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2004 03 tecnologia assistiva lu giareta ok (1)

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I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA 
UNAERP CAMPUS GUARUJÁ 
 
O papel da tecnologia assistiva na inclusão digital dos 
portadores de deficiência visual 
 
 
Luciana Aparecida dos Santos Giareta 
Discente do curso de Análise de Sistemas 
UNAERP- Campus Guarujá 
lu_giareta@yahoo.com.br 
 
 
Resumo 
O objetivo desse trabalho é expor através dos estudos realizados em 
diferentes locais, com diversas pessoas, o papel da tecnologia assistiva na 
inclusão digital do deficiente visual. 
Com base nos atuais problemas enfrentados pelos portadores de deficiência 
visual, tais como as dificuldades para ler, escrever, estudar e até mesmo na 
parte de entretenimento pessoal, buscamos encontrar meios tecnológicos 
que proporcionem a atenuação ou eliminação das dificuldades enfrentadas 
pelos mesmos. 
Foram realizadas pesquisas para obtenção de dados sobre as diferentes 
ferramentas e equipamentos que utilizam tecnologia assistiva existentes no 
mercado. Através do resultado dessas pesquisas, foi possível demonstrar 
uma série de soluções tecnológicas para a inclusão digital do deficiente 
visual e definir quais delas seriam de suma importância no projeto de 
adaptação de um laboratório de informática para portadores de necessidades 
visuais, que também será desenvolvido no conteúdo deste trabalho. 
Como considerações finais, podemos visualizar claramente, a importância da 
tecnologia na área da deficiência visual, a existência de um abrangente leque 
de tecnologia assistiva disponível no mercado e a necessidade do 
desenvolvimento de projetos nessa área. 
Palavras-chave: Tecnologia; Inclusão; Deficiente Visual. 
 
Seção 3 – Curso de Análise de Sistemas. 
Apresentação: oral 
 
1. Introdução 
Num mundo que é praticamente todo orientado pelo visual, seja na 
educação, na política, nas relações pessoais, na religião ou no esporte, os 
deficientes visuais (DV) enfrentam muitos desafios. 
Presenciando as dificuldades de um portador de deficiência visual que 
está cursando a graduação em Direito na Universidade de Ribeirão Preto — 
Campus Guarujá, foi possível concluir que um deficiente visual encontra 
barreiras enormes para se adaptar às exigências do mundo moderno 
Da observação desse caso surgiu a idéia de desenvolver um projeto 
sobre o papel da tecnologia na inclusão digital dos portadores de deficiência 
visual, buscando apresentar meios que talvez ainda sejam desconhecidos. 
2. Objetivos 
O objetivo deste projeto é, portanto, tornar mais acessíveis aos 
deficientes visuais as soluções criadas pela informática, auxiliando-os, e 
atenuando suas limitações na execução de tarefas simples ou que 
apresentem algum tipo de complexidade. Como fator de sucesso, este 
trabalho propõe ao portador de deficiência contar, sobretudo, com os 
recursos da informática como instrumento auxiliar no acesso ao 
conhecimento. 
Para atingir os objetivos traçados para este projeto, algumas etapas 
foram percorridas. Entre elas, destacam-se as pesquisas realizadas para se 
obterem informações sobre: os problemas mais comuns que o DV enfrenta; 
as tecnologias disponíveis; as instituições de apoio; o mercado de trabalho; a 
socialização da deficiência visual. 
Este trabalho poderá se constituir num referencial de suporte para as 
instituições filantrópicas ou não, que, se preocupadas com a exclusão a que 
são sujeitos os DVs, optem por direcionar seus investimentos para a 
aquisição das tecnologias estudadas neste documento. Essa estrutura de 
inclusão, por meio da tecnologia digital, estimulará outros deficientes visuais 
a exercer tarefas como ler, escrever, utilizar a Internet como meio de 
entretenimento e também educativo, ampliar o grau de conhecimento das 
tecnologias assistivas de um DV, com isso, aumentando as oportunidades de 
inclusão social e fazendo com que o próprio esteja ciente das tecnologias 
adaptadas para ele. 
 
3. Conceitos Gerais 
De acordo com a Resolução das Nações Unidas [ONU2004], adotada 
em Assembléia Geral no ano de 1994, em Salamanca, na Espanha, os 
delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, representando 
oitenta e oito países e vinte e cinco organizações internacionais, assinaram a 
Declaração de Salamanca, que informa sobre os princípios, políticas e 
práticas na área das necessidades educativas. Esse documento, de 
importância mundial, reafirma o direito à educação de todos os indivíduos, 
tal como está inscrito na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 
1948, e renova a garantia — dada pela comunidade mundial na Conferência 
Mundial sobre a Educação para Todos de 1990 — de assegurar esse direito, 
independentemente das diferenças individuais. 
O avanço tecnológico pode contribuir também para a inclusão, no 
sistema educacional, das pessoas com baixa ou nenhuma visão. No atual 
cenário das tecnologias voltadas para a pessoa portadora de DV, existem 
equipamentos específicos e algumas ferramentas computacionais que 
atendem às necessidades do DV e o auxiliam no dia a dia, principalmente 
nos estudos e no entretenimento. Todos os anos surgem novidades nessa 
área, desde bengalas com sensores, impressoras em braille, celulares e 
demais dispositivos adaptados, programas com tecnologia assistiva, até 
computadores feitos especialmente para cegos, tornando real a possibilidade 
de o deficiente visual exercer suas tarefas de forma similar à de uma pessoa 
que não seja DV. 
O uso da tecnologia facilita aos portadores de necessidades especiais o 
desenvolvimento da aprendizagem com os recursos de escrita, leitura e 
pesquisa de informação. No Brasil, o que permitiu o acesso do cego ao 
mundo da informática foi o lançamento dos programas leitores de tela, como 
o DOSVOX, o VIRTUAL VISION, além do famoso JAWS. 
Com esses programas, o deficiente visual pode não apenas ler e 
escrever textos no computador como navegar na Internet. Na prática, os 
programas interpretam toda a parte visual da tela do computador e, após 
essa interpretação, cada ferramenta, de forma diferente, pronuncia para o 
deficiente visual o que está sendo executado na tela, de acordo com a tarefa 
que está sendo processada. 
Segundo [MIR2004], pelos cálculos da OMS, entre os portadores de 
deficiência existentes no Brasil, 50% têm limitações mentais; 20% portam 
deficiência física, 15%, de audição; 5%, visuais; 10%, deficiências múltiplas. 
Existem em Santos e em demais locais pesquisados neste projeto, 
instituições que têm por objetivo educar e reabilitar as pessoas portadoras 
de deficiência visual, sem distinção da condição social, raça, religião, 
escolaridade ou sexo. 
Na tentativa de incluir cada vez mais os portadores de baixa visão ou 
portadores de total deficiência visual podemos contar com os produtos, 
serviços, suporte, enfim, com toda a estrutura que a Associação Brasileira de 
Assistência ao Deficiente Visual, localizado à Rua Conselheiro Brotero 338, 
em São Paulo, fornece apoio tecnológico não somente aos seus alunos 
deficientes mas também a todos que se envolvem de alguma maneira com as 
dificuldades com as quais o deficiente visual se depara, em sua adaptação 
ao mundo. Na Laramara, o Laratec, departamento de tecnologia, está voltado 
ao acesso à tecnologia do primeiro mundo, com o objetivo de facilitar a 
aquisição de produtos da mais alta tecnologia em assistência ao deficiente 
visual. Este departamento facilita ao DV o acesso a produtos e serviços que o 
auxiliem na vida pessoal e profissional. 
A relevância deste projeto está, pois, no fato de que ele analisará a 
tecnologia digital não somente como um recurso para que o DV possa ter 
acesso à rede mundial de computadores mas também como um recurso 
auxiliar fundamental para que ele possa levar a bom termo suas tarefas 
comuns de cidadão. 
 
4. DeficientesVisuais e Deficiência Visual 
Muitas pessoas consideram que a palavra ‘deficiente’ tem um 
significado muito forte, carregado de valores morais, contrapondo-se a 
‘eficiente’. Supondo que uma pessoa deficiente não é capaz; e, sendo assim, 
então é incompetente e sem inteligência, segundo [GIL2004]. 
A ênfase dada a tal palavra, recai no que falta, na limitação, no 
‘defeito’, gerando sentimentos como desprezo, indiferença, piedade ou pena. 
Esses sentimentos, por sua vez, provocam atitudes carregadas de 
paternalismo e de assistencialismo, voltadas para uma pessoa considerada 
incapaz de estudar, de se relacionar com os demais, de trabalhar e de 
constituir família. 
No entanto, à medida que vamos conhecendo uma pessoa com 
deficiência, e convivendo com ela, constatamos que ela não é incapaz. 
Segundo, [MEL1988], “ do ponto de vista médico, deficiência refere-se 
à incapacidade de uma ou mais funções da pessoa. Na literatura econômica, 
deficiência significa dificuldade a ser vencida para melhor produzir. No 
mundo jurídico, a condição de deficiência é a fixada pela lei”. 
Existe também a chamada visão subnormal (ou baixa visão) à 
alteração da capacidade funcional decorrente de fatores como rebaixamento 
significativo da acuidade visual, redução importante do campo visual e da 
sensibilidade aos contrastes e limitação de outras capacidades. 
Até recentemente, não se levava em conta a existência de resíduos 
visuais; a pessoa era tratada como se fosse cega, aprendendo a ler e escrever 
em braille, movimentar-se com auxílio de bengala etc. Hoje em dia, 
oftalmologistas, terapeutas e educadores trabalham no sentido de aproveitar 
esse potencial visual nas atividades educacionais, na vida cotidiana e no 
lazer. 
Segundo [FEA1997], “a deficiência visual, em qualquer grau, 
compromete a capacidade da pessoa de se orientar e de se movimentar no 
espaço com segurança e independência. 
Os especialistas estimam que os casos de deficiência visual poderiam 
ser reduzidos em até 50 por cento se fossem adotadas medidas preventivas 
eficientes nas áreas de saúde e educação e se houvesse mais informação 
disponível. 
É importante, não somente para este trabalho, mas para os 
interessados na área de Interação Humano-Computador, particularmente 
àqueles que pesquisam interfaces e dispositivos especiais de acessibilidade, 
ter claras as diferenças entre o indivíduo cego e o com visão subnormal. 
 
5. Os projetos e o Governo 
Alguns projetos estão sendo desenvolvidos, com a ajuda do governo e 
também com o importante papel das entidades de apoio ao deficiente visual. 
Segundo [ORM2001] no que se refere à área da deficiência visual, o 
Ministério da Educação vem desenvolvendo um conjunto de ações (inclusive 
com a destinação de recursos), objetivando garantir não apenas o acesso e a 
permanência dos portadores de deficiência visual na escola, mas 
principalmente, garantir o sucesso educacional de cidadãos. 
Entre ações apresentadas em [ORM2001] pelo Ministério da Educação 
em prol do deficiente visual, as que mais nos chamaram a atenção foram: 
1. Implementação de um programa de integração do ensino superior 
com a educação especial. Este trabalho, feito em parceria com o 
Fórum de Permanente de Instituições de Ensino Superior sobre os 
Portadores de Necessidades Especiais, vem fomentando, entre 
outras ações: a implantação de bancas especiais nos exames 
vestibulares, com a possibilidade de provas transcritas em braille; a 
de uso de equipamentos específicos na implementação de serviços 
de apoio e a inclusão de conteúdos nas disciplinas acerca de 
portadores de necessidades especiais nos cursos de formação de 
professores e outros profissionais. 
2. O Projeto de Informática na Educação Especial – PROINESP foi 
criado a partir das experiências positivas realizadas no Brasil e no 
exterior, que apontavam a informática como um excelente recurso 
educacional para todos os alunos. Entretanto, sua utilização com 
alunos portadores de necessidades especiais demonstrou ser uma 
ferramenta imprescindível. E da ação conjunta com o 
PROINFESP/Secretaria de Educação a Distância e Secretaria de 
Educação Especial, foi criado o Projeto de Informática na Educação 
Especial – PROINESP, que tem por objetivo levar a tecnologia mais 
avançada da informática para o pleno desenvolvimento de nossos 
educandos especiais. 
Além de fornecer equipamentos de última geração ao CAPS, o 
Ministério da Educação tem investido na criação de laboratórios de 
informática em instituições não governamentais, que trabalhem com a 
educação de portadores de necessidades especiais. Até o ano 2000, o 
PROINESP financiou 134 laboratórios. 
O PROINESP iniciou o atendimento de escolas e bibliotecas públicas, 
com softwares específicos que possibilitam o acesso dos deficientes visuais a 
todos os programas informatizados. 
Houve também por parte do governo um avanço relacionado aos 
portadores de deficiência visual. Nessa direção foi realizada a promulgação 
da Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000 
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm), que estabelece 
normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das 
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Em seu 
artigo 2º, parágrafo II, a lei cita as barreiras nas comunicações e as 
denomina como "qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite 
a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou 
sistemas de comunicação, sejam ou não de massa". 
 
6. Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente visual 
Entre as instituições que mais se destacam na prestação de serviços 
ao portador de deficiência visual, temos a Associação Brasileira de 
Assistência ao Deficiente Visual, também conhecida como LARAMARA, por 
causa de sua histórica criação. 
Essa Associação, não mantém vínculos com nenhuma entidade 
religiosa. Não pertence à uma empresa. Prestam serviço público – na imensa 
maioria gratuito - e não são governo. Geram empregos e repassam 
conhecimento especializado e não são universidade. Fazem diagnósticos e 
prescrevem lentes especiais ou encaminham para tratamentos cirúrgicos, 
mas não são hospital ou clínica médica. 
Fabricam produtos; até exportam máquinas braille e bengalas, mas 
não são uma indústria. Captam recursos, informam e esclarecem dúvidas, 
mas não são um call center comercial. Produzem e vendem materiais 
gráficos com 40 profissionais especializados, mas não são uma organização 
comercial. São grandes empregadores, com 218 empregados diretos com 
carteira assinada e pelo menos 35 indiretos. Ocupam seis imóveis com 
9.302m2. Possuem um centro campestre com 324.000m2 onde acolhem 
famílias, segundo [ORM2001]. 
Além de que talvez sejam o maior empregador de jovens cegos e/ou 
deficientes visuais no país: 34 deles são empregados diretos. Considerando a 
multiplicidade profissional de serviços, que prestam aos deficientes visuais e 
suas famílias, poucas instituições de iniciativa não governamental se 
assemelham a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual no 
mundo. 
Não nos esquecendo de citar nomes de outras instituições 
importantíssimas no apoio ao DV, tais como: Fundação Dorina Nowil; 
Fundação Eye Care; Instituto Benjamin Constant. 
Poderíamos afirmar que nesses últimos anos temos avançado 
bastante. Contudo, é preciso continuar trabalhando para não só 
consolidarmos as conquistas alcançadas, mas também para atingirmos 
novas posições. 
 
7. A tecnologia assistiva e a adaptação de um laboratório de informática 
para deficientes visuais. 
É recente a discussão sobre a inclusão digital das pessoas deficientes. 
Para nortear este enfoque, alguns conceitos são necessários: 
Acessibilidade ao meio físico: possibilidade e condiçãode alcance 
para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e 
equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes, por pessoa com 
deficiência ou com mobilidade reduzida. 
Acessibilidade digital: flexibilidade do acesso à informação e 
interação dos usuários que possuam algum tipo de deficiência ou 
necessidade especial, no que se refere aos mecanismos de navegação e 
apresentação das páginas, operação de software, hardware e adaptação de 
ambientes e situações. 
Embora a maioria da população não perceba, pessoas com 
necessidades especiais deparam-se com inúmeras barreiras ao acessar a 
Internet, devido à disposição das informações, às tecnologias utilizadas e às 
formas de comunicação. 
Existem hoje diferentes tipos de tecnologias que permitem ao portador 
de deficiência visual ter acesso à informação, de uma maneira menos 
complexa antes de ser discutido o assunto da inclusão digital do deficiente 
visual. Para demostrarmos isso, vamos expor algumas das tecnologias 
pesquisadas neste trabalho, com o intuito de apontar as mais avançadas 
ferramentas, equipamentos existentes no mercado tais como o Magic, que é 
um software que amplia a tela do computador em até 16 vezes. 
 Existem produtos como um computador de mão para pessoas com 
deficiência visual rodando Pocket PC 2002 e todos os aplicativos do Pocket 
Office (Pocket Word, Excel, Internet Explorer, etc.) e provido de portas USB e 
infravermelho, e aceita placas de expansão para Bluetooth, modem, WI-FI, 
64MB RAM, as linhas Braille, que são um conjunto de células, que com 8 
pinos , vão formar um caractere Braille, podendo assim fazer uma 
representação táctil do que está no ecrã/tela do computador. 
 Também apresentamos o Termômetro Falante e curvo, que fornece 
uma leitura acurada em 30 segundos. A extremidade curva foi projetada 
para encontrar o "ponto quente" sob a língua, além de uma infinidade de 
produtos que podem ser encontrados no mercado. 
Após pesquisadas essas tecnologias, nos empenhamos em utiliza-lás em 
um projeto de adaptação de um laboratório de informática para deficientes 
visuais através de tecnologia assistiva. 
Este projeto de adaptação visa empregar programas que interpretam e 
lêem as tarefas realizadas na tela do computador, permitindo ao DV saber 
qual é a atividade que está sendo executada no momento, qual o próximo 
passo a ser tomado e interagir essas ferramentas com outros equipamentos, 
que também utilizam-se da tecnologia assistiva, proporcionando assim a 
acessibilidade ao meio físico e acessibilidade digital do portador de 
deficiência visual. 
 O uso desses recursos irá favorecer a inclusão digital dessas pessoas, 
não somente incluindo-as no mundo da informática, mas podendo ir além 
dela, ao treiná-lo e prepará-lo para superar as limitações diante de um 
mercado de trabalho totalmente computadorizado. 
Devemos esclarecer primeiramente dois dos principais pontos da 
implantação deste projeto, os quais chamaremos de análise estrutural e 
análise prática. 
Na análise estrutural, foi avaliada toda a parte dos equipamentos 
necessários para a utilização do laboratório de informática pelos portadores 
de deficiência visual. Após essa avaliação, foram definidos quais dos 
equipamentos serão necessários para a adaptação desse projeto. Tais como: 
os computadores , a impressora, os programas, além de outros dispositivos. 
Também faz parte da análise estrutural, analisar aspectos como: 
 a instituição e/ou entidade possui ou não possui um espaço para a 
criação da estrutura física do laboratório? 
os computadores utilizados serão comprados ou serão utilizados os que a 
instituição e/ou entidade já possui? 
O passo seguinte é a análise prática do projeto, quando efetuamos a 
avaliação e a definição das configurações necessárias para cada 
computador, verificando quais os programas necessários para que o DV 
possa utilizar-se do equipamento sem problemas. 
Para dar início a essa avaliação, primeiramente estudamos quais os 
programas essenciais que possibilitarão o uso do microcomputador, tais 
como o sistema operacional, os editores de textos e as ferramentas de 
Internet, independentemente da escolha da ferramenta destinada a fazer a 
comunicação entre o DV e a informática. Nesse aspecto, uma preocupação 
se impôs: a de escolher uma plataforma operacional bem sucedida no 
mercado, com ampla área de suporte, com manutenção simples, de fácil 
acesso no Brasil e, principalmente, ao próprio DV, para que ele possa 
utilizar-se desse suporte para ajuda em suas dúvidas. 
O próximo passo foi a escolha do pacote de programas que melhor se 
enquadre nas principais atividades atualmente desenvolvidas tanto nas 
instituições e/ou entidades como nas empresas, por se constituírem as 
primeiras no local de aprendizagem do DV e, as últimas, no mercado de 
trabalho em perspectiva. Em cada programa, averiguamos a interface, a 
navegabilidade, a instalação, o custo da licença do software, as funções, os 
problemas e, principalmente, a popularidade do sistema. — se ele se 
enquadra ou não como o pacote mais utilizado hoje no mercado, 
conseqüentemente requerendo do DV o seu pleno domínio, para no futuro 
poder aplicar esse conhecimento em uma chance no mercado de trabalho. 
Após o término das definições anteriormente citadas, percebemos que 
a adaptação do laboratório de informática para deficientes visuais, pode ser 
desenvolvida por etapas práticas, após realizada a análise estrutural e 
análise prática do projeto. Vamos ordená-las da seguinte maneira: 
- Montagem do ambiente: 
- Montagem dos equipamentos 
- Aplicação das ferramentas 
- Checklist 
- Utilização do laboratório 
- Atualização 
Após o término das pesquisas feitas no decorrer do desenvolvimento 
deste trabalho, foi possível notar a suma importância da tecnologia na 
inclusão digital do portador de deficiência visual. Seja através das facilidades 
que a tecnologia proporciona no uso destes equipamentos aos usuários, seja 
na acessibilidade que ela permite que o DV tenha no ambiente educativo, no 
entretenimento, nas relações pessoais, na atualização das informações 
mundiais através da Internet ou até mesmo, no auxilio de tarefas simples 
como fazer uma ligação telefônica. Tornando o mundo do deficiente muito 
mais acessível as mudanças diárias que ocorrem no mundo, permitindo 
assim, que uma pessoa com baixa visão ou cegueira total, tenha uma vida 
mais parecida possível como as demais pessoas, consideradas normais. 
Devemos ressaltar ainda que, o estudo desses aparelhos foi um 
acréscimo de qualidade deste trabalho, que além de buscar solução 
tecnológica, está expondo suas características, tornando mais acessível a 
todos o conhecimento destas informações para uso próprio ou até mesmo 
educativo, comercial e etc. 
 
8. Considerações finais 
Após o término das pesquisas feitas no decorrer do desenvolvimento 
deste trabalho, foi possível notar a suma importância da tecnologia na 
inclusão digital do portador de deficiência visual. Seja através das facilidades 
que a tecnologia proporciona no uso destes equipamentos aos usuários, seja 
na acessibilidade que ela permite que o DV tenha no ambiente educativo, no 
entretenimento, nas relações pessoais, na atualização das informações 
mundiais através da Internet ou até mesmo, no auxilio de tarefas simples 
como fazer uma ligação telefônica. Tornando o mundo do deficiente muito 
mais acessível as mudanças diárias que ocorrem no mundo, permitindo 
assim, que uma pessoa com baixa visão ou cegueira total, tenha uma vida 
mais parecida possível como as demais pessoas, consideradas normais. 
Devemos ressaltar ainda que, o estudo desses aparelhos foi um 
acréscimo de qualidade deste trabalho, que além de buscar solução 
tecnológica,está expondo suas características, tornando mais acessível a 
todos o conhecimento destas informações para uso próprio ou até mesmo 
educativo, comercial e etc. 
 
9. Referências 
1. BRAGA, Ana Paula. “Recursos ópticos para visão subnormal – seu uso 
pela criança e adolescente”. Revista Contato. São Paulo, Laramara, agosto de 
1997. 
2. FELIPPE, Vera Lúcia L.R. e ÁLVARO, João. Orientação e mobilidade. São 
Paulo, Laramara, 1997. 
3. GIL, Marta (org). Deficiência Visual. Ministério da Educação. Secretaria de 
Educação à Distância, n° 1/2000. Disponível em 
<http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/ pdf/deficienciavisual.pdf>. Acesso 
em Julho/2004. 
4. MELO, Helena Flávia de Rezende. A cegueira trocada em miúdos. 
Campinas, Universidade Estadual de Campinas, 2ª edição, 1988. 
5. MIRANDA, César. TECNOLOGIA AJUDA DEFICIENTES VISUAIS NO 
MICRO. Reportagem retirada do site 
< http://tecnologia.unimonte.br/leitura.asp?tipo=&id=328>. Acesso em 14 
de abril 2004. 
6. SOFTWARES FUNCIONAM COMO GUIA PARA USUÁRIOS. Reportagem 
retirada do site <htttp://www.atribunadigital.com.br>. Acesso em 13 de 
abril 2004. 
7. NABAIS, Márcia Lopes de Moraes et al. Estudo profissiográfico para o 
encaminhamento da pessoa deficiente visual ao mercado de trabalho. Rio de 
Janeiro, Instituto Benjamin Constant, 1996. 
9. ORMELEZI, Eliana Maria (org). Revista Contato. São Paulo. Laramara, 
2001. 
10. PARKER, Steve. Conviver com a cegueira. São Paulo, Scipione, 1994. 
11. RIBAS, João B. Cintra. O que são pessoas deficientes. Coleção Primeiros 
Passos. São Paulo, Brasiliense, 1983.

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