Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
I SIMPÓSIO DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ O papel da tecnologia assistiva na inclusão digital dos portadores de deficiência visual Luciana Aparecida dos Santos Giareta Discente do curso de Análise de Sistemas UNAERP- Campus Guarujá lu_giareta@yahoo.com.br Resumo O objetivo desse trabalho é expor através dos estudos realizados em diferentes locais, com diversas pessoas, o papel da tecnologia assistiva na inclusão digital do deficiente visual. Com base nos atuais problemas enfrentados pelos portadores de deficiência visual, tais como as dificuldades para ler, escrever, estudar e até mesmo na parte de entretenimento pessoal, buscamos encontrar meios tecnológicos que proporcionem a atenuação ou eliminação das dificuldades enfrentadas pelos mesmos. Foram realizadas pesquisas para obtenção de dados sobre as diferentes ferramentas e equipamentos que utilizam tecnologia assistiva existentes no mercado. Através do resultado dessas pesquisas, foi possível demonstrar uma série de soluções tecnológicas para a inclusão digital do deficiente visual e definir quais delas seriam de suma importância no projeto de adaptação de um laboratório de informática para portadores de necessidades visuais, que também será desenvolvido no conteúdo deste trabalho. Como considerações finais, podemos visualizar claramente, a importância da tecnologia na área da deficiência visual, a existência de um abrangente leque de tecnologia assistiva disponível no mercado e a necessidade do desenvolvimento de projetos nessa área. Palavras-chave: Tecnologia; Inclusão; Deficiente Visual. Seção 3 – Curso de Análise de Sistemas. Apresentação: oral 1. Introdução Num mundo que é praticamente todo orientado pelo visual, seja na educação, na política, nas relações pessoais, na religião ou no esporte, os deficientes visuais (DV) enfrentam muitos desafios. Presenciando as dificuldades de um portador de deficiência visual que está cursando a graduação em Direito na Universidade de Ribeirão Preto — Campus Guarujá, foi possível concluir que um deficiente visual encontra barreiras enormes para se adaptar às exigências do mundo moderno Da observação desse caso surgiu a idéia de desenvolver um projeto sobre o papel da tecnologia na inclusão digital dos portadores de deficiência visual, buscando apresentar meios que talvez ainda sejam desconhecidos. 2. Objetivos O objetivo deste projeto é, portanto, tornar mais acessíveis aos deficientes visuais as soluções criadas pela informática, auxiliando-os, e atenuando suas limitações na execução de tarefas simples ou que apresentem algum tipo de complexidade. Como fator de sucesso, este trabalho propõe ao portador de deficiência contar, sobretudo, com os recursos da informática como instrumento auxiliar no acesso ao conhecimento. Para atingir os objetivos traçados para este projeto, algumas etapas foram percorridas. Entre elas, destacam-se as pesquisas realizadas para se obterem informações sobre: os problemas mais comuns que o DV enfrenta; as tecnologias disponíveis; as instituições de apoio; o mercado de trabalho; a socialização da deficiência visual. Este trabalho poderá se constituir num referencial de suporte para as instituições filantrópicas ou não, que, se preocupadas com a exclusão a que são sujeitos os DVs, optem por direcionar seus investimentos para a aquisição das tecnologias estudadas neste documento. Essa estrutura de inclusão, por meio da tecnologia digital, estimulará outros deficientes visuais a exercer tarefas como ler, escrever, utilizar a Internet como meio de entretenimento e também educativo, ampliar o grau de conhecimento das tecnologias assistivas de um DV, com isso, aumentando as oportunidades de inclusão social e fazendo com que o próprio esteja ciente das tecnologias adaptadas para ele. 3. Conceitos Gerais De acordo com a Resolução das Nações Unidas [ONU2004], adotada em Assembléia Geral no ano de 1994, em Salamanca, na Espanha, os delegados da Conferência Mundial de Educação Especial, representando oitenta e oito países e vinte e cinco organizações internacionais, assinaram a Declaração de Salamanca, que informa sobre os princípios, políticas e práticas na área das necessidades educativas. Esse documento, de importância mundial, reafirma o direito à educação de todos os indivíduos, tal como está inscrito na Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948, e renova a garantia — dada pela comunidade mundial na Conferência Mundial sobre a Educação para Todos de 1990 — de assegurar esse direito, independentemente das diferenças individuais. O avanço tecnológico pode contribuir também para a inclusão, no sistema educacional, das pessoas com baixa ou nenhuma visão. No atual cenário das tecnologias voltadas para a pessoa portadora de DV, existem equipamentos específicos e algumas ferramentas computacionais que atendem às necessidades do DV e o auxiliam no dia a dia, principalmente nos estudos e no entretenimento. Todos os anos surgem novidades nessa área, desde bengalas com sensores, impressoras em braille, celulares e demais dispositivos adaptados, programas com tecnologia assistiva, até computadores feitos especialmente para cegos, tornando real a possibilidade de o deficiente visual exercer suas tarefas de forma similar à de uma pessoa que não seja DV. O uso da tecnologia facilita aos portadores de necessidades especiais o desenvolvimento da aprendizagem com os recursos de escrita, leitura e pesquisa de informação. No Brasil, o que permitiu o acesso do cego ao mundo da informática foi o lançamento dos programas leitores de tela, como o DOSVOX, o VIRTUAL VISION, além do famoso JAWS. Com esses programas, o deficiente visual pode não apenas ler e escrever textos no computador como navegar na Internet. Na prática, os programas interpretam toda a parte visual da tela do computador e, após essa interpretação, cada ferramenta, de forma diferente, pronuncia para o deficiente visual o que está sendo executado na tela, de acordo com a tarefa que está sendo processada. Segundo [MIR2004], pelos cálculos da OMS, entre os portadores de deficiência existentes no Brasil, 50% têm limitações mentais; 20% portam deficiência física, 15%, de audição; 5%, visuais; 10%, deficiências múltiplas. Existem em Santos e em demais locais pesquisados neste projeto, instituições que têm por objetivo educar e reabilitar as pessoas portadoras de deficiência visual, sem distinção da condição social, raça, religião, escolaridade ou sexo. Na tentativa de incluir cada vez mais os portadores de baixa visão ou portadores de total deficiência visual podemos contar com os produtos, serviços, suporte, enfim, com toda a estrutura que a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, localizado à Rua Conselheiro Brotero 338, em São Paulo, fornece apoio tecnológico não somente aos seus alunos deficientes mas também a todos que se envolvem de alguma maneira com as dificuldades com as quais o deficiente visual se depara, em sua adaptação ao mundo. Na Laramara, o Laratec, departamento de tecnologia, está voltado ao acesso à tecnologia do primeiro mundo, com o objetivo de facilitar a aquisição de produtos da mais alta tecnologia em assistência ao deficiente visual. Este departamento facilita ao DV o acesso a produtos e serviços que o auxiliem na vida pessoal e profissional. A relevância deste projeto está, pois, no fato de que ele analisará a tecnologia digital não somente como um recurso para que o DV possa ter acesso à rede mundial de computadores mas também como um recurso auxiliar fundamental para que ele possa levar a bom termo suas tarefas comuns de cidadão. 4. DeficientesVisuais e Deficiência Visual Muitas pessoas consideram que a palavra ‘deficiente’ tem um significado muito forte, carregado de valores morais, contrapondo-se a ‘eficiente’. Supondo que uma pessoa deficiente não é capaz; e, sendo assim, então é incompetente e sem inteligência, segundo [GIL2004]. A ênfase dada a tal palavra, recai no que falta, na limitação, no ‘defeito’, gerando sentimentos como desprezo, indiferença, piedade ou pena. Esses sentimentos, por sua vez, provocam atitudes carregadas de paternalismo e de assistencialismo, voltadas para uma pessoa considerada incapaz de estudar, de se relacionar com os demais, de trabalhar e de constituir família. No entanto, à medida que vamos conhecendo uma pessoa com deficiência, e convivendo com ela, constatamos que ela não é incapaz. Segundo, [MEL1988], “ do ponto de vista médico, deficiência refere-se à incapacidade de uma ou mais funções da pessoa. Na literatura econômica, deficiência significa dificuldade a ser vencida para melhor produzir. No mundo jurídico, a condição de deficiência é a fixada pela lei”. Existe também a chamada visão subnormal (ou baixa visão) à alteração da capacidade funcional decorrente de fatores como rebaixamento significativo da acuidade visual, redução importante do campo visual e da sensibilidade aos contrastes e limitação de outras capacidades. Até recentemente, não se levava em conta a existência de resíduos visuais; a pessoa era tratada como se fosse cega, aprendendo a ler e escrever em braille, movimentar-se com auxílio de bengala etc. Hoje em dia, oftalmologistas, terapeutas e educadores trabalham no sentido de aproveitar esse potencial visual nas atividades educacionais, na vida cotidiana e no lazer. Segundo [FEA1997], “a deficiência visual, em qualquer grau, compromete a capacidade da pessoa de se orientar e de se movimentar no espaço com segurança e independência. Os especialistas estimam que os casos de deficiência visual poderiam ser reduzidos em até 50 por cento se fossem adotadas medidas preventivas eficientes nas áreas de saúde e educação e se houvesse mais informação disponível. É importante, não somente para este trabalho, mas para os interessados na área de Interação Humano-Computador, particularmente àqueles que pesquisam interfaces e dispositivos especiais de acessibilidade, ter claras as diferenças entre o indivíduo cego e o com visão subnormal. 5. Os projetos e o Governo Alguns projetos estão sendo desenvolvidos, com a ajuda do governo e também com o importante papel das entidades de apoio ao deficiente visual. Segundo [ORM2001] no que se refere à área da deficiência visual, o Ministério da Educação vem desenvolvendo um conjunto de ações (inclusive com a destinação de recursos), objetivando garantir não apenas o acesso e a permanência dos portadores de deficiência visual na escola, mas principalmente, garantir o sucesso educacional de cidadãos. Entre ações apresentadas em [ORM2001] pelo Ministério da Educação em prol do deficiente visual, as que mais nos chamaram a atenção foram: 1. Implementação de um programa de integração do ensino superior com a educação especial. Este trabalho, feito em parceria com o Fórum de Permanente de Instituições de Ensino Superior sobre os Portadores de Necessidades Especiais, vem fomentando, entre outras ações: a implantação de bancas especiais nos exames vestibulares, com a possibilidade de provas transcritas em braille; a de uso de equipamentos específicos na implementação de serviços de apoio e a inclusão de conteúdos nas disciplinas acerca de portadores de necessidades especiais nos cursos de formação de professores e outros profissionais. 2. O Projeto de Informática na Educação Especial – PROINESP foi criado a partir das experiências positivas realizadas no Brasil e no exterior, que apontavam a informática como um excelente recurso educacional para todos os alunos. Entretanto, sua utilização com alunos portadores de necessidades especiais demonstrou ser uma ferramenta imprescindível. E da ação conjunta com o PROINFESP/Secretaria de Educação a Distância e Secretaria de Educação Especial, foi criado o Projeto de Informática na Educação Especial – PROINESP, que tem por objetivo levar a tecnologia mais avançada da informática para o pleno desenvolvimento de nossos educandos especiais. Além de fornecer equipamentos de última geração ao CAPS, o Ministério da Educação tem investido na criação de laboratórios de informática em instituições não governamentais, que trabalhem com a educação de portadores de necessidades especiais. Até o ano 2000, o PROINESP financiou 134 laboratórios. O PROINESP iniciou o atendimento de escolas e bibliotecas públicas, com softwares específicos que possibilitam o acesso dos deficientes visuais a todos os programas informatizados. Houve também por parte do governo um avanço relacionado aos portadores de deficiência visual. Nessa direção foi realizada a promulgação da Lei 10.098, de 19 de dezembro de 2000 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L10098.htm), que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Em seu artigo 2º, parágrafo II, a lei cita as barreiras nas comunicações e as denomina como "qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa". 6. Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente visual Entre as instituições que mais se destacam na prestação de serviços ao portador de deficiência visual, temos a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, também conhecida como LARAMARA, por causa de sua histórica criação. Essa Associação, não mantém vínculos com nenhuma entidade religiosa. Não pertence à uma empresa. Prestam serviço público – na imensa maioria gratuito - e não são governo. Geram empregos e repassam conhecimento especializado e não são universidade. Fazem diagnósticos e prescrevem lentes especiais ou encaminham para tratamentos cirúrgicos, mas não são hospital ou clínica médica. Fabricam produtos; até exportam máquinas braille e bengalas, mas não são uma indústria. Captam recursos, informam e esclarecem dúvidas, mas não são um call center comercial. Produzem e vendem materiais gráficos com 40 profissionais especializados, mas não são uma organização comercial. São grandes empregadores, com 218 empregados diretos com carteira assinada e pelo menos 35 indiretos. Ocupam seis imóveis com 9.302m2. Possuem um centro campestre com 324.000m2 onde acolhem famílias, segundo [ORM2001]. Além de que talvez sejam o maior empregador de jovens cegos e/ou deficientes visuais no país: 34 deles são empregados diretos. Considerando a multiplicidade profissional de serviços, que prestam aos deficientes visuais e suas famílias, poucas instituições de iniciativa não governamental se assemelham a Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual no mundo. Não nos esquecendo de citar nomes de outras instituições importantíssimas no apoio ao DV, tais como: Fundação Dorina Nowil; Fundação Eye Care; Instituto Benjamin Constant. Poderíamos afirmar que nesses últimos anos temos avançado bastante. Contudo, é preciso continuar trabalhando para não só consolidarmos as conquistas alcançadas, mas também para atingirmos novas posições. 7. A tecnologia assistiva e a adaptação de um laboratório de informática para deficientes visuais. É recente a discussão sobre a inclusão digital das pessoas deficientes. Para nortear este enfoque, alguns conceitos são necessários: Acessibilidade ao meio físico: possibilidade e condiçãode alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida. Acessibilidade digital: flexibilidade do acesso à informação e interação dos usuários que possuam algum tipo de deficiência ou necessidade especial, no que se refere aos mecanismos de navegação e apresentação das páginas, operação de software, hardware e adaptação de ambientes e situações. Embora a maioria da população não perceba, pessoas com necessidades especiais deparam-se com inúmeras barreiras ao acessar a Internet, devido à disposição das informações, às tecnologias utilizadas e às formas de comunicação. Existem hoje diferentes tipos de tecnologias que permitem ao portador de deficiência visual ter acesso à informação, de uma maneira menos complexa antes de ser discutido o assunto da inclusão digital do deficiente visual. Para demostrarmos isso, vamos expor algumas das tecnologias pesquisadas neste trabalho, com o intuito de apontar as mais avançadas ferramentas, equipamentos existentes no mercado tais como o Magic, que é um software que amplia a tela do computador em até 16 vezes. Existem produtos como um computador de mão para pessoas com deficiência visual rodando Pocket PC 2002 e todos os aplicativos do Pocket Office (Pocket Word, Excel, Internet Explorer, etc.) e provido de portas USB e infravermelho, e aceita placas de expansão para Bluetooth, modem, WI-FI, 64MB RAM, as linhas Braille, que são um conjunto de células, que com 8 pinos , vão formar um caractere Braille, podendo assim fazer uma representação táctil do que está no ecrã/tela do computador. Também apresentamos o Termômetro Falante e curvo, que fornece uma leitura acurada em 30 segundos. A extremidade curva foi projetada para encontrar o "ponto quente" sob a língua, além de uma infinidade de produtos que podem ser encontrados no mercado. Após pesquisadas essas tecnologias, nos empenhamos em utiliza-lás em um projeto de adaptação de um laboratório de informática para deficientes visuais através de tecnologia assistiva. Este projeto de adaptação visa empregar programas que interpretam e lêem as tarefas realizadas na tela do computador, permitindo ao DV saber qual é a atividade que está sendo executada no momento, qual o próximo passo a ser tomado e interagir essas ferramentas com outros equipamentos, que também utilizam-se da tecnologia assistiva, proporcionando assim a acessibilidade ao meio físico e acessibilidade digital do portador de deficiência visual. O uso desses recursos irá favorecer a inclusão digital dessas pessoas, não somente incluindo-as no mundo da informática, mas podendo ir além dela, ao treiná-lo e prepará-lo para superar as limitações diante de um mercado de trabalho totalmente computadorizado. Devemos esclarecer primeiramente dois dos principais pontos da implantação deste projeto, os quais chamaremos de análise estrutural e análise prática. Na análise estrutural, foi avaliada toda a parte dos equipamentos necessários para a utilização do laboratório de informática pelos portadores de deficiência visual. Após essa avaliação, foram definidos quais dos equipamentos serão necessários para a adaptação desse projeto. Tais como: os computadores , a impressora, os programas, além de outros dispositivos. Também faz parte da análise estrutural, analisar aspectos como: a instituição e/ou entidade possui ou não possui um espaço para a criação da estrutura física do laboratório? os computadores utilizados serão comprados ou serão utilizados os que a instituição e/ou entidade já possui? O passo seguinte é a análise prática do projeto, quando efetuamos a avaliação e a definição das configurações necessárias para cada computador, verificando quais os programas necessários para que o DV possa utilizar-se do equipamento sem problemas. Para dar início a essa avaliação, primeiramente estudamos quais os programas essenciais que possibilitarão o uso do microcomputador, tais como o sistema operacional, os editores de textos e as ferramentas de Internet, independentemente da escolha da ferramenta destinada a fazer a comunicação entre o DV e a informática. Nesse aspecto, uma preocupação se impôs: a de escolher uma plataforma operacional bem sucedida no mercado, com ampla área de suporte, com manutenção simples, de fácil acesso no Brasil e, principalmente, ao próprio DV, para que ele possa utilizar-se desse suporte para ajuda em suas dúvidas. O próximo passo foi a escolha do pacote de programas que melhor se enquadre nas principais atividades atualmente desenvolvidas tanto nas instituições e/ou entidades como nas empresas, por se constituírem as primeiras no local de aprendizagem do DV e, as últimas, no mercado de trabalho em perspectiva. Em cada programa, averiguamos a interface, a navegabilidade, a instalação, o custo da licença do software, as funções, os problemas e, principalmente, a popularidade do sistema. — se ele se enquadra ou não como o pacote mais utilizado hoje no mercado, conseqüentemente requerendo do DV o seu pleno domínio, para no futuro poder aplicar esse conhecimento em uma chance no mercado de trabalho. Após o término das definições anteriormente citadas, percebemos que a adaptação do laboratório de informática para deficientes visuais, pode ser desenvolvida por etapas práticas, após realizada a análise estrutural e análise prática do projeto. Vamos ordená-las da seguinte maneira: - Montagem do ambiente: - Montagem dos equipamentos - Aplicação das ferramentas - Checklist - Utilização do laboratório - Atualização Após o término das pesquisas feitas no decorrer do desenvolvimento deste trabalho, foi possível notar a suma importância da tecnologia na inclusão digital do portador de deficiência visual. Seja através das facilidades que a tecnologia proporciona no uso destes equipamentos aos usuários, seja na acessibilidade que ela permite que o DV tenha no ambiente educativo, no entretenimento, nas relações pessoais, na atualização das informações mundiais através da Internet ou até mesmo, no auxilio de tarefas simples como fazer uma ligação telefônica. Tornando o mundo do deficiente muito mais acessível as mudanças diárias que ocorrem no mundo, permitindo assim, que uma pessoa com baixa visão ou cegueira total, tenha uma vida mais parecida possível como as demais pessoas, consideradas normais. Devemos ressaltar ainda que, o estudo desses aparelhos foi um acréscimo de qualidade deste trabalho, que além de buscar solução tecnológica, está expondo suas características, tornando mais acessível a todos o conhecimento destas informações para uso próprio ou até mesmo educativo, comercial e etc. 8. Considerações finais Após o término das pesquisas feitas no decorrer do desenvolvimento deste trabalho, foi possível notar a suma importância da tecnologia na inclusão digital do portador de deficiência visual. Seja através das facilidades que a tecnologia proporciona no uso destes equipamentos aos usuários, seja na acessibilidade que ela permite que o DV tenha no ambiente educativo, no entretenimento, nas relações pessoais, na atualização das informações mundiais através da Internet ou até mesmo, no auxilio de tarefas simples como fazer uma ligação telefônica. Tornando o mundo do deficiente muito mais acessível as mudanças diárias que ocorrem no mundo, permitindo assim, que uma pessoa com baixa visão ou cegueira total, tenha uma vida mais parecida possível como as demais pessoas, consideradas normais. Devemos ressaltar ainda que, o estudo desses aparelhos foi um acréscimo de qualidade deste trabalho, que além de buscar solução tecnológica,está expondo suas características, tornando mais acessível a todos o conhecimento destas informações para uso próprio ou até mesmo educativo, comercial e etc. 9. Referências 1. BRAGA, Ana Paula. “Recursos ópticos para visão subnormal – seu uso pela criança e adolescente”. Revista Contato. São Paulo, Laramara, agosto de 1997. 2. FELIPPE, Vera Lúcia L.R. e ÁLVARO, João. Orientação e mobilidade. São Paulo, Laramara, 1997. 3. GIL, Marta (org). Deficiência Visual. Ministério da Educação. Secretaria de Educação à Distância, n° 1/2000. Disponível em <http://www.mec.gov.br/seed/tvescola/ pdf/deficienciavisual.pdf>. Acesso em Julho/2004. 4. MELO, Helena Flávia de Rezende. A cegueira trocada em miúdos. Campinas, Universidade Estadual de Campinas, 2ª edição, 1988. 5. MIRANDA, César. TECNOLOGIA AJUDA DEFICIENTES VISUAIS NO MICRO. Reportagem retirada do site < http://tecnologia.unimonte.br/leitura.asp?tipo=&id=328>. Acesso em 14 de abril 2004. 6. SOFTWARES FUNCIONAM COMO GUIA PARA USUÁRIOS. Reportagem retirada do site <htttp://www.atribunadigital.com.br>. Acesso em 13 de abril 2004. 7. NABAIS, Márcia Lopes de Moraes et al. Estudo profissiográfico para o encaminhamento da pessoa deficiente visual ao mercado de trabalho. Rio de Janeiro, Instituto Benjamin Constant, 1996. 9. ORMELEZI, Eliana Maria (org). Revista Contato. São Paulo. Laramara, 2001. 10. PARKER, Steve. Conviver com a cegueira. São Paulo, Scipione, 1994. 11. RIBAS, João B. Cintra. O que são pessoas deficientes. Coleção Primeiros Passos. São Paulo, Brasiliense, 1983.
Compartilhar