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Institucional I – resumo- Unid. IV Desafios Lógicos DE QUE FORMA ESSES DESAFIOS CONTRIBUEM CONOSCO PARA ALÉM DA DIVERSÃO? Cada novo elemento desses funciona como uma letra nova que compõe a palavra no jogo da “forca”. Tais informações sobre a situação direcionam para a melhor escolha, ao reduzir cada vez mais o número de opções disponíveis. Se você compra um automóvel sem considerar exatamente suas necessidades, pode ficar insatisfeito com a aquisição. Nesse caso, você perdeu o desafio, caiu na forca. Jogo da Velha "NO JOGO DA VELHA, HÁ UM ESFORÇO CONTÍNUO DE PREVER OS MOVIMENTOS DO OPONENTE PARA PREJUDICÁ-LO." Neste jogo, temos uma situação um pouco diferente da forca, uma vez que um bom jogador vai fazer suas escolhas tendo em vista não apenas o objetivo de completar uma sequência de células. É preciso também impedir que o outro consiga completar a sequência. Em outras palavras, no jogo da forca existe certo nível cooperação, pois uma letra certa que você adivinha poderá ajudar o oponente a descobrir a palavra. Já no jogo da velha, há um esforço contínuo de prever os movimentos do oponente para prejudicá-lo. Se os dois jogadores forem capazes de considerar todas as opções de jogada um do outro, o resultado será um jogo sem vencedor: deu velha. Para Reflexão- Com o jogo da velha podemos observar, portanto, que há casos em que nossas decisões não dependem apenas de nossas ações e que é preciso considerar também como se movem outros atores em cada situação. Em alguns contextos, haverá pura cooperação ou competição; em outros, essas dimensões vão se misturar em variadas proporções. Sudoku O Sudoku é um exemplo de como uma escolha pode impactar numa cadeia enorme de decisões. Um acerto leva a outros acertos, enquanto um erro desencadeia vários passos equivocados. E, mais uma vez, é fácil encontrar analogias com nosso cotidiano. Na medida que as decisões se tornam mais complexas, é preciso articular com cuidado as diferentes variáveis. Se já teve que decidir entre duas ofertas de trabalho, por exemplo, você, com certeza, resolveu um problema muito mais difícil do que encontraria na matriz 9x9 do Sudoku. Uma Vida de Jogos e o Desafio da Lógica Nesta unidade, analisamos alguns conhecidos jogos, de modo a compreender suas lógicas de funcionamento, assim como a semelhança entre essas brincadeiras e situações da vida cotidiana. Foi possível discutir a forma como decisões simples do dia a dia envolvem diferentes variáveis, podendo ser encaradas como verdadeiros desafios lógicos, resolvidos de maneira individual, coletiva ou mesmo competitiva. Institucional I – resumo- Unid. V Mídia O ENTENDIMENTO NÃO É UMA TAREFA EXCLUSIVA DE FILÓSOFOS E MATEMÁTICOS. O raciocínio lógico seria esse caminho que nos ajuda a entender o mundo e contribui para que possamos estabelecer bases comuns para a convivência com outros indivíduos.Sempre que quisermos explicar algo para alguém, entender as causas de um acontecimento ou prever as consequências de uma ação, estaremos navegando no terreno da lógica. Em outras palavras, o entendimento não é uma tarefa exclusiva de filósofos e matemáticos, embora as abordagens que essas áreas do conhecimento deram para o estudo da lógica possam contribuir para afinar esse senso lógico que já carregamos conosco. Conhecer um pouco mais os princípios do raciocínio lógico é um caminho produtivo para compreender melhor as atitudes humanas, fomentar o desenvolvimento científico e aprimorar nossa capacidade de tomar decisões. Abordamos aqui apenas a argumentação baseada em operações lógicas. Entretanto, é preciso considerar que nem todo processo de convencimento é puramente lógico. Argumentos também podem ser construídos a partir de articulações com aspectos afetivos ou éticos, como bem propõe a arte da Retórica. Interseções entre as duas áreas são bem-vindas, relevantes e desde já apontamos tais possibilidades. Desde os Primórdios O uso do raciocínio lógico para solucionar problemas está presente em variadas narrativas históricas, mitológicas ou religiosas.Em um claro exercício de pensamento lógico, baseado em conhecimentos prévios (que chamamos de premissas). A lógica está em tudo, sendo a base de nossa própria condição humana. Quando ela é desprezada, caminhamos perigosamente para longe da civilização. A Lógica Como Disciplina Embora o pensamento seja um tema de interesse para diferentes culturas e povos, consideramos que os pensadores da Grécia Antiga foram os pioneiros em construir um campo de estudos sobre o raciocínio lógico. Tales de Mileto e Pitágoras garantiram o desenvolvimento do pensamento lógico na Matemática. E o método socrático, de buscar a verdade por meio de questionamentos que revelassem as contradições em crenças equivocadas, apontou o caminho para que Aristóteles formulou os princípios da lógica, como ficou conhecida no ocidente. Conceito-Para Aristóteles, a lógica teria como objeto de estudo o pensamento, assim como as leis e demais regras que o controlam. O filósofo trabalhou, então, com estruturas chamadas silogismos, que, em sua forma de apresentação, demonstravam ser incontestavelmente válidas. A estrutura de um silogismo conduz a uma linha clara que estabelece uma conexão entre premissas, aceitas como verdadeiras, e que nos levam a considerar uma conclusão de forma absolutamente correta. Exemplo- Premissas: a. Todos os homens são mortais. b. Sócrates é homem. Conclusão- Sócrates é mortal Princípio de identidade: tudo é igual a si mesmo. Fórmula: A é A. Exemplo: Um peixe é um peixe. Princípio da não contradição: duas afirmações contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras. Fórmula: A não é não-A. Exemplo: Um peixe não pode ser um não-peixe. Princípio do terceiro excluído: uma coisa ou é ou não é; dessa forma, não existe uma alternativa a essas duas possibilidades. Fórmula: A é B ou A não é B. Exemplo: Ou aquilo é um peixe ou aquilo não é um peixe. Tais princípios funcionam como a base da Lógica Clássica, fundamentando um caminho que historicamente foi abraçado pela a ciência para a compreensão do mundo. Atenção- Historicamente, foi construída a noção de que o universo das emoções e das paixões humanas seria completamente oposto (e até um inimigo) do pensamento racional, mas não é bem assim. Lógica, Emoções, Pensamento e Ação AS EMOÇÕES TÊM PAPEL FUNDAMENTAL NOS PROCESSOS DE TOMADA DE DECISÃO. Hoje em dia, autores de diferentes áreas, como a própria Filosofia, Neurobiologia e Psicologia, têm se dedicado a encontrar articulações entre tais dimensões da experiência humana. Por esta via alternativa, entende-se que as paixões teriam certa razoabilidade. Isto é: nossa afetividade seria baseada em certas relações de causa e consequência, construídas em nossos organismos, com diferentes graus de consciência ou reflexão. Isso abriria caminho para uma compreensão mais apurada das nossas ações. Se, por exemplo, sentimos medo ao ver alguém de posse de uma arma, é porque compreendemos que objetos como esse podem ferir. Poroutro lado, no caso de fobias aparentemente inexplicáveis, como de pessoas que não são capazes de falar em público,é necessário identificar as razões menos óbvias (ou até mesmo inconscientes) que as levam a avaliar o mundo dessa maneira pouco precisa ou eficiente. É essencial ter em mente que não só de equívocos vivem os afetos aparentemente inexplicáveis. Há casos de situações em que não damos ouvidos a emoções ou intuições por não entendermos suas razões, e acabamos nos arrependendo de nossas atitudes tomadas de forma consciente e racional. As emoções têm papel fundamental nos processos de tomada de decisão, por associarem sensações agradáveis ou desagradáveis às relações de causa e efeito identificadas pelo pensamento lógico. Com isso, seria possível considerar que mesmo as decisões tomadas, de forma aparentemente racional, contariam com alguma contribuição das emoções. Estas possibilitam o descarte (de forma mais ou menos instantânea) de opções possivelmente negativas para a pessoa que precisa decidir. Isso acarretaria economia cognitiva e maior rapidez nas escolhas. O desafio seria, então, identificar os diferentes graus de influência das emoções no momento de tomar uma decisão importante. É preciso também olhar com cuidado em relação a elas, tratando de detectar as razões ocultas que as movem. Quando refletimos sobre uma emoção que vivenciamos, é possível encontrar alguma variável relevante que não tinha sido considerada pelo caminho racional e consciente? Tal emoção pode nos ajudar em algo ou é baseada apenas em preconceitos e crenças equivocadas? É bom estarmos atentos e atentas a essas questões. Institucional I – resumo- Unid. VI Os Três Modos de Inferência UM PRIMEIRO PASSO PARA SABER SE DEVEMOS CONFIAR EM ALGUMA OPINIÃO OU ARGUMENTAÇÃO É IDENTIFICAR QUAL CAMINHO FOI TOMADO EM SUA FORMULAÇÃO. o processo lógico pelo qual partimos de informações conhecidas para chegar a uma conclusão. De forma geral, é possível dizer que elas estão na base de nossas ações, opiniões, tradições e até sentimentos, podendo existir em três modos básicos: dedução, indução e abdução. Conceito- os três modos de inferência demonstrados na forma de argumentos. Isto é: vamos representá-los em forma de linguagem, partindo de premissas (sentenças, informações ou evidências) para construir conclusões (resultados). Dedução O ARGUMENTO DEDUTIVO É VÁLIDO QUANDO SUA CONCLUSÃO É UMA CONSEQUÊNCIA LÓGICA DAS PREMISSAS. A inferência dedutiva é uma operação na qual partimos de uma premissa geral para formular uma conclusão a partir de suas consequências lógicas. É importante, entretanto, considerar que uma das condições para que a dedução nos leve a uma conclusão verdadeira é que suas premissas também sejam verdadeiras. Premissas verdadeiras, quando relacionadas corretamente, geram uma conclusão sólida .Uma boa forma para avaliar se a dedução foi construída da maneira válida é representá-la por meio de conjuntos. Conceito- o argumento dedutivo é válido quando sua conclusão é uma consequência lógica das premissas, independentemente da veracidade. Ele será sólido se, além de válido, partir de premissas verdadeiras. Indução COM A INDUÇÃO, NÃO HÁ CERTEZA DA VERDADE, MESMO QUE AS PREMISSAS SEJAM VERDADEIRAS. Podemos também desenvolver raciocínios por uma via indutiva. Uma primeira diferença em relação à dedução é que, neste caso, não se constrói uma consequência lógica entre as premissas, mas uma probabilidade ou previsão a partir delas. Atenção- A possibilidade de erro faz com que a indução seja um método equivocado ou necessariamente pior do que a dedução? De forma alguma! A indução tem um caráter “ampliativo” e a dedução não tem. Isto é: enquanto na dedução qualquer conclusão já está contida na lei geral, a indução aumenta nosso conhecimento sobre o mundo. Importante- Devemos observar, portanto, que o raciocínio indutivo, desenvolvido de forma descuidada, está na base de preconceitos que nos afastam de um conhecimento mais aprofundado, preciso e justo sobre o mundo. Por outro lado, mesmo que a incerteza da indução possa parecer amedrontadora, é importante saber que boa parte das leis gerais que conhecemos hoje, e usamos para o desenvolvimento de deduções, surgiram de exaustivos gestos indutivos. Se um dia foi tomado como uma lei geral o fato de todos os homens serem mortais, isso só foi possível pela observação anterior de que, até aquele momento, todos os homens tinham se mostrado mortais. E, assim, foi possível formular o mais famoso exemplo de raciocínio dedutivo: “Todos os homens são mortais. Sócrates é um homem. Logo, Sócrates é mortal”. O Raciocínio Abdutivo e As Explicações Provisórias O CAMINHO É CONSTRUIR SABERES E CRENÇAS MAIS PRECISAS E REFINADAS. A abdução (que também já recebeu o nome de retrodução) é compreendida por alguns pensadores como uma modalidade de indução, pois ela também não constrói uma certeza, mas uma probabilidade, que pode ser maior ou menor. Enquanto a inferência indutiva relaciona-se com a construção de previsões e generalizações, a inferência abdutiva é de natureza explicativa. A abdução (que também tem caráter ampliativo) com o desenvolvimento científico que temos alcançado ao longo dos séculos. Para este tipo de pensamento, a explicação que pareça melhor será testada e confrontada com novas premissas até o momento em que ela se mostrar em desacordo com os fatos. A partir daí, deverá ser substituída por outra explicação. Em resumo: sem considerar a provisoriedade e incompletude dos nossos conhecimentos, não seria possível sair dos lugares comuns e da ignorância. CONSEQUÊNCIA LÓGICA DAS PREMISSAS.
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