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sistema cardiovascular

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Função do Coração:
Sistema de Condução
Prof. Rodrigo Sardinha Hermes
Aula 03
Células Cardíacas
99% células musculares contráteis
1% células cardíacas especializada do sistema
de condução, não contráteis, com
despolarização espontânea.
Miocárdio é composto por fibras musculares
cardíacas em espiral. Trata-se de miofibrilas
típicas, com filamentos de actina e miosina
(função de deslizar).
Células Cardíacas
Células adjacentes unidas por discos
intercalados.
Células ramificadas e uninucleadas;
Células Cardíacas
Células Cardíacas e as Fibras do 
Músculo Cardíaco
Discos intercalares contêm desmossomas e
junções de hiato.
Desmossomas: conferem resistência mecânica.
Junções de hiato: permitem a propagação de 
potenciais de ação entre as células adjacentes.
Célula Muscular Cardíaca (Sincício do 
Miocárdio)
Permitem a difusão, 
quase totalmente 
livre, dos íons, tendo 
assim, o potencial 
de ação prolongado.
Facilita a 
propagação dos 
potenciais de 
ação, de uma 
célula muscular 
para outra
Atividade Elétrica das Células
• Potencial de Membrana
A concentração de íons no interior de uma célula
é diferente da concentração no seu exterior, o que
propicia a geração de uma diferença de potencial
(Negativo e positivo) é denominada “potencial de
membrana”.
Simultaneamente, o gradiente de concentração
iônica está associado ao aparecimento de forças
elétricas de difusão.
Potencial de Membrana
Célula em repouso
– 85 à - 90mVolt em
relação ao líquido
extracelular.
Este valor se modifica devido a uma excitação
externa, quando ocorre uma tendência de inversão
do potencial de membrana.
Potencial de Membrana
Despolarização
Entrada de 
íons sódio 
(Na+) na célula
O Interior da 
célula torna-
se Positivo
Quando há um grande gradiente de concentração de íons,
tanto fora quanto dentro da célula, as forças de difusão
elétrica fazem com que os íons positivos se desloquem
para regiões cujo potencial é predominantemente negativo,
enquanto que os íons negativos se desloquem para regiões
cujo potencial é predominantemente positivo.
Potencial de Membrana
Bomba de Sódio-Potássio
Equilíbrio da 
Energia Potencial
Igualdade de 
Cargas Positivas 
e Negativa
Ausência de 
Movimentação 
de Íons
Para que a membrana permaneça no estado de repouso, é
necessário manter o potencial elétrico por meio da
diferença de concentração de íons entre o meio intracelular
e o meio extracelular.
Potencial de Membrana
Bomba de Sódio-Potássio
Tal gradiente de concentração ocorre por transporte
ativo, com gasto de energia na forma de ATP
(adenosina trifosfato), proveniente do metabolismo
celular. Esse processo ativo denomina-se “bomba de
sódio-potássio”.
Potencial de Membrana
Bomba de Sódio-Potássio
A atividade elétrica do coração é o resultado do
movimento de íons (partículas ativadas de
sódio, potássio e cálcio) através da membrana
celular. As alterações elétricas registradas no
interior de uma única célula resultam no que se
conhece como potencial de ação cardíaco.
Potencial de Membrana
Bomba de Sódio-Potássio
• Três Tipos de Canais Iônicos
Bomba de Sódio-Potássio
O potencial de repouso de membrana da fibra muscular
cardíaca é de aproximadamente -90 mV. Quando um
impulso despolarizante chega à ela, ocorrem os seguintes
eventos:
0 - Abertura dos canais rápidos de Na+ (o Na+ entra
rapidamente na célula, elevando o potencial de
membrana);
1 – Repolarização Rápida e Transitória - Abertura dos
canais de K+ (o K+ sai da célula, repolarizando-a); No
ápice da curva temos uma célula positiva em
aproximadamente +20mV.
Bomba de Sódio-Potássio
2 - Platô - Os canais lentos de Ca+2, que começaram a
se abrir lentamente em -60 a -50 mV, abrem-se por
completo, permitindo a saída do íon cálcio e
interrompendo a queda do potencial causada pela saída
de íons K+ ;
3 – Repolarização Abrupta - Os canais lentos de Ca+2
se fecham e a saída de K+ leva o potencial de volta ao
valor normal de repouso;
4 – Potencial de Repouso - Os canais de K+ se fecham e
a membrana permanece no seu potencial de repouso
(cerca de 0,2 segundos. Nos nós sinoatrial e
atrioventricular, encontramos outro tipo de curva de
potencial de ação:
Fibras do nódulo Sinoatrial
Canais Lentos de Cálcio
Devido a presença dos canais lentos de cálcio (Ca+2), o
potencial de membrana do miocárdico, apresenta uma
fase de Platô ou fase 2. Isso diferencia o potencial de
ação daquele encontrado na célula do músculo estriado
esquelético.
Com a presença desse platô, o potencial de
ação miocárdica apresenta maior duração.
Período Refratário
Absoluto Intervalo de tempo durante o qual
um impulso cardíaco normal não pode reexcitar
uma área já excitada do músculo cardíaco .
(Átrio: 0,15 segundos / Ventrículo: 0,25 a 0,3
segundos
Relativo Período em que é mais difícil a
reexcitação, porém, pode ocorrer.
(Átrio: 0,03 segundos / Ventrículo 0,05 sefundos)
Potencial de Membrana
Bomba de Sódio-Potássio
Nódulo Sinoatrial e Atrioventricular
A freqüência de despolarização e deflagração de
potenciais de ação no nódulo sinoatrial (SA) é
maior que nos demais tecidos especializados.
Por isso, o nó sinoatrial é o marcapasso normal
do coração.
Como o nódulo sinoatrial despolariza mais rapidamente
seu impulso é gerado e conduzido através do átrio até
alcançar o nódulo AV, que ainda não se despolarizou o
suficiente para deflagrar seu potencial de ação
independentemente; com o impulso despolarizante vindo
do nódulo sinoatrial o nódulo A-V atinge seu limiar e
transmite o impulso elétrico aos ventrículos.
Ritmicidade Cardíaca
• Mo Ritmo Sinusal
Proveniente do 
Nódulo SA 
Ritmo Normal 
Ritmo infra-sinusal
mais lento 
(bradicardia nodal)
Em situações onde
o nódulo SA está
danificado
O nódulo A-V tem
uma freqüência de
impulsos menor.
Ritmicidade Cardíaca
Em casos onde ocorrem a falência desses dois
tecidos, o próximo a assumir o controle da
ritmicidade seriam as fibras de Purkinge; porém
a freqüência de impulsos destas é muito baixa e
não é suficiente para manter os níveis normais
de pressão arterial necessários. Neste caso são
implantados os chamados marcapassos
artificiais.
Nódulo A-V
O nódulo A-V possui uma importante função no
que diz respeito ao retardo da transmissão do
impulso elétrico do átrio ao ventrículo,
sincronizando assim a contração dos
miocárdios atrial e ventricular de forma que os
átrios se contraiam um pouco antes da
contração ventricular.
Controle Nervoso do Coração
A parte do sistema nervoso que regula a
freqüência cardíaca automaticamente é o sistema
nervoso autônomo, constituído pelos sistemas
nervosos simpático e parassimpático.
O sistema nervoso simpático aumenta a freqüência
cardíaca, enquanto o sistema nervoso parassimpático a
diminui.
O sistema simpático supre o coração com uma rede de
nervos, o plexo simpático.
O sistema parassimpático supre o coração através de
um único nervo, o nervo vago.
Controle Nervoso do Coração
A freqüência cardíaca também é influenciada
pelos hormônios circulantes do sistema
simpático – a epinefrina (adrenalina) e a
norepinefrina (noradrenalina) –, os quais são
responsáveis por sua aceleração.
Controle Hormonal do Coração
O hormônio tireoidiano também influencia a freqüência
cardíaca: quando em excesso, a freqüência cardíaca
torna-se muito elevada; quando há deficiência do
mesmo, o coração bate muito lentamente. Geralmente, a
freqüência cardíaca normal em repouso é de 60 a 100
batimentospor minuto.
A freqüência cardíaca responde não só ao
exercício e à inatividade, mas também a
estímulos como, por exemplo, a dor e a raiva.
Apenas quando a freqüência cardíaca é
inadequadamente elevada (taquicardia) ou
baixa (bradicardia) ou quando os impulsos
elétricos são transmitidos por vias anormais é
que se considera que o coração apresenta um
ritmo anormal (arritmia). Os ritmos anormais
podem ser regulares ou irregulares.
Noções de Eletrocardiograma
O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que
passam para os tecidos vizinhos e chegam à
pele.
Com a colocação de eletrodos no peito, podemos
gravar as variações das ondas elétricas emitidas pelas
contrações do coração.
O registro pode ser feito numa tira de papel ou num
monitor .
Eletrocardiograma (ECG).
Noções de Eletrocardiograma
Noções de Eletrocardiograma
No coração normal, um ciclo completo é representado por
ondas P, QRS e T, com duração total menor do que 0,8
segundos:
onda P: 
despolarização atrial 
corresponde à 
contração dos átrios;
complexo QRS:
Despolarização ventricular 
- determina a contração 
dos ventrículos;
onda T: 
repolarização
ventricular.

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