. Quais as características do RGPS?
 
O Regime Geral de Previdência Social 
 
RGPS é um sistema de caráter contributivo e de filiação obrigatória. 
 
A organização do RGPS deve observar critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. A ciência atuarial 
baseia-se em técnicas matemáticas, estatísticas e probabilísticas e, no caso de um sistema previdenciário, 
preocupa-se com o equilíbrio de receitas e despesas a longo prazo. 
 
O Regime Geral de Previdência Social, segundo a Constituição Federal, garante as seguintes situações de risco 
social: 
1. cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
2. proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
3. salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; 
4. pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes; 
5. proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário. 
O seguro-desemprego na prática, não está relacionado ao RGPS. A fonte de custeio do seguro-desemprego é o Fundo 
de Amparo ao Trabalhador 
 
FAT, administrado pelo Ministério do Trabalho. 
 
O RGPS é um regime de repartição e não de capitalização. 
6. O seguro-desemprego está relacionado de que forma ao RGPS? 
 
A proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário está garantida no inciso III do artigo 201 da 
Constituição Federal pela previdência social, entretanto, na prática, este auxílio não é coberto pelo Regime Geral de 
Previdência Social. O seguro-desemprego é financiado por recursos provenientes do Fundo de Amparo ao Trabalhador 
(FAT) administrado pelo Ministério do Trabalho. Assim, se você estiver desempregado, dirija-se a Delegacia Regional do 
Trabalho mais próxima e informe-se dos seus direitos. 
7. Quais os benefícios e serviços oferecidos pelo RGPS?
 
Como já vimos anteriormente, a Previdência Social é uma forma de proteção social que visa propiciar meios à 
manutenção do segurado e de sua família nas situações de maternidade, acidente, doença, incapacidade, invalidez, 
prisão, idade avançada, tempo de contribuição, morte, além de reabilitação profissional. 
As prestações do Regime Geral de Previdência Social estão divididas em benefícios e serviços, sendo classificadas 
relativamente aos seus beneficiários diretos, os segurados e os dependentes, da seguinte forma: 
 
8
 
QUANTO
 
AO SEGURADO 
APOSENTADORIA POR
 
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
 
APOSENTADORIA
 
POR IDADE
 
APOSENTADORIA
 
POR INVALIDEZ
 
APOSENTADORIA
 
ESPECIAL
 
AUXÍLIO-DOENÇA 
 
AUXÍLIO-ACIDENTE 
 
SALÁRIO-MATERNIDADE 
 
SALÁRIO-FAMÍLIA 
i.
 
QUANTO
 
AO DEPENDENTE 
 
AUXÍLIO-RECLUSÃO 
 
PENSÃO POR MORTE 
QUANTO AO SEGURADO 
E AO DEPENDENTE 
 
REABILITAÇÃO 
PROFISSIONAL
 
SERVIÇO SOCIAL 
 
O RGPS, portanto, abrange um total de dez benefícios previdenciários e dois serviços. 
8. O que está garantido na Constituição em relação ao RGPS?
 
A Constituição Federal estabelece garantias que visam à saúde financeira do sistema e salvaguardam os interesses dos 
segurados. Listaremos, a seguir, as principais garantias constitucionais: 
1. Proibição de critérios diferenciados para a concessão de benefícios: Não é permitida a adoção de requisitos 
e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do Regime Geral de Previdência 
Social, ressalvados os casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a 
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, definidos em lei complementar. 
2. Valor mínimo para os benefícios: Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do 
trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário-mínimo. 
3. Atualização do valor dos benefícios: Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de 
benefício deverão ser devidamente atualizados, na forma da lei. Essa atualização se dará pelo INPC. 
 
9
4. Proibição a filiação do participante de regime próprio: É proibida a filiação ao Regime Geral de Previdência 
Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência. 
5. Décimo-terceiro salário: A legislação denomina de abono anual o que conhecemos por décimo-terceiro salário 
dos trabalhadores que estão em atividade. O abono anual é devido ao segurado que durante o ano recebeu 
auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria e salário-maternidade, bem como ao dependente que, no mesmo 
período, fez jus à pensão por morte ou auxílio-reclusão. O único benefício que não enseja pagamento de abono 
anual é o salário-família. 
6. Contagem recíproca do tempo de contribuição: Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem 
recíproca do tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana, hipótese em 
que os diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos 
em lei, para que, por exemplo, uma pessoa que contribuiu 10 anos para o RGPS como engenheiro de uma 
indústria e, que posteriormente, passou num concurso de Auditor Federal, tendo pedido demissão do primeiro 
emprego, tenha suas contribuições para o RGPS aproveitadas e contadas como tempo de contribuição pelo 
regime próprio dos servidores públicos federais. 
9. Incorporação dos ganhos habituais do empregado: Os ganhos habituais do empregado, sob qualquer 
denominação, como as gorjetas, por exemplo, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição 
previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, na forma da lei. 
10. Cobertura do risco de acidente do trabalho: A Constituição autoriza a criação de uma lei para disciplinar a 
cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de Previdência 
Social e pelo setor privado. Atualmente, o seguro acidente de trabalho é garantido exclusivamente pelo RGPS. 
 
10
2. BENEFI CI ÁRI OS DO RGPS 
 
9. Quem são os beneficiários do RGPS?
 
Os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social são divididos em segurados e dependentes. Os segurados são 
pessoas físicas com idade mínima de 16 anos, que podem ser obrigatório ou facultativamente filiados ao RGPS. No 
primeiro caso, a determinação de ser segurado decorre da lei, no segundo, provém de livre opção do indivíduo. Já os 
dependentes são todas as pessoas que dependem do segurado economicamente. 
BENEFICIÁRIOS
 
SEGURADOS 
DEPENDENTES 
 
10. Existe uma idade mínima para ser segurado do regime?
 
Sim. Os segurados são pessoas físicas vinculadas à Previdência Social, sendo imprescindível terem no mínimo 
dezesseisanos de idade. 
11. Existe alguma exceção quanto a idade mínima?
 
Sim. O menor aprendiz tem como idade mínima 14 anos e não 16 anos. O menor aprendiz é segurado do RGPS na 
condição de segurado empregado. 
12. Quem são os segurados obrigatórios?
 
Os segurados obrigatórios são as pessoas maiores de dezesseis anos que exercem atividade remunerada, não 
importando se a atividade é de natureza urbana ou rural, exercida de forma contínua ou intermitente, com ou sem 
vínculo empregatício. 
Os segurados obrigatórios estão divididos nas seguintes categorias: 
 
empregado; 
 
empregado doméstico; 
 
contribuinte individual; 
 
trabalhador avulso; e 
 
segurado especial. 
13. Resumo dos beneficiários do RGPS
 
Podemos resumir estas informações através do esquema a seguir: 
 
11
DEPENDENTES
 
OBRIGATÓRIOS
 
EMPREGADO 
DOMÉSTICO
 
EMPREGADO 
CONTRIBUINTE
 
INDIVIDUAL
 
TRABALHADOR
 
AVULSO
 
SEGURADO 
ESPECIAL
 
FACULTATIVOS
 
SEGURADOS
 
BENEFICIÁRIOS
 
14. Quem são os segurados facultativos?
 
Os segurados facultativos são pessoas que se filiam à Previdência Social por livre opção, a fim de garantir, em caso de 
contingências futuras (velhice, morte, maternidade, reclusão, acidente, doença), os benefícios previdenciários. 
Para ser segurado facultativo, a pessoa não pode exercer atividade remunerada que o enquadre como segurado 
obrigatório, além disso, deve contar com a idade mínima de 16 anos e não pode ser participante de regime próprio de 
previdência social. A filiação na qualidade de segurado facultativo representa um ato voluntário gerando efeitos somente 
a partir da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não sendo permitido o pagamento de 
contribuições relativas ao período anterior à data da inscrição. 
É proibida a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de segurado facultativo, de pessoa 
participante de regime próprio de previdência social, exceto na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que 
não seja permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio. Dessa forma, um servidor público 
ocupante de cargo efetivo que contribui para um regime próprio de previdência, não pode contribuir facultativamente 
para o RGPS. 
Em resumo, o ato de filiar-se facultativamente pressupõe três requisitos: 
 
ter idade mínima de dezesseis anos; 
 
não exercer atividade que exija filiação obrigatória; 
 
não ser participante de regime próprio de previdência social. 
15. Quem pode ser segurado facultativo?
 
Podem filiar-se facultativamente, entre outros: 
a) a dona-de-casa; 
b) o síndico de condomínio, quando não remunerado; 
c) o estudante; 
 
12
d) o brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço no exterior; 
e) o desempregado; 
f) o bolsista e estagiário que prestam serviços a empresa de acordo com a Lei no
 
6.494, de 1977; 
g) o bolsista que se dedique em tempo integral a pesquisa, curso de especialização, pós-graduação, mestrado ou 
doutorado, no Brasil ou no exterior, desde que não esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; 
h) presidiário que não exerce atividade remunerada nem esteja vinculado a qualquer regime de previdência 
social; e 
i) o brasileiro residente ou domiciliado no exterior, salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual o 
Brasil mantenha acordo internacional. 
16. Pode alguém ser segurado do RGPS e de outro regime de previdência social?
 
Pode. Lembre-se de que os servidores públicos com regime próprio de previdência social não estão abrangidos pelo 
RGPS, exceto na situação de exercício de uma atividade paralela não ligada a regime próprio, como, por exemplo, o 
caso de um Auditor Federal que leciona à noite numa faculdade particular. Observe que, com relação a esta última 
atividade, ele é vinculado ao RGPS e deverá contribuir obrigatoriamente para a Previdência Social fazendo jus por 
conseqüência aos benefícios, mesmo já contribuindo para um regime próprio. 
17. Pode um servidor, participante de regime próprio contribuir facultativamente para o RGPS?
 
Não. O servidor que possui regime próprio só contribuirá para o RGPS como segurado obrigatório no caso de exercer 
uma atividade paralela, conforme respondemos na questão anterior, entretanto existe apenas uma exceção que é o caso 
deste servidor se afastar do trabalho através de licença sem vencimento. Nessa situação, ele poderá contribuir 
facultativamente para o RGPS, desde que não seja permitida a sua contribuição para o regime próprio ao qual é filiado. 
18. Quem exerce atividades concomitantes sujeitas ao RGPS pode escolher para a qual vai 
contribuir?
 
Não. Se a pessoa exerce, por exemplo, a atividade de engenheiro civil em uma construtora e exerce atividade de ensino 
numa escola particular, vai ter contribuir em relação às duas atividades, sendo que vai ser respeitado o valor do teto 
máximo do RGPS que atualmente é de R$ 2.894,28 (Valor atualizado pela Portaria MPS n.º 142/2007). Não importa, por 
exemplo, se o segurado é empregado em uma empresa e presta serviços em outra na condição de contribuinte 
individual, vai contribuir com relação a ambas atividades com observância do limite máximo para contribuição. 
O exercício de atividade remunerada torna a filiação ao Regime Geral de Previdência Social obrigatória, assim, aquele 
que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social 
 
RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma dessas atividades. 
19. O aposentado pelo RGPS que permanece ou retorna à atividade deve contribuir?
 
Sim. Uma pessoa aposentada pelo Regime Geral de Previdência Social, se permanecer no trabalho ao voltar a exercer 
atividade abrangida por este regime, torna-se, novamente, segurado obrigatório da Previdência Social. 
20. O aposentado que permanece ou retorna à atividade tem direito a todos os benefícios 
previdenciários?
 
 
13
Não. O aposentado que permanece ou retorna à atividade somente tem direito ao salário-família, salário-maternidade e 
ao serviço social e de reabilitação profissional. 
21. Quem é segurado do RGPS na condição de empregado?
 
É a pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural, subordinada às ordens de um empregador e que em 
contrapartida recebe uma remuneração. 
Pressupostos básicos: 
a) Pessoalidade: Trabalho realizado pelo próprio empregado contratado e não por outro. 
b) Não-Eventualidade: Prestação de serviço de natureza não eventual. 
c) Subordinação: Prestar serviço com obediência às ordens do empregador. 
d) Onerosidade: Receber remuneração pelo serviço prestado. 
Veremos a seguir alguns casos de pessoas físicas consideradas empregados pelo Regulamento da Previdência Social: 
1. Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e 
mediante remuneração, inclusive como diretor empregado. O diretor empregado é aquele que, participando ou não do 
risco econômico do empreendimento, é contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas, 
mantendo as características inerentes à relação de emprego. 
Exemplo:
 
Serviço de natureza urbana: secretária, engenheiro, administrador. 
 
Serviço de natureza rural: vaqueiro, tratador de leite numa fazenda que comercializa leite e derivados. 
2. O trabalhador temporário, por prazo não superior a três meses, prorrogável, que presta serviço para atender a 
necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço de 
outras empresas, na forma da legislação própria. 
Exemplo:
 
Balconistas contratados por lojas no período natalino,funcionários de hotéis contratados no período de 
alta temporada. 
3. O bolsista e o estagiário que prestam serviços a empresa, em desacordo com a Lei no
 
6.494, de 7 de dezembro de 
1977. 
Exemplo:
 
Estudante contratado como estagiário por uma empresa sem a observância de convênio com a 
instituição de ensino. 
4. O servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante, 
exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Exemplo:
 
Assessores de deputados e de senadores, ocupantes exclusivamente de cargos comissionados. 
5. O servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações, ocupante de 
cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por regime próprio de previdência social. 
 
14
Exemplo:
 
Os servidores de uma prefeitura que não possui regime próprio de previdência social são filiados 
obrigatoriamente à Previdência Social. 
6. O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas respectivas autarquias e 
fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. 
Exemplo:
 
Pessoas contratadas pela União, Estado ou Prefeitura por um dado período para fazer recenseamento 
ou para o controle de epidemias. 
7. O servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e fundações, ocupante de 
emprego público. 
Exemplo:
 
Os servidores das agências nacionais (petróleo, energia, etc.) contratados sob o regime celetista. 
22. Quem é empregado doméstico para a previdência social?
 
É aquele que presta serviço de natureza contínua, sem finalidade lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial 
destas. Dessa forma, a cozinheira, o mordomo, o caseiro, o motorista, são considerados pelo RGPS como empregados 
domésticos. Observe que a legislação não considera empregado doméstico a pessoa que executa atividades 
relacionadas à manutenção do próprio lar, tais como cozinhar, para o próprio cônjuge ou companheiro, pais ou filhos, 
bem como o trabalhador que presta serviço à pessoa ou família, no âmbito residencial destas, eventualmente e sem fins 
lucrativos, em atividades de limpeza e conservação, como diaristas, jardineiros, pintores, eletricistas, bombeiros 
hidráulicos. Estes são considerados contribuintes individuais, pois nesse caso não há continuidade dos serviços 
prestados, característica essencial à caracterização do empregado doméstico. 
23. A diarista é considerada empregada doméstica?
 
Não. A diarista presta serviço de natureza descontínua enquanto o empregado doméstico de natureza contínua. A 
diarista também é segurada do RGPS, só que em outra categoria, a de contribuinte individual. 
24. Quem é contribuinte individual para a previdência social?
 
É a pessoa física que recolhe individualmente, por conta própria, suas contribuições, sendo que se o contribuinte 
individual prestar serviços a empresas em geral, o desconto e recolhimento da sua contribuição caberá à própria 
empresa. 
Na categoria de contribuinte individual destacam-se as figuras do empresário e do trabalhador autônomo. 
 
Empresário: é o segurado contribuinte individual que, na empresa urbana ou rural, exerce a atividade de gestão 
ou administração. 
 
Trabalhador autônomo: é aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual a uma ou 
mais empresas, sem relação de emprego, ou ainda, é a pessoa que exerce, por conta própria, atividade 
econômica remunerada, de natureza urbana, com fins lucrativos. 
 
15
 
Veremos a seguir alguns exemplos de pessoas físicas consideradas contribuintes individuais pelo Regulamento da 
Previdência Social: 
a) o titular de firma individual urbana ou rural; 
b) o diretor não empregado e o membro de conselho de administração na sociedade anônima; 
c) todos os sócios, nas sociedades em nome coletivo e de capital e indústria; 
d) o sócio gerente e o sócio cotista que recebam remuneração decorrente de seu trabalho e o administrador não 
empregado na sociedade por cotas de responsabilidade limitada, urbana ou rural; 
e) o associado eleito para cargo de direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou 
finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que 
recebam remuneração; 
f) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação 
de emprego; 
g) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou 
não (como, por exemplo, um contador que presta serviços a várias empresas); 
h) o condutor autônomo de veículo rodoviário, assim considerado aquele que exerce atividade profissional sem 
vínculo empregatício, quando proprietário, co-proprietário ou promitente comprador de um só veículo (é o caso, 
por exemplo, do taxista); 
i) o cooperado de cooperativa de produção que, nesta condição, presta serviço à sociedade cooperativa mediante 
remuneração ajustada ao trabalho executado (tanto o cooperado associado à cooperativa de produção ou à 
cooperativa de trabalho, como o dirigente da cooperativa são enquadrados na categoria de contribuintes 
individuais); 
j) aquele que, pessoalmente, por conta própria e a seu risco, exerce pequena atividade comercial em via pública 
ou de porta em porta, como comerciante ambulante; 
l) aquele que presta serviço de natureza não contínua, por conta própria, a pessoa ou família, no âmbito 
residencial desta, sem fins lucrativos. 
Nesta última situação enquadra-se a diarista que presta serviços de limpeza, bem como uma pessoa que prepara 
comida congelada para uma família, sem fins lucrativos e de forma não contínua. 
25. Quem é trabalhador avulso para a previdência social?
 
Entende-se por avulso todo trabalhador sem vínculo empregatício que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza 
urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de 
mão-de-obra ou do sindicato da categoria. 
Portanto, são características do trabalho avulso: a curta duração dos serviços prestados ao tomador dos mesmos, 
remuneração paga através de rateio procedido pelo sindicato e a necessidade da participação do sindicato ou do Órgão 
Gestor de Mão-de-Obra 
 
OGMO na intermediação da mão-de-obra. 
São considerados trabalhadores avulsos: 
 
trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; 
 
16
 
trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de 
embarcação e bloco; 
 
trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios); 
 
amarrador de embarcação; 
 
ensacador de café, cacau, sal e similares; 
 
trabalhador na indústria de extração de sal; 
 
carregador de bagagem em porto; 
 
prático de barra em porto; 
 
guindasteiro; 
 
classificador, movimentador e empacotador de mercadorias em portos. 
26. Quem é segurado especial para a previdência social?
 
A Previdência Social considera segurado especial: "o produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais, o pescador 
artesanal e seus assemelhados, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, com 
ou sem auxílio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 
dezesseis anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar 
respectivo." 
Por regime de economia familiar se entende a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à 
própria subsistênciae é exercida em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados. 
Entende-se como auxílio eventual de terceiros, o que é exercido ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, 
não existindo subordinação nem remuneração, é o conhecido mutirão. 
Não se considera segurado especial o membro do grupo familiar que possui outra fonte de rendimento decorrente do 
exercício de atividade remunerada, excetuando-se as situações seguintes: 
 
remuneração decorrente do exercício de mandato de dirigente sindical; 
 
pensão por morte deixada por segurado especial; 
 
auxílio-acidente; 
 
auxílio-reclusão; 
 
pensão por morte, cujo valor seja inferior ou igual ao salário-mínimo. 
 
17
3. MANUTENÇÃO DA QUALI DADE DE 
SEGURADO 
 
27. Se uma pessoa parar de contribuir, ela automaticamente deixa de ser segurado do RGPS?
 
Não. Relacionamos a seguir as situações em que uma pessoa filiada à Previdência Social mantém a sua qualidade de 
segurado, mesmo não efetuando o recolhimento de contribuições. A depender da situação o segurado preservará seus 
direitos para com o INSS durante um certo intervalo temporal. Esse período de tempo durante o qual a pessoa mantém a 
qualidade do segurado, mesmo sem estar contribuindo para a Previdência Social, é chamado de período de graça. 
1a
 
situação: Gozo de benefício 
Quando o segurado está em gozo de benefício, ele mantém a qualidade de segurado sem limite de prazo, enquanto 
durar o benefício. Esse é o único caso em que não há prazo definido para a duração do período de graça. 
2a
 
situação: Licença sem remuneração ou suspensão do empregado ou cessação de benefício por 
incapacidade ou desemprego 
Se um segurado obrigatório estiver desempregado, suspenso da empresa onde trabalha, esteja gozando de uma licença 
sem remuneração ou caso tenha havido cessação do recebimento de benefício por incapacidade, ele conserva todos os 
seus direitos perante o INSS, independentemente de contribuir, por até 12 meses após a cessação das contribuições ou 
após a cessação do benefício por incapacidade. Se tiver, pago mais de 120 contribuições à época, este prazo será 
dilatado para 24 meses. 
Comprovando o segurado estar em situação de desemprego e tendo mais de 120 contribuições o prazo de 24 meses 
será aumentado em mais 12 meses, totalizando 36 meses. Entretanto, se tiver menos de 120 contribuições, o prazo 
inicial de 12 meses será adicionado em mais 12 meses, totalizando 24 meses. Nessa situação também se enquadra um 
segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social. 
3a
 
situação: Segregação compulsória 
O segurado acometido de doença que necessite de isolamento obrigatório conserva sua qualidade de segurado por até 
12 meses, após cessar a segregação. Doença de segregação compulsória é o tipo de doença epidemiológica para qual 
a vigilância sanitária obriga o isolamento a fim de evitar o contágio. Por exemplo, o portador da gripe aviária. 
4a
 
situação: Detenção 
O segurado detido ou recluso conserva sua qualidade de segurado por até 12 meses, após o livramento. 
5a
 
situação: Forças Armadas 
O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar conserva sua qualidade de segurado por até 3 
meses após o licenciamento. 
6a
 
situação: Segurado facultativo 
O segurado facultativo conserva sua qualidade de segurado por até 6 meses após a cessação das contribuições. Uma 
observação importante é que o segurado facultativo, após a cessação do benefício por incapacidade, não terá o período 
de graça dilatado para 12 meses. 
A tabela a seguir resume essas situações: 
 
18
 
SITUAÇÃO DO SEGURADO MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE 
SEGURADO 
1. Em gozo de benefício. Sem lim ite de prazo. 
2. O segurado que deixar de exercer 
atividade rem unerada abrangida pela 
previdência social ou estiver suspenso 
ou licenciado sem rem uneração. 
Até doze m eses após a cessação de 
benefício por incapacidade ou após a 
cessação das contribuições. 
3. O segurado acom etido de doença de 
segregação com pulsória. 
Até doze m eses após cessar a 
segregação. 
4. O segurado detido ou recluso. Até doze m eses após o livram en to. 
5. O segurado incorporado às Forças 
Arm adas para prestar serviço m ilitar. 
Até três m eses após o licenciam en to. 
6. O segurado facultativo. 
Até seis m eses após a cessação das 
con tribuições. 
 
Nota:
 
A segunda situação contempla a circunstância de desemprego do segurado, o fluxograma a seguir 
demonstra esse caso de forma simplificada: 
O segurado 
na 2ª SITUAÇÃO
 
Prazo de 
12 MESES 
Qualidade
 
Segurado
 
Menos de 120 contribuições 
Prazo permanece 
12 MESES 
Mais de 120 contribuições 
Prazo aumenta para 
24 MESES 
Estando DEMPREGADO 
Prazo aumenta para 
24 MESES 
Estando DEMPREGADO 
Prazo aumenta para 
36 MESES 
 
28. O segurado facultativo pode recolher contribuições em atraso?
 
Depende. A filiação na qualidade de segurado facultativo representa um ato voluntário gerando efeitos somente a partir 
da inscrição e do primeiro recolhimento, não podendo retroagir e não sendo permitido o pagamento de contribuições 
relativas a competências anteriores à data da inscrição. Entretanto, após a inscrição, o segurado facultativo somente 
poderá recolher contribuições em atraso quando não tiver ocorrido perda da qualidade de segurado, ou seja, até 6 
meses após a cessação das contribuições. 
29. Durante o período de graça pode ser concedido algum benefício?
 
Sim. Durante o período de graça, o segurado conserva os seus direitos perante a previdência social, podendo solicitar 
benefícios, à exceção do: auxílio-acidente. 
 
19
4. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
30. O que ocorre quando a pessoa perde a qualidade de segurado?
 
A perda da qualidade de segurado importa na caducidade dos direitos do mesmo. Ou seja, o segurado deixa de ter 
direito aos benefícios previdenciários. 
31. Em que data ocorre a perda da qualidade de segurado?
 
A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado para recolhimento da 
contribuição do contribuinte individual referente ao mês imediatamente posterior ao final do prazo previsto para 
manutenção da referida qualidade. O prazo para o recolhimento da contribuição do contribuinte individual é até o dia 15 
do mês posterior ao da prestação de serviços, prorrogando-se o vencimento para o primeiro dia útil após essa data 
quando não houver expediente bancário no dia quinze. Vamos visualizar isso através de um exemplo: se um empregado 
perdeu a qualidade de segurado, em abril de 2003, a data em que será computada esta perda será o dia de vencimento 
para o recolhimento da competência imediatamente posterior a abril de 2003, ou seja, 16 de junho de 2003, que é o dia 
seguinte ao vencimento da competência de maio de 2003. Dessa forma, o segurado perde essa qualidade, na prática, 
em aproximadamente um mês e dezesseis dias após o esgotamento dos prazos previstos no Capítulo de Manutenção 
da Qualidade de Segurado, que elencamos novamente a seguir: 
 
até 12 meses após a cessação de benefícios por incapacidade ou estiver suspenso ou licenciado sem 
remuneração; 
 
até 12 meses após a cessação das contribuições, para o segurado que deixar de exercer atividade 
remunerada abrangida pela Previdência Social; 
 
até 12 meses após cessar a segregação, para o segurado acometido de doença de segregação 
compulsória; 
 
até 12 meses após o livramento do segurado detido ou recluso; 
 
até 3 meses após o licenciamento do segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço 
militar; e 
 
até 6 meses após a cessação das contribuições do segurado facultativo. 
32. Ocorrendo a perdada qualidade de segurado, a pessoa deixa de ter direito a receber todo e 
qualquer benefício?
 
Não. A perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à aposentadoria por tempo de contribuição, especial e 
por idade para a qual o segurado tenha preenchido todos os requisitos para a sua concessão, de acordo com a 
legislação em vigor à época. 
33. No caso de morte da pessoa que perdeu a qualidade de segurado como fica a situação dos 
dependentes quanto à pensão?
 
Não será concedida pensão por morte aos dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, salvo se 
antes do falecimento tiverem sido preenchidos todos os requisitos para obtenção de aposentadoria. Em outras palavras, 
 
20
se o falecido já tinha cumprido os requisitos para obtenção da aposentadoria, seus dependentes fazem jus ao benefício 
pensão por morte. 
 
21
5. DEPENDENTES 
 
34. Quem são os dependentes dos segurados do RGPS?
 
Os dependentes são beneficiários do Regime Geral de Previdência Social que dependem economicamente do segurado. 
Os segurados filiados ao RGPS podem ter como dependentes as seguintes pessoas elencadas na tabela a seguir: 
CLASSE DEPENDENTES 
1ª 
O cônjuge, a com panheira, o com panheiro e o filho não 
em ancipado de qualquer condição, m enor de vin te e 
um anos ou inválido. 
2ª Os pais. 
3ª 
O irm ão n ão em ancipado, de qualquer condição, 
m enor de vin te e um an os ou inválido. 
 
35. O dependente também pode ser segurado?
 
Sim. Os dependentes podem, também, ser segurados, que é a situação de serem filiados ao RGPS obrigatoriamente em 
razão do exercício de atividade remunerada, ou facultativamente. Assim, a viúva de um segurado, que é aposentada 
pelo RGPS, recebe também a pensão deixada pelo marido, na condição de dependente, e o benefício da aposentadoria, 
na condição de segurada. 
36. Quais são as prestações previdenciárias que os dependentes têm direito?
 
Os dependentes têm direito, a dois benefícios: pensão por morte e auxílio-reclusão, bem como a dois serviços: 
reabilitação profissional e serviço social. 
37. O segurado pode eleger dependentes em mais de uma classe?
 
Não. A existência de dependente numa classe exclui do direito às prestações os das classes seguintes. Isso quer dizer 
que, tendo sido concedido um benefício aos dependentes de uma determinada classe, no caso de perda da qualidade de 
dependente, este benefício não é transferido para as classes subseqüentes. Os dependentes de uma mesma classe 
concorrem em igualdade de condições, ou seja, no caso de recebimento do benefício, este é rateado igualmente entre 
os participantes da classe. 
38. Os dependentes da primeira classe têm que comprovar dependência econômica?
 
Não. Existe uma diferença entre os dependentes da primeira classe, que são também denominados de preferenciais, 
para os das classes subseqüentes. A dependência econômica dos dependentes da 1a
 
classe é presumida, ou seja, está 
implícito que eles necessitam da renda do segurado para o seu sustento, enquanto a dependência das demais classes 
deve ser comprovada. 
 
22
 
39. Os enteados podem ser dependentes?
 
É importante ressaltar que os enteados e o menor sob tutela podem ser equiparados a filhos, desde que sejam 
cumpridas algumas condições: 
 
apresentação de uma declaração escrita do segurado; 
 
comprovação de dependência econômica; 
 
não podem ter bens suficientes para o próprio sustento; e 
 
no caso do menor sob tutela, também é necessária a apresentação do Termo de Tutela. 
40. Os dependentes da 2ª e da 3ª classe devem comprovar dependência econômica?
 
Sim. 
41. Como se comprova dependência econômica?
 
Para comprovação da dependência econômica, devem ser apresentados no mínimo três
 
dos seguintes documentos: 
1) certidão de nascimento de filho havido em comum; 
2) certidão de casamento religioso; 
3) declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; 
4) disposições testamentárias; 
5) anotação constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdência Social, feita pelo órgão 
competente; 
6) declaração especial feita perante tabelião; 
7) prova de mesmo domicílio; 
8) prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; 
9) procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
10) conta bancária conjunta; 
11) registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; 
12) anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; 
13) apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua 
beneficiária; 
14) ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; 
15) escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; 
16) declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou 
17) quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. 
42. Quem é considerado companheiro(a) para o INSS?
 
 
23
Companheira ou companheiro é considerado a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada. Por 
sua vez, união estável é aquela verificada entre o homem e a mulher como entidade familiar, quando forem solteiros, 
separados judicialmente, divorciados ou viúvos, ou tenham prole em comum, enquanto não se separarem. 
43. Como posso comprovar união estável?
 
Para comprovação da união estável e dependência econômica devem ser apresentados, no mínimo, três
 
dos seguintes 
documentos: 
1) declaração de Imposto de Renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; 
2) disposições testamentárias; 
3) declaração especial feita perante tabelião (escritura pública declaratória de dependência econômica); 
4) prova de mesmo domicílio; 
5) prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; 
6) procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
7) conta bancária conjunta; 
8) registro em associação de classe, onde conste o interessado como dependente do segurado; 
9) anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; 
10) apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua 
beneficiária; 
11) ficha de tratamento em instituição de assistência médica da qual conste o segurado como responsável; 
12) escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente; 
13) quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato a comprovar. 
44. O INSS reconhece a união entre homossexuais?
 
Sim, por força de decisão judicial proferida na Ação Civil Pública no
 
2000.71.00.009347-0 fica reconhecido o direito à 
pensão por morte e ao auxílio-reclusão para o companheiro ou companheira homossexual do segurado. Dessa forma, o 
companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS passa a integrar o rol dos dependentes e, 
desde que comprovada a união estável, concorrem, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os 
dependentes preferenciais. 
45. O dependente perde esta qualidade em algum momento?
 
Sim. Normalmente, a qualidade de dependente é perdida nas seguintes situações em geral: 
 
alcance da idade máxima de 21 anos, para filho e irmão; 
 
cessação da invalidez, para o inválido; ou 
 
falecimento. 
Vale ressaltar que o filho e o irmão inválido perderão a qualidade de dependente ao se emanciparem, exceto se a 
emancipação provier de colação de grau científico em curso de ensino superior. 
 
24
46. Em que casos o dependente pode se emancipar?
 
O Código Civil Brasileiro estabeleceque a menoridade cessa aos dezoito anos completos, ficando a pessoa 
habilitada à prática de todos os atos da vida civil. O Código também prevê situações, as quais listamos abaixo, em 
que mesmo o menor não tendo completado 18 anos estará habilitado para os atos da vida civil: 
 
concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, 
independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver 
dezesseis anos completos; 
 
casamento; 
 
exercício de emprego público efetivo; 
 
pela colação de grau em curso de ensino superior; 
 
pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em 
função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
47. Como o cônjuge perde a qualidade de dependente?
 
Pela anulação do casamento, pelo óbito ou pela separação judicial ou divórcio, enquanto não lhe for assegurada à 
prestação de alimentos. 
48. Como o companheiro(a) perde a qualidade de dependente?
 
Pelo óbito ou pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação 
de alimentos. 
49. O que significa receber prestação de alimentos?
 
Quer dizer que se um segurado se separa de sua esposa ou de sua companheira e tiver a obrigação de pagar pensão 
alimentícia, ela continua sendo sua dependente de 1ª classe, mesmo que ele tenha se casado novamente ou tenha outra 
companheira. A pensão alimentícia evidencia a dependência econômica de quem a recebe. 
50. Como o filho e o irmão perdem a qualidade de dependente?
 
Ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste 
caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior. 
O novo Código Civil Brasileiro, em vigor a partir de janeiro de 2003, estabelece que a menoridade acaba aos 18 anos 
de idade. Entretanto, a Casa Civil da Presidência da República emitiu nota SAJ no
 
42/2003 
 
MF dispondo a favor da 
permanência do direito à pensão para os filhos, bem como as pessoas a eles equiparadas ou os irmãos que não se 
emanciparam e que, apesar de já serem maiores, não completaram a idade de vinte e um anos. O novo Código Civil, 
portanto, nada alterou neste aspecto a legislação previdenciária. Assim, o filho e o irmão com idade entre 18 e 21 
anos, já são maiores de idade, mas mantêm a qualidade de dependentes do segurado para o RGPS. 
 
25
51. Um segurado falece, sendo que era casado e deixou dois filhos um com 23 e o outro com 8 anos 
de idade. De que forma o valor da pensão de R$ 1.000,00 será distribuída entre os dependentes?
 
A pensão no valor de R$ 1.000,00 vai ser distribuída entre seus dependentes da seguinte forma: 
Dependente Pensão Comentário 
Esposa 500,00 Esposa é dependente da 1º classe. 
Filho de 23 anos 0,00 Filho maior de 21 anos perde a qualidade de segurado. 
Filho de 8 anos 500,00 Filho menor de 21 anos é dependente da 1º classe. 
 
52. Um segurado falece, sendo que o mesmo era solteiro e sem filhos, entretanto tinha pais vivos e 
irmão. De que forma o valor da pensão de R$ 500,00 será distribuída entre os dependentes?
 
A pensão no valor de R$ 500,00 vai ser distribuída entre seus dependentes da seguinte forma: 
Dependente Pensão Comentário 
Irmão
 
0,00
 
Irmão
 
é dependente da 3º classe e só teria direito a pensão se não houvesse 
dependentes das classes anteriores e provasse dependência econômica. 
Pai
 
250,00
 
Os pais do segurado são dependentes da 2º classe. Devem provar a 
dependência econômica. 
Mãe
 
250,00
 
Os pais do segurado são dependentes da 2º classe. Devem provar a 
dependência econômica. 
 
53. Um segurado separou-se de sua esposa, com quem tem um filho de 10 anos e passou a viver com 
outra pessoa mediante união estável, pagando pensão alimentícia mensalmente por determinação 
judicial. O segurado faleceu. De que forma o valor da pensão de R$ 1.200,00 será distribuída entre 
os dependentes?
 
A pensão no valor de R$ 1.200,00 vai ser distribuída entre seus dependentes da seguinte forma: 
Dependente Pensão Comentário 
Esposa 400,00 Ex-esposa, como recebia pensão alimentícia, apesar de separada 
não perdeu a qualidade de dependente de 1º classe. 
Companheira 400,00 Companheira é dependente de 1º classe, não necessitando provar 
sua dependência econômica. 
Filho 400,00 Filho menor de 21 anos é dependente de 1º classe. 
 
 
26
6. INSCRIÇÃO 
 
54. Como é feita a inscrição do trabalhador no INSS?
 
No âmbito da previdência social a inscrição de segurado é o ato pelo qual ele é cadastrado no Regime Geral de 
Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua 
caracterização. Relativamente ao segurado já cadastrado no PIS/PASEP (Programa de Integração Social / Programa de 
Assistência ao Servidor Público), não deverá ser feito novo cadastro. Vejamos na tabela abaixo como cada tipo de 
segurado é inscrito no sistema. 
SEGURADO FORMA DE INSCRIÇÃO 
Em pregado 
 
preenchim ento dos docum entos que os habilitem ao 
exercício da atividade, form alizado pelo contrato de 
trabalho. 
Avulso 
 
cadastram ento e registro no sindicato ou órgão gestor de 
m ão-de-obra. 
Em pregado 
dom éstico 
 
apresen tação de docum en to que com prove a existência 
de contrato de trabalho. 
Con tribuin te 
Individual 
 
apresen tação de docum en to que caracterize a sua 
condição ou o exercício de atividade profissional, liberal 
ou não. 
Segurado 
Especial 
 
apresen tação de docum ento que com prove o exercício de 
atividade rural. 
Facultativo 
 
apresen tação de docum en to de iden tidade e declaração 
expressa de que não exerce atividade que o enquadre na 
categoria de segurado obrigatório. 
 
55. O INSS pode exigir outros documentos?
 
Sim. Além dos documentos necessários à inscrição, poderá ser exigida a comprovação dos dados pessoais e de outros 
elementos necessários e úteis à caracterização do segurado quando da concessão do benefício. 
56. Pode ocorrer inscrição após a morte do segurado?
 
Por mais estranho que pareça, pode. Presentes os pressupostos da filiação, admite-se a inscrição post mortem do 
segurado especial. É o único caso em que pode ser efetuada a inscrição do segurado após a sua morte. 
57. Como é feita a inscrição do dependente?
 
A inscrição do dependente do segurado será promovida quando do requerimento do benefício a que tiver direito, 
mediante a apresentação dos documentos discriminados na tabela a seguir por tipo de dependente: 
 
27
DEPENDENTE DOCUMENTAÇÃO 
Cônjuge 
 
Certidão de casam ento. 
Filhos 
 
Certidões de nascim en to. 
Com panheiro (a)
 
Docum ento de identidade. 
 
Certidão de casam en to com averbação da separação judicial ou divórcio, quando 
um dos com panheiros ou am bos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso. 
Equiparado a 
filho 
 
Certidão judicial de tu tela e, em se tratando de en teado, certidão de casam ento do 
segurado e de nascim ento do dependente; 
 
Com provação da dependência econôm ica e de que não possui ben s suficien tes para
 
o seu próprio susten to e educação; 
 
No caso de falecim en to do segurado, a in scrição será feita m edian te a com provação 
da equiparação por docum en to escrito do segurado falecido m anifestan do essa 
in tenção, da dependência econôm ica e da declaração de que n ão tenha sido 
em ancipado. 
Pais 
 
Certidão de nascim ento do segurado. 
 
Docum ento de identidade. 
Irm ão 
 
Certidão de nascim ento. 
 
Nota 1:
 
No caso de dependente inválido,para fins de inscrição e concessão de benefício, a invalidez será 
comprovada mediante exame médico-pericial a cargo do Instituto Nacional do Seguro Social. 
Nota 2: No ato de inscrição, o dependente menor de vinte e um anos deverá apresentar declaração de não 
emancipação. 
Nota 3:
 
Os pais ou irmãos deverão, para fins de concessão de benefícios, comprovar a inexistência de 
dependentes preferenciais, mediante declaração firmada perante o Instituto Nacional do Seguro Social, além de 
comprovar a dependência econômica. 
 
28
7. CARÊNCIA 
 
58. O que é carência?
 
Para que o segurado tenha direito a benefícios previdenciários é necessário ter efetuado o pagamento de um 
determinado número de contribuições mensais. Essa quantidade de contribuições imprescindível à obtenção de um dado 
benefício denomina-se período de carência. 
59. Todos os benefícios têm a mesma carência?
 
Não. O período de carência varia a depender do benefício pleiteado, além disso, existem casos de benefícios isentos de 
carência, os quais podem ser gozados desde a filiação do segurado. 
60. Cada benefício tem seu período de carência específico?
 
Sim. O período de carência varia a depender do benefício a ser requerido e, no caso do salário-maternidade, depende 
ainda, do tipo de segurado, conforme podemos visualizar na tabela a seguir: 
BENEFÍCIO CARÊNCIA 
Auxílio-doença (com um ) 12 contribu ições 
Aposen tadoria por invalidez (com um ) 12 contribu ições 
Aposen tadoria por idade 180 con tribuições 
Aposen tadoria por tem po de con tribuição 180 con tribuições 
Aposen tadoria especial 180 con tribuições 
Salário-m atern idade para: 
 
Contribuin te Individual 
 
Segurada especial 
 
Facultativa 
10 contribu ições 
Em caso de parto antecipado, o 
período de carência será reduzido 
em núm ero de contribuições 
equivalen te ao núm ero de m eses 
em que o parto foi antecipado. 
i.
 
61. Existem benefícios que independem de carência?
 
Sim. Os benefícios a seguir independem de carência para a sua concessão: 
 
Auxílio-acidente 
 
Auxílio-reclusão 
 
Salário-família 
 
Pensão por morte 
 
Salário-maternidade das seguradas empregada, doméstica e trabalhadora avulsa 
 
29
 
Auxílio-doença (acidentário) 
 
Aposentadoria por invalidez (acidentária) 
 
Reabilitação Profissional 
 
Serviço Social 
Independem de carência o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza 
ou causa, bem como no caso do segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido de 
alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência a cada 
três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira 
especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. 
62. Se o segurado implementou todas as condições necessárias para a concessão do benefício e 
após esse fato houve alteração da legislação quanto ao prazo de carência do mesmo, como fica?
 
Não importa, o segurado não será prejudicado, se a luz da legislação vigente à época ele implementou as condições 
para a obtenção de aposentadoria especial, por exemplo, e, posteriormente, ocorreram mudanças na legislação 
modificando a carência exigida para este benefício, seu benefício estará garantido. 
O direito ao benefício não seria afetado, ainda que após o cumprimento da carência, tivesse ocorrido a perda da 
qualidade de segurado. 
63. Havendo perda da qualidade de segurado tem alguma forma de aproveitar as contribuições pagas 
antes deste fato?
 
Sim. Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a esse fato somente serão computadas 
depois que o segurado contar a partir da data da nova filiação ao RGPS com, no mínimo, um terço do número de 
contribuições exigidas para o cumprimento da carência. Assim, se o segurado recolheu dez contribuições mensais, antes 
de ter perdido a qualidade de segurado, ao filiar-se novamente ao RGPS, caso necessite de um auxílio-doença comum, 
somente após o recolhimento de quatro contribuições (um terço de doze), poderão ser aproveitadas as dez anteriores, 
dessa forma, o segurado contará com 14 contribuições e fará jus ao benefício de auxílio-doença comum que exige 
apenas 12 contribuições para efeito de carência. 
 
30
8. SALÁRIO- DE- BENEFÍCIO 
 
64. Como é calculado o valor dos benefícios?
 
Antes de calcular o valor dos benefícios deve-se calcular o chamado salário-de-benefício que é o valor base utilizado 
para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada. 
65. Quer dizer que o salário-de-benefício não é o valor do benefício?
 
É isso mesmo. O salário-de-benefício é a base para o cálculo do valor do benefício. Veremos adiante, como é feito esse 
cálculo, benefício por benefício. 
66. Esta base, chamada salário-de-benefício, é utilizada para calcular a renda mensal de todos os 
benefícios?
 
Não. Os benefícios salário-família e salário-maternidade não utilizam esta base para o cálculo do valor de sua renda 
mensal. 
67. Quais os benefícios que utilizam o salário-de-benefício como base para o cálculo da renda 
mensal?
 
Aposentadoria por idade 
 
Aposentadoria por tempo de contribuição 
 
Aposentadoria especial 
 
Aposentadoria por invalidez 
 
Auxílio-doença 
 
Auxílio-acidente 
 
Auxílio-reclusão 
 
Pensão por morte 
68. Como é feito o cálculo do salário-de-benefício?
 
A tabela a seguir demonstra de que forma se obtém o valor do salário-de-benefício: 
BENEFÍCIO CÁLCULO 
SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO 
Aposentadoria por idade 
Aposentadoria por tempo de contribuição 
Média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição 
correspondentes a oitenta por cento (80%) de todo o período 
contributivo, multiplicada pelo fator previdenciário. 
 
31
Nota: O segurado com direito à aposentadoria por idade poderá 
optar ou não pela aplicação do fator previdenciário no cálculo de 
sua aposentadoria. 
Aposentadoria por invalidez 
Aposentadoria especial 
Auxílio-doença 
Auxílio-acidente 
Média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição 
correspondentes a oitenta por cento (80%) de todo o período 
contributivo. 
Aposentadoria por invalidez 
Auxílio-doença 
No caso do segurado contar com menos de 144 contribuições 
mensais, o salário-de-benefício equivalerá à soma dos salários-de-
contribuição de todo período contributivo dividido pelo número de 
contribuições. 
 
O valor mensal da pensão por morte e do auxílio-reclusão será de cem por cento do valor da aposentadoria que o 
segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Dessa 
forma serão utilizados os cálculos da tabela anterior, a depender da aposentadoria a que o segurado tinha direito. 
69. O salário-de-benefício tem algum valor limite?
 
O valor do salário-de-benefício está sujeito a limites mínimo e máximo, sendo que o limite mínimo é o valor do salário-
mínimo e o limite máximo é estabelecido mediante Portaria do Ministério da Previdência Social. Atualmente o valor do 
limite máximo é de R$ 2.894,28 (Valor atualizado pela Portaria MPS n.º 142/2007). 
70. No cálculo do salário-de-benefício entra o 13º salário?
 
Não. O segurado empregado e trabalhador avulso contribuem sobre a remuneração do décimo terceiro 
salário. Entretanto, essa contribuição não é considerada para o cálculo do salário-de-benefício. 
 
32
9. FATOR PREVIDENCIÁRIO 
 
71. O que é fator previdenciário?
 
Fator previdenciário é uma variável que leva em conta a idade, a expectativade sobrevida e o tempo de contribuição do 
segurado ao se aposentar. 
72. Para que serve o fator previdenciário?
 
Explicando de forma simples, o fator previdenciário foi uma forma encontrada para retardar os pedidos de 
aposentadorias, pois, quanto mais cedo o segurado requerer sua aposentadoria menor será o seu valor. 
73. O fator previdenciário é utilizado para cálculo de todos os benefícios ?
 
Não. 
74. Para quais benefícios o fator previdenciário é utilizado?
 
O fator previdenciário é utilizado para o cálculo do salário-de-benefício dos seguintes benefícios de prestação 
continuada: 
 
Aposentadoria por idade (facultativamente) 
 
Aposentadoria por tempo de contribuição (obrigatoriamente) 
75. De que forma é efetuado o cálculo do fator previdenciário?
 
Como mencionamos anteriormente, o fator previdenciário será calculado mediante a fórmula abaixo, considerando-se a 
idade do segurado, o tempo que ele contribuiu para a Previdência Social e sua expectativa de sobrevida, que 
corresponde ao tempo estimado de vida do segurado no momento em que ele se aposenta. 
 
onde: 
f = fator previdenciário; 
Es = expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; 
Tc = tempo de contribuição até o momento da aposentadoria; 
Id = idade no momento da aposentadoria; e 
a = alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 
76. Onde encontrar o valor da sobrevida do segurado?
 
 
33
A expectativa de sobrevida do segurado na idade da aposentadoria será obtida a partir da tábua completa de 
mortalidade construída pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para toda a população 
brasileira, considerando-se a média nacional única para ambos os sexos. Publicada a tábua de mortalidade, os 
benefícios previdenciários requeridos a partir dessa data considerarão a nova expectativa de sobrevida. 
77. Existe algum ajuste no fator previdenciário relativamente a algum segurado?
 
Sim. Serão adicionados ao tempo de contribuição: 
 
5 anos, quando se tratar de mulher; 
 
5 anos e 10 anos, quando se tratar, respectivamente, de professor e professora que comprovem 
exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino 
fundamental e médio. 
 
34
10. RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO 
 
78. O valor dos benefícios obedece a algum limite?
 
Sim. A renda mensal do benefício de prestação continuada que substituir o salário-de-contribuição ou o rendimento do 
trabalho do segurado está sujeita aos seguintes limites: 
RENDA MENSAL
 
DO BENEFÍCIO 
LIMITE MÍNIMO 
LIMITE MÁXIMO 
SALÁRIO MÍNIMO 
LIMITE MÁXIMO DO
 
SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO 
O valor do limite máximo do salário-de-contribuição será publicado mediante portaria do Ministério da Previdência Social, 
sempre que ocorrer alteração do valor dos benefícios. Atualmente esse valor é de R$ 2.894,28 (Valor atualizado pela 
Portaria MPS n.º 142/2007). 
79. Há alguma exceção quanto ao limite máximo?
 
Sim. O valor da aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistência permanente de outra pessoa 
será acrescido de vinte e cinco por cento, podendo superar o limite máximo do salário-de-contribuição. Existe, também, 
uma outra exceção, que é o salário-maternidade, este caso será explicado na resposta da pergunta a seguir. 
80. E o salário-maternidade obedece ao limite máximo?
 
O valor do salário-maternidade da segurada empregada e da trabalhadora avulsa não obedece ao limite máximo do 
salário-de-contribuição. Entretanto, o artigo 248 da nossa Carta Magna impõe que os benefícios pagos, a qualquer título, 
pelo órgão responsável pelo Regime Geral de Previdência Social não ultrapassem o valor do subsídio mensal do 
Ministro do Supremo Tribunal Federal. O salário-maternidade das demais seguradas: empregada doméstica, contribuinte 
individual, facultativa e segurada especial, está sujeito ao limite máximo estabelecido. 
81. Há alguma exceção quanto ao limite mínimo?
 
O limite mínimo dos benefícios por determinação constitucional deve ser o valor do salário-mínimo vigente. 
Entretanto, aplica-se esta regra para o valor dos benefícios que substituam a remuneração do segurado. No rol dos 
benefícios previdenciários existem aqueles que não substituem a remuneração dos segurados e que, portanto 
podem ser menores que o salário-mínimo. Os benefícios que podem ser menores que o limite mínimo são: o salário-
família e o auxílio-acidente. Há também um caso específico relativo ao auxílio-doença que poderá ser inferior ao 
limite mínimo, desde que somado com outras remunerações do segurado resulte num valor igual ou superior ao 
salário-mínimo. 
82. Afinal como é feito o cálculo da renda mensal dos benefícios?
 
 
35
A renda mensal do benefício de prestação continuada será calculada aplicando-se sobre o salário-de-benefício os 
seguintes percentuais: 
BENEFÍCIO RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO 
Auxílio-doença 91% do salário-de-benefício 
Aposen tadoria Invalidez, Aposen tadoria 
Especial, Aposentadoria por tem po de 
con tribu ição (in tegral) 
100% do salário-de-benefício 
Aposen tadoria por idade 70% SB + 1% por grupo
 
de 12 contribu ições 
m ensais até o lim ite de 100% SB 
Aposen tadoria por tem po de contribu ição 
(proporcion al) 
* válida som ente para àqueles in scritos até 
16.12.1998 
70% SB + 5% por grupo de 12 contribu ições 
até o lim ite de 100% SB 
Auxílio-acidente 50% do salário-de-benefício 
i.
 
83. Na tabela acima, não estão incluídos: o salário-família, a pensão por morte e o auxílio-reclusão. 
 
Esses benefícios têm uma forma diferente de cálculo?
 
É isso mesmo. O valor mensal da pensão por morte e do auxílio-reclusão será de cem por cento do valor da 
aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de 
seu falecimento, dessa forma serão utilizados os cálculos da tabela anterior, a depender da aposentadoria a que o 
segurado tinha direito. Já o salário-família será de R$ 23,08 para o segurado que receba remuneração até R$ 449,93 e 
de R$ 16,26 para os que recebem entre R$ 449,94 e R$ 676,27 por filho ou equiparado. 
84. O valor do benefício é reajustado?
 
Sim. É assegurado pela Constituição Federal o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real da data de sua concessão. Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, de 
acordo com suas respectivas datas de início, com base na variação integral do índice definido em lei para essa 
finalidade, desde a data de concessão do benefício ou do seu último reajustamento. 
85. O índice de reajustamento já foi definido?
 
Já. O índice utilizado para reajustamento dos benefícios é o INPC. 
 
36
11. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ 
 
86. Em que condições é devido o benefício aposentadoria por invalidez?
 
A aposentadoria por invalidez será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado 
incapaz para retornar ao trabalho, com chances remotas de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a 
subsistência. A concessão da aposentadoria por invalidez está condicionada ao afastamento de todas as atividades. 
Esse benefício será pago enquanto o segurado permanecer nessa condição. 
87. Quais segurados têm direito a esse benefício?
 
Todos os segurados: 
 
empregado; 
 
empregado doméstico; 
 
contribuinte individual; 
 
trabalhador avulso; 
 
segurado especial; e 
 
facultativo. 
88. Qual a carência exigida ? 
 
Depende, existem duas situações: 
 
Aposentadoria por invalidez acidentária: não é exigida carência nos casos de acidente de qualquer natureza ou 
causa, bemcomo no caso do segurado que, após filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for 
acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e 
da Previdência Social a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, 
deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado. 
 
Aposentadoria por invalidez comum: Doze meses de contribuição quando a inabilitação para o exercício de 
atividade não for decorrente de acidente ou das doenças especificadas anteriormente. 
Caso ocorra a perda da qualidade de segurado será necessário contribuir com um terço da carência, o que corresponde, 
no caso da aposentadoria por invalidez comum a 4 contribuições, a fim de que sejam aproveitadas e computadas as 
contribuições referentes ao período anterior àquela perda. 
89. Em que momento é verificada a incapacidade do segurado ? 
 
No momento do exame médico-pericial realizado pela Previdência Social. O segurado, desde que arque com as 
despesas, pode ser acompanhado por médico de sua confiança. 
90. E se o segurado já era portador de uma doença antes de filiar-se ao RGPS? 
A doença ou lesão de que o segurado já era portador não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, exceto 
quando a incapacidade for decorrente de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. 
 
37
91. Qual a renda mensal do benefício ? 
 
O valor da renda mensal do benefício corresponderá a 100% do salário-de-benefício. 
92. Como é feito o cálculo do valor do salário-de-benefício ? 
 
Para os inscritos até 28/11/99: é a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição 
correspondentes a, no mínimo, 80% de todo o período contributivo, a partir do mês 07/94. 
 
Para os inscritos a partir de 29/11/99: é a média aritmética simples dos maiores salários de contribuição 
correspondentes a 80% de todo o período contributivo. 
 
Para o segurado que contar com menos de 144 contribuições mensais: o salário-de-benefício equivalerá à 
soma dos salários-de-contribuição de todo período contributivo dividido pelo número de contribuições. 
 
Para o segurado especial: desde que não tenha optado por contribuir na condição de contribuinte individual, 
o valor deste benefício será de um salário mínimo. 
 
Aposentadoria por invalidez precedida do auxílio-doença: corresponderá a 100% do salário-de-benefício 
que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial do auxílio-doença. Ou seja, o auxílio-doença é 
transformado em aposentadoria por invalidez. 
 
Aposentadoria por invalidez precedida do auxílio-acidente: O valor mensal do auxílio-acidente deverá ser 
somado ao salário-de-contribuição antes da aplicação da correção, não podendo superar o limite máximo do 
salário-de-contribuição. 
93. E se o segurado precisar da assistência permanente de outra pessoa ? 
 
Nesse caso, a renda mensal será acrescida de 25%, mesmo que o segurado já receba o valor do benefício no limite 
máximo do salário-de-contribuição e terá corrigido o seu valor sempre que os benefícios forem reajustados. Vale 
ressaltar que esse acréscimo cessará com a morte do segurado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte 
deixada aos dependentes. 
94. Em quais casos o INSS admite a necessidade de assistência de outra pessoa? 
 
Nas situações elencadas a seguir que constam no Anexo I do Regulamento da Previdência Social: 
 
cegueira total 
 
perder nove dedos das mãos ou quantidade superior a esta 
 
paralisia dos dois membros superiores ou inferiores 
 
perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível 
 
perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível 
 
perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível 
 
alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social 
 
doença que exija permanência contínua no leito 
 
incapacidade permanente para as atividades da vida diária 
95. Quando se inicia o pagamento do benefício? 
 
Para o segurado empregado: a partir do 16º dia do afastamento da atividade ou a partir da data da entrada 
do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de trinta dias. Durante 
 
38
os primeiros quinze dias de afastamento consecutivos da atividade por motivo de invalidez, caberá à empresa 
pagar ao segurado empregado o salário. 
 
Para o segurado empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, especial ou 
facultativo: a partir da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre essas 
datas decorrerem mais de trinta dias. 
 
Para o segurado que se encontrar em gozo de auxílio-doença: a partir do dia imediato ao da cessação do 
auxílio-doença. 
96. Quais as obrigações do segurado que recebe o benefício da aposentadoria por invalidez? 
 
O segurado aposentado por invalidez está obrigado, a qualquer tempo, independentemente de sua idade e sob pena de 
suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social, processo de reabilitação 
profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de 
sangue, que são facultativos. Além disso, está obrigado, sob a mesma pena, a submeter-se a exames médico-periciais, 
pois a Perícia Médica do INSS deverá rever o benefício de aposentadoria por invalidez, inclusive o decorrente de 
acidente do trabalho, a cada dois anos, contados da data de seu início, para avaliar a persistência, atenuação ou o 
agravamento da incapacidade para o trabalho, alegada como causa de sua concessão. 
97. E se houver a recuperação da capacidade para o trabalho? 
 
O aposentado por invalidez que se julgar apto a retornar à atividade deverá solicitar a realização de nova avaliação 
médico-pericial. Se a perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social concluir pela recuperação da capacidade 
laborativa, a aposentadoria será cancelada. O efeito desse cancelamento poderá ser imediato ou não, dependendo dos 
seguintes fatores: se a recuperação for total ou parcial, se ocorreu num prazo maior ou menor do que 5 anos ou ainda se 
o segurado foi declarado apto para exercer atividade diferente da que exercia. 
Quando a recuperação for total e ocorrer dentro de 5 anos contados da data do início da aposentadoria por 
invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o beneficio cessará: 
a) de imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar à função que desempenhava na 
empresa ao se aposentar, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o 
certificado de capacidade fornecido pela previdência social; ou 
b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez, 
para os demais segurados. 
Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após o período de 5 anos, ou ainda quando o segurado for 
declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será 
mantida, sem prejuízo da volta à atividade: 
a) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da 
capacidade; 
b) com redução de 50%, no período seguinte de 6 meses; e 
c) com redução de 75%, também por igual período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente. 
 
39
 RESUMO 
RECUPERAÇÃO DA CAPACIDADE 
PARA O TRABALHO 
TOTAL, dentro de 5 anos da data 
do início da aposentadoria
 
por 
invalidez ou do auxílio-doença que 
a antecedeu sem interrupção.
 
PARCIAL, ou ocorrer após o 
período de 5 anos, ou quando o 
segurado for declarado apto

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