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GABARITO - 1a PROVA DE FUNDAMENTOS DE MECAˆNICA - TN3 - 03/09/2014 Parte A - Questo˜es (5,0 pontos, 1,0 ponto por questa˜o): Diante de cada questa˜o abaixo, responda e/ou comente todas (mesmo se a afirmativa estiver correta), justificando com suas palavras. Q1. Uma part´ıcula pode ter velocidade diferente de zero mesmo se a resultante das forc¸as sobre ela for nula? Ela pode ter velocidade nula mesmo se a resultante das forc¸as sobre ela for diferente de zero? A resposta para ambas perguntas e´ SIM. Pela 2a Lei de Newton, a acelerac¸a˜o resultante de uma part´ıcula e´ igual a` forc¸a resutante dividida pela massa. Se a forc¸a resultante e´ nula, a acelerac¸a˜o resultante tambe´m o sera´ e, portanto a velocidade da part´ıcula tem que ser constante, podendo ser diferente de zero. E quando a acelerac¸a˜o resultante for diferente de zero (porque a forc¸a resutante e´ diferente de zero) nada impede que a velocidade seja momentaneamente nula. Por exemplo, um corpo lanc¸ado verticalmente para cima vai, em algum momento, parar momentaneamente quando comec¸ar a descer. Como a velocidade na˜o pode ser constante, pois a acelerac¸a˜o nna˜o e´ nula, a part´ıcula na˜o pode continuar parada. Q2. Se o produto vetorial ~c× ~d for nulo, pode-se garantr que pelo menos um dos vetores ~c ou ~d e´ nulo? A resposta e´ NA˜O. A definic¸a˜o geome´trica do mo´dulo do produto vetorial e´ |~c × ~d|=|~c| |~d| senθcd. Esse produto sera´ nulo se um dos vetores o for, mas, mesmo que nenhum dos vetores seja nulo o produto sera´ nulo caso o seno do aˆngulo entre os vetores for nulo (ou seja, se os vetores forem paralelos ou anti-paralelos entre si. Portanto, na˜o e´ garantido que qualquer dos verotes e´ nulo. Q3. A 2a Lei de Newton, escrita da forma ~Fres = m~a para um corpo de massa m, na˜o vale, quando a massa do corpo em questa˜o e´ varia´vel. A afirmativa esta´ CORRETA. A forma correta da 2a Lei de Newton e´ ~Fres = d~p dt = d(m~v) dt = m~a+ dm dt ~v. Se a massa do corpo varia e dmdt 6= 0, tem termos a mais na equac¸a˜o que devem ser levados em conta. Q4. Em um dado planeta, um corpo em queda livre partindo do repouso gasta a um terc¸o do tempo que gastaria na Terra, para cair da mesma altura. Conclui-se que a acelerac¸a˜o da gravidade nesse planeta e´ o triplo de g (a acelerac¸a˜o da gravidade na Terra). A afirmativa esta´ INCORRETA. Quando a acelerac¸a˜o, a, e´ constante, o tempo, t, gasto para se percorrer uma certa distaˆncia, d, partindo do repouso, e´ dado por t = √ 2d/a. A acelerac¸a˜o se relaciona, enta˜o, com a distaˆncia e o tempo por a = 2d/t2. A acelerac¸a˜o da gravidade da Terra pode ser escrita, enta˜o, como g = 2h/t2. Como a altura de queda e´ a mesma, mas o tempo gasto no outro planeta e´ um terc¸o, sua acelerac¸a˜o e´ g′=2d/(t/3)2=9(2h/t2)=9g. Ou seja, a acelerac¸a˜o g′ e´ nove vezes o valor de g. Q5. Pela 2a Lei de Newton, a velocidade de uma part´ıcula e´ sempre paralela a` resultante das forc¸as que nela atuam. A afirmativa esta´ INCORRETA. Quando a massa e´ constante, a 2a Lei de Newton pode ser escrita da forma ~Fres = m~a, ou seja, a acelerac¸a˜o e´ que tem a mesma direc¸a˜o da forc¸a, e na˜o a velocidade. Se lembrarmos que ~Fres m = ~a = d~vdt , veremos que as variac¸o˜es de velocidade (d~v) sa˜o paralelas a` forc¸a resultante. Como contra-exemplos pode-se pensar no movimento circular uniforme, ou no movimento parabo´lico de um proje´til. Em nenhum deles a velocidade paralela a` resultante das forc¸as. Parte B - Problemas (20 pontos, P1 = 8,0 pontos; P2 = 5,0 pontos; P3 = 7,0 pontos): P1– Na figura ao lado, M esta´ suspenso por uma corda (sem massa e inextens´ıvel) que passa por uma polia (sem massa e sem atrito no seu eixo) e e´ ligada aos dois blocos sobre o plano inclinado (aˆngulo θ em relac¸a˜o a` ho- rizontal), o de cima com massa M1 e o de baixo com massa M2. Deˆ suas respostas em termos de M1, M2, g, θ (e µ). P1.1– Se o plano inclinado for sem atrito (µ=0), encontre o valor da massa M para o sistema ficar em equil´ıbrio. P1.2– Encontre as tenso˜es T1, T2 e T3 nessa situac¸a˜o. T2 T1 M θ M2 M1 T3 Se o valor de M for o dobro do valor encontrado em P1.1–, encontre, ainda sem atrito P1.3– o mo´dulo da acelerac¸a˜o do conjunto e P1.4– o novo valor das tenso˜es T1, T2 e T3. Suponha, agora, que existe o mesmo coeficiente de atrito cine´tico, µ, entre a superf´ıcie do plano e os blocos em cima dele, e que, se M = 0, os dois blocos descem o plano aceleradamente. P1.5– Encontre os valores ma´ximo emı´nimo de M para as massas M1 e M2 subirem (no caso de valor ma´ximo) ou descerem (no caso de valor mı´nimo) o plano com velocidade constante. Soluc¸a˜o Apesar de na˜o ter sido solicitado, e´ sempre essencial fazer o diagrama de forc¸as em cada parte do sistema para identificar as forc¸as, antes da aplicac¸a˜o da 2a Lei de Newton. T2 T1 T3 M2 M1 M Mg T3 T3 T3 T3 T1 T1 T2 T2 T2 M2g N2 T2 T1 T1 N1 θ θ θ M1g Fa1 Fa2 Fe ixo Considere a figura acima, agora com os diversos corpos envolvidos foram separados e as forc¸as rele- vantes (que atuam em partes do sistema) identificadas em cor azul. Como nessa parte na˜o ha´ atrito, desconsidere, por enquanto, as forc¸as em vermelho.Os pares ac¸a˜o-reac¸a˜o esta˜o conectados com linhas tracejadas azuis. Como as cordas na˜o possuem massa, e como a polia nem massa e nem atrito no eixo, podemos ja´ identificar que T1 = T3. Temos, enta˜o, que encontrar o valor de T1 que mante´m as massas sobre o plano em equil´ıbrio. P1.1– Consideremos a direc¸a˜o paralela ao plano. Nessa direc¸a˜o, considerando positivo para cima do plano, e lembrando que os corpos esta˜o em equil´ıbrio, atuam as seguintes forc¸as nos corpos: M1 : T1 − T2 −M1g sen θ = M1a = 0, (1) M2 : T2 −M2g sen θ = M2a = 0, (2) ou T1 = (M1 +M2)g sen θ = T3. Como M tambe´m esta´ em equil´ıbrio, T3 = Mg de onde calculamos que, para manter o equil´ıbrio, M = (M1 +M2) sen θ. P1.2– Nessa situac¸a˜o de equil´ıbrio, temos que T1 foi calculado na parte anterior e T1 = T3 = Mg = (M1 +M2)g sen θ. T2 = M2g sen θ. P1.3– O fato de agora M = 2(M1+M2) sen θ na˜o afeta em nada as considerac¸o˜es acima, a na˜o ser que agora a acelerac¸a˜o do conjunto na˜o e´ mais nula, e M vai descer enquanto M1 e M2 va˜o subir o plano com uma acelerac¸a˜o a. A acelerac¸a˜o e´ igual para todos os corpos porque as cordas sa˜o inextens´ıveis.Temos, enta˜o, lembrando que T1 = T3, e que M desce T1 − T2 −M1g sen θ = M1a (3) T2 −M2g sen θ = M2a (4) Mg − T3 = 2(M1 +M2) sen θ g − T1 = Ma = 2(M1 +M2) sen θ a. (5) Somando as treˆs equac¸o˜es acima e resolvendo para a, temos (M1 +M2)g sen θ = (M1 +M2)(1 + 2 sen θ)a −→ a = ( sen θ 1 + 2 sen θ ) g (6) P1.4– Levando o valor de a da Eq. (6) na Eq. (4) encontramos T2 = M2(a+ g sen θ) = M2g sen θ ( 1 + 1 1 + 2 sen θ ) . (7) Levando o valor de T2, Eq. (7), e o valor de a, Eq. (6), na Eq. (5), encontramos T1 = T3 = 2(M1 +M2)(g sen θ − a) = 2(M1 +M2)g sen θ ( 1− 1 1 + 2 sen θ ) . (8) P1.5– Considere agora que existe atrito entre o plano inclinado e os blocos. Vamos calcular inicial- mente o valor ma´ximo de M , quando o sistema esta´ prestes a se movimentar com M descendo mas com M1 e M2 subindo. Na figura acima, as forc¸as de atrito esta´tico esta˜o colocadas na cor vermelha. Nem M1 nem M2 se movimentam perpendicularmente ao plano. Podemos, enta˜o, calcular o valor das normais N1 e N2: N1 −M1g cos θ = 0 −→ N1 = M1g cos θ (9) N2 −M2g cos θ = 0 −→ N2 = M2g cos θ (10) Como a situac¸a˜o e´ de equi´ıbrio (a = 0), os coeficientes de atrito sa˜o iguais e o atrito esta´ em seu ma´ximo, podemos fazer as forc¸as de atrito esta´tico como Fa,1 = µN1 = µM1g cos θ e Fa,2 = µN2 = µM2g cos θ. As equac¸o˜es (1), (2) e (5) se modificam com o aparecimento das forc¸as de atrito: T1 − T2 − Fa,1 −M1gsen θ = T1 − T2 − µM1g cos θ −M1g sen θ = 0 (1 ′) T2 − Fa,2 −M2g sen θ = T2 − µM2g cos θ −M2g sen θ = 0 (2 ′) Mmaxg − T3 = Mmaxg − T1 = 0. (5 ′) Somando as equac¸o˜es (1’), (2’) e (5’), temos Mmaxg − µ(M1 +M2) cos θ − (M1 +M2)g sen θ = 0, ou Mmax = (M1 +M2)(sen θ + µ cos θ). (11) Para encontrarmos o valor mı´nimo de M , este seria quando sua tendeˆncia fosse de subir, e a de M1 e M2 de descer o plano. Para isso, basta inverter o sentido mostrado na figura das forc¸as de atrito (em vermelho). As equac¸o˜es (1’), (2’) e (5’) se transformam em (essencialmente, e´ so´ trocar o sinal das forc¸as de atrito) T1 − T2 + Fa,1 −M1g sen θ = T1 − T2 + µM1g cos θ −M1g sen θ = 0 (1 ′′) T2 + Fa,2 −M2g sen θ = T2 + µM2g cos θ −M2g sen θ = 0 (2 ′′) Mming − T3 = Mming − T1 = 0, (5 ′′) que, resolvidas, levam a Mmin = (M1 +M2)(sen θ − µ cos θ). (11) P2– Num parque de diverso˜es, a roda gigante e´ progra- mada para dar uma sensac¸a˜o de queda livre quando seus passageiros passam pelo seu ponto mais alto (A). Considerando que a estrutura dos assentos e cintos de seguranc¸a mantenham os passageiros sempre a` mesma distaˆncia, R, do centro da roda, calcule (em termos de R, g, e eventualmente da massa, m, do passageiro) e, ainda, que a velocidade angular da roda gigante e´ constante: P2.1– o valor da velocidade angular da roda gigante para dar a sensac¸a˜o de queda livre quando os pas- sageiros passam pelo ponto A; P2.2– o valor da forc¸a exercida pela estrutura do assento sobre os passageiros, quando estes passam pelo ponto B, na situac¸a˜o calculada em P2.1; B C A R D θ mg mg F mg P2.3– a forc¸a resultante (vetor) que atua nos passageiros, quando eles passam pelo pontoD (mostrado na figura). Soluc¸a˜o P2.1– Se o passageiro da roda gigante deve sentir-se em queda livre no ponto A, a u´nica forc¸a que atua nele nesse ponto e´ seu peso (veja a figura). Mas sua acelerac¸a˜o sera´ centr´ıpeta, pelo sem movimento, Enta˜o mg = macentr = mω 2R −→ ω = √ g R , (12) onde usamos o fato de acentr = ω 2R em um movimento circular uniforme. Esse e´ o mo´dulo da acelerac¸a˜o centr´ıpeta em qualquer posic¸a˜o do passageiro na roda gigante. P2.2– Quando o passageiro passa em B, esta´ rodando em torno do centro da roda gigante com a velocidade calculada na Eq. (12). As forc¸as que atuam sobre o passageiro esta˜o mostradas na figura e podemos escrever: F −mg = macentr = mg −→ F = 2mg. (13) P2.3– o movimento de todos os passageiros se caracteriza como sendo circular uniforme. Enta˜o, em qualquer ponto de seu movimento, o mo´dulo de sua acelerac¸a˜o sera´ igual a` acentr que e´ igual a g e sempre estara´ dirigida para o centro do movimento. Enta˜o, a forc¸a resultante sera´ a mostrada em vermelho na figura (que e´ a forc¸a centr´ıpeta). P3– Na figura ao lado veˆ-se um plano inclinado de aˆngulo θ em relac¸a˜o a` horizontal. Sobre o plano esta´ um bloco de massa M o qual tem atrito de coeficiente cine´tico µ1 com a superf´ıcir do plano. Sobre a face plana da frente superior desse bloco ha´ um outro bloco menor, de massa m, e ha´ atrito de coeficiente esta´tico µ2 entre as superf´ıcies dos blocos. Se os blocos forem soltos, am- bos escorregam das posic¸o˜es mostradas. 1 2µ M m µ1 θ (1) F (2) P3.1– Se for feita uma forc¸a paralela ao plano para baixo sobre o bloco menor, como mostrado na figura, calcule o valor mı´nimo dessa forc¸a de forma que o bloco menor na˜o deslize sobre o maior, enquanto ambos descem o plano. Qual a acelerac¸a˜o dos blocos nessa situac¸a˜o? Deˆ suas respostas em func¸a˜o de g, M , m, θ, µ1 e µ2. P3.2– Considere agora a situac¸a˜o 2, quando a forc¸a e´ feita, ainda paralela ao plano, mas para cima sobre o bloco maior (situac¸a˜o na˜o mostrada na figura). Calcule o valor mı´nimo dessa forc¸a de forma que o bloco menor na˜o deslize sobre o maior, do outro lado, enquanto ambos sobem o plano. Qual a acelerac¸a˜o dos blocos nessa situac¸a˜o? Deˆ suas respostas em func¸a˜o de g, M , m, θ, µ1 e µ2. Soluc¸a˜o P3.1– Veja na figura abaixo o diagrama de forc¸as para os dois blocos. No bloco menor atuam: θ M µ1 (1) 1FN2 N2 N1 Mg m Fa1 2µ Fa2 Fa2 mg θ θ 1. seu peso (vertical, para baixo, exercido pela Terra, de valor mg); 2. a forc¸a F do enunciado (paralela ao plano, fazendo um aˆngulo θ com a horizontal, para baixo); 3. a normal N2 feita pelo bloco de baixo, que sofre a reac¸a˜o (paralela ao plano, pois e´ perpendicular a` face dos blocos, para cima do plano); 4. a forc¸a de atrito Fa2 feita pelo bloco de baixo, que sofre a reac¸a˜o (paralela a` face dos blocos em contato, perpendicular ao plano, para cima). No bloco maior atuam: 1. seu peso (vertical, para baixo, exercido pela Terra, de valor Mg); 2. a normal N2 feita pelo bloco de cima, que sofre a reac¸a˜o (paralela ao plano, pois e´ perpendicular a` face dos blocos, para baixo do plano); 3. a forc¸a de atrito Fa2 feita pelo bloco de cima, que sofre a reac¸a˜o (paralela a` face dos blocos em contato, perpendicular ao plano, para baixo; 4. a normal N1 feita pela superf´ıcie do plano (perpendicular ao plano, para cima); 5. a forc¸a de atrito Fa1 feita pela superf´ıcie do plano, para cima. Os pares de ac¸a˜o e reac¸a˜o esta˜o ligados por linhas tracejadas vermelhas. A situac¸a˜o pede que os dois blocos se movimentem juntos. Portanto ambos na˜o se movimentara˜o perpendicularmente ao plano incli- nado e sua acelerac¸a˜o nessa direc¸a˜o sera´ nula. Analizando o bloco menos vemos que, perpendicularmente ao plano Fres,m,perp = Fa2 + 0 + 0 + (−mg cos θ) = 0 ou Fa2 = mg cos θ. (14) Como na˜o ha´ movimento entre os blocos essa forc¸a de atrito e´ esta´tico e seu valor ma´ximo, limite, e´ proporcional a` normal e Fa2 = µ2N2 = mg cos θ ou N2 = mg cos θ µ2 . (15) Na direc¸a˜o paralela ao plano, ainda considerando o bloco menor, temos Fres,m,para = F1 + 0 +mg senθ −N2 = F1 +mg ( senθ − cos θ µ2 ) = ma. (16) A Eq.(16) possui duas inco´gnitas, F1 e a. Vamos analisar agora o bloco maior, que tambe´m na˜o se movimenta perpendicularmente ao plano Fres,M,perp = N1 + 0 + 0− Fa2 −Mg cos θ = 0 ou N1 = Mg cos θ + Fa2 = (M +m)g cos θ, (17) onde fiz uso da Eq.(15). Na direc¸a˜o paralela ao plano, temos Fres,M,para = 0 +N2 − Fa1 + 0 +Mg senθ = Ma. (18) A Eq.(15) nos da´ o valor de N2. Como o bloco maior se movimenta sobre o plano, a forc¸a de atrito Fa1 e´ cine´tica e Fa1 = µ1N1, e o valor de N1 e´ dado pela Eq.(15). Portanto Fres,M,para = mg cos θ µ2 − µ1(M +m)g cos θ +Mg senθ = Ma, (18) de onde calculamos a acelerac¸a˜o mı´nima a a = g ( m cos θ Mµ2 − µ1 ( 1 + m M ) cos θ + senθ ) . (20) Levando o valor da acelerac¸a˜o mı´nima da Eq.(20) na Eq.(16), encontramos o valor da forc¸a mı´nima, F1, para acelerar os dois blocos para baixo no plano mantendo-os juntos. P3.2– Na situac¸a˜o pedida nessa parte, as u´nicas coisas que mudam sa˜o os sentidos da forc¸a F do enunciado, que agora e´ aplicada no bloco maior, de baixo para cima no plano, e o da forc¸a de atrito que o plano faz sobre o bloco maior, que agora sobe o plano. Veja na figura abaixo o diagrama de forc¸as para os dois blocos. (2) M µ1 N2 N2 N1 Mg m Fa1 2µ Fa2 Fa2 mg θ θ θ 2F As Eqs.(14), (15) e (17) acima continuam va´lidas e inalteradas e, encontramos tanto a forc¸a de atrito Fa2 como as normais N2 e N1, nesse caso, ideˆnticas ao caso anterior. Pore´m ao tratar o corpo menos na direc¸a˜o paralela ao plano encontramos sua acelerac¸a˜o diretamente, Fres,m,para = +0 +mg senθ −N2 = mg ( senθ − cos θ µ2 ) = ma ou a = g ( senθ − cos θ µ2 ) . (16′) Analisando o bloco maior na direc¸a˜o paralela ao plano obtemos Fres,M,para = F2 −N2 − Fa1 + 0 + 0−Mg senθ = Ma. (21) Usando o valor da acelerac¸a˜o a, Eq.(16′),o da normal N2, Eq.(15), e considerando que a forc¸a de atrito Fa1 e´ de atrito cine´tico, Fa1 = µ1N1, com N1 dada pela Eq.(17), a Eq.(21) nos da´ o valor de F2 = Mg ( senθ − cos θ µ2 ) +Mg senθ + µ1(M +m)g cos θ +mg cos θ µ2 . (22)
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