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Etimologia de Epistemologia 
Episteme = Ciência, conhecimento;
Logos = Estudo, discurso.
Na modernidade, tínhamos uma epistemologia forte, solidificada. O advento da contemporaneidade trouxe o acirramento das ideias, tornando a epistemologia fraca, sem solidificação.
Etimologia de Direito
A maior importância da etimologia é poder construir uma "árvore genealógica" do termo para descobrir como o termo encarado na época de concepção e suas eventuais birfurcações semânticas e interpretativas ao longo do tempo.
"O Direito hoje está passando pela vingança da Grécia (dialógica, hermenêutica) sobre Roma (Direito, sistematização)", Eros Grau, ex-ministro do STF.
Directum (Reto) - de acordo com Montoro, não é significativo.
Jus, no latim, também remete ao Direito.
Duas correntes que falam da origem do termo Jus:
Jussum (mandar, ordenar) - yú (juntar no sânscrito) - Visão da Lei, legalismo - Direito Positivo;
Justum (justiça) - yós (divindade no sânscrito) - Visão da Justiça - Direito Natural.
O Direito é uma palavra polissêmica, sendo suas acepções, de acordo com a concepção de André Franco Montoro: (O Conceito de Direito, U1, T2)
Norma:
Direito Natural: Essência do ser humano. (na modernidade) Normas oriundas da nossa razão (e experiência), que fazem parte da essência do ser humano e servem de fundamento para o Direito Positivo. Hobbes, quando diz que "o homem é o lobo do homem", coloca a autoproteção como essência do ser humano, tornando necessária a criação de um ente superior, a ideia do Contrato Social; Ideia do artigo 2 da Declaração dos Direitos do homem e do cidadão de 1789 (U2,T4). Todo DN é um direito não-estatal, mas nem todo direito não-estatal é um DN;
Direito Positivo: Leis postas pelo Estado;
Direito Estatal: Inicialmente, idem Positivo;
Direito Não-estatal: Pluralismo Jurídico (várias ordens jurídicas). Exemplo da idade média, com diferentes ordens jurídicas ligadas à igreja, burguesia, feudos, universidade etc. Depois, na modernidade, vamos ao Monismo, com uma só ordem jurídica, onde, inicialmente, o Direito Natural prevalece. À partir do final do séc. XIX e XX, o Direito é Monista e eminentemente Positivo.
Argumentos do ressurgimento do Pluralismo Jurídico na pós-modernidade:
"Estado, não é só você que possui o monopólio da normatividade jurídica" (Acordos entre sindicatos e patrões, por exemplo, podem fazer com que o próprio Estado adote a normatividade gerada por eles - ONGs) (Lei Geral da Copa - Bebidas em estádios de Futebol) - principal autor: Gurvitch (Acima, dentro e ao lado do Estado);
"O fato de você querer ter o monopólio é prejudicial para a sociedade" (desfavorece classes, crise na representatividade, burocracia) Habermas diz que o Estado está colonizando o mundo da vida, onde as relações intersubjetivas e interpessoais acontecem. Democracia e orçamento participativo, audiências públicas, conferências.
Faculdade: Quando falamos de Direito como faculdade, estamos remetendo ao Direito Subjetivo, diferente do Direito Objetivo:
Direito Subjetivo: É a permissão dada por meio de norma jurídica válida para fazer ou não fazer alguma coisa, para ter ou não ter algo ou ainda a autorização para exigir o cumprimento da norma infringida (facultas agendi);
Direito Objetivo: É o complexo de normas jurídicas que regem o comportamento humano, prescrevendo uma sanção no caso de sua violação. Resumindo: Leis (norma agendi).
                         ex: Em um acidente de carro, o meu Direito Objetivo garante que quem me trouxe danos materiais faça o reparo.
                              O Direito Subjetivo me faz cobrar apenas se eu quiser. 
Justiça: Direito é sinônimo de justiça.
Ciência: Conhecimento sistematizado (método), que é diferente de conhecimento vulgar e é subdividido nas abordagens (enfoques teóricos - não existe uma linha divisória radical):
Zetética: Vem de perquerir, ir atrás. Valoriza a ideia de "o que é algo?". Se preocupa com questões infinitas, especulativas. É mais abertas e parte de evidências. Não necessariamente preocupada com decisão. (Ligação com Pluralismo Jurídico)
Dogmática: Sentido de doutrinar, ensinar doutrinando. Valoriza a ideia de "como deve ser algo?". Se preocupa com questões finitas, diretivas. É mais fechada e parte de dogmas. Decisão. (Ligação com Positivismo Jurídico)
Fato Social: Em todas as épocas, independente de aspecto temporal ou local, sempre houve um fato social que poder ser chamado de Direito, influenciado pelo que era a determinada sociedade.
O Direito, a moral, os preceitos religiosos e as regras de trato social (UII,T1) 
Definições de Moral:
do latim mores = (modos de comportamento, costumes) 
Define-se como o conjunto de convicções de uma pessoa, de um grupo ou da sociedade inteira sobre o bem e o mal;
A livre e consciente (interna) aceitação da normatividade.
Definições de Ética:
Sinônimo do primeiro conceito de Moral. Define-se como o conjunto de convicções de um grupo ou da sociedade inteira sobre o bem e o mal;
Parte da Filosofia que estuda moral;
Dever de obediência às normas socialmente impostas (ex.: Código de Ética da OAB).
Gráficos de perspectiva Direito/Moral - Definição I de Moral (desenhos na apostila - UII, I - IV, 3 P166)
Direito, Moral e Religião juntos: Situação hipotética que misturam Direito, Moral e Religião;
Direito concêntrico à Moral: Teoria do Mínimo Ético. O Direito é o mínimo de Moral declarada obrigatória para que consigamos viver em sociedade (Bentham). Críticas:
Amoral: Questões que não dizem respeito à Moral. ex: Trafegar com um carro no sentido da direita ou da esquerda não diz respeito à Moral.
Imoral: O Direito pode tutelar questões imorais.
Positivismo Jurídico (Direito e Moral separados): Existe uma separação radical entre Direito e Moral, embora possa haver influência da Moral no Direito à partir do processo legislativo;
Moralismo (Pós-positivismo - Direito e Moral têm espaços em comum, secantes): Não há separação radical entre Direito e Moral e inclusive há uma certa coincidência entre o que é o Moral e que o Direito Tutela.
Direito Natural e Direito Positivo na Antiguidade (UII,T2)
Antígona - "Tuas ordens não valem mais do que as leis não-escritas e imutáveis dos Deuses, que não são de hoje e nem de ontem e ninguém sabe quando nasceram". Considerada a primeira menção ao Direito Natural.
Antiguidade: 
Ideia de Direito Natural de Platão:
Alma de Ouro: Filósofos (quadros dirigentes);
Alma de Prata: Guerreiros;
Alma de Bronze: Operários.
Sociedade harmônica em que os filósofos fazem as leis, que mandam. Juízes têm pouca autonomia. Uma espécie de positivismo. baseado na verdade no mundo das ideias, ideia cosmológica, que é dominada apenas pelos filósofos. Platão valoriza mais o legislador, ele é legalista.
Ideia de Direito Natural de Aristóteles:
Ao contrário de Platão, que é um metafísico, Aristóteles era empírico, observando a natureza (physis), que tem uma finalidade. Tudo na natureza têm uma finalidade e uma potência de atingí-la. Ele acha, que da mesma forma que os elementos da natureza têm essa finalidade, o ser humano também tem. Para Aristóteles, a escravidão é natural já que ele a observou em vários locais (mesmo que não haja predestinação ou maltrato àqueles que estão submetidos a ela). A submissão da mulher é vista da mesma forma. O respeito dos filhos aos pais. O Direito Positivo teria então, que obedecer a naturalidade das coisas. De acordo com Aristóteles, é importante ter o Direito Positivo, assim como em Platão, formulado à partir do Direito Natural, pelas pessoas naturalmente capazes.
DN --> DP --> Equidade (Justiça do Caso Concreto)
"A Equídade é como a régua de Lesbos" (flexível) 
A equidade é possibilidade do Juiz (uma pessoa naturalmente capaz) de flexibilizar o Direito Positivo. Na concepção de Aristóteles, o juiz não tem de ser positivista ao extremo. O juiz tem de ter prudência. Aristóteles valoriza mais o juiz. Se ele observar que a lei está indo contra o Direito Natural (a naturalidade das coisas),o juíz pode julgar em sentido contrário à ideia da lei. O Juiz tem de julgar com prudência, parcimônia e equilíbrio.
Aplicações práticas da teoria
Equidade hoje (parcimônia, equilíbrio, igualdade) (P204):
Artigo 127 do Código de Processo Civil Brasileiro: O Juiz só pode decidir por equidade quando autorizado por lei (ligado ao positivismo) (P205);
Equidade = Justiça. É uma característica inerente à atividade do Juiz (mais próximo à ideia de Aristóteles);
Equidade utilizada no caso de lacunas da Lei (hoje em dia é difícil ter lacuna, mas casos relacionados à internet costumam ter lacuna). Quando a lei é omissa, o Juiz pode fazer o uso da equidade.
Definições de equidade: (Dicionário Houaiss)
Disposição de reconhecer igualmente o Direito de cada um (encaixa nos três casos);
Conjunto de princípios imutáveis de justiça que induzem o juiz a um critério de moderação (encaixa nos três casos);
Sentimento de justiça avesso a um critério de julgamento estritamente legal (encaixa no segundo caso);
Sinônimo de igualdade (mais usado no Direito dos Estados Unidos)
Semelhanças no neoconservadorismo americano (a favor da coletividade)
(com a ideia de que algumas pessoas são melhores para assumir certos postos. Ideia de liberdade e pouca importância para a desigualdade. Cada um atinge a sua plenitude.)
Leo Strauss
Allan Bloom: Universidade é um local para a elite e para o estudo do Cânone Ocidental (Sheakespeare e autores ocidentais);
(A Briga dos Antigos contra os modernos - Luc Ferri e Alan Renault)
Direito Natural na Cronologia (UII,P92) !
Diz Hugo Grócio: "O Direito Natural existiria mesmo que Deus não existisse, o que, existindo, não cuidadasse dos assuntos humanos".
Autores das Revoluções Liberais:
Hobbes: (precursor) Absolutista;
Locke: Não venha Estado, impedir os meus Direitos Naturais. Direitos individuais, à autodefesa e à propriedade;
Montesquieu: Separação entre os poderes;
Rousseau: A lei é a expressão da vontade geral.
Superação histórica da ideia de Direito Natural
Declaração dos Direitos - Apogeu
Código - Derrocada
Revolução Francesa:
Código Napoleônico
Ao chegar ao poder, Napoleão encomenda um Código Civil (1804) de enorme importância. Primeiro código moderno.
(Bobbio - O positivismo jurídico) Art. 9 do Primeiro Projeto: Se a lei não for clara, o juiz deve fazer o uso da equidade ligada ao Direito Natural e aos costumes. Foi combatido e eliminado pela Escola da Exegese, que tinha um fetiche pela lei e pelo legislador. Ela é o marco do positivismo na França. Se tiver obscuridade, o juiz deverá ir ao código e procurar uma solução dentro do próprio código. Caso mesmo assim não ache alguma solução, o juiz deve ir ao espírito e à subjetividade do legislador. O Segundo Projeto foi também recusado e o Terceiro prosperou.
Positivismo Filosófico
Valorização do Método Científico
Em sentido amplo, o termo positivismo designa a crença ambiciosa na ciência e nos seus métodos. Em sentido estrito, identifica o pensamento de Augusto Comte, que desenvolveu a denominada lei dos três estados, segundo a qual o conhecimento humano havia atravessado três estágios históricos: o teológico, o metafísico e ingressara no estágio positivou ou científico.
Inicialmente na Ciência Natural, depois para a Ciência Social.
Na primeira fase do positivismo, ideia de Dogma da Subsunção: colocar alguma coisa em algo maior. A Lei é a premissa maior, o fato a premissa menor, produzindo uma conclusão natural e óbvia, meramente declarada pelo interprete, que não possui nenhum papel criativo.
Kelsen - Teoria Pura do Direito
(segunda fase do positivismo)
1934 - Teoria Pura do Direito
Pureza metodológica: Estabelecer uma ciência objetiva e clara, cujo objeto é a Lei.
Objeto do Direito = lei, normativa
Crítica ao Reducionismo: reduz o Direito à norma.
Separação do Direito com a Política, com as questões sociais e morais, que só vão ser utilizadas no momento de fazer a norma. Pureza do Direito. Ele não nega a relação de todas essas questões com o Direito, mas pensa em uma separação.
Diferencia da Escola da Exegese porque não valoriza nenhuma subjetividade.
Norma fundamental:
Não é uma norma posta. É uma norma pressuposta. Pressupomos a existência dela quando respeitamos e reconhecemos autoridade de um grupo de pessoas. Quando a gente reconhece a autoridade, a gente pressupõe a existência da Norma fundamental.
Avalorativa: Não tem nenhum valor axiológico - bom, ruim. Ela se dá apenas pelo reconhecimento da autoridade. Se depois as leis são feitas com base na autoridade, continua sendo Direito;
Diferenças entre Direito Natural e Norma Fundamental:
O Direito Natural tem um conteúdo valorativo: tudo o que vier à partir dele tem de respeitar determinados princípios.
Na norma fundamental, não tem conteúdo axiológico.
O Direito Natural serve como base pro Direito Positivo e vem da Razão
Enquanto a norma fundamental vem da autoridade.
Críticas a Kelsen:
Risco do caráter avalorativo do Direito (UIV,T3) - Nacional-socialismo;
Kelsen reconhece a interpretação do juíz, contra o dogma da subsunção, que pairava no início do positivismo (ideia de que o juíz não pode interpretar). Kelsen entra em clara contradição.
Mordenidade x Pós-Modernidade
Modernidade:
Estado soberano;
Razão (Iluminismo);
Positivismo + Método Científico;
Confiança na Ciência;
Antropocentrismo;
Otimismo;
Tecnologia;
Progresso; 
Pós-Modernidade (à partir da segunda metade do séc.XX):
Estado menos soberano (criação da ONU);
O ser humano não tem tanto domínio de sí próprio (Freud) - "Penso onde não sou, sou onde não penso" (Lacan);
Desconfiança na Razão (Holocausto);
Complexidade (Teoria da Relatividade - depois Einsten foi considerado um conservador. Física Quântica. Heisenberg. A Ciência trouxe mais dúvidas que certezas;
Relativismo;
Teoria Crítica:
Karl Marx disse que os aparatos da modernidade geram dominação, exploração. Razão como ideologia de uma classe que explora a outra. O Direito serve à classes e à interesses. Direito como instrumento da dominação. Crítica ao status quo. No campo do Direito, mais especificamente, é uma crítica pesada ao positivismo jurídico, que segundo eles, com o conceito de segurança jurídica, favorecia a dominação, servindo para interesses de classe.
Crítica à separação do Direito e da ética, dando margem para injustiças
"O fato de você querer ter o monopólio da normatividade é prejudicial para a sociedade"
Ela ataca também a ideia de Direitos Humanos, com o multiculturalismo. Contra a universalidade dos Direitos Humanos.
Universalidade x Multiculturalismo
Pós-Positivismo
Ele é uma consequência da Teoria Crítica e tem a pretensão de superar o positivismo jurídico, sem cair na ideia do Direito Natural e sem cair na perspectiva inocente dos Direitos Humanos.
(Dworin) Barroso faz diferenciação das ideias de:
Regras: são objetivas, claras - contexto de "tudo ou nada". ex: Aposentadoria de magistrados aos 70 anos.
Princípios: são mais subjetivos e dão margem para interpretação. ex: princípio da liberdade.
O pós-positivismo é principiológico, ele dá valor aos princípios. A Constituição passa a ter valor normativo e não mais retórico. Com isso, os princípios começam a ter peso normativo. Muitas vemos os princípios se sobrepondo às regras. Está na essência dos pós-positivistas pensar que os princípios são contraditórios, diferente da declaração dos direitos humanos, por exemplo. Ideia de ponderação quando dois princípios se chocam no caso concreto.
Riscos: 
Relativismo;
Insegurança Jurídica
Fontes do Direito
Fonte remete à ideia de onde nasce a água; de onde nasce o Direito.
Sistemas de Direito ("Os Grandes Sistemas Jurídicos Contemporâneos" - Rene David):
Common Law x Tradição Romanística
Common Law
Baseado em costumes e decisões. Como teórico absolutista, Hobbes abominava, pois ele via o poder centrado nas mãos do rei. Ele "perdeu" a batalha para Coke, um dos principais teóricos da common law.Em uma sociedade da Idade Média, conflitos existiam. Um juiz teria sido nomeado para julgar de acordo com os costumes. Quando o juíz julga um caso "novo", ele cria um precedente. Nos casos subsequentes, os juízes julgam com base nos precedentes.
- críticas à common law: Benthan (defende a lei)
Insegurança Jurídica;
Retroatividade quando não há precedente: produz efeitos em casos anteriores à uma determinada decisão. Não há previsibilidade.
Tradição Romanística (Romano-Germânica)
Fontes:
Históricas: se refere à história de como um determinado Direito nasceu;
Materiais: dizem respeito aos acontecimentos, aos fatores (econômicos, sociais, morais, geográficos etc) que influenciam a criação do Direito. A Doutrina pode ser material, já que influencia.
Formais: a maneira pelo qual o Direito se expressa (lei).
Lei: Legere (ler, as pessoas liam as leis em locais públicos), Ligare (a lei liga a sociedade com o poder), Eligere (a sociedade elege as leis - concepção mais democrática).
Sentido Amplo !: espécies normativas que não seguem o rito do parlamento, medidas provisórias, decretos, portarias etc.
Sentido Estrito !: leis ligadas ao parlamento. Seguem o rito processual do parlamento e depois são enviadas para a sanção do executivo.
De Ordem Pública (ou Cogente) !: (diferentes das leis dispositivas, que são leis que não determinam ou proíbem de forma absoluta uma conduta - Exemplo: o regime de casamento que a pessoa vai adotar, como comunhão total de bens ou separação total. O indivíduo tem margem de atuação). Reúne preceitos de importância fundamental ao equilíbrio e à segurança da sociedade, pois disciplina os fatos de maior relevo ao bem-estar da coletividade. Por tutelar os interesses fundamentais da sociedade, prevalece independentemente da vontade das pessoas. É cogente e se sobreleva à opinião de todos, inclusive à daqueles a quem beneficia. (Exemplo: Aquelas que não podemos fazer de outra forma: casamento, venda de imóvel, maioridade penal). Artigo 413 do Código de Processo Civil que coloca a multa recisória por locação de imóvel proporcional à permanência no mesmo. É uma norma cogente, e, portanto, as imobiliárias não podem fazer um contrato diverso à este conteúdo.
Jurisprudência
Costumes
Negocial
Relativo à Lei:
Processo Legislativo
(Lei em sentido estrito - passando pelo rito processual do processo legislativo)
Lei Complementar: Já está prevista na Constituição. A Constituição vai indicar as temáticas que devem ser objeto de lei complementar. Quórum de maioria absoluta (metade do total +1).
Lei Ordinária: Todas as outras leis. Quórum de maioria simples (50% +1 dos presentes - com número mínimo).
Etapas do processo:
Iniciativa (Art. 61 da CF): Deputados e Senadores, o presidente da República, o Supremo Tribunal Federal, o Procurador-geral da República e os cidadãos;
Discussão e votação;
Revisão/Emendas;
Sanção (Expressa: Escrita. /Tácita: Por omissão, não escrita. O Chefe do executivo tem 15 dias para sancionar ou vetar. Caso não o faça, ela será sancionada) / Veto (Parcial ou Total) Uma vez vetado, volta para sessão do Congresso para derrubada de veto; O veto também pode ser técnico (aponta questão técnicas ou problemas jurídicos) ou político (mais subjetivo, ideológico, estratégico);
Promulgação: ato solene do Chefe do Executivo que indica que aquela lei foi sancionada;
Publicação: só passa a ter validade com a publicação no Diário Oficial da União.
Checks and balances (freios e contrapesos) entre os poderes e às casas legislativas. É a essência da separação dos poderes. É um princípio constitucional: separação dos poderes.
(Lei em sentido amplo - espécies normativas)
Outras espécies normativas: Descreto, Resolução, Portaria etc.
Medida Provisória: Art. 62 da CF: "Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar Medidas Provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. Exemplo mais notório foi o confisco do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Relativo à Jurisprudência:
De acordo com o Direito Romano: Ciência do Direito, conhecimento das coisas divinas e humanas, ciência do justo e do injusto (Ulpiano). Miguel Reale costuma tratá-la com letra maiúscula. Não tem nada a ver com a definição atual.
Juris (direito) / Prudentia (sabedoria)
Definições:
Conjunto das decisões dos tribunais a respeito do mesmo assunto;
Conjunto das decisões uniformes dos tribunais;
Uma decisão isolada.
A Jurisprudência cria o Direito?
Não. A fonte formal do Direito por excelência, de acordo com a tradição romanística, é a Lei. Jurisprudência seria uma fonte informal.
Sim. Outra corrente diz que o juiz têm margem criativa por poder fazer combinações de Leis, e, portanto, cria o Direito. 
Escolas que estudam o grau de liberdade do juiz:
Subsunção: Nenhuma liberdade para o juiz.
Escola Livre do Direito: Muita liberdade para o juiz.
Complementação: A Jurisprudência complementa a Lei, não cria a Lei.
Ponderação: (pós-positivista) Um pouco mais de liberdade para o juiz.
Uniformização da Jurisprudência
O Direito Brasileiro criou alguns mecanismos para uniformizar a jurisprudência:
Súmulas: podem ser editadas e publicadas pelos tribunais de segunda ou terceira instância, indicando que uma jurisprudência está consolidada, pacificada, assentada. Cada tribunal, no seu regimento interno, regulamenta a criação da súmula. O objetivo dela é sinalizar que determinada matéria já está uniformizada, pacificada. A súmula dá uma publicidade a essa jurisprudência. Ela não é obrigatória, é apenas um direcionamento - cada caso tem a sua peculiaridade.
Súmula Vinculante: Apenas o STF pode editar uma súmula vinculante, de ofício (por autonomia própria) ou por provocação (quando alguns órgãos fazem a proposição de que o STF a crie, como a OAB). Precisa de 2/3 do plenário do Supremo Tribunal Federal para a aprovação. Vincula às instâncias inferiores a seguir o que foi editado. Os juízes não podem desobedecer. Foi criada para desburocratizar a justiça, impossibilitando diversos processos que podem a vir a acontecer, sendo recusados de imediato quando há súmula vinculante para o tema. Acaba um pouco com a discussão de uma questão já pacificada e a protelação.
Súmula Impeditiva de Recurso: Após o advento da súmula vinculante, ela dá uma suavizada. Ela faz com que o juíz da instância inferior possa decidir a favor ou contrário à súmula. Sendo à favor dela, não cabe recurso à parte.
Os três tipos de súmulas podem ser revogadas.
Relativo aos Costumes
Durante muitos anos, foi a fonte principal. Apenas na modernidade, a lei se tornou uma fonte preponderante. Na idade média e na antiguidade, os costumes tinham muita força, como até hoje em povos na África. O costume continua sendo uma fonte secundária. 
Não só sociedades mais primitivas, como também a ideia de Common Law.
Definição contemporânea (Costume Jurídico ou Direito Consuetudinário): Conjunto de normas de conduta social, criadas espontaneamente pelo povo, através do uso reiterado, uniforme, e que gera a certeza de obrigatoriedade, possíveis de serem reconhecidas e impostas pelo Estado. (Diferença entre Costume Jurídico e Costume Social)
Característica do Costume Jurídico:
Objetivo: uso reiterado
Subjetivo: expectativa da obrigatoriedade
     exemplo por excelência no Direito Brasileiro: Cheque pré-datado.
Classificação dos costumes:
Secundum legem: é o costume que está expressamente determinado ou permitido pela lei. ex: art. 597 do Código Civil: "A retribuição do serviço prestado deve ser feita por convenção ou costume". Art. 569 do Código Civil: "O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel conforme o prazo ou o costume";
Praeter legem: é no sentido de complementariedade. É quando o costume intervém na falta ou na omissão da lei. ex: Art.4 da Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro: "Na omissão da Lei, o juiz deve decidir conforme a analogia, os costumes e os princípios gerais do Direito";
Contra legem: são costumesque vão contra a lei. Os positivistas simplesmente ignoram a sua existência, pois acham absurdo. As chamadas Leis em Desuso, como no Código Comercial, que possui várias leis obsoletas. 
O Código Civil de 1916 aboliu os costumes, quando vivíamos em uma época extremamente positivista. A lei de introdução (lic) é da década de 40 e reintroduziu o costume.
Relativo ao poder Negocial
Capacidade negocial entre as partes, de fazer pactos e assinar contratos.
ex. Celebrar um contrato de prestação de serviço.
Relativo à Doutrina
Ideias e pensamentos de juristas e de pessoas que pensam o Direito.
ex. Um juíz, se ele publica um livro, trata-se de uma doutrina. Ela não pode ser uma fonte formal, porque dela não nasce o Direito. No Direito Romano, ela era fonte formal, com os chamados juriconsultos. Pode ser usada, por exemplo, em petições para fim de complementação.
Teoria do Ordenamento Jurídico
Entra por volta dos anos 40, 50, 60, 70. Faria parte de uma terceira fase do positivismo jurídico. (Primeira Fase: Escola da Exegese/Segunda Fase: Kelsen). Vem antes do pós-positivismo. O principal autor desta fase é Norberto Bobbio, considerado um neopositivista.
É um autor muito importante no Direito e na Política (Direita e Esquerda, de Norberto Bobbio).
Qual a diferença em relação a Kelsen?
Kelsen centra a sua análise na norma, de acordo com a Teoria Pura do Direito. Já Bobbio enxerga uma perspectiva mais do sistema, no ordenamento jurídico como um todo. Bobbio se preocupa com a completude e a coerência (sem antinomias) do sistema. Ele não pode ter lacuna, todas as questões têm de ser resolvidas. Bobbio vai inovar nesses dois aspectos, que são essenciais para a segurança jurídica.
Kelsen, na Teoria Pura, tinha a tendência de dizer que se algo não é proibido, então é permitido, e, portanto, não traz uma completude.
1) Completude
É a capacidade de um ordenamento jurídico de regular qualquer situação que seja posta. É a simples falta de lacunas em um ordenamento. O ordenamento sera completo quando o juíz puder resolver qualquer caso que lhe seja apresentado.
Conceito de lacuna: temos um fato que aconteceu e que não está previsto no ordenamento jurídico. Ele não tem uma lei que trate desse assunto. A grande questão é: o que fazer?
Tem gente que diz que não existem lacunas. Existe uma contradição na questão das lacunas - Aporia das Lacunas. A lei acaba deixando existir lacunas, mas não podem existir lacunas no sistema.
O juiz, desde a escola da exegese, tem a obrigação de dizer o Direito. Diante de uma petição, ele têm a obrigação de se manifestar, de dizer o Direito - Non liquet - Art. 126 do Código de Processo Civil: "O juiz não se exime de setenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei".
Como resolver o problema das lacunas?
Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro, Lei n 12.376, de 2010. Muita gente ainda conhece esta lei como LICC (Lei de Introdução ao Código Civil). Antes era Art. 4 do Decreto-lei n. 4.657, de 4 de Setembro de 1942: "Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito". Íntegra da lei UIII, T12.
Existe uma hierarquia: Analogia, Costumes e Princípios Gerais do Direito:
Analogia
Consiste em aplicar a caso não previsto a norma legal concernente a uma hipótese análoga prevista e, por isso mesmo, tipificada (positivado, previsto em lei).
ex: Uma lei brasileira que falava que no transporte ferroviário, a empresa responsável era obrigada a indenizar os passageiros caso ocorresse algum problema com a bagagem. Os anos foram se passando e surgiu o transporte de ônibus, avião e etc sem que nenhuma lei falasse sobre esses transportes. Por analogia, decidiu-se também que as empresas aéreas e de ônibus teriam de pagar a indenização também.
Requisitos para analogia:
Inexistência de dispositivo legal prevendo e disciplinando a hipótese do caso concreto;
Semelhança entre relação não contemplada e outra regulada na lei;
Identidade de fundamentos lógicos e jurídicos no ponto comum às duas situações.
ex. mais complexo de analogia: Art. 1324 do Código Civil - "O condômino, que administrar sem oposição dos outros, presume-se mandatário comum". Isso foi aplicado de forma analóga na seguinte situação. Dois cônjuges separados ainda tinham um imóvel, que ficou dividido pela metade para cada um. Aquele que administrar o bem sem oposição do outro, é o mandatário comum.
Costumes
(já foi visto)
Princípios Gerais do Direito
O próprio Bobbio diz isso e a doutrina brasileira diz que esses princípios não precisam nem estar positivados. É melhor que estejam, mas não necessariamente precisam estar positivados.
Ele pode tanto ser um princípio como os da constituição, como ele também pode ser extraido subjetivamente de uma determinada lei. Um exemplo, é o art.186 do Código Civil, que diz: "ninguém pode lesar a outrem".
A crítica dos pós-positivistas é que os princípios vêm primeiro e podem, inclusive, atropelar a lei.
2) Coerência (antinomias)
Antinomia: duas normas incompatíveis, pertencentes ao mesmo ordenamento jurídico e tendo o mesmo âmbito de validade. Ou seja: são normas contraditórias. Existem, mas o sistema é coerente, porque ele dá ferramentas para solucionar a questão. (Pode criar, na concepção de alguns autores, uma "lacuna de conflito")
Critérios para solução de antinomias:
1o Grau: 
Hierarquia (lex superior derogat legi inferiori): temos uma norma hierarquicamente superior à outra - Constituição sobressai a uma lei ordinária, por exemplo;
Cronologia (lex posterior derogat legi priori): lei posterior prevalece sobre a lei anterior;
Especialidade (lex specialis derrogat legi generali): lei especial prevalece sobre lei geral. A Constituição fala que a indenização de desapropriação de imóveis é paga em dinheiro. A mesma Constituição diz que a desapropriação rural, no entanto, é paga em títulos agrários. Vale a parte específica.
2o Grau:
Hierarquia x Cronologia: De modo geral, é difícil ter algum caso diferente deste: Se tem a Constituição e uma lei ordinária posterior com antinomia, prevalece a Constituição. (ADIs vêm nesse sentido);
Cronologia x Especialidade: No embate entre Especial Anterior e Geral Posterior. Entre a lei especial de 1991 sobre locações de imóveis e a lei do CC de 2002 que disciplinava as locações em geral, prevaleceu a primeira. Não existe norma sobre isso, trata-se de doutrina;
Especialidade x Hierarquia: Uma exceção provocada por uma questão muito importante, por exemplo em uma crise econômica, uma lei ordinária pode sobressair sobre a Constituição.
Hermenêutica 
(vem de Hermes, o semideus da mitologia grega, que fazia a interpretação do que os Deuses falavam e passava para os homens)
em uma linguagem corrente, quer dizer interpretação.
em uma linguagem mais técnica, quer dizer ciência da interpretação.
Técnicas ou métodos de interpretação (na perspectiva mais clássica, ligada ao positivismo)
A doutrina vai falar em vários critérios, sendo alguns deles incorporados em leis e em jurisprudências:
Gramatical
Lógico
Sistemático
Histórico
Teleológico 
Gramatical (método mais fraco)
Análise gramatical - o que o artigo, por exemplo, quer dizer? Porém, a análise gramatical por si só pode deixar dúvidas, como na frase abaixo:
"A investigação de um delito que tenha ocorrido no exterior não se deve levar em conta pelo juiz".
STJ: "A interpretação meramente literal deve ceder passo quando colidente com outros métodos de maior robustez".
Art.122 CC "Nas declarações de vontade se atenderá mais a intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem".
Caso tenhamos dúvida, podemos usar o raciocínio lógico (com base no contexto do restante da lei, por exemplo).
Lógico
Vai se referir a um artigo. Sequência da frase, próximo artigo etc para ajudar na busca do significado da lei em questão.
Sistemático (alguns doutrinadores juntam o lógico com o sistemático)
Abrange mais. Compara comoutras leis, com a Constituição. Se for um decreto, por exemplo, pode-se buscar na lei que estimulou a sua existência. Não enquadra a perspectiva pós-positivista. O pós-positivismo vai além. Ele, por meio dos seus princípios, permite uma interpretação diferente do que está na lei.
Histórico
Pode se referir a dois critérios: passado e presente.
Passado: o contexto em que a lei foi criada e qual era a vontade do legislador.
Presente: uma análise contemporânea do que uma coisa significa para o atual momento.
Antigo art. 215 CP: "Ter conjunção carnal com mulher honesta mediante fraude. Pena de 1 a 3 anos." Ver na doutrina atual e no que significa para a sociedade o significado de "mulher honesta" ou "fraude" nesse caso.
Teleológica (finalidade)
Houve dúvida? Qual é a finalidade da lei, do artigo? Um exemplo: Quanto ao Estatuto da Criança e do Adolescente. Caso haja alguma dúvida, interpreta-se da forma que for mais benéfica para as crianças e para os adolescentes. 
(Outro exemplo: UIII, 12 - art. 5)
Todos têm de ser levados em conta na interpretação de uma lei, de acordo com a doutrina já consolidada.
Efeitos da Interpretação
Especificadora/Declarativa: Quando o enunciado está em harmonia com o espírito da norma (com o que ela queria dizer). Há uma coincidência entre a interpretação e o que a norma está dizendo.Ter-se-à então interpretação declarativa apenas quando houver correspondência entre a expressão linguístico-legal e a voluntas legis (vontade da lei), sem que haja necessidade de dar ao comando normativo um alcance ou sentido mais amplo ou mais restrito;
Restritiva: Se dá quando se reduz, limita o sentido da norma, apesar da amplitude de sua expressão;
Extensiva: Se dá quando se aumenta a abrangência da norma.
Diferença entre interpretação extensiva e analogia
A grande maioria da doutrina acha que tem diferença. 
Analogia: o legislador nem pensou na questão quando legislou;
Extensiva: estava na essência do legislador pensar a questão. (exemplo da minissaia na faculdade)
Nova (Moderna) Hermenêutica Constitucional
Um novo contexto da hermenêutica, que se diferencia do modelo mais clássico. O grande marco é a ascensão científica e política do direito constitucional no Brasil (UII, T3, pg 89). A Constituição ganha peso, ganha poder normativo. Antes da Constituição de 88 e em todo o mundo, a Constituição era vista como uma declaração de vontade, um direcionamento político, um documento retórico.
Filtragem Constitucional. Antes da Constituição de 88, tínhamos vários códigos que não deixaram de valer. Então pegou-se todas essas normas e passaram pelo filtro da Constituição, fazendo uma releitura do ordenamento jurídico.
Eis que surgem outras teorias de hermenêutica. A hermenêutica clássica continua valendo, mas uma nova hermenêutica vai surgindo e fazendo parte da jurisprudência.
Na perspectiva pós-positivista, o problema concreto começa a disputar com a norma na questão da solução do problema.
Tópico (Topos): ideia de senso comum, pontos de vista sobre determinada situação. Esses pontos de vista de acordo com a perspectiva do caso concreto, empírica, eles passam a ter uma relação dialética (de diálogo) com a norma. Para o tópico sobrepor uma norma, ele tem de ser um tópico enraizado e forte. Não pode ser um ponto de vista fraco. O casamento homoafetivo, hoje, é um topos forte. Existe uma aceitação maior, está enraizado e tem sua razão de ser. O topos passa por um discurso, por um convencimento. Uma das grandes críticas é o fator da insegurança jurídica e o relativismo (tudo vale).
A resposta da perspectiva tópica em relação às críticas é de que todo argumento vale, mas somente o topos forte é levado em consideração - ou seja: nem tudo vale.
A teoria da argumentação perpassa todo esse paradigma do Direito, pois ele se torna o Direito da argumentação, do convencimento. Fala-se para unir a abertura, os tópicos e as normas junto à teoria da argumentação para construir um entendimento.
A ideia de abertura (Abertura dos Interpretes da Constituição) se comunica com a Constituição e traduz a sua permeabilidade a elementos externos e a renúncia à pretensão de disciplinar, por meio de regras específicas, o infinito conjunto de possibilidades apresentadas pelo mundo real. Não cabe somente ao judiciário, quando ele vai interpretar. Ele tem de levar em conta os outros interpretes, como a sociedade civil como um todo pensa. Audiências públicas podem ser uma perspectiva interessante e institucionalizada de abertura. A crítica é o massacre das minorias, valendo sempre a vontade de uma maioria, por exemplo.
Consequências da nova hermenêutica constitucional:
Judicialização: como o próprio nome indica, é trazer para o judiciário, em excesso, as questões da vida, da política. Tudo vai parar no judiciário. A parte que perde no Congresso entra no STF pra tentar reverter uma determinada decisão. É um fato.
Ativismo judicial: É uma atitude. Quando o judiciário, por conta de um déficit de atuação de um determinado poder, ele é provocado e decide sob aquele determinado aspecto. Quando ele usurpa a esfera de um determinado poder, ele chega nessa perspectiva de ativismo.

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