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Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 4 Autores1: Ledina Lentz Pereira Cleide Regina Lentz Elisa Netto Zanette Evânio Ramos Nicoleit Sandra Regina da Silva Fabris SUMÁRIO � INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................................................................. 5 � 1 O CÁLCULO INTEGRAL ............................................................................................................................................................................................ 7 1.1 O cálculo Integral: alguns fatos históricos ......................................................................................................................................................... 7 1.3 Redução ao absurdo ................................................................................................................................................................................................. 10 1.4 O que é integração? ................................................................................................................................................................................................. 12 � 2 INTEGRAL INDEFINIDA ....................................................................................................................................................................................... 12 2.1 Primitiva ....................................................................................................................................................................................................................... 12 2.2 Integral Indefinida .................................................................................................................................................................................................... 13 2.3 Propriedades da Integral Indefinida.................................................................................................................................................................... 14 2.4 Integrais Imediatas (Tabela de Integrais) ........................................................................................................................................................ 15 Lista 1 de Atividades - Integral Indefinida ............................................................................................................................................... 18 2.5 Integral por substituição ......................................................................................................................................................................................... 18 Lista 2 de Atividades - Integral Indefinida ............................................................................................................................................... 26 2.6 Integral por partes ................................................................................................................................................................................................... 27 Lista 3 de Atividades - Integral Indefinida por partes ........................................................................................................................... 31 Lista 4 de Atividades ..................................................................................................................................................................................... 32 1 Grupo de Pesquisa CNPq/Unesc em Educação a Distância na Graduação. Material didático em desenvolvimento e disponível no site www.ead.unesc.net/sitecalculo Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 5 2.7 Integrais Trigonométricas ...................................................................................................................................................................................... 33 2.7.1 Integração por transformação trigonométrica .............................................................................................................................. 33 2.7.2 Integração por substituição trigonométrica ................................................................................................................................... 37 Lista 5 de Atividades ..................................................................................................................................................................................... 41 2.8 Integração de funções racionais por frações parciais ................................................................................................................................... 42 Lista 6 de Atividades - Integração por frações parciais ......................................................................................................................... 53 2.9 Integrais - Expressões cbxax ++2 ..................................................................................................................................................................... 54 Lista 7 de Atividades - Completar Quadrado do Trinômio ..................................................................................................................... 58 � 3 INTERGRAL DEFINIDA .......................................................................................................................................................................................... 60 3.1 Introdução ................................................................................................................................................................................................................... 60 3.2 Propriedades da integral definida: ...................................................................................................................................................................... 64 Lista 8 de Atividades - Integral Definida .................................................................................................................................................. 64 � 4 APLICAÇÕES DA INTEGRAL DEFINIDA ........................................................................................................................................................ 65 4.1 Cálculo da área de uma figura plana .................................................................................................................................................................. 65 Lista 9 de Atividades - Área de figuras planas ........................................................................................................................................ 70 4.2 Cálculo do volume .................................................................................................................................................................................................... 72 Lista 10 de Atividades - Volume ................................................................................................................................................................. 77 4.3 Área da superfície de revolução ........................................................................................................................................................................... 78 Lista 11 de Atividades - A área de superfície de revolução .................................................................................................................. 85 4.4 Comprimento de arco ..............................................................................................................................................................................................85 Lista 12 de Atividades: Comprimento de arco ......................................................................................................................................... 89 4.5 Trabalho W .................................................................................................................................................................................................................. 89 5.5.1 Trabalho com força variável ............................................................................................................................................................. 89 Lista 13 de Atividades .................................................................................................................................................................................. 91 4.6 Pressão hidrostática e força .................................................................................................................................................................................. 92 4.7 Momentos e Centros de Massa ............................................................................................................................................................................. 94 Lista 14 de Atividades .................................................................................................................................................................................. 96 INTRODUÇÃO Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 6 Para ANTON et.al (2006, p.1), um dos temas mais importantes do Cálculo é a análise das relações entre as quantidades físicas ou matemáticas. Estas relações podem ser descritas por gráficos, fórmulas, dados numéricos ou palavras. Estas relações matemáticas e físicas são definidas em sua maioria por funções – termo formalizado por Leibniz (1673) para indicar a dependência de uma quantidade em relação à outra. A idéia de função originou-se na resposta matemática a pergunta do tipo: É possível estar em dois lugares ao mesmo tempo? Desenvolveu-se com os estudos do italiano Galileu Galilei, no final do século XVI, a respeito do movimento dos corpos. Em qualquer movimento, seja de uma bola jogada que cai de um avião, de um animal no campo, ocorre uma relação especial entre dois conjuntos numéricos: de tempo e de espaço. A cada instante do primeiro conjunto vai corresponder uma, e somente uma posição de um determinado corpo em movimento. A partir desta idéia, o conceito de função foi sendo aplicado a todos os movimentos numéricos em que essa relação especial acontece. O desenvolvimento do Cálculo nos séculos XVII e XVIII foi motivado pela necessidade de entender os fenômenos físicos como as marés, as fases da Lua, a natureza da luz e a gravidade. Muitas leis científicas e muitos princípios de Engenharia descrevem a forma como uma quantidade depende da outra. Quando o homem percebeu que na natureza tudo se transforma e se move, a representação matemática do movimento se tornou um problema para ser resolvido pelos matemáticos. Enquanto alguns procuraram desenvolver a representação numérica e algébrica, outros buscaram a representação geométrica. Algumas funções mais comuns: constante, polinomiais (1º grau, quadrática, cúbica,...), definida por várias sentenças, modular, exponencial, logarítmica, trigonométrica e, outras funções elementares (y=1/x,...). O estudo do cálculo baseia-se essencialmente no estudo de funções em determinados intervalos. São muitas, as situações vivenciadas no nosso cotidiano que são quantificadas por um intervalo numérico e não por um número apenas. Por exemplo, em muitas ruas das cidades brasileiras, a velocidade máxima permitida aos automóveis é de 50 km/h e está indicado em placas de sinalizações. Isto significa que eles podem se deslocar com velocidades que variam num intervalo entre 0 e 50 km/h. Estas situações podem ter várias alternativas. Responder com apenas um número não está errado, mas também não é totalmente correto. Para encontrar todas as possíveis soluções para esse tipo de problema, utiliza-se de intervalos numéricos. A partir disso, os matemáticos criaram as inequações. Surgem os conceitos de desigualdade (a<b; b>a;...). O estudo dos limites de uma função seja ela, contínua ou descontínua, permite ampliar nosso conhecimento sobre seu comportamento e pode nos revelar quais serão os limites dessa função, ou seja, quais são os valores da variável f(x) quando x se aproxima de um determinado número à direita e a esquerda. Para algumas funções o limite não existe quando x tende ao número a, mas para aquelas que existem, o limite é único quando x tende ao número a, ou seja, quando x tende ao número a, a função não poderá ter dois limites diferentes. Um exemplo de situação limite, citada por ANTON et.al (2006, p.101): A resistência do ar impede que a velocidade de um pára-quedista aumente indefinidamente. A velocidade tende a uma velocidade limite, chamada de “velocidade terminal”. As contribuições dos matemáticos para o nascimento do Cálculo são inúmeras. Muitos deles, mesmo que de forma imprecisa ou não rigorosa, já utilizavam conceitos do Cálculo para resolver vários problemas - por exemplo, Cavalieri, Barrow, Fermat e Kepler. Nesse tempo ainda não havia uma sistematização, no sentido de uma construção logicamente estruturada. A união das partes conhecidas e utilizadas até então, aliada ao desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas, aconteceu com Newton e Leibniz que deram origem aos fundamentos mais importantes do Cálculo: as Derivadas e as Integrais. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 7 Muitas das idéias básicas do Cálculo originaram de dois problemas geométricos: o problema da reta tangente a um gráfico de uma função f em um ponto P; e o problema da área entre o gráfico de uma função f num intervalo [a.b] no eixo x. Para ANTON et.al (2006, p.101), tradicionalmente, a parte do Cálculo que se originou do problema da reta tangente é denominada Cálculo Diferencial e a que foi originada do problema de área é denominada Cálculo Integral. Entretanto, os dois problemas estão estreitamente relacionados e a distinção entre estas duas partes é artificial. O conceito de derivada está relacionado, geometricamente, com o conceito da reta tangente a uma curva. A noção de tangência é importante no cotidiano porque tem muitas aplicações. Muitos fenômenos físicos envolvem grandezas que variam como a velocidade de um foguete, a inflação de uma moeda, o número de bactérias em uma cultura, a intensidade do tremor de um terremoto, a voltagem de um sinal elétrico, etc. Um exemplo de aplicação, do ponto de vista da Dinâmica, é o conceito da velocidade escalar (instantânea). A velocidade escalar é uma derivada e a aceleração também é. Note que, tanto na velocidade escalar quanto na aceleração, a derivada é vista como uma taxa de variação, ou seja, é a medida da evolução de uma grandeza, quando uma outra, da qual ela depende, varia. A velocidade, por exemplo, é a taxa de variação do espaço percorrido por um objeto com relação ao tempo. A derivada é a ferramenta matemática utilizada para estudar a taxa de variação, ou seja, a taxa segundo a qual varia uma quantidade em relação a outra. O estudo de taxas de variação está bastante relacionado ao conceito geométrico de uma reta tangente a uma curva o que nos leva a encontrar a equação geral da reta tangente e a inclinação da reta. Matematicamente, afirmamos que a derivada da função f(x) no ponto da abscissa 0x , é o limite, se existir, da razão x xfxxf ∆ −∆+ )()( 00 quando ∆x tende a zero e indicamos por: f′ ( 0x ) =0 lim →∆x x xfxxf ∆ −∆+ )()( 00 . Ou, f′ ( 0x ) = 0 lim xx→ 0 0 )()( xx xfxf − − . E, o valor f´(x0) encontrado é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função f(x) em estudo no ponto x0. Algumas notações de derivada de y ou f(x) em relação à x: Dxf(x) , Dxy , f′ (x) ou dy dx . A Integral nos permite resolver problemas de área de regiões planas com contornos curvilíneos que podem ser a área da função em relação ao eixo x, num determinado intervalo. O Teorema Fundamental do Cálculo relaciona os problemas de encontrar retas tangentes e áreas. Por exemplo, se conhecemos a velocidade de um carro de corrida durante um intervalo de tempo, podemos encontrar a distância percorrida neste intervalo. Vamos conhecer um pouco sobre a história da Integral! 1 O CÁLCULO INTEGRAL 1.1 O cálculo Integral: alguns fatos históricos Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 8 Historicamente, foi a necessidade de calcular áreas de figuras planas com contornos curvos, que provocou o desenvolvimento da integral. Assim, no Cálculo, a integral de uma função foi criada, originalmente, para determinar a área de curvas. As primeiras idéias de integral, também conhecida como antiderivada, surgiram a partir da concepção geométrica de cálculo de áreas de figuras com o método da exaustão atribuído a Eudoxo (406-355 a.C.), desenvolvido e aperfeiçoado por Arquimedes (287-212 a.C.). A primeira tentativa de uma conceituação precisa foi feita por volta de 1820, pelo matemático francês Augustin Louis Cauchy (1789-1857). Apesar de os estudos de Cauchy terem sido incompletos, foram muito importantes, porque deram início à investigação sobre os fundamentos do Cálculo Integral, levando ao desenvolvimento da Análise Matemática e da teoria das funções. Mais tarde, o conceito de integral foi sistematizado por Isaac Newton (1642-1727) e Wilhelm Leibniz (1646-1716) a partir das idéias e dos métodos desses cientistas, surgidos principalmente ao longo dos séculos XVI e XVII sendo os primórdios da chamada era da Ciência Moderna, que teve início com a Teoria heliocêntrica de Copérnico (1473-1543). Por volta de 1854, o matemático alemão Bernhard Riemann (1826-1866) realizou um estudo bem mais aprofundado sobre a integral e, em sua homenagem, a integral estudada por ele passou a receber o nome de Integral de Riemann. Posteriormente, outras integrais foram introduzidas no cálculo, como por exemplo, a Integral de Lebesgue. A forma mais utilizada para introduzir o conceito de Integral de Riemann nos cursos de Cálculo é a versão originária de Cauchy, por ser mais simples de compreensão. Nos cursos de Análise Matemática normalmente, utiliza-se o conceito da Integral de Darboux-Riemann, uma versão mais aprofundada do conceito. Neste caso, são trabalhados os conceitos de: soma inferior, soma superior, integral inferior e integral superior, que correspondem ao método de exaustão usando, respectivamente, polígonos inscritos e polígonos circunscritos. Hoje em dia o Cálculo Integral é largamente utilizado em várias áreas do conhecimento humano e aplicado para a solução de problemas não só de Matemática, mas de Física, Astronomia, Economia, Engenharia, Medicina, Química, por exemplo. Os conceitos e a aplicação de integral são importantes na resolução de diversos problemas, como de Física, por exemplo. Aplicamos o conceito de integral na determinação da posição em todos os instantes de um objeto, se for conhecida a sua velocidade nestes instantes. Conhecendo um pouco mais da História da Integral2 Os primeiros problemas que apareceram na História relacionados com as integrais são os problemas de quadratura. Um dos problemas mais antigos enfrentados pelos gregos foi o da medição de superfícies a fim de encontrar suas áreas. Quando os antigos geômetras começaram a estudar as áreas de figuras planas, eles as relacionavam com a área do quadrado, por ser essa a figura plana mais simples. Assim, buscavam encontrar um quadrado que tivesse área igual à da figura em questão. 2 Referência: Matemática Essencial. Disponível em: http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/superior/calculo/integral/integral.htm Acesso em: Nov 2008. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 9 A palavra quadratura é um termo antigo que se tornou sinônimo do processo de determinar áreas. Quadraturas que fascinavam os geômetras eram as de figuras curvilíneas, como o círculo, ou figuras limitadas por arcos de outras curvas. As lúnulas - regiões que se assemelham com a lua no seu quarto- crescente - foram estudadas por Hipócrates de Chios, 440 a.C., que realizou as primeiras quadraturas da História. Antifon, por volta de 430 a.C., procurou encontrar a quadratura do círculo através de uma seqüência infinita de polígonos regulares inscritos: primeiro um quadrado, depois um octógono, em seguida um hexadecágono, e assim por diante. Havia, entretanto, um problema: essa seqüência nunca poderia ser concluída. Apesar disso, essa foi uma idéia genial que deu origem ao método da exaustão. A idéia básica do conceito de integral iniciou com o método da exaustão atribuído a Eudoxo (406-355 a.C.), desenvolvido e aperfeiçoado por Arquimedes (287-212 a.C.), grande matemático da escola de Alexandria. Em síntese, esse conceito representava a possibilidade de obter-se a área de uma figura plana irregular ou conseguir calcular o volume de um sólido com o formato de um barril. O método da exaustão consiste encontrar a área "exaurindo" a figura dada, por meio de outras figuras de áreas e volumes conhecidos. O caso mais conhecido é o famoso problema da quadratura do círculo. Neste problema, o objetivo é encontrar a área do círculo trabalhando com polígonos regulares inscritos, cuja área, conhecemos. Assim, parte-se do objetivo de encontrar um quadrado com a mesma área de um círculo de raio r dado. A primeira aproximação para a área do círculo é obtida pela área do quadrado inscrito no círculo. Acrescentando quatro triângulos isósceles a partir dos lados do quadrado inscrito de forma conveniente, obtemos o octógono regular inscrito no círculo, com uma área mais aproximada da à área do círculo que o quadrado inscrito. Acrescentando novos triângulos a cada lado que se forma, temos um polígono regular de 16 lados. Do ponto de vista geométrico, já nesta fase, temos a impressão do círculo estar exaurido. Entretanto, há pequenas áreas que não foram cobertas, ainda. Assim, de forma sucessiva, repetimos o processo dos novos triângulos até obter aproximações cada vez melhores para a área do círculo, por meio de polígonos regulares inscritos de 2n lados. Usando um procedimento similar ao método da exaustão, com polígonos inscritos e circunscritos, Arquimedes calculou a área do círculo de raio unitário (r=1) mostrando que a área A (=Pi) está compreendida entre 3 +10/71 = 3,140845 < A < 3 + 1/7 = 3,142857. O inconveniente do método de exaustão de Arquimedes é que, para cada novo problema, havia a necessidade de um tipo particular de aproximação. Mas, se constituiu numa das maiores contribuições gregas para o Cálculo e surgiu por volta do ano 225 a.C. Trata-se de um teorema de Arquimedes para a quadratura da parábola. Para obter a área de uma região localizada sob um segmento de parábola ACB, Arquimedes usou, como primeira aproximação, o triângulo ABC. Neste caso, C foi tomado de modo que a reta tangente à parábola que passa pelo ponto C seja paralela à reta AB. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais10 De modo semelhante, são escolhidos, o ponto D e o ponto E, e construídos os triângulos ACD e BCE. Na seqüência, foram construídos mais triângulos com as mesmas propriedades que os outros obtidos nos passos anteriores. Note que os triângulos inscritos estão exaurindo a área da região parabólica. Historicamente, as experiências desses pesquisadores foram importantes nas definições e conceitos dos elementos matemáticos. Outras "integrações" foram realizadas por Arquimedes a fim de encontrar o volume da esfera e a área da superfície esférica, o volume do cone e a área da superfície cônica, a área da região limitada por uma elipse, o volume de um parabolóide de revolução e o volume de um hiperbolóide de revolução. Em seus cálculos, Arquimedes encontrava somas com um número infinito de parcelas. O argumento utilizado era a dupla reductio ad absurdum para "escapar" da situação incômoda. Basicamente, se não podia ser nem maior, nem menor, tinha que ser igual. 1.3 Redução ao absurdo A contribuição seguinte para o Cálculo Integral apareceu somente ao final do século XVI quando a Mecânica levou vários matemáticos a examinar problemas relacionados com o centro de gravidade. Em 1606, em Roma, Luca Valerio publicou “De quadratura parábola” e onde utilizou o mesmo método grego para resolver problemas de cálculo de áreas desse tipo. Os próximos matemáticos que tiveram grande contribuição para o nascimento do Cálculo Integral foram Fermat e Cavalieri. Em sua obra mais conhecida, Geometria indivisibilibus continuorum nova, Cavalieri desenvolveu a idéia de Kepler sobre quantidades infinitamente pequenas. Aparentemente, Cavalieri pensou na área como uma soma infinita de componentes ou segmentos "indivisíveis". Ele mostrou, usando os seus métodos, o que hoje em dia escrevemos: c n xdxx n n + + = + ∫ 1 1 . Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 11 Todo o processo geométrico desenvolvido por Cavalieri foi então aritmetizado por Wallis. Em 1655, em seu trabalho Arithmetica infinitorum, Wallis desenvolveu princípios de indução e interpolação que o levaram a encontrar diversos resultados importantes, entre eles, a antecipação de parte do trabalho de Euler dobre a função gamma. O problema do movimento estava sendo estudado desde a época de Galileo. Tanto Torricelli como Barrow consideraram o problema do movimento com velocidades variadas. Embora Barrow nunca tenha enunciado formalmente o Teorema Fundamental do Cálculo, estava trabalhando em direção a esse resultado; foi Newton, entretanto, quem, continuando na mesma direção, formulou o teorema. que permitiu a passagem do método de exaustão para o conceito de integral foi a percepção que, em certos casos, a área da região pode ser calculada sempre com o mesmo tipo de aproximação por retângulos. Esta foi uma descoberta conceitual importante, mas, em termos práticos, a descoberta fundamental foi a possibilidade de exprimir a integral de uma função em termos de uma primitiva da função dada e esse fato é conhecido pelo nome de Teorema Fundamental do Cálculo. Newton continuou o trabalho de Barrow e Galileo sobre o estudo do movimento dos corpos e desenvolveu o Cálculo aproximadamente dez anos antes de Leibniz. Ele desenvolveu os métodos das fluxions - derivação - e fluents - integração - e utilizou-os na construção da mecânica clássica. Para Newton, a integração consistia em achar fluents para um dado fluxion considerando, desta maneira, a integração como inversa da derivação. Com efeito, Newton sabia que a derivada da velocidade, por exemplo, era a aceleração e a integral da aceleração era a velocidade. Newton representava as integrais por um acento grave acima da letra em questão, por exemplo, a integral de y era representada por y´. Leibniz, diferentemente de Newton, usava a integração como uma soma, de uma maneira bastante parecida à de Cavalieri. Daí vem o símbolo ∫ - um 's' longo - para representar summa. Segundo ele, "represento a área de uma figura pela soma das áreas de todos os retângulos infinitesimais definidos pelas ordenadas e pelas diferenças entre as abscissas... e, portanto eu represento em meu cálculo a área da figura por ∫ dxy. ". Os trabalhos de Leibniz sobre o Cálculo Integral foram publicados em 1684 e em 1686 sob o nome Calculus Summatorius. O nome Cálculo Integral foi criado por Johann Bernoulli e publicado pela primeira vez por seu irmão mais velho Jacques Bernoulli em 1690. O Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 12 Principalmente como conseqüência do Teorema Fundamental do Cálculo de Newton, as integrais foram simplesmente vistas como derivadas "reversas". Na mesma época da publicação das tabelas de integrais de Newton, Johann Bernoulli descobriu processos sistemáticos para integrar todas as funções racionais, que é chamado método das frações parciais. Essas idéias foram resumidas por Leonard Euler, na sua obra sobre integrais. Após o estabelecimento do Cálculo, Euler daria continuidade ao estudo de funções - ainda prematuro na época - juntamente com Cauchy, Gauss e Riemann. Foi Euler, entretanto, quem reuniu todo o conhecimento até então desenvolvido e criou os fundamentos da Análise. 1.4 O que é integração? processo do cálculo da integral de uma função é chamado de integração. Existem várias definições para a integração. Assim, o conceito de integral pode ser introduzido de várias formas, todas elas tendo em comum a mesma idéia geométrica, mas que se diferenciam pelo rigor matemático utilizado. Em algumas áreas do conhecimento, como a Análise Matemática, esse conceito é apresentado em grau maior de complexidade. No Cálculo, em geral, o conceito é apresentado de forma menos rigorosa ou formal com o objetivo de simplificar e ampliar a sua compreensão. Independente da forma como o conceito de integral é apresentado, todos apresentam a mesma resposta para o resultado final de uma integração e objetivam resolver alguns problemas conceituais relacionadas a limites, continuidade e existência de certos processos utilizados na definição. Vamos, inicialmente, trabalhar como uma definição, também conhecida como integral indefinida. 2 INTEGRAL INDEFINIDA amos conhecer alguns conceitos associados a integral indefinida. 2.1 Primitiva Conceito Uma função P(x) é chamada primitiva de uma função ( )xfy = num intervalo I, se para todo x ∈ I temos P′ (x) = f(x). Observe o seguinte problema: 1º exemplo: Dada à função ( ) 2xxf = , encontre uma função P(x) tal que P′(x) = f(x). Resolução: Para resolver este problema, devemos encontrar uma função cuja derivada é f(x) = x2. O V Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 13 Assim, ( ) 3 3 1 x xP = é uma função que satisfaz o problema, pois: � ( ) ( )xfxxxP == ′ = ′ 2 3 1 3 ; � ( ) 1 3 3 2 += x xP também satisfaz pois, ( ) ( )xfxxxP == ′ +=′ 2 3 2 13 Observe que outras funções, também satisfazem o problema: � ( ) 33 3 3 −= x xP � ( ) 3 2 3 3 4 −= x xP � 1000 3 3 5 += xP Em geral: ( ) cxxP += 3 3 , onde c é uma constante, satisfaz o problema, pois ( ) ( )xfxcxxP == ′ +=′ 2 3 3 . Resposta: ( ) cxxPi += 3 3 são primitivas da função f(x) = 2xy = . Note que: Este exemplo mostra que uma função pode ter muitas primitivas. De fato, se P(x) é uma primitiva de f(x)e C é uma constante, então P(x) +C também é primitiva de f(x), pois: [ ] ).(0)('')( xfxPCxP =+=+ 2.2 Integral Indefinida Conceito Seja ( )xfy = uma função e ( )xP tal que ( ) ( )xfxP =′ , uma primitiva de ( )xf . Definimos a integral indefinida de ( )xfy = , denotado por ∫ dxxf )( , por: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 14 ( ) ( ) cxPdxxf +=∫ Ou: Se P(x) é uma função primitiva de f(x) + C se chama Integral Indefinida desta função e é denotada por: ∫ += cxPdxxf )()( . Onde c é uma constante e P’(x) = f (x). Lê: se: a integral indefinida de f(x) é P(x) + c, onde c é constante e P(x) é uma primitiva de f(x). De acordo com essa notação ∫ (forma de um S alongado) é chamado sinal da integração. Da definição de integral indefinida segue que: a) ∫ += CxFdxxf ).()( se e somente se F’(x)=f(x). b) ∫ dxxf )( representa uma família de funções: a família de todas as primitivas da função integrando. c) [ ]')(∫ dxxf = f(x). d) [ ]∫ dxxf )( = f(x)dx. 2º exemplo (a) Se f(x) = ex então a integral indefinida de f(x) é (ex + c) e indicamos por cedxe xx +=∫ porque a derivada de ex é a própria ex. (eu)´=eu. u´ (b) Se f(x) =x3 então a integral indefinida de f(x) é ( 4 4 x + c) e indicamos por ∫ += c xdxx 4 4 3 (c) ∫ dxx)(cos = sen x + C porque (sen x)’ = cos x. 2.3 Propriedades da Integral Indefinida As propriedades são ferramentas importantes no cálculo das integrais pois simplificam nosso trabalho. Vamos conhecer duas dessas propriedades! (a) Integral da soma de funções ( ) ( )( ) ( ) ( )dxxgdxxfdxxgxf ∫∫∫ +=+ A integral de uma soma é a soma das integrais 3º exemplo Se f(x) = ex + x2 então, Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 15 ( )∫ + 2xex 2312 3 cxcedxxdxedx xx +++=+= ∫∫ ( )21 3 3 cc x ex +++= c x ex ++= 3 3 →→→→ Observe que c1 + c2 é também uma constante, então fazemos c1 + c2 = c. (b) Integral do produto de uma constante por uma função ( ) ( )∫ ∫= dxxfcdxxfc A integral indefinida do produto de uma constante por uma função é igual ao produto da constante pela integral indefinida da função. 4º exemplo (a) Se f(x) = 2 ex então, ( ) cececedxedxe xxxx +=+=+== ∫∫ 222222 112 (b) Se f(x) = -5 x2 então, c x c x c xdxxdxx +=−= +−=−=− ∫∫ 3 5 33 555 3 1 3 1 3 22 2.4 Integrais Imediatas (Tabela de Integrais) Das propriedades definidas decorrem fórmulas de integração de várias funções que são, em geral, organizadas em tabelas, conhecidas como tabela de integrais. Estas tabelas são muito úteis e práticas e você irá utilizar com freqüência na resolução de problemas que envolvem as integrais. (1) ∫ += cxdx (2) c n xdxx n n + + = + ∫ 1 1 , se 1−≠n (3) cedxe xx +=∫ (4) c a adxa x x +=∫ ln (5) cx x dx +=∫ ln Vamos aplicar as fórmulas da tabela, nos exemplos a seguir. 5º exemplo Calcule as Integrais indefinidas, das funções: a) f(x) = x + 2 Resolução: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 16 ( ) =+∫ dxx 2 → aplicamos a propriedade da soma; ∫ ∫ =+ dxxdx 2 → aplicamos a propriedade do produto por uma constante; ∫ ∫ =+ dxxdx 2 → aplicamos as fórmulas da tabela (Fórmulas 2 e 1); cx x ++ 2 2 2 → resultado. b) f(x) = (x2 + 1)2 Resolução: ( ) =+∫ dxx 22 1 → desenvolvemos o quadrado da soma; ( )dxxx∫ ++ 12 24 → aplicamos a propriedade da soma; ∫∫∫ ++ dxdxxdxx 24 2 → produto pela constante; ∫∫∫ ++ dxdxxdxx 24 2 → aplicamos as fórmulas da tabela; cx xx +++ 3 2 5 35 → resultado. c) f(x) = ( xx x 12 3 +− ) Resolução: dx xx x∫ +− 12 3 → aplicamos a propriedade da soma; ∫∫∫ +− x dxdx x dxx 3 2 → transformamos a raiz do 1º termo em potência. No 2º termo, escrevemos a potência com expoente fracionário. ∫∫ ∫ +−= − x dxdxxdxx 32 1 2 → aplicamos as fórmulas da tabela; cx xx ++−= − ln 2 2 2 3 22 3 = cx x x +++ ln1 3 2 2 3 => resultado. d) dxxx2∫ Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 17 Resolução: dxxx2∫ = dxxx 2 1 2 .∫ → aplicamos a propriedade de potência→ bases iguais dxx∫ + 2 12 = dxx∫ 2 5 ⇒ aplicamos fórmula 2 de nossa tabela. = c x + 2 7 2 7 = cx +2 7 . 7 2 ou cx +7. 7 2 ou cxx +3. 7 2 => resposta final. e) dxxx3∫ Resolução: dxxx3∫ = dxxx 3 1 .∫ = dxx∫ 3 4 ⇒ aplicamos a fórmula 2 da tabela. = c x + 3 7 3 7 = cx +3 7 . 7 3 => reposta final. f) ( ) ∫ ++ x dx2xx2 Resolução: ( ) ∫ ++ x dx2xx2 => aplicando a propriedade da soma de funções e após do produto do 3º termo da expressão. = ∫ ∫∫ ++ dxx dx x xdx x x 22 = ∫ ∫∫ ++ − x dxdxdxxx 21.. 12 = = ∫ ∫∫ ++ x dxdxdxx 2. ⇒ aplicando as fórmulas (2,1,5) da tabela. = cxx x +++ ln2 2 2 . => resposta final. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 18 Lista 1 de Atividades - Integral Indefinida Calcule a integral indefinida, consultando a tabela de integrais imediatas e as propriedades: (1) ∫ xdx5 (2) dxx∫− 2 (3) dxx∫ (4) dxx∫ 32 (5) ∫ 2x dx (6) dx x∫ 2 (7) dxx∫5 (8) dxe x∫ ⋅5 (9) ( )dxxx∫ +− 12 (10) ( ) dxx∫ − 21 (11) ∫ +++ dx x xxx 135 (12) dxx∫ 3 3 (13) dxx x x∫ +− 32 42 (14) ( ) ( )dxxx 12 2 +−∫ (15) dxx x e x ∫ +− 5 3 (16) ( )( )dxxx 21 23 +−∫ (17) dxx x x∫ +− 23 3 43 (18) dx x xx ∫ 4 3 3 (19) dx x x x x∫ ++− 343 24 2 (20) ( )( ) dxxxx 22 14 −−∫ Vamos conhecer os métodos de integração! 2.5 Integral por substituição O cálculo da integral indefinida nem sempre é possível com a aplicação da tabela de integrais imediatas. Porém este cálculo, às vezes se torna possível, através de uma substituição conveniente da variável inicial. Sejam f(x) e F(x) duas funções tais que F’(x) = f(x). Suponhamos que g seja outra função derivável tal que a imagem de g esteja contida no domínio de F. Podemos considerar a função composta Fog. Pela regra da cadeia: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 19 [ ] ='))(( xgF )('))(()('))((' xgxgfxgxgF ×=× , isto é, ))(( xgF é uma primitiva de ).('))(( xgxgf × Temos, então: ∫ +=× .))(()('))(( cxgFdxxgxgf Fazendo u= g(x); du= g’(x) dx e substituindo: ∫ ∫ +==× .)()()('))(( cuFduufdxxgxgf Na prática, devemos definir uma função u = g(x) conveniente, de tal forma que a integral obtida seja a mais simples possível. Vamos conhecer alguns exemplos! 6º exemplo Calcule ∫ +1x dx . Resolução: O primeiro passo é definir qual dos termos será a nossa função u. Neste caso escolhemos o termo (x + 1) como u. Para encontrar du é só derivar a função u. Assim, fazemos: 1+=xu e temos ( )dxxuud ′= = dx1 Então, ∫∫ =+ u du x dx 1 => agora é só aplicar a fórmula da tabela que se aplica a resolução dessa equação (fórmula 5) e temos: ∫ u du cu += ln => próximo passo é substituir u pelo valor inicial de x ou seja, retornamos à variável inicial x e obtemos: cx x dx ++= +∫ 1ln 1 => resposta final. 7º exemplo: Calcule as Integrais: Observação importante: Como cx x dx +=∫ ln , então toda integral que puder ser reduzida a esta forma (o numerador é a derivada do denominador) se calculará a integral como segue. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 20 a) ∫ − x dx 1 Resolução: Fazendo u= (1-x) e udu ′= temos du = (0 – 1) dx= -dx. Então dx=-du Substituindo na integral obtemos: ∫ ∫ +−=−= − cu u du x dx ln 1 = cx +−− 1ln => resposta final. b) ∫ − 4x dx . Resolução: Fazendo tx =− 4 , temos dtdx = Substituindo na integral obtemos: ∫ ∫ +== − ct t dt x dx ln 4 = cx +− 4ln => resposta final. c) ∫ − 21 x xdx . Resolução: Fazendo 21 xu −= temos xdxdxxdu 2)20( −=−= . Se xdxdu 2−= então duxdx 2 1− = . Substituindo na integral obtemos: ∫∫∫ − = − = − u du u du x xdx 2 1 2 1 1 2 = cu + − ln 2 1 = cx +− − 21ln 2 1 => resposta final. 8º exemplo Calcule as derivadas: (a) dxe x∫ +3 Resolução: Fazendo 3+= xu e 1=′u então dxdu = . Substituindo na integral obtemos: ceduedxe uux +== ∫∫ +3 Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 21 Voltando a variável inicial obtém-se: cedxe xx += ++∫ 33 => resposta final. (b) dxex x 32 3 + ∫ Resolução: Fazendo 33 += xu e udu ′= então dxxdu 23= . Assim, dxxdu 2 3 = Substituindo na integral obtemos: = + ∫ dxex x 32 3 =∫ + dxxex 23)( 3 ceduedue uuu +==⋅ ∫∫ 3 1 3 1 3 Voltando a variável inicial: dxex x 32 3 + ∫ = ce x ++3 3 3 1 => resposta final. (c) dx xx x ∫ + + 2 12 Resolução: Fazendo xxu += 2 então ( )dxxdu 12 += . Substituindo na integral obtemos: = + + ∫ dxxx x 2 12 cu u du +=∫ ln Voltando à variável inicial: ∫ ++= + + cxxdx xx x 2 2 ln 12 => resposta final. (d) ∫ =+ dxxxx ³)5³2²(cos Resolução: => Inicialmente, multiplicamos x2 por cada termo da expressão. Após, aplicamos a propriedade da soma e do produto e obtemos: ∫ ∫ =+ dxxxdxxx ²³.5²³.2cos ∫ ∫ =+ dxxdxxx 55²³).2(cos => Note que, integramos por substituição o 1º termo somente. No 2º termo, integramos aplicando a fórmula 5 da tabela de fórmulas. Assim, fazemos: u = 2x³ e temos du = 6x2. Portanto dxxdu ² 6 = ; Substituindo na integral obtemos: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 22 ∫ ∫+ dxxduu 55)(cos 6 1 = ∫ ∫+ dxxduu 55)(cos 6 1 → como (sen x)´= cos x dx então ∫ += csenxxdxcos c x usen ++ 6 5)( 6 1 6 = cxusen ++ 6 6 5)( 6 1 => substituindo u pelo seu valor; . 6 5 ³)2( 6 1 6 cxxsen ++ => resposta. (e) ∫ + + dx xx x 4 1³ 4 => Resolução: => fazendo u= x 4 +4x obtemos du = 4x3 + 4 = 4(x3+1). Logo dxxdu )1³( 4 += ; Substituindo na integral obtemos: ∫ =u du 4 ∫ =u dx 4 1 ∫ u du 4 1 =>substituímos pela fórmula 5 da tabela; =+ culn 4 1 => substituindo u pelo seu valor; .4ln 4 1 4 cxx ++ => resposta. (f) ∫ = − − dx x x ²1 35 Resolução: => Iniciamos com a separação dos termos da expressão transformando em subtração de duas frações; ∫ = − − − dx xx x ) ²1 3 ²1 5( ∫ ∫ − − − ²1 3 ²1 5 x dx x xdx => Vamos integrar os termos separados e depois agrupamos: 1º termo: Fazemos 21 xu −= e obtemos du = (0 – 2x) dx = -2xdx e, então: xdxdu =− 2 . Substituindo na integral do 1º termo, obtemos: ∫ − ²1 5 x xdx = ∫ − u du 2 15 = ∫ − u du 2 5 = cu + − ln 2 5 => substituindo u pelo seu valor, obtemos cx +− − 21ln 2 5 Resposta parcial (1) Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 23 2º termo: Para encontrar a integral deste termo, necessitamos de aplicação de nova formula de integração. ∫ + − + = − c ua ua aua du ln 2 1 22 Assim, fazemos 1 = a2 então a= 1 = 1 e se x2=u2 então u = x. Assim, se dx=du temos (1-x2) = (a2-u2). => fazendo as substituições de u e du encontramos: ∫ − − ²1 3 x dx = ∫ − − ² 3 2 ua du => aplicando a fórmula acima em destaque, temos: ∫ − − ² 3 2 ua du = c ua ua a + − + − ln 2 13 => substituindo u e a pelos seus valores, encontramos: c x x + − + − 1 1ln 2 3 Resposta parcial (2) Resposta: Rp (1) + Rp (2) => ∫ = − − dx x x ²1 35 21ln 2 5 x− − c x x + − + − 1 1ln 2 3 (g) ∫ − 66 ²7 x dxx Resolução: => Aplicando a propriedade do produto encontramos ∫ − 66 ²7 x dxx . Fazendo u2 = x6 temos u = 6x = x3. Assim, se u = x3, du= 3x2dx e dxxdu 2 3 = a2 = 6 então a = 6 => Substituindo os termos encontrados na integral, obtemos: ∫ = − 66 ²7 x dxx ∫ − 22 37 ua du = ∫ − 223 17 ua du = ∫ − 223 7 ua du => Aplicamos a fórmula da integral ∫ + − + = − c ua ua aua du ln 2 1 22 Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 24 =>Obtemos ∫ = − ²²3 7 ua du c ua ua a + − +ln 2 1 3 7 => substituir os valores de a e u; ∫ − 66 ²7 x dxx = . ³6 ³6ln 66 7 c x x + − + => resultado. (h) ∫ =++ 136² xx dx Resolução: => para resolver está integral utilizamos o artifício de encontrar o quadrado de uma soma de dois termos no denominador. Para isso, completamos adequadamente o quadrado do denominador; => x²+6x+13 = x²+2.3x+9–9+13 = (x2+2.3x+9)-9+13=(x+3)2+4 Portanto, ∫ =++ 136² xx dx ∫ ++ . 4)²3(x dx Fazendo u2 = (x + 3)2 temos u = x+3 e du=dx. Fazendo a2 = 4 temos a = 2. => Substituindo os termos encontrados na integral, obtemos: ∫ ++ 4)²3(x dx = ∫ + ²² au du => Aplicamos a fórmula da integral ∫ +=+ − c a u tg aua du 1 22 1 => Obtemos c a u tg a +−1 1 . Substituindo os valores de a e u¸ encontramos: c x tg ++− 2 3 2 1 1 . Como tg-1 representa arc tg, nossa resposta é: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 25 ∫ =++ 136² xx dx . 2 3 2 1 c x arctg ++ Você pode desenvolver a integral de forma mais simplificada, ou seja: ∫ =++136² xx dx ∫ ++ 4)²3(x dx = ∫ + ²² au du = c a u tg a +−1 1 = .2 3 2 1 c x arctg ++ => resposta Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 26 Vimos no desenvolvimento dos exemplos, mais fórmulas de integrais. Vamos atualizar nossa tabela! (1) ∫ += cxdx ou ∫ += cudu (2) c n xdxx n n + + = + ∫ 1 1 , se 1−≠n ou c u uduu n n + + = + ∫ 1 1 (3) cedxe xx +=∫ ou cedne nn +=∫ (4) c a adxa x x +=∫ ln ou c a adua n n +=∫ ln (5) cx x dx +=∫ ln ou cuu du +=∫ ln (6) cuduusen +−=∫ )cos()( (7) cusenduu +=∫ )()cos( (8) ∫ + − + = − c ua ua aua du ln 2 1 22 (9) ∫ +=+ − c a u tg aua du 1 22 1 ou (9) ∫ +=+ ca u arctg aua du 1 22 Lista 2 de Atividades - Integral Indefinida 1. Calcule as integrais abaixo, utilizando o método da substituição. 1) dx x x ∫ + 21 2 2) xdxx cos.sen 2∫ 3) ∫ − 8)53( x dx 4) dxxx )3sec( 2∫ + 5) ∫ =+− )44²( xx dx 6) dxxxx )12()322( 102 +−+∫ 7) dxxx 27 1 3 )2(∫ − 8) ∫ − 5 2 )1(x xdx 9) dxxx∫ − 2345 10) dxxx∫ + 42 2 Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 27 Vamos ver o próximo método de integração: a Integral por Partes. 2.6 Integral por partes A integração por partes é um processo que utiliza a fórmula da derivada do produto de duas funções ( ) uxu = e ( ) vxv = . Como ( ) vduudvvud +=⋅ , isolando udv , temos: ( ) vduuvdudv −= Integrando membro a membro, obtemos: ∫ ∫−= vduuvudv Esta é a fórmula do método de Integral por Partes →→→→ ∫ ∫−= vduuvudv . É aplicada para integrar algumas funções do tipo udv , isto é, aquelas onde é possível reconhecer o produto de uma função ( )xu pela diferencial de outra função dv (facilmente integrável). Vamos identificar essa aplicação no exemplo a seguir! Exemplo 1 Determine a integral da função f(x) = x ln x, ou seja, calcule ∫ xdxx ln . Resolução: Atribuído para u o valor de ln x e para dv o valor de xdx, calculamos o valor de du (derivando o u) e o valor de v (integrando dv). Assim, considerando { { dvu xdxx ⋅∫ ln temos: ==⇒= =⇒= ∫ 2 ln 2x xdxvxdxdv x dxduxu Lembre-se que (ln x)´= dx x 1 Aplicando a fórmula: ∫ ∫ ⋅−⋅= duvvuudv ⇒ obtemos, { { dvu xdxx ⋅∫ ln = x dxx x x ∫− 2ln2 22 ⇒ simplificando o integrando temos: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 28 ∫−= xdxx x 2 1ln 2 2 ⇒ resolvendo à integral, temos; c x x x xdxx +−=⋅∫ 2 . 2 1ln 2 ln 22 ⇒simplificando c x x x xdxx +−=⋅∫ 4 ln 2 ln 22 ⇒resultado Exemplo 2 Determine a integral indefinida da função dxex x∫ − ⋅ 2 . Resolvendo: Fazendo u = x e dv= dxe x2− , calculamos o valor de du, derivando u, isto é: dxduxu =⇒= Para calcular o v é necessário integrarmos por substituição o dv, observe: ∫ − − = = dxev dxedv x x 2 2 => faça y = -2x, Derivando y=-2x temos: dxdy dxdy xy = − −= −= 2 2 2 Logo nosso v será: ∫∫ −= − = dyedyev yy 2 1 2 => xy eev 2 2 1 2 1 − −=⋅−= Agora que temos nosso u, du, v e dv; podemos aplicar a fórmula da integração por partes: ∫ ∫ ⋅−⋅=⋅ − duvvudxex x2 = ∫ ∫ −−− ⋅ −−⋅ −⋅=⋅ −⋅ dxeexdxex xxx 222 2 1 2 1 2 1 = => aplicando a propriedade do produto; Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 29 ∫ ∫ −−− −−⋅ −⋅=⋅ dxeexdxex xxx 222 2 1 2 1 = => calculando a integral; ∫ +⋅ −+⋅−=⋅ −−− Ceexdxex xxx 222 2 1 2 1 2 1 => simplificando a expressão; ∫ +−⋅−=⋅ −−− Ceexdxex xxx 222 4 1 2 1 => resultado. Exemplo 3 Determine a integral indefinida da função ∫ =dxxx 26 )(ln . Resolvendo: Fazendo u =lnx e dv= dxx6 , calculamos o valor de du, derivando u, isto é: dx x duxu 1ln =⇒= Para calcular o v é necessário integrarmos por substituição o dv, observe: ∫ == = dxxv dxxdv 6 6 Logo nosso v será: ∫∫ =+ == +16 6 16 xdxxv => 7 7x v = Agora que temos nosso u, du, v e dv; podemos aplicar a fórmula da integração por partes: ∫ ∫ ⋅−⋅= duvvudxxx )²(ln6 = = ∫ =− dxx xx x 1 . 77 .ln 77 => resolvendo à integral; = ∫ =− dxxxx x )(ln 7 2)².(ln 7 6 7 => simplificando o integrando temos; = = −− ∫ dxx xx xx x 1 . 77 ).(ln 7 2)²(ln 7 777 => aplicar novamente u e dv; Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 30 = =+ −− c xx xx x 7 . 7 1 7 )(ln 7 2)²(ln 7 777 => simplificando; = . 497 )(ln 7 2)²(ln 7 777 c xx xx x + −− => resposta. Exemplo 4 Determine a integral indefinida da função ∫ =− xdxx ²seccos)1( . Resolvendo: Fazendo u =x-1 e dv= xdx²seccos , calculamos o valor de du derivando u, isto é: dxduxu =⇒−= 1 Para calcular o v é necessário integrarmos por substituição o dv, observe: ∫ == = xdxv xdxdv ²seccos ²seccos Logo nosso v será: .cot gxv −= Agora que temos nosso u, du, v e dv; podemos aplicar a fórmula da integração por partes: ∫ ∫ ⋅−⋅=− duvvudxxx ²seccos)1( = = ∫ =−−−− dxgxgxx .cotcot).1( => simplificando à integral; = ∫ =+−− gxdxgxx cotcot).1( => resolvendo; = .lncot).1( csenxgxx ++−− => resposta. Exemplo 5 Determine a integral indefinida da função ∫ =dxx x5² . Resolvendo: Fazendo u =x 2 e dv=5 dxx , calculamos o valor de du derivando u, isto é: xdxduxu 2² =⇒= Para calcular o v é necessário integrarmos por substituição o dv, observe: ∫ == = dxv dxdv x x 5 5 Logo nosso v será: 5ln 5x v = Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 31 Agora que temos nosso u, du, v e dv; podemos aplicar a fórmula da integração por partes: ∫ ∫ ⋅−⋅= duvvudxx x5² = = ∫ =− xdxx xx 2. 5ln 5 5ln 5 ². => simplificando à integral; = ∫ =− dx x x x 5 5ln 2 5ln 5.2 => resolvendo; = = −− ∫ dx xx xxx 5ln 5 5ln 5. 5ln 2 5ln 52 => integrar por partes novamente; = = −− 5ln 5 . 5ln 1 5ln 5. 5ln 2 5ln 52 xxx xx => resolvendo aintegral; = .)³5(ln 5.2 )²5(ln 52 5ln 52 c xx xxx ++− => resposta. Lista 3 de Atividades - Integral Indefinida por partes 1 Calcule as integrais (a) dxex x∫ ⋅ (b) dxex x ∫ − ⋅ (c) dxex x∫ ⋅ 2 (d) ( ) dxxex 21+∫ 2 Encontre as integrais (a) ∫ =xsenxdx (b) ∫ =dxxe ax (c) ∫ =dxxe x2 (d) ∫ =+ xdxxx 2cos)1( (e) ∫ =xdxln (f) ∫ + xx 1 dx = Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 32 (g) ∫ =+ dxxe x )²1( (h) ∫ x ln xdx = (i) ∫ =xdx 3cos (j) ∫ =xdxx 2cos Lista 4 de Atividades a) Integre, consultando a tabela de integrais imediatas: 1- dxxcos5∫ = 2- dxxsec2∫ = 3- ∫ =dxx x seccos ²sec = 4- ( )∫ − dxxcos5xsen2 = 5- ∫ + x1 dx = 6- ∫ − 2x44 dx = 7- ∫ + − 2x33 dx = 8- ∫ − − 2x99 dx 9- ∫ + 2x55 dx = 10- ( )∫ + 2x14 dx = b) Calcule as integrais usando o método da substituição: 1- ∫ =+ dxxsen )7( 2- ∫ = −+ + dx xx xx 4 57 57 46 3- ∫ = − dx x x 4)2³( ²4 4- ∫ =dx x 3 2cos1 5- ∫ =+ dx bx ax 44 6- ∫ =+ dxee xx 262 )2( c) Aplicando o método de integração por partes, calcule as integrais: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 33 1- ∫ =xcoxdx 2- ∫ =arctgxdx 3- ∫ =senxdxx 2 4- ∫ =xdxe x cos 5- ∫ =xdx 2cos 6- ∫ =xdx 3sec 2.7 Integrais Trigonométricas Existem algumas integrais que devem ser conduzidas a integrais imediatas com simples transformações trigométricas: Lembrete: Sabendo que... xsen² = ( 1- cos²x) cos² x = ( 1- sen² x) tg² x = ( sec² x-1) sec² x = (tg² x+1) cotg² x = (cossec² x-1) cossec² x = (cotg² x+1) 2.7.1 Integração por transformação trigonométrica Então, verificamos como aplicar as seguintes integrais aplicando as transformações trigométricas, veja os exemplos: (I): ∫ uduusen nm cos => quando m ou n é inteiro positivo ímpar não importando o que o outro possa ser. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 34 Transformando o integrando usaremos ∫ ++ = + C n vdvv n n 1 1 . Se m é impar, escrevemos ( 1−msen u). sen u. Como (m-1) é par o primeiro fator ( 1−msen u) é uma potência de sen² u e pode ser substituído por sen² u= 1-cos² u. Se n é impar, escrevemos uun cos.cos 1− e usamos .1²cos 2usenu −= Exemplo 1: ∫ xdxxsen 5cos.² = => ∫ xdxxxsen cos.cos.² 4 = ∫ − xdxxsenxsen cos)²²1(² = => ∫ +− xdxxsenxsenxsen cos)²21(² 4 = ∫ xdxxsen cos.² ∫ ∫ =+− xdxxsenxdxxsen cos.cos.2 64 u= senx => du= cosx dx ∫ ∫ ∫+− duuduuduu 642² = => cuuu ++− 75 2 3 ³ 75 = => resposta. Exemplo2: dxxsen∫ ³ = ∫ senxdxxsen .² = ∫ − senxdxx)²cos1( = ∫ ∫− xsenxdxsenxdx ²cos = ∫ −−− )²(cos duux = c u x ++− 3 ³ cos = u= cosx => du= -senx c x x ++− 3 ³cos cos => resposta. Exemplo II: ∫ udutg n ou ∫ udug ncot ====> o método consiste, principalmente em usar as igualdades )1²(sec² 22 −== −− uutguutgtgutg nnn ou ).1²sec(coscot²cot.cotcot 22 −== −− uugugugug nnn Exemplo 1: xdxtg 4 = ∫ =xdxxtgtg ²² ∫ − dxxxtg )1²(sec² = ∫ ∫− xdxtgxdxxtg ²²sec² = ∫ ∫ −− dxxxxtg )1²(sec²sec² = ∫ ∫ ∫+− dxxdxxdxxtg ²sec²sec² = u= tgx ⇒ du=sec²xdx c xsenxsenxsen +++ 75 2 3 ³ 75 Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 35 ∫ ++− cxtgxduu² = cxtgx u ++− 3 3 = cxtgxxtg ++− 3 ³ . ⇒ resposta. Exemplo2: ∫ =xdxtg 5 ∫ =xtgxtg ².³ ∫ =− dxxxtg )1²(sec³ ∫ ∫ =− xdxtgxdxxtg ³²sec³ ∫ ∫ =− xdxtgtgxxdxxtg ².²sec³ ∫ xdxxtg ²sec³ - ∫ =− dxxtgx )1²(sec ∫ xdxxtg ²sec³ - ∫ ∫ =− tgxdxxdxtgx ²sec ∫ ∫ ∫ =−− tgxdxududuu³ =++− cx uu cosln 2 ² 4 4 u= tgx ⇒ du=sec²xdx cx xtgxtg ++− cosln 24 24 ==> resposta. Exemplo III: ∫ udu nsec ou ∫ udu nseccos ====> quando n é um inteiro positivo par, o primeiro passo é escrever: uutguuu n nn ²sec)1²(²secsecsec 2 2 2 − − +== ou .²seccos)1²(cot²seccos.seccosseccos 2 2 2 uuguuu n nn − − +== Se n for ímpar trabalhar integral por partes. Exemplo1: ∫ =xdx 6sec ∫ =xdxx 24 sec.sec ∫ =+ xdxxtg ²sec)².1²( ∫ =++ xdxxtgxtg ²sec).1²2( 4 ∫ ∫ ∫ =++ xdxxdxxtgxdxxtg ²sec²sec.²2²sec4 u= tgx ⇒ du=sec²xdx ∫ ∫ ∫ =++ xdxduuduu ²sec2 24 =+++ ctgxuu 3 2 5 35 . 3 2 5 3 5 ctgxxtgxtg +++ Exemplo2: ∫ =xdx 4sec ∫ =xdxx ²sec.²sec ∫ =+ xdxxtg ²sec)1²( ∫ ∫ =+ xdxxdxxtg ²sec²sec.² ∫ ∫ =+ xdx u ²sec 2 ² ctgxu ++ 3 ³ = . 3 ³ ctgxxtg ++ Exemplo IV: ∫ uduutg nm sec. ou ∫ uduug nm seccos.cot ====> quando n é inteiro positivo par procedemos como no exemplo: Exemplo1: ∫∫ ∫ =+== dxxtgxxtgxdxxxtgxdxxtg )1²(sec²sec.²secsec 26646 Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 36 ∫ ∫ ∫ ++=++=+ c xtgxtg c uu xdxxtgxdxxtg 7979 ²sec²sec 7979 68 . u= tgx ⇒ du=sec²xdx Quando m é ímpar podemos proceder como no exemplo seguinte: Exemplo2: ∫ =xdxxtg ³sec. 5 ∫ dxxtgxxxtg )sec.(²sec.4 = ∫ − dxxtgxxx )sec..(²sec)²1²(sec = ∫ +− dxxtgxxxx )sec.(²sec)1²sec2(sec4 ∫ ∫ ∫+− xdxtgxxxdxtgxxxdxxtgx sec..²secsec..sec2sec.sec 46 = u= secx ⇒ du= secx.tgx dx ∫ ∫ ∫+− duuduuduu ²2 46 = c uuu ++− 35 2 7 357 = . 3 ³sec sec 5 2 7 sec 5 7 c x x x ++− Exemplo V: ∫ uduusen nm cos , por meio de ângulos múltiplos. Quando m ou n é um inteiro positivo par, o meio mais simples é do exemplo 1. Quando m e n são simultaneamente inteiros positivos pares, fazemos substituições trigométricas envolvendo senos e cossenos de ângulos múltiplos. Para isso usaremos as fórmulas: sen u. cos u = usen2 2 1 sen² u= u2cos 2 1 2 1 − cos²u= u2cos 2 1 2 1 + Desse modo, vejamos os exemplos aseguir: Exemplo1: ∫ =xdx²cos ∫ + dxx2cos 2 1 2 1 = ∫ ∫+ xdxdx 2cos2 1 2 1 = .2 4 1 2 cxsen x ++ Exemplo2: ∫ ∫ ∫ = == dxxsendxxsenxxdxxsen 2 2 2 1)²cos.(²cos.² ∫ = dxxsen 2 4 1 2 ∫ +−= − .4 32 1 8 4cos 2 1 2 1 4 1 cxsen xdxx Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 37 Exemplo VI: ∫ nxdxsenmx cos. ou ∫ sennxdxsenmx. ou ∫ nxdxmx cos.cos , quando m ≠ n. Usaremos as fórmulas: )( 2 1)( 2 1 cos. yxsenyxsenysenx ++−= )cos( 2 1)cos( 2 1 . yxyxsenysenx +−−= )cos( 2 1)cos( 2 1 cos.cos yxyxyx ++−= A seguir exemplo de como utilizar a fórmula: Exemplo1: =xdxxsen 4cos.2 = ++−∫ dxxxsenxxsen )42(2 1)42( 2 1 ∫ ∫ =+− dxxsendxxsen )6(2 1)2( 2 1 ∫ ∫ =+− dxxsendxxsen )6(2 1)2( 2 1 u= -2x⇒ dxdu =− 2 dxduxu =⇒= 6 6 ∫ ∫ =+ − senudusenudu 6 1 . 2 1 2 1 2 1 .6cos 12 1)2( 4 1 cxxcox +−− 2.7.2 Integração por substituição trigonométrica Freqüentemente, substituições trigométricas convenientes levam a solução de uma integral. E se no integrando existir expressões como: 22 ua − 22 ua + 22 au − Onde a > 0, podemos fazer uma substituição trigométrica apropriada, como nas figuras abaixo: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 38 Lembrete: . . hip opcat sen =θ .. . cos opcat hip =θ . .. cos hip adjcat =θ .. . sec adjcat hip =θ .. .. adjcat opcat tg =θ .. .. cot opcat adjcatg =θ a) a função integrando envolve: 22 ua − . Neste caso usamos u= a senθ ⇒ du= a cosθ . Supondo que 22 piθpi ≤≤− , temos: θ22222 senaaua −=− = θ22 1( sena − = θ22 cosa = θcosa . b) a função integrando envolve: 22 ua + . Neste caso, usamos u= θatg ⇒ du= .sec2 θθda Supondo que 22 piθpi ≤≤− , temos: Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 39 22 ua + = θ222 tgaa = )1( 22 θtga + = θ22 seca = θseca . c) a função integrando envolve: 22 au − . Neste caso, usamos u = θseca ⇒ du= θseca . θtg θd . Supondo θ tal que 0 2 piθ ≤≤ ou, temos: =− 22 au 222 sec aa −θ = θ22tga = a θtg . Exemplo1: ∫ = + 32 )2(x dx ∫ + 322 )( au du = Resolvendo: 22 xu = → xu = au = tg z →du= a sec 2 z dz. 22 =a → a = 2 ∫ + 3 222 2sec atgu zdza = => substituindo; ∫ + zu zdza 33 2 sec sec = => simplificando; ∫ z dz a sec 1 2 = ∫ =zdza cos 1 2 . 1 2 csenza + u= a tgz a= senz= 22 ua u + tg z= a u → c ua u a + + 22 2 1 = . 22 1 2 c x x + + Exemplo2: ∫ = − 42 2 x dxx ∫ − 22 2 au duu = Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 40 Resolvendo: u 2 = x 2 → xu = u= a sec z → du= a secz tgz a 2 = 4 → a = 2 ∫ − 222 22 sec .sec.sec aza tgzdzzaza = => substituindo; ∫ tgza tgzdzza . .sec33 = => simplificando; ∫ =zdza 32 sec ∫ =dzzza )sec.(sec22 [ ]=− ∫ zdzztgtgzza sec..sec 22 [ ]=−− ∫ zdzztgzza sec)1(sec.sec 22 [ ]=−− ∫ ∫ zdzzdztgzza secsec.sec 32 ∫ ∫ =+ zdzzdza 332 secsec a 2 secz.tgz-a 2 ln (secz + tgz)+c = ctgzzatgzza ++− )ln(sec.sec 22 = ctgzz a a ztgza a ++ + − + )ln(sec.)1(sec)1( 1 2 2 2 2 = u= a sec z tg z = a au 22 − secz= a u → c a au a u a au a u + − +− − 2222 ln4 5 1 = . 2 4 2 ln4 4 4 5 1 22 c xxxx + − +− − Exemplo 3: ∫ = − 2 3 2 )5( x dx ∫ = − 22 ua du Resolvendo: u 2 = x 2 → xu = asenzu = → du= a cosz dz 52 =a → a= 5 ∫ = − 3 222 cos zsenaa zdza => substituindo; ∫ =za zdza 33 cos cos => simplificando; Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 41 ∫ ∫ +== ctgza zdz az dz a 2 2 222 1 sec 1 cos 1 => resolvendo a substituição trigométrica; tg = 22 ua u − → c x x a + − 22 5 1 = . 55 1 2 c x x + − Lista 5 de Atividades PARTE I – Integrais Trigonométricas Calcular as integrais trigométricas: 1- ∫ =x xdxsen 5 3 cos 2- ∫ =xdxtg 2 4 3- ∫ =xdx3seccos 6 4- ∫ =xdxxtg 2 3 5 sec 5- ∫ =xdx3cos 4 6- ∫ =xdxxsen cos.5 7- ∫ =xdxxsen 34cos 8- ∫ =xdxtg 3 9- ∫ =xdx4seccos 4 10- ∫ =xdxxsensen 23 11- ∫ = 3 3 4cos 4 x xdxsen 12- ∫ =+ xdxxtg 2)13( 23 13- ∫ =− xdxx )1(sec 24 14- ∫ =xdxxtg 3 5 3 sec PARTE II – Atividades de integração por substituição trigonométrica Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 42 Calcular as integrais usando o método de substituição trigométrica: 1- ∫ = + + 29 )3( x dxx 2- = − ∫ dxx x 2 281 3- ∫ = − + dx x x 16 )1( 2 4- ∫ = − 32 )3( x dx 5- ∫ = − 2 3 22 )( ua du6- ∫ = + 2 3 2 )2(x dx 7- ∫ = − + 9 )1( 2x dxx 8- ∫ = − 225 xx dx 9- ∫ = − 722 xx dx 10- ∫ = + xx dx 42 2.8 Integração de funções racionais por frações parciais O método das Frações Parciais consiste em decompor funções racionais em soma de funções racionais mais simples, objetivando processos mais simples de integração. A idéia básica é escrever a função racional dada como uma soma de frações mais simples. Para tanto, usaremos uns resultados importantes da álgebra, que revisaremos a seguir. Se p(x) é um polinômio com coeficientes reais, p(x) pode ser expresso como um produto de fatores lineares e/ou quadráticos todos com coeficientes reais. Veremos alguns exemplos práticos para entender melhor este método. a) O polinômio ( ) 232 +−= xxxq pode ser escrito como o produto dos fatores lineares 2−x e 1−x , ou seja, ( ) ( )( )12 −−= xxxq . Explicando: se você realizar a multiplicação dos termos 2−x e 1−x irá chegar ao termo 232 +− xx . b) O polinômio ( ) 123 −+−= xxxxq pode ser escrito como o produto do fator linear 1−x pelo fator quadrático irredutível 22 +x , isto é: ( ) ( )( )122 −+= xxxq Explicando: se você realizar a multiplicação dos termos 22 +x e 1−x irá chegar ao termo 123 −+− xxx . Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 43 c) O polinômio ( ) ( ) ( )431 3 13 22 ++− += xxxxxp é a decomposição do polinômio ( ) 4716243 2345 ++−−+= xxxxxxp . Explicando: se você multiplicar os fatores do polinômio, o obterá na sua forma estendida. A decomposição da função racional ( ) ( )( )xq xp xf = em frações mais simples é subordinada ao modo como o denominador ( )xq se decompõe nos fatores lineares e/ou quadráticos irredutíveis. Em nossos exemplos, vamos considerar os vários casos separadamente. As formas das respectivas frações parciais são asseguradas por resultados de Álgebra e não serão demonstradas. Para o desenvolvimento do método, podemos considerar que o coeficiente do termo de mais alto grau do polinômio do denominador ( )xq é 1. Caso isso não ocorra, dividimos o numerador e o denominador da função racional ( )xf por esse coeficiente. Iremos supor também, que o grau de ( )xp é menor que o grau de ( )xq . Se isso não acontecer, devemos efetuar a divisão de ( )xp por ( )xq . As diversas situações serão exploradas nos exemplos a seguir. Caso 1: Os fatores de ( )xq são lineares e distintos. Nesse caso, pode-se escrever ( )xq na forma: ( ) ( )( ) ( )naxaxaxxq −−−= ...21 onde os ia , 1=i ...,n, são distintos dois a dois. A decomposição da função racional ( ) ( )( )xq xp xf = em frações mais simples é dada por: ( ) n n ax A ax A ax A xf − ++ − + − = ... 2 2 1 1 , onde nAAA ,...,, 21 são constantes que devem ser determinadas. Vamos ver um exemplo prático? Exemplo 1: Calcular: dx xxx xI ∫ +−− − = 33 2 23 . Resolvendo: Vamos decompor o denominador: 33 2 23 +−− − xxx x = ( )( )( )311 2 −+− − xxx x = ( ) ( ) ( )311 321 − + + + − x A x A x A Vamos determinar os valores de A. Para tanto vamos reduzir tudo ao mesmo denominador: ( )( )( )311 2 −+− − xxx x = ( )( ) ( )( ) ( )( ) ( )( )( )311 113131 321 −+− +−+−−+−+ xxx AxxAxxAxx Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 44 Aqui multiplicamos os termos de cada coeficiente. ( )( )( )311 2 −+− − xxx x = ( ) ( ) ( ) ( )( )( )311 13432 3 2 2 2 1 2 −+− −++−+−− xxx AxAxxAxx Agora realizaremos a multiplicação de cada termo por seu coeficiente, e depois vamos colocar em evidência o que existe de comum nos temos que se originarem dessa multiplicação. O resultado será esse: ( )( )( )311 2 −+− − xxx x = ( ) ( ) ( ) ( )( )( )311 3342 32121 2 321 −+− −+−+−−+++ xxx AAAxAAxAAA Agora eliminamos os denominadores, e igualamos os coeficientes correspondentes (das mesmas potências de x), ficando assim: ( ) ( ) ( )321212321 33422 AAAxAAxAAAx −+−+−−+++=− −=−+− =−− =++ 233 142 0 321 21 321 AAA AA AAA Por meio do sistema de equações, vamos obter: 8 3 , 4 1 21 − == AA e 8 1 3 =A Portanto, a decomposição em frações parciais é dada por: ( )( )( )311 2 −+− − xxx x = 3 8 1 1 8 3 1 4 1 − + + − + − xxx = 3 1 . 8 1 1 1 . 8 3 1 1 . 4 1 − + + − − xxx Então, dx xxx xI ∫ +−− − = 33 2 23 = ∫ − + + − − dx xxx 3 1 . 8 1 1 1 . 8 3 1 1 . 4 1 => aplicamos as propriedades da integral que já conhecemos. ∫∫∫ − + + − − 3 . 8 1 1 . 8 3 1 . 4 1 x dx x dx x dx = ∫∫∫ − + + − − 38 1 18 3 14 1 x dx x dx x dx => resolvendo. Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 45 Cxxx +−++−− 3ln 8 11ln 8 31ln. 4 1 => resultado. Exemplo 2: Calcular: dx xxx xI ∫ +−+ − = 122 4 23 3 Resolvendo: para resolver esse exemplo, devemos começar preparando o integrando. Podemos observar que o grau de ( )xp é igual ao grau de ( )xq , ao efetuarmos a divisão de polinômios, obtemos o seguinte resultado. 122 4 23 3 +−+ − xxx x = 122 2422 23 2 +−+ −− +− xxx xx Logo nossa integral fica da seguinte forma: dx xxx xI ∫ +−+ − = 122 4 23 3 = ∫∫ +−+ −− +− dx xxx xxdx 122 2422 23 2 = 12 I+− Onde: ∫ +−+ −− = dx xxx xxI 122 242 23 2 1 . Para resolver 1I , existe ainda a necessidade de preparar o integrando. Dividindo o numerador e o denominador da função integrando por 2, obtemos. ( ) ( )∫ +−+ −− = dx xxx xx I 1222 1 2422 1 23 2 1 = ∫ +−+ −− dx xxx xx 2 1 2 1 12 23 2 Podemos observar que as raízes obtidas são: 1=x , 2 1 −=x e 1−=x . Logo +−+ −− 2 1 2 1 12 23 2 xxx xx = ( ) ( ) ( )1211 321 + + + + − x A x A x A . Eliminando os denominadores, vamos obter: ( )( ) ( )( ) ( )( ) 3212 2111112112 AxxAxxAxxxx +−++−+++=−− Cálculo Diferencial e Integral – Integrais 46 Substituindo x, pelos valores: 1=x , 2 1 −=x e 1−=x . Temos: 1=x => 1.2.2 32 A=− => 3 2 1 − =A 2 1 −=x => 2.2 1 . 2 3 4 1 A−= => 3 1 2 − =A 1−=x => 3.2 1 .22 A−−= => 23 =A Substituindo na função. +−+ −− 2 1 2 1 12 23 2 xxx xx = 1 1 .2 2 1 1 . 3 1 1 1 . 3 2 + + + − − − xxx daí: dx xxx I ∫ + + + − − −= 1 1 .2 2 1 1 . 3 1 1 1 . 3 2 1
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