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PSICOLOGIA TRABALHO E ORGANIZACOES TEXTO SOBRE TAYLORISMO

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O TAYLORISMO E A EXPROPRIAÇÃO DO SABER DOS OFÍCIOS*
Paulo Guilhermeti
	No período inicial da divisão capitalista do trabalho, a subordinação dos indivíduos ao trabalho assalariado não foi fácil. A gerência primitiva assumiu formas rígidas e despóticas para constituir uma força de trabalho “livre” e colocá-la sob o controle do capital. Esse controle era exercido sobre o trabalho em geral pela atribuição ou fixação de tarefas a serem cumpridas e não interferiam no modo de sua execução pelo trabalhador. A Gerência ou Administração Científica do Trabalho, por sua vez, significa outro empenho que procura aplicar os métodos da ciência aos complexos problemas da crescente divisão do trabalho nas empresas capitalistas no final do século XIX. Ela é parte íntima do processo de remodelamento da produção capitalista no século XX que desenvolveu vários métodos de controle do trabalho como o taylorismo, o fordismo, o toyotismo que, até nos dias atuais, fazem parte de diferentes setores de produção da mercadoria – ao lado dos novos métodos de gerenciamento, desenvolvidos a partir da recente utilização da microeletrônica na produção�[4]. Para a questão deste escrito vou analisar apenas o taylorismo, pois como um dos primeiros métodos científicos de organização do trabalho revela o princípio comum de todos eles: conceber o trabalho em geral, tão somente, como a adaptação e controle dos trabalhadores pelo capital.
  
	Taylor elevou o conceito de controle da gerência a um plano inteiramente novo ao defender a necessidade absoluta desta impor ao trabalhador uma maneira rigorosa de execução do seu trabalho. Essa preocupação surge quando Taylor assume o cargo de chefe de turma na Midvale Steel Company nos anos de 1880 e propõe aumentar a produção diária dos tornos da empresa. Mas sua tentativa inicial defronta-se com a resistência dos trabalhadores em produzir mais. O domínio do ofício pelos operários garantia a autonomia deles em relação ao modo operatório e o ritmo de execução do trabalho. 
O modo de organização do trabalho que apresenta a particularidade de se basear no ofício, ou seja, no saber e no “saber-fazer” operário dá azo a que a resistência operária se desenvolva com eficácia. O saber é para o operário o seu bem mais precioso [...] É aí que reside o essencial da sua relação de força com o capital. A questão de fundo é uma relação de força e de saber ou, mais precisamente, de relação de força no saber (CORIAT, 1985, 87).
	Da experiência desse confronto e do conhecimento do seu ofício, Taylor concluiu que o maior obstáculo para atingir um “ótimo” padrão de rendimento era o absoluto domínio que os operários tinham do seu ofício. Para Taylor, isso propiciava a “falta de zelo”, o “ritmo lento”, a “vadiagem” e a “moleza” dos trabalhadores nas oficinas. Portanto, a gerência seria um empreendimento limitado e frustrado se deixasse ao trabalhador a decisão sobre o seu trabalho. A partir dessa conclusão, Taylor passa a estudar o “saber-fazer” operário e descobre que ele é o resultado de uma vasta acumulação de saber prático transmitido por via oral, no decurso da aprendizagem, de geração em geração e, que neste saber não há uma uniformidade de procedimentos em função do caráter idiossincrático – subjetivo – de cada trabalhador. Taylor vê nisso a fraqueza do ofício e propõe sua expropriação a partir da sistematização de tarefas. 
 
	Tomando seu próprio ofício, Taylor faz cerca de 50.000 testes na Midvale Steel Company, sobretudo com a aceleração do manejo de ferramentas e propõe reduzir o saber complexo dos operários a elementos simples – com a medição dos gestos e do tempo a partir da introdução do cronômetro nas oficinas –; selecionar e classificar os gestos fragmentados em “migalhas” e fazer a sua sistematização, retendo em cada operação a maneira “mais produtiva” de combinação dos elementos selecionados. Assim, Taylor reduziu a forma prática dos processos mecânicos para obtenção do que chamou de uma “ótima combinação” para um “ótimo dia de trabalho”. Esses resultados foram impostos aos mecânicos sob seu comando como uma nova rotina de trabalho que abandona o conhecimento, a experiência e a tradição anterior do ofício de mecânico metalúrgico. Foi a primeira vez que um processo racionalizado impôs uma sistemática simplificada a um trabalho complexo. A partir daí o domínio sistematizado do trabalho passou às mãos da gerência e os trabalhadores passaram a executar rotinas preestabelecidas e planejadas por um comando. Esse processo promoveu definitivamente a liquidação dos ofícios, iniciada com a Revolução Industrial�[6]. 
 
	Dessa experiência Taylor derivou três princípios básicos para orientar a Gerência Científica do Trabalho nos mais diversos ramos do trabalho. O primeiro princípio refere-se à dissociação do processo de trabalho dos trabalhadores. A Gerência Científica deve dominar o conhecimento tradicional do ofício e classificar, tabular, reduzir a leis, regras e fórmulas. Assim, o processo do trabalho torna-se independente do ofício, da tradição, da experiência e do conhecimento do trabalhador e passa a depender inteiramente das diretrizes gerenciais. O segundo princípio refere-se à separação entre concepção e execução do trabalho. Marx, em O capital já fizera referência ao aspecto essencial que torna o trabalho humano superior e distinto ao dos outros seres vivos na unidade entre concepção e execução:
Uma aranha executa operações semelhantes às do tecelão, e a abelha supera mais de um arquiteto ao construir sua colmeia. Mas o que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. Ele não transforma apenas o material sobre o qual opera; ele imprime ao material o projeto que tinha conscientemente em mira, o qual constitui a lei determinante do seu modo de operar e ao qual tem de subordinar sua vontade. E essa subordinação não é um ato fortuito. Além do esforço dos órgãos que trabalham, é mister a vontade adequada que se manifesta através da atenção durante todo o curso do trabalho. E isto é tanto mais necessário quanto menos se sinta o trabalhador atraído pelo conteúdo e pelo método de execução de sua tarefa, que lhe oferece por isso menos possibilidade de fluir da aplicação da suas próprias forças físicas e espirituais (MARX, 1985, p. 202).
 
	Mas à medida o trabalho torna-se social e não mais individual é possível promover a separação entre concepção e execução. Sob uma orientação “científica”, o trabalho perde sua identidade, ou seja, o caráter humano que o motiva, pois se torna uma atividade sem propósito e não pensável. Encontra-se aqui artificialmente elaborada a separação entre trabalho físico e mental. O terceiro princípio de Taylor refere-se a utilização do monopólio de conhecimento adquirido pela gerência para controlar cada fase do processo de trabalho e seu modo de execução. Na verdade Taylor apresenta seus princípios de uma maneira inteiramente positiva, dando a entender que tanto a administração quanto os trabalhadores serão beneficiados com o seu método. Por isso diz que seu terceiro princípio decorre da
[...] cooperação íntima da administração com os trabalhadores, de modo que façam juntos o trabalho, de acordo com leis científicas desenvolvidas, em lugar de deixar a solução de cada problema, individualmente, a critério do operário (TAYLOR, 1976, p. 105). 
 
	Desse modo, o terceiro princípio se desdobra num quarto que se refere à remuneração equânime em relação à qualidade de execução das tarefas. Nesses princípios, o trabalhador torna-se um produtor ignorado e a gerência com seus planos e instruções “científicas” é quem determina a forma de elaboração do produto. 
 
	O que o taylorismo realiza não é simplesmente uma expropriação do saber operário, mas um verdadeiro confisco desse saber que só é retomado pelo trabalhador após sua sistematização e adequação emproveito exclusivo do capital. O método de Taylor também instaurou a prática individual do trabalho, contrapondo-a ao sentido de equipe e solidariedade – características do ofício – que até então eram fortes e vivazes. Dessa forma, o indivíduo torna-se inteiramente um sujeito do processo do trabalho. O taylorismo impôs o racionalismo não só no modo de execução das tarefas pelos trabalhadores, mas, também, nas próprias ferramentas de trabalho. Estas passaram a ser desenvolvidas buscando simplificar cada tarefa operacional para proporcionar a maior produção no menor tempo possível. A estandardização dos instrumentos de trabalho pelo capital despoja o manejo das ferramentas pelo operário que, anteriormente, exigia adaptações específicas às forças físicas e morfológicas diferentes. Por isso Marcuse (1979, p. 41) diz que
No capitalismo avançado, a racionalidade técnica está personificada, a despeito de seu uso irracional, no aparato produtivo. Isso não se aplica apenas às fábricas mecanizadas, ferramentas e exploração de recursos, mas também à maneira de trabalhar como adaptação ao processo mecânico e manuseio do mesmo, conforme programado pela “gerência científica”.
Há aqui, também, um rompimento da possibilidade de ampliação da experiência formativa a partir das necessidades e interesses dos trabalhadores pelo abandono de grande parte dos conhecimentos e do saber socialmente disponíveis. Essa contínua forma de apropriação do saber operário vinculado aos instrumentos de trabalho pela expansão do taylorismo, nas primeiras décadas do século XX, através da mecânica, da física e da química, constitui uma forma imediata de exclusão dos trabalhadores do processo de trabalho. À estandardização da organização e do instrumental do trabalho segue-se a estandardização do produto e a expansão da produção. Para Coriat (1985, p. 101) esses fatores conjuntamente criam as condições necessárias à produção e o consumo em massa, ou seja, “[...] A estandardização é, simultaneamente, o produto deste alargamento da produção e o meio pelo qual ela se realiza”. 
 
	Ao promover a expropriação do saber operário, a Gerência Científica do Trabalho edificou-se enquanto teoria e prática sistemática, exatamente quando a especialização dos processos de trabalho, também baseada na mecanização, estava em rápido ritmo de ampliação e consolidação como uma necessidade do capitalismo monopolista. O principal papel desses processos foi garantir o barateamento do custo do trabalho vivo pela sua conversão numa força de trabalho indiferenciada e adaptável para realização de tarefas elementares – enquanto efetivava o declínio dos ofícios e o desenvolvimento da ciência. –; e, ainda, assegurar o barateamento da força de trabalho. O contexto do final do século XIX, nos Estados Unidos, era de crise geral do capitalismo. O desenvolvimento industrial, até então, estava baseado, principalmente, em lucros comercias. Naquele momento, a capacidade de absorção das mercadorias estava em declínio. O progresso industrial exigia uma ampliação de consumidores. O aumento da produtividade era a alternativa para expansão das indústrias e a geração de novos lucros. Esse era o contexto enfrentado por Taylor.
 
 REFERÊNCIAS
  
CORIAT, Benjamin. O taylorismo e a expropriação do saber operário. In: Sociologia do Trabalho: organização do trabalho industrial – Antologia. Lisboa: A Regra do Jogo Edições, 1985. p. 81-107. 
 
MARCUSE, Hebert. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional. Tradução: Giasone Ribuá. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.
 
MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. Tradução: Reginaldo Sant’Anna. São Paulo: Difel, v. 1, 1985. 
 
TAYLOR, Frederic W. Princípios de administração científica. Tradução: Arlindo Vieira Ramos. São Paulo: Editora Atlas, 1976.
 
 * Fragmento da Tese de Doutorado “Educação e sensibilidade: ampliação e regressão da experiência sensível na formação cultural”. Piracicaba: UNIMEP, 2002.
O FORDISMO
	A constituição da Ford, em 16 de junho de 1903, no estado norte-americano de Michigan, é um divisor de águas na história da indústria americana. Movido pelo sonho de fazer do automóvel um produto acessível para as multidões, Henry Ford, com o apoio de outros 11 empreendedores, revolucionou a produção e as relações de trabalho, com a adoção de um modelo de produtividade até hoje exemplar para o setor, o Fordismo, que consiste na separação das funções em dois níveis - planejamento e execução - e na segmentação máxima do trabalho, para se alcançar maior produção em menor tempo.
	O sucesso dessa fórmula está refletido atualmente, 100 anos após a fundação da Ford, em números. A companhia, segunda maior do mundo no setor automobilístico, atua em 25 países, abriga 106 fábricas e produziu, em 2001, 7 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. Detém ainda as marcas Jaguar, Mazda, Volvo, Land Rover, Aston Martin, Mercury e Lincoln.
A revolução de Henry Ford
	Fundador da empresa criou a produção em série e marcou a indústria
	Além de carros, Henry Ford fez escola e revolucionou a produção industrial no planeta. A visão empreendedora do norte-americano, nascido no estado de Michigang, em 1863, de fabricação em série, em larga escala e que assegurasse preços acessíveis aos consumidores, garantiu a ele lugar em capítulos de todos os livros de administração e o nome de um modelo produtivo: o Fordismo.
	Na eleição realizada pela revista Time para a escolha das 100 maiores personalidades do século XX, Henry Ford ocupa uma das 20 posições destinadas à categoria Builders & Titans (Construtores & Titãs) e, em trecho da matéria dedicada a ele, escrita pelo ex-presidente da Ford, Lee Iacocca, descreve-se: "Produziu carros acessíveis, pagou altos salários e ajudou a criar a classe média. Nada mau para um autocrata".
	Sua fórmula baseou-se especialmente naquilo que Taylor, o pai da administração científica, preconizava: dividir as funções, numa fábrica, em dois níveis, o do planejamento e o da execução. Ford cercou-se dos melhores profissionais para planejar sua indústria e administrá-la e, nas fábricas, promoveu a segmentação máxima do trabalho.
	Baseando-se nessa proposta, a Ford passou do status de pequena empresa, construída por Henry e outros 11 empreendedores, em 1903, com um capital inicial de US$ 28 mil, para a posição de segunda maior companhia de automóveis do planeta, detentora das marcas Jaguar, Mazda, Volvo, Land Rover, Aston Martin, Mercury e Lincoln, um século mais tarde.
	O que Henry Ford fez de revolucionário foi aplicar, em sua empresa, conceitos que a levaram a excelentes índices de eficiência. Essa estratégia tinha um objetivo, divulgado já nas primeiras propagandas: "Construir e comercializar um automóvel especialmente projetado para o uso e abuso de todos os dias - nos negócios, na área profissional, na família (...). Uma máquina que será admirada tanto pelos homens como pelas mulheres e pelas crianças, por ser compacta, simples, segura e por sua conveniência para tudo (...). E por seu preço excepcionalmente razoável, que a coloca ao alcance de milhares que não poderiam sequer pensar nos preços comparativamente fabulosos da maioria das máquinas".
Popular
	Conta a lenda que foi em uma embaladora de carnes, vendo o produto passar por uma esteira rolante, que Ford teve a inspiração para adotar a fabricação em série. Os princípios dessa inovação eram a máxima produção dentro de um período determinado, a intensificação, o aumento da velocidade rotatória do capital circulante, visando à pouca imobilização dele e rápida recuperação do investimento, e a economia, que diz respeito a reduzir ao mínimo o total de matéria-prima em estoque.
	Promover as mudanças não foi fácil. A transformação incluiu a introdução de uma cultura entre os trabalhadores, que passaram a exercer funções específicas e repetitivas nas linhas de montagem. Antes, vários funcionários trabalhavam conjuntamente para fabricar um veículo inteiro.Com o novo modelo, o processo passava a ser segmentado, com uma produção em massa, em série e em cadeia contínua.
	Muitos abandonaram a Ford assim que as linhas de produção começaram a funcionar, em 1913, em razão da alta produtividade e repetição de tarefas. Para evitar a evasão da mão-de-obra, Henry Ford inovou mais uma vez: aumentou o salário dos trabalhadores para US$ 5 por hora, o dobro do que se pagava na época, e reduziu a jornada de trabalho, de nove horas diárias, para oito horas/dia.
	A lógica de Ford era a seguinte: pouco importa se tinha de baixar o preço dos carros ou aumentar os salários dos funcionários, desde que a atividades continuassem dando lucros. Além disso, ao aumentar os salários, ele alcançava outros dois objetivos: a motivação de seus empregados e a criação de uma massa de consumidores, já que, para que ocorra o consumo é preciso que exista gente com dinheiro no bolso. Daí dizer-se que Ford teve participação na criação da classe média.
	O modelo T - os antecessores tiveram como nome as letras de A a S -, lançado em 1908, chegou ao mercado a um preço de US$ 850. Foi o único fabricado pela empresa durante 19 anos e seria comercializado, anos depois, por apenas US$ 269 dólares. Em 1927, quando o Ford T deixou de ser produzido, 15 milhões de unidades tinham sido vendidas, nada menos do que 50% do total comercializado no mundo.
	Em 1909, a Ford produziu 14 mil automóveis em um ano. Em 1914, o número saltou para 240 mil, uma conseqüência direta da implantação da linha em série. Já naquele ano, com a primeira esteira de montagem, produzia-se um automóvel a cada 84 minutos.
	A partir daí a linha de veículos foi se diversificando, até a empresa se transformar no grande conglomerado multinacional que é hoje. No mundo, o Fordismo expandiu-se no pós-guerra e foi o modelo que impulsionou a produção em diversos países. As linhas de montagem foram surgindo em vários segmentos, principalmente nos de bens duráveis, e criou-se o mercado consumidor. A partir do seu estilo de produzir, que massificou a utilização de automóveis, a Ford impulsionou outros segmentos, como o de rodovias, postos de gasolina e pneus.
Evolução
	O modelo adotado por Ford passou por evoluções, resultantes do desenvolvimento tecnológico e das transformações nas relações econômicas e sociais, que alteraram também as demandas. A partir da década de 1970, iniciou-se uma revisão da doutrina de Ford, o chamado pós-fordismo. Como características, esse novo modelo adotou a flexibilização nas relações de trabalho e de consumo, passando-se à conquista de mercados externos, à expansão de atividades para outros continentes e o "just in time", que determina que as empresas devem produzir de forma rápida, eficiente, enxuta e somente para atender demandas, sem a manutenção de grandes estoques.
	Ainda assim, grandes mudanças introduzidas por Ford permanecem nas fábricas, como a segmentação do trabalho. "Com sua filosofia de produção em massa, preços baixos, altos salários e organização eficiente do trabalho, Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente individual que a história conhece", definiu o professor Reinaldo O. da Silva, em seu livro Teorias da Administração. Ford, certa vez, revelou: "O segredo do meu sucesso está no fato de pagar como se fosse perdulário e comprar como se estivesse quebrando."
	TAYLORISMO
	FORDISMO
	- separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos
- racionalização da produção
- controle do tempo
- estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.
	- produção e consumo em massa
- extrema especialização do trabalho
- rígida padronização da produção
- linha de montagem

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