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Apostila Espaço Confinado

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�
Segurança em Espaço Confinado Centro de Formação Profissional 
	“Afrânio Fialho de Figueiredo
1 - ) ENTRADA EM ESPAÇOS CONFINADOS
I – OBJETIVO:
DIVULGAR AS EXIGÊNCIAS PARA A ADEQUADA PROTEÇÃO DO PESSOAL FRENTE AOS RISCOS DA ENTRADA E TRABALHOS EM AMBIENTES CONFINADOS.
II – DEFINIÇÕES:
 ESPAÇO CONFINADO:
É TODO LUGAR QUE POSSUI ENTRADAS OU SAÍDAS LIMITADAS OU RESTRITAS, COMO POR EXEMPLO: POÇOS DE ELEVADORES, TÚNEIS, SILOS, TANQUES FIXOS, TANQUES PARA TRANSPORTE, CONTAINERS, ARMAZÉNS DE ESTOCAGENS, CAIXAS D’ÁGUA VAZIAS, CAIXAS SUBTERRÂNEAS e ETC.
LOCAL QUE NÃO ESTÁ DESIGNADO PARA USO OU OCUPAÇÃO CONTÍNUA, OU AINDA QUE POSSUI ATMOSFERA COM DEFICIÊNCIA DE O2 (MENOS DE 19,5%) OU EXCESSOS DE O2 (MAIS DE 22%) E/OU POSSUI AGENTES CONTAMINANTES AGRESSIVOS À SEGURANÇA OU À SAÚDE.
O RECONHECIMENTO DO ESPAÇO CONFINADO:
NEM SEMPRE É FÁCIL. PARA RECONHECERMOS UM ESPAÇO CONFINADO, É PRECISO CONHECERMOS O POTENCIAL DE RISCO DE AMBIENTES, PROCESSOS, PRODUTOS, ETC., PORÉM O MAIS SÉRIO RISCO SE CONCENTRA NA ATMOSFERA DO AMBIENTE CONFINADO.
É IMPORTANTE SALIENTAR QUE EM CASO DE DÚVIDA JAMAIS DEVE-SE ENTRAR EM UM AMBIENTE CONFINADO.
DAÍ A IMPORTÂNCIA DO MONITORAMENTO DESTES LOCAIS.
CONDIÇÃO AMBIENTAL ACEITÁVEL:
É O AMBIENTE CONFINADO ONDE NÃO EXISTAM RISCOS ATMOSFÉRICOS E ONDE CRITÉRIOS TÉCNICOS DE PROTEÇÃO PERMITEM A ENTRADA E PERMANÊNCIA PARA TRABALHO EM SEU INTERIOR.
VIGIA:
É O INDIVÍDUO TREINADO E EQUIPADO CORRETAMENTE, QUE PERMANECE O TEMPO DE DURAÇÃO DO TRABALHO, DO LADO DE FORA DO AMBIENTE CONFINADO, DE FORMA A INTERVIR EM SOCORRO DOS EXECUTANTES DO TRABALHO, CASO SEJA PRECISO.
EMERGÊNCIA:
É QUALQUER TIPO DE OCORRÊNCIA ANORMAL QUE GERA DANOS PESSOAIS, AO MEIO AMBIENTE E ÀS PROPRIEDADES, INCLUINDO AS FALHAS DOS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE OU MONITORAMENTO DOS RISCOS.
OS EFEITOS DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO:
COMO SABEMOS, O MÍNIMO PERMISSÍVEL PARA A RESPIRAÇÃO SEGURA GIRA EM TORNO DE 19,5% DE O2. TEORES ABAIXO DESTE PODEM CAUSAR PROBLEMAS DE:
DESCOORDENAÇÃO (15 A 19%)
RESPIRAÇÃO DIFÍCIL (12 A 14%)
RESPIRAÇÃO BEM FRACA (10 A 12%)
FALHAS MENTAIS, INCONSCIÊNCIA, NÁUSEAS E VÔMITOS (8 A 10%)
MORTE APÓS 8 MINUTOS ( 6 A 8%)
COMA EM 40 SEGUNDOS (4 A 6%)
A PRESENÇA DE GASES CONSIDERADOS INERTES OU MESMO DE INFLAMÁVEIS, CONSIDERADOS COMO ASFIXIANTES SIMPLES, DESLOCAM O OXIGÊNIO E TORNAM O AMBIENTE IMPRÓPRIO E MUITO PERIGOSO PARA A RESPIRAÇÃO.
OS EFEITOS DO MONÓXIDO DE CARBONO:
POR NÃO POSSUIR ODOR E COR ESTE NOCIVO GÁS PODE PERMANECER POR MUITO TEMPO EM AMBIENTES CONFINADOS SEM QUE O SER HUMANO TOME PROVIDÊNCIAS DE VENTILAR OU EXAURIR O LOCAL E CONSEQUENTEMENTE, EM CASO DE ENTRADA NESTES LOCAIS, PODEREMOS TER CONSEQÜÊNCIAS DANOSAS AO HOMEM. 
EM CONCENTRAÇÕES SUPERIORES AO SEU LIMITE DE TOLERÂNCIA (CONCENTRAÇÃO ACIMA DA QUAL PODERÃO OCORRER DANOS À SAÚDE DO TRABALHADOR), QUE É DE 39 PPM.
LIMITE DE TOLERÂNCIA = 39 ppm CO
( ATÉ 39 ppm
( ACIMA DE 200 ppm: DOR DE CABEÇA
( DE 1000 A 2000 ppm : PALPITAÇÃO
( DE 2000 A 2500 ppm: INCONSCIÊNCIA
( ACIMA DE 4000 ppm: MORTE
LIMITE DE TOLERÂNCIA = 8 PPM H2S
( ATÉ 8 ppm
( DE 50 a 100 ppm: IRRITAÇÕES
(DE 100 a 200 ppm : PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS
( DE 500 a 700 ppm: INCONSCIÊNCIA
( ACIMA DE 700 ppm: MORTE
ATIVIDADES AGRAVANTES
OS TRABALHOS DE SOLDA, CORTES A QUENTE, TRATAMENTO TÉRMICO, FUNCIONAMENTO DE MOTORES A COMBUSTÃO NO INTERIOR DE MOTORES A COMBUSTÃO NO INTERIOR DE ESPAÇOS CONFINADOS, PODE CRIAR ATMOSFERAS DE ALTO RISCO OU PERIGOSAS.
A DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO É CAUSADA PELO SEU CONSUMO, NAS REAÇÕES DE COMBUSTÃO OU NOS PROCESSOS DE OXIDAÇÃO, OU AINDA DESLOCADO PELOS PRODUTOS DE COMBUSTÃO. OS GASES TÓXICOS, COMO O CO, SÃO PRODUZIDOS PELA INCOMPLETA COMBUSTÃO.
O EMPOBRECIMENTO DE OXIGÊNIO TORNA O ESPAÇO CONFINADO PERIGOSO:
POIS TORNA O AMBIENTE IMPRÓPRIO À RESPIRAÇÃO, COMO JÁ VISTO ANTERIORMENTE. ISTO PODE TAMBÉM SER CAUSADO PELA ABSORÇÃO DE O2 PELAS PAREDES DO VASO OU MESMO PELO PRODUTO ESTOCADO NO TANQUE OU NO ESPAÇO CONFINADO.
O ENRIQUECIMENTO DE OXIGÊNIO TORNA O ESPAÇO CONFINADO PERIGOSO:
POIS CAUSA INCREMENTOS NA FAIXA DE EXPLOSIVIDADE DOS GASES COMBUSTÍVEIS, PROPICIANDO QUEIMAS VIOLENTAS. ASSIM NUNCA ACENDA O MAÇARICO OXI-ACETILÊNICO, NO INTERIOR DE TANQUES OU OUTROS ESPAÇOS CONFINADOS. APÓS A PERMISSÃO, ACENDA-O DO LADO DE FORA E, ADENTRE COM O MAÇARICO ACESO E JÁ REGULADO.
PERMISSÃO DE ENTRADA:
É UM DOCUMENTO PADRONIZADO NA EMPRESA, RECONHECIDO POR TODOS ENVOLVIDOS COM ESTE TIPO DE TRABALHO.
AUTORIZA O EMPREGADO OU EMPREGADOS A ENTRAR EM UM DETERMINADO AMBIENTE CONFINADO.
ESTA PERMISSÃO DEFINE AS CONDIÇÕES PARA A ENTRADA.
LISTA OS RISCOS DA ENTRADA E ESTABELECE A VALIDADE DA PERMISSÃO (NÃO PODE SER SUPERIOR A UMA JORNADA DE TRABALHO).
AUTORIZAÇÃO PARA SERVIÇOS EM ESPAÇO CONFINADO
DATA _____/______/_______ INÍCIO: ________ H TÉRMINO: _____________ H
TRABALHO A SER REALIZADO: ________________________________________________
NA ÁREA:________________________ NO EQUIPAMENTO: _________________________
NOME(S) DO(S) FUNCIONÁRIO(S) EXECUTANTES:_______________________________
______________________________________________________________________________
	N.º
	PRECAUÇÕES EXIGIDAS
	SIM 
	NÃO
	VISTO
	01
	Existe material suspenso no local?
	
	
	
	02
	A entrada do pessoal será pela parte superior?
	
	
	
	03
	A atmosfera interior está livre de gases nocivos?
	
	
	
	04
	Os acessos estão livres e sinalizados?
	
	
	
	05
	A iluminação é suficiente?
	
	
	
	06
	É necessário insuflar ar no ambiente?
	
	
	
	07
	Caixa de Primeiros Socorros à postos?
	
	
	
	08
	O equipamento móvel está sem fusíveis?
	
	
	
	
	Será obrigatório o uso de EPI: 
respiração? 
	
	
	
	
	cinto de segurança? 
	
	
	
	09
	luvas? qual tipo?
	
	
	
	
	óculos? qual tipo?
	
	
	
	 
	roupas especiais?
	
	
	
	
10
	Qual (ais) risco (s) pode (m) existir (em) ? 
_________________________________________
_________________________________________
	
	
	
	
11
	Recomendações extras de segurança: _________________________________________
_________________________________________
	
	
	
	12
	O Sr. ___________________, acompanhará todo o serviço do lado de fora e não se afastará do local.
	
	
	
	
13
	Após conferir e vistar todas precauções acima, DECLARO, o trabalho como seguro: ________________________________________
	
	
	
	 
 14
	AUTORIZADO: sim ______ / não ________
Gerente:______________________________
	
	
	
O MONITORAMENTO PODE SER FEITO POR DIFERENTES MANEIRAS
ATRAVÉS DE INSTRUMENTOS PORTÁTEIS DE DETECÇÃO/ALARME, MEDIÇÃO E REGISTRO DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS E/OU TÓXICAS;
ATRAVÉS DE APARELHOS/EQUIPAMENTOS, PARA CAPTAÇÃO DO AR CONTAMINADO PARA POSTERIOR ANÁLISE EM LABORATÓRIO;
ATRAVÉS DE SISTEMAS FIXOS DE DETECÇÃO/ALARME, MEDIÇÃO E/OU REGISTRO DE SUBSTÂNCIAS INFLAMÁVEIS E/OU TÓXICAS;
TUBOS COLORIMÉTRICOS;
ADSORVEDORES /ABSORVEDORES, ETC.
REINÍCIO DOS TRABALHOS:
O REINICIO DOS TRABALHOS, APÓS UMA PARALISAÇÃO, EM FUNÇÃO DE ANORMALIDADES QUE COLOQUEM EM RISCO A SEGURANÇA DO TRABALHO, DEVERÁ SER PRECEDIDO DE UMA REAVALIAÇÃO GERAL POR TODOS OS ENVOLVIDOS, DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DE FORMA A GARANTIR A SEGURANÇA DAS ATIVIDADES E DOS EXECUTANTES.
CONHEÇA EM DETALHES O SEU APARELHO DE MONITAMENTO OU TESTES:
GARANTA QUE SEU APARELHO ESTEJA FUNCIONANDO CORRETAMENTE;
SIGA AS RECOMENDAÇÕESDO FABRICANTE;
ZERE O SEU INSTRUMENTO EM ATMOSFERA DE AR FRESCO E ISENTO DE GASES OU VAPORES;
ANTES DE ABRIR A BOCA DE VISITA TOTALMENTE, PARA MONITORAR O INTERIOR DE UM ESPAÇO CONFINADO, FAÇA A VENTILAÇÃO ATRAVÉS DE UMA PEQUENA ABERTURA, COM A AJUDA DA EXTENSÃO QUE ACOMPANHA O APARELHO. ISTO PODE SER A DIFERENÇA ENTRE A VIDA E A MORTE.
MONITORE O INTERIOR DO ESPAÇO CONFINADO EM TODOS OS NÍVEIS DE ALTURA E COMPRIMENTO. LEMBRE-SE QUE EM CASO DE EXAUSTÃO DE GASES MAIS LEVES QUE O AR, DEVEMOS INSTALAR O EXAUSTOR NO TOPO DO TANQUE OU AMBIENTE CONFINADO E NO CASO DE GASES MAIS 
PESADOS QUE O AR, DEVEMOS INSTALAR O EXAUSTOR NA BASE DO TANQUE. NO CASO DE VENTILAÇÃO, DEVEMOS, QUANDO LIDARMOS COM GASES MAIS LEVES QUE O AR, INJETAR O AR DA BASE PARA O TOPO E VICE-VERSA, QUANDO LIDARMOS COM GASES MAIS PESADO QUE O AR.
O QUE É MUITO IMPORTANTE PARA QUE O TRABALHADOR SAIBA É QUE UM AMBIENTE CONFINADO MUDA SUAS CONDIÇÕES, COM A SEQÜÊNCIA DOS TRABALHOS, PORTANTO MONITORAMENTO, ACOMPANHAMENTO E OBSERVAÇÕES PERIÓDICAS SÃO IMPRESCINDÍVEIS
ESPAÇOS CONFINADOS
 ESPAÇO CONFINADO:
É todo lugar que possui entradas ou saídas limitadas ou restritas, como por exemplo: poços de elevadores, túneis, silos, tanques fixos, tanques para transporte, containers, armazéns de estocagens, caixas d’água vazias etc.
Local que não está designado para uso ou ocupação contínua, ou ainda que possui atmosfera com deficiência de O2 (menos de 19,5%) ou excessos de O2 (mais de 22%) e/ou possui agentes contaminantes agressivos à segurança ou à saúde.
O RECONHECIMENTO DO ESPAÇO CONFINADO:
Nem sempre é fácil. Para reconhecermos um espaço confinado, é preciso conhecermos o potencial de risco de ambientes, processos, produtos, etc., porém o mais sério risco se concentra na atmosfera do ambiente confinado.
É importante salientar que em caso de dúvida jamais deve-se entrar em um ambiente confinado.
Daí a importância do monitoramento destes locais.
CONDIÇÃO AMBIENTAL ACEITÁVEL:
É o ambiente confinado onde não existam riscos atmosféricos e onde critérios técnicos de proteção permitem a entrada e permanência para trabalho em seu interior.
VIGIA:
É o indivíduo treinado e equipado corretamente, que permanece o tempo de duração do trabalho, do lado de fora do ambiente confinado, de forma a intervir em socorro dos executantes do trabalho, caso seja preciso.
EMERGÊNCIA:
É qualquer tipo de ocorrência anormal que gera danos pessoais, ao meio ambiente e às propriedades, incluindo as falhas dos equipamentos de controle ou monitoramento dos riscos.
OS EFEITOS DA DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO:
Como sabemos, o mínimo permissível para a respiração segura gira em torno de 19,5% de O2. Teores abaixo deste podem causar problemas de:
descoordenação (15 a 19%)
respiração difícil (12 a 14%)
respiração bem fraca (10 a 12%)
falhas mentais, inconsciência, náuseas e vômitos (8 a 10%)
morte após 8 minutos ( 6 a 8%)
coma em 40 segundos (4 a 6%)
A presença de gases considerados inertes ou mesmo de inflamáveis, considerados como asfixiantes simples, deslocam o oxigênio e tornam o ambiente impróprio e muito perigoso para a respiração.
OS EFEITOS DO MONÓXIDO DE CARBONO:
Por não possuir odor e cor este nocivo gás pode permanecer por muito tempo em ambientes confinados sem que o ser humano tome providências de ventilar ou exaurir o local e consequentemente, em caso de entrada nestes locais, poderemos ter conseqüências
danosas ao homem. Em concentrações superiores ao seu limite de tolerância (concentração acima da qual poderão ocorrer danos à saúde do trabalhador), que é de 39 ppm.
LIMITE DE TOLERÂNCIA = 39 ppm CO
( até 39 ppm
( acima de 200 ppm: dor de cabeça
( de 1000 a 2000 ppm : palpitação
( de 2000 a 2500 ppm: inconsciência
( acima de 4000 ppm: morte
LIMITE DE TOLERÂNCIA = 8 ppm H2S
( até 8 ppm
( de 50 a 100 ppm: irritações
( de 100 a 200 ppm : problemas respiratórios
( de 500 a 700 ppm: inconsciência
( acima de 700 ppm: morte
ATIVIDADES AGRAVANTES
Os trabalhos de solda, cortes a quente, tratamento térmico, funcionamento de motores a combustão no interior de motores a combustão no interior de espaços confinados, pode criar atmosferas de alto risco ou perigosas.
A deficiência de oxigênio é causada pelo seu consumo, nas reações de combustão ou nos processos de oxidação, ou ainda deslocado pelos produtos de combustão. Os gases tóxicos, como o CO, são produzidos pela incompleta combustão.
O EMPOBRECIMENTO DE OXIGÊNIO TORNA O ESPAÇO CONFINADO PERIGOSO:
Pois torna o ambiente impróprio à respiração, como já visto anteriormente. Isto pode também ser causado pela absorção de O2 pelas paredes do vaso ou mesmo pelo produto estocado no tanque ou no espaço confinado.
O ENRIQUECIMENTO DE OXIGÊNIO TORNA O ESPAÇO CONFINADO PERIGOSO:
Pois causa incrementos na faixa de explosividade dos gases combustíveis, propiciando queimas violentas. Assim nunca acenda o maçarico oxi-acetilênico, no interior de tanques ou outros espaços confinados. Após a permissão, acenda-o do lado de fora e, adentre com o maçarico aceso e já regulado.
PERMISSÃO DE ENTRADA:
É um documento padronizado na empresa, reconhecido por todos envolvidos com este tipo de trabalho.
Autoriza o empregado ou empregados a entrar em um determinado ambiente confinado.
Esta permissão define as condições para a entrada.
Lista os riscos da entrada e estabelece a validade da permissão (não pode ser superior a uma jornada de trabalho).
AUTORIZAÇÃO PARA SERVIÇOS EM ESPAÇO CONFINADO
Data ___/____/_____ Início:___ h Término: _____ h
Trabalho a ser realizado: _______________________________________________________
Na área: ________________________No equipamento: _____________________________
Nome(s)do(s)funcionário (s) executantes: ___________________________________________
____________________________________________________________________________
	N.º
	PRECAUÇÕES EXIGIDAS
	SIM 
	NÃO
	VISTO
	01
	Existe material suspenso no local?
	
	
	
	02
	A entrada do pessoal será pela parte superior?
	
	
	
	03
	A atmosfera interior está livre de gases nocivos?
	
	
	
	04
	Os acessos estão livres e sinalizados?
	
	
	
	05
	A iluminação é suficiente?
	
	
	
	06
	É necessário insuflar ar no ambiente?
	
	
	
	07
	Caixa de Primeiros Socorros à postos?
	
	
	
	08
	O equipamento móvel está sem fusíveis?
	
	
	
	
	Será obrigatório o uso de EPI: respiração? 
	
	
	
	
	 cinto de segurança? 
	
	
	
	09
	 luvas? qual tipo?
	
	
	
	
	 óculos? qual tipo?
	
	
	
	 
	 roupas especiais?
	
	
	
	
10
	Qual (ais) risco (s) pode (m) existir (em) ? ______
________________________________________
________________________________________
	
	
	
	
11
	Recomendações extras de segurança: __________
________________________________________
	
	
	
	12
	O Sr. ___________________, acompanhará todo o
serviço do lado de fora e não se afastará do local.
	
	
	
	
 *
	Após conferir e vistar todas precauções acima, DECLARO, o trabalho como seguro: ___________
	
	
	
	 
 **
	AUTORIZADO: sim ______ / não ________
Gerente: _________________________________
	
	
	
O MONITORAMENTO PODE SER FEITO POR DIFERENTES MANEIRAS
Através de instrumentos portáteis de detecção/alarme, medição e registro de substâncias inflamáveis e/ou tóxicas;
Através de aparelhos/equipamentos, para captação do ar contaminado para posterior análise em laboratório;
Atravésde sistemas fixos de detecção/alarme, medição e/ou registro de substâncias inflamáveis e/ou tóxicas;
Tubos colorimétricos;
Adsorvedores /absorvedores, etc.
REINÍCIO DOS TRABALHOS:
O reinicio dos trabalhos, após uma paralisação, em função de anormalidades que coloquem em risco a segurança do trabalhador, deverá ser precedido de uma reavaliação geral por todos os envolvidos, das condições ambientais de forma a garantir a segurança das atividades e dos executantes.
CONHEÇA EM DETALHES O SEU APARELHO DE MONITAMENTO OU TESTES:
Garanta que seu aparelho esteja funcionando corretamente;
Siga as recomendações do fabricante;
Zere o seu instrumento em atmosfera de ar fresco e isento de gases ou vapores;
Antes de abrir a boca de visita totalmente, para monitorar o interior de um espaço confinado, faça a ventilação através de uma pequena abertura, com a ajuda da extensão que acompanha o aparelho. Isto pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Monitore o interior do espaço confinado em todos os níveis de altura e comprimento. Lembre-se que em caso de exaustão de gases mais leves que o ar, devemos instalar o exaustor no topo do tanque ou ambiente confinado e no caso de gases mais pesados que o ar, devemos instalar o exaustor na base do tanque. No caso de ventilação, devemos, quando lidarmos com gases mais leves que o ar, injetar o ar da base para o topo e vice-versa, quando lidarmos com gases mais pesado que o ar.
O que é muito importante para que o trabalhador saiba é que um ambiente confinado muda suas condições, com a seqüência dos trabalhos, portanto monitoramento, acompanhamento e observações periódicas são imprescindíveis
ORDEM DE SERVIÇO
ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO
DEFINIÇÃO:
É aquele que, pelo desenho, tem aberturas limitadas para entrada ou saída; uma ventilação natural desfavorável que pode conter ou produzir perigosos elementos contaminadores do ar; um espaço que não é feito para uma ocupação humana contínua.
Exemplos: silos verticais, secadores, elevadores, túneis de correias transportadoras , etc.
OBJETIVO:
Reconhecer o envolvimento dos trabalhos/tarefa/produção, com o processo de controle dos riscos, sua segurança depende de procedimentos operacionais adequados antes de se ingressar em um espaço confinado. A monitoração da atmosfera, bem como um pré-planejamento dos trabalhos e dos procedimentos de resgate são aspectos fundamentais do seu desempenho em segurança.
AMEAÇA INVISÍVEL:
As investigações sobre lesões e mortes ocorridas em espaços confinados indicam que os operários usualmente não sabem que estão trabalhando em um espaço confinado e que podem se deparar com riscos não previstos. A entrada ou permanência nesses locais, somente será permitida após a EMISSÃO DA PERMISSÃO PARA SERVIÇOS e cumpridos todos os procedimentos prevencionistas que se seguem:
1-) Somente será permitida a entrada mesmo com a permissão em espaço confinado, de pessoas devidamente treinadas para este tipo de tarefa. Tal treinamento deverá ser registrado na ficha individual do funcionário.
2-) O responsável pela permissão terá que fazer previamente inspeção no local, verificando as condições de segurança e certificando-se que as recomendações serão cumpridas.
3-) Todo o sistema de alimentação ou descarga deverá ser desligado, bem como todos os controles elétricos que comandam os motores de redlers, elevadores roscas sem fim misturadores etc., com garantia de que não serão , sem prévia
4-) Antes da liberação para entrada, o responsável pela permissão e funcionários que irão executar o serviço farão um reconhecimento para verificar se não existe material suspenso ou agregado nas paredes, que possa desmoronar ou cair.
5-) As bocas de visitas (abertura de entrada/saída) deverão ter altura e largura suficiente para permitir e facilitar a entrada ou saída de pessoas em caso de emergência, ainda que equipadas com proteção, tais como: máscaras, capacetes, luvas e outros.
6-) O RESPONSÁVEL PELA SEGURANÇA antecipadamente deverá ser avisado do trabalho que será realizado. É proibida a entrada e/ou permanência em espaço confinado sem apoio externo e corda espia presa à cintura do adentrante.
7-) O equipamento de resgate e pronto - socorrismo deverá ficar à mão, pronto para ser usado em situação de emergência, assim como deverão ser conhecidos os acessos e saídas que facilitarão a remoção de eventuais acidentados.
8-) A atmosfera de um espaço confinado deverá ser testada, antes da entrada de pessoas, quando existir suspeita de gases tóxicos ou inflamáveis, ou mesmo deficiência de oxigênio. Não será permitido o trabalho em atmosferas com teor abaixo abaixo de 19,5% de oxigênio, sem o uso de equipamento autônomo de proteção respiratória.
9-) Se não for possível insuflar ar (ventilação forçada) numa atmosfera com baixo teor de oxigênio e a entrada de pessoas ser indispensável a mesma somente será permitida com o uso de proteção respiratória completa (máscara autônoma) ou ar mandado filtrado.
10-) O gerente deverá designar pelo menos um apoiador externo para ficar sempre atento e observando os funcionários que estão dentro do espace confinado, devidamente treinado, com todos recursos necessários, para qualquer tipo de emergência, inclusive comunicação.
11-) O espaço confinado deverão ser adequadamente ventilado quando possível, durante todo o trabalho, de baixo para cima. Devendo o responsável pela permissão informar sempre às pessoas que vão entrar em espaço confinado os riscos existentes.
12-) O emitente da permissão terá que certificar-se pessoalmente após a conclusão do trabalho, se todo pessoal, equipamento etc., foi removido, antes de liberar o local para operação.
13-) Qualquer trabalho a quente (corte, solda, esmerilhamento e etc.) a ser realizado em espaço confinado terá que ter uma permissão EXTRA, pois a combustão e oxidação podem gerar novos riscos.
14-) Todo treinamento, inspeções e permissões para entrada em espaço confinado, assim como todos os procedimentos e o ciente dos funcionários que executarem serviços, ficarão documentados em pastas para esse fim.
N.B.= Qualquer entrada em espaço confinado, sem permissão, será considerada falta disciplinar GRAVE.
AUTORIZAÇÃO PARA SERVIÇOS EM ESPAÇO CONFINADO
Data _____/______/_______ Início: ____________ h Término: _____________ h
Trabalho a ser realizado: ___________________________________________________________
Na área: ____________________________ No equipamento: _____________________________
Nome (s) do (s) funcionário (s) executantes: __________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
	N.º
	PRECAUÇÕES EXIGIDAS
	SIM 
	NÃO
	VISTO
	01
	Existe material suspenso no local?
	
	
	
	02
	A entrada do pessoal será pela parte superior?
	
	
	
	03
	A atmosfera interior está livre de gases nocivos?
	
	
	
	04
	Os acessos estão livres e sinalizados?
	
	
	
	05
	A iluminação é suficiente?
	
	
	
	06
	É necessário insuflar ar no ambiente?
	
	
	
	07
	Caixa de Primeiros Socorros à postos?
	
	
	
	08
	O equipamento móvel está sem fusíveis?
	
	
	
	
	Será obrigatório o uso de EPI: respiração? 
	
	
	
	
	 cinto de segurança? 
	
	
	
	09
	 luvas? qual tipo?
	
	
	
	
	 óculos? qual tipo?
	
	
	
	 
	 roupas especiais?
	
	
	
	
10
	Qual (ais) risco (s) pode (m) existir (em) ? _______
_________________________________________
_________________________________________
	
	
	
	
11
	Recomendações extras de segurança: ___________
_________________________________________12
	O Sr. ___________________, acompanhará todo o
serviço do lado de fora e não se afastará do local.
	
	
	
	
 *
	Após conferir e vistar todas precauções acima, DECLARO, o trabalho como seguro: ___________
	
	
	
	 
 **
	AUTORIZADO: sim ______ / não ________
Gerente: _________________________________
	
	
	
confin.doc
RISCO NO TRABALHO EM SILOS E ARMAZENSRISCO PRIVATE "TYPE=PICT;ALT=Riscos em Silos"
Com a grande produção agrícola, principalmente nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, o país apresenta um potencial muito grande de riscos aos trabalhadores, em especial neste período do ano, onde estão concluindo a colheita. Os problemas aumentam nos meses em que se realizam a armazenagem de toda a produção de grãos. 
Os silos e os armazéns são construções indispensáveis ao armazenamento de cereais e influem decisivamente na sua qualidade e preço. Entretanto, pôr sua dimensão e complexidade, podem ser fonte de vários e graves acidentes do trabalho. Pôr serem os silos locais fechados, enclausurados, perigosos e traiçoeiros, são conhecidos como espaços confinados.
 Na Agricultura, existem ainda os chamados espaços confinados móveis como tanques que são levados para o campo, onde são armazenados os agrotóxicos usados na lavoura e os caminhões tanque transportadores de combustível ou de água (carros pipa).
Exemplos de espaços confinados que podem ser encontrados nas diversas atividades ligadas à agroindústria são: tonéis (de vinho/aguardente, reatores, colunas de destilação, vasos, cubas, tinas, misturadores, secadores, moinhos, moegas, silos, túneis, poço de elevador, caixas da água, depósitos e outros).
Um espaço confinado apresenta sérios riscos com danos à saúde, seqüelas e morte. São riscos físicos, químicos, ergonômicos, biológicos e de acidentes, também chamados de riscos mecânicos e são uma triste realidade no Brasil inteiro.
Vejamos alguns dos riscos dos acidentes em Silos e Armazéns agrícolas:
1 - explosões; 
2 - problemas ergonômicos; 
3 - lesões do trato respiratório (poeiras) e do globo ocular; 
4 - riscos ambientais como ruído, iluminação, umidade, vibrações, eletricidade, etc;
5 - acidentes em geral (quedas, soterramento, asfixia mecânica, etc.). 
Riscos de explosões
As explosões ocorrem onde o pó fica confinado e atinge concentrações elevadas, tornando-se inflamável diante de uma chama aberta. Locais como poços de elevadores, túneis, interiores de silos e armazéns constituem um alto risco de explosão bem como existe o risco de asfixia pôr gases provenientes de decomposição dos grãos, especialmente nos espaços que não apresentam boa ou nenhuma ventilação. 
A decomposição de grãos também pode gerar vapores inflamáveis. Se a umidade do grão for superior a 20%, poderá gerar metanol, propanol ou butanol. Os gases metano e etano, também produzidos pela decomposição de grãos, são igualmente inflamáveis e podem gerar explosões.
 Como medida para evitar os riscos de explosão, deve-se adotar normas para execução de trabalhos de manutenção que exijam serviços com intensa geração de calor, como soldas ou cortes a maçarico. Nesses locais onde há alta concentração de pó ou gases confinados, o acesso só deve ser permitido após verificação da situação do ambiente. Para esta situação, vale a experiência de uma equipe de brigada de incêndio, com bons treinamentos e simulações nos locais a serem protegidos.
Para diminuir o risco de explosões, deve-se evitar a solda e o fumo no interior e nas proximidades dos silos.
Existem pequenos aparelhos que indicam a concentração de gases perigosos no interior dos silos e demais espaços confinados, que dão segurança ao operário que vai adentrar nesse recinto.
Medidores de gás
Alguns fumigantes contêm produtos inflamáveis como: dissulfeto de carbono, dicloreto de etileno, fosfina e outros. Fumigantes e pesticidas são um risco habitual para os trabalhadores das unidades armazenadoras de grãos.
 Normalmente implicam na exposição ao tetracloreto de carbono, dissulfeto de carbono, dibrometano, fosfeto de alumínio e dióxido de enxofre, todos potencialmente perigosos. A foto abaixo mostra o EPI (máscara) indicado para gases.
Máscara para gases
A maior parte dos acidentes ocorre nas regiões em que a umidade relativa do ar atinge valores inferiores a 50%, e onde se armazenam produtos de risco como: trigo, milho e soja, ricos em óleos inflamáveis.
Problemas ergonômicos
	Os riscos ergonômicos ocorrem principalmente quando se trata de armazenagem de grãos ensacados, onde são transportados volumes manualmente. O transporte manual das cargas implica em riscos de agressões à coluna, como lombalgias, torções da coluna lombar, produção de hérnia de disco, dores e fadiga. 
	Outros riscos ergonômicos que devem ser evitados são nas atividades de alimentação de fornalhas, que funcionam à lenha. Quem opera no abastecimento de lenha das fornalhas deve usar Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) obrigatórios para a função: sapato de segurança com biqueira de aço, para evitar acidentes com a queda da lenha nos membros inferiores, luvas e aventais de raspa, capacete, além de óculos escuros, para proteger os olhos dos raios ultravioletas, provenientes da chama da fornalha. As luvas, além de protegerem as mãos contra lesões provocadas pôr materiais cortantes ou perfurantes, protegem inclusive de picadas, às vezes venenosas, no caso de haver bichos peçonhentos na lenha.
Os problemas ergonômicos relacionado a ambientes confinados normalmente estão associados também às reduzidas dimensões do acesso exigindo posturas inadequadas do corpo, o uso das mãos e a dificuldade no resgate em caso de acidente.
 São eles:
portinhola de acesso; 
agressões à coluna vertebral; 
lombalgias; 
torções; 
esmagamento de discos da vértebra. 
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A figura abaixo mostra um operário entrando num espaço confinado. A seção transversal, normalmente, é circular mas a da foto é quadrada. Observe que ele leva, pendurado no pescoço, um instrumento para verificar a existência e a concentração de gases perigosos no interior do recinto. O aparelhinho é mostrado em detalhes, à direita. 
A figura esquemática abaixo mostra a forma errada (ou não ergonômica) de levantar peso, à esquerda e a forma correta, à direita.
Da mesma forma, para transportar sacos
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Problemas com os pulmões e os olhos
	Nas áreas de recebimento, limpeza, secagem e armazenagem de grãos, como moegas, transportadores, máquinas de limpeza e silos, geralmente cobertas pôr poeiras, é necessário tomar cuidado quanto aos riscos químicos que elas podem provocar como: doenças pulmonares, lesões nos olhos provenientes de impacto de partículas e mesmo dificuldades respiratórias. 
Alguns grãos armazenados, como o arroz em casca, desprendem uma poeira que pode causar lesão aos olhos ou dificuldades respiratórias.
A soja, pôr ser uma planta de porte baixo, ao ser colhida com colheitadeira, leva consigo muita terra. Assim, ao ser armazenada, ao movimentar-se, desprende essa poeira, que pode provocar uma doença terrível chamada silicose ou o empedramento dos pulmões.
Os Equipamentos de Proteção Individual(EPI's), recomendados são:
a) máscaras contra poeiras; 
b) óculos de segurança.
Riscos físicos 
Além dos riscos físicos já relacionados anteriormente, juntam-se a falta de aterramento de motores, o uso de lâmpadas inadequadas e a temível eletricidade estática.
Os EPI's recomendados são:
a) protetores auriculares;
b) óculos ray-ban (para raios ultravioletas) nas fornalhas à lenha; 
c) capacete de segurança.
Acidentes em geral
Vários tipos de acidente podem acontecer com os trabalhadores de silos e armazéns. Nos silos grandes, como o do croqui abaixo, quando o operário entrar sozinho no seu interior e tentar andar sem o cinto de segurança sobre a superfície dos grãos, aparentemente firmes.Outro ponto importante a considerar são os cuidados especiais nos trabalhos em altura.
Um dos riscos existentes em empresas recebedoras armazenadoras, que têm causado acidentes fatais, é o soterramento de pessoas nas operações de limpeza das moegas, armazéns graneleiros ou silos, quando pôr algum motivo entra nestes locais apenas um funcionário para efetuar a manutenção necessária. Deveriam ter, no mínimo, dois funcionários na atividade e utilizando EPI’s obrigatórios para esta operação – cinto de segurança tipo pára-quedista, preso a uma trava-quedas ou numa corda, capacete, máscara e calçados de segurança. Os acidentes ocorrem quando há uma movimentação do produto, soterrando o funcionário e o matando por asfixia.
O interior de um silo é um ambiente hostil. Há necessidade que a pessoa designada para executar qualquer tarefa em seu interior esteja devidamente treinada e orientada quanto aos riscos de acidentes e apta a realizar a tarefa. Antes de entrar num silo para executar qualquer tarefa, recomenda-se que:
O operário nunca entre sozinho num silo; 
Use equipamento de descida; 
Tenha permissão prévia do seu superior; 
Verifique se há gases e poeiras perigosas; 
Tripé para descida
Sempre que houver necessidade, pode-se lançar mão de aparelhos de comunicação, seja para transmitir orientações pôr alguém que esteja do lado de fora do silo, como quando, obstáculos físicos impeçam a sinalização visual entre parceiros.
Nos casos em que foi constatado previamente pelo detector de gases, que a atmosfera no interior do silo está pobre em oxigênio, pode-se utilizar o equipamento portátil ao lado, fabricado para esse fim.
Equipamento de ar mandado
Em casos extremos, poderíamos utilizar um equipamento externo que fornecesse oxigênio, através da ventilação forçada, com a mangueira que aparece abaixo.
Sérios acidentes também podem ocorrer no sistema transportador de grãos dos silos como redlers, correias, fitas, roscas sem fim e que pôr ser um elemento girante e em movimento são equipamentos muito perigoso.
Mais do que leis, devem ser estabelecidos procedimentos de segurança adequados a cada atividade, e que efetivamente sejam cumpridos. Diante de um assunto tão sério, não bastam leis e procedimentos, a que se fazer com que o trabalhador entenda sobre os riscos e cuidados a serem tomados para que não ocorram acidentes. O trabalhador precisa conhecer exatamente quais os seus limites, pois de nada adianta um programa de conscientização se não são observadas as regras.
É necessário entender que normas de segurança são princípios de preservação da saúde e integridade física do trabalhador, ou seja, da sua própria vida.
Equipamentos de Proteção
	Relação dos equipamentos coletivos e individuais para prevenir acidentes nestes locais;
EPIs:
Capacete com jugular 
Luvas (PVC ou vaqueta) 
Trava-quedas e acessórios 
Botas de segurança 
Óculos de segurança 
EPCs:
Ventilador/insuflador de ar 
Rádio para comunicação 
Tripé 
Detector de gases e/ou poeiras 
Lanternas apropriadas 
Sistema autônomo com peça facial 
Instrumentação:
Detector de gases 
Explosímetro 
 
PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA PARA “AMBIENTES CONFINADOS”
	DEFINIÇÃO
	É todo lugar que possui entradas ou saídas limitadas ou restritas, ou ainda que possui uma ou mais das seguintes características: contém ou conteve potencial de risco na atmosfera, possui atmosfera com deficiência de O² (menos de 19,5%) ou excessos de O² (mais de 22%), possui configuração interna tal que possa provocar asfixia, claustrofobia, e até mesmo medo, ou insegurança e possui agentes contaminantes agressivos à segurança ou a saúde.
	CAMPO DE APLICAÇÃO
Tanques, reservatórios, tanques de aeração, caixas subterrâneas, contêiners tanques, box contêiners, diques, vasos, colunas, dutos de ventilação, bueiros, caixas d’água, porões de navios, redes de gás, eletricidade, água, esgoto, galerias por onde passam cabos telefônicos e de TV a cabo, toneis, contêiners, poços, cisternas, minas e valas, porões de armazenamento de cereais, decantadores, digestores, tubulações, silos, elevadores, caldeiras, túneis e outros locais confinados.
OBJETIVO
Estabelecer exigências, definir práticas de trabalho seguro para evitar acidentes, treinamento necessário e funcionários responsáveis.
TREINAMENTO DE SEGURANÇA
Para a realização de trabalhos nos locais acima citados, os funcionários deverão ser treinados conforme Anexo 1.
COMUNICAÇÃO INTERNA DE TRABALHO (CIT) 
O chefe do setor onde será realizado o trabalho, com no mínimo 48 hs (quarenta e oito horas) de antecedência, deverá informar ao Sesmt sobre o trabalho mediante preenchimento completo da CIT (Anexo 2).
PERMISSÃO PARA O TRABALHO (PT)
Após recebimento da Comunicação Interna de Serviço, o Sesmt fará Avaliação Quantitativa e/ou Qualitativa dos Agentes Ambientais (Anexo 3) emitindo uma PT autorizando o trabalho desde que cumpridas as exigências da mesma (Anexo 4).
FUNCIONÁRIOS RESPONSÁVEIS
Os chefes dos setores envolvidos serão responsáveis diretos quanto ao cumprimento de todas as exigências observadas na PT, cumpridas as mesmas pode-se realizar o trabalho.
 
SERVIÇO TERCEIRIZADO
A prestadora de serviços não poderá iniciar seu trabalho antes de receber a devida autorização do Sesmt. De igual forma, o chefe do setor que requisitou o serviço de terceiros deverá informar, com no mínimo 48 Hs (quarenta e oito horas) de antecedência, fazendo uso da Comunicação Interna de Trabalho porém discriminando na RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS se tratar de serviço de terceiros. Fica proibida a subcontratação, ou seja, que a empresa terceirizada contrate serviços de outra. Conforme procedimento habitual o Sesmt analisando a CIT emitirá a Permissão para o Trabalho.
TREINAMENTO PARA USO DE EPI’s EM AMBIENTES CONFINADOS.
RISCOS AMBIENTAIS:
*RISCO BIOLÓGICO: surgem do contato de certos microorganismos como vírus, bacilos, fungos e bactérias, com o homem. Podem entrar no organismo através das vias cutâneas, digestiva e respiratória.
 *RISCO FÍSICO: ruído gerado por máquinas e equipamentos; umidade proveniente dos resíduos líquidos; frio ou calor.
*RISCO QUÍMICO: Vapores podem surgir em função da evaporação de produtos químicos utilizados ou através da decomposição de produtos. As vias de penetração são cutânea, digestiva e respiratória.
*RISCO ERGONÔMICO: tarefas executadas em situações inadequadas, tais como postura, ritmo excessivo, trabalho em turno, isolamento, condições do ambiente.
*RISCO MECÂNICO: é um grupo com uma abrangência muito diversificada de situações que vão desde a utilização improvisada, inadequada ou defeituosa de máquinas e equipamentos até questões de arranjo físico. Comportamentos negativos (brincadeiras, não uso dos EPI’s, desobediência de regras do treinamento, etc). 
MEDIDAS PREVENTIVAS
*EPC - Equipamento de Proteção Coletiva - corrimões em passarelas, ao redor dos tanques e nas plataformas; guarda-corpo em escadas; proteção das correias de motores e partes móveis de máquinas e equipamentos; proteções de madeira sobre compartimentos onde localizam-se registros ou que constituam risco de queda.
*EPI – Equipamento de Proteção Individual 
Proteção para membros inferiores : para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos ou encharcados, como proteção contra riscos de origem térmica, agentes químicos, agentes biológicos agressivos e de origem mecânica.
Proteção para membros superiores: proteção contra materiais cortantes ou perfurantes, agentes químicos, agentes biológicos, choques elétricos, frio, etc.
Proteção para a cabeça: para proteger o crânio de impactos provenientes de quedas e projeções de objetos.
Proteção ocular: contra respingos que possam causar irritações, queimaduras ou perfurações nos olhos decorrentes da ação de líquidos agressivos e/ou outros materiais.
Proteção auditiva: para trabalhosrealizados em locais em que o nível de ruído ultrapasse o Limite de Tolerância estabelecido na NR-15.
Proteção respiratória: para impedir a penetração de gases e vapores pelas vias respiratórias. Evitando-se efeitos agudos e crônicos.
Proteção contra queda: para trabalhos em alturas superiores a 2 (dois metros) em que haja risco de queda, bem como no interior dos ambientes para realização de resgate emergencial. 
 		
3) DEMOSTRAÇÃO E PRÁTICA DE USO DE EPI’s 
			
			- Botas de borracha; 
	- Calçado;
	- Luvas;
	- Capacete;
	- Óculos;
	- Protetor Auricular;
	- Cinto de segurança;
	- Respiradores;
 - Aparelho de Isolamento (Adução de Ar).
RESPONSABILIDADES
*Cabe ao empregador quanto ao EPI’s – NR-6 item 6.6
adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTA e de empresas cadastradas no DNSST/MTA;
treinar o trabalhador sobre o uso adequado;
tornar obrigatório seu uso;
substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.
 
* Cabe ao empregado quanto ao EPI – NR-6 item 6.7
 a) usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
 b) responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.
		Nota: constitiu ato faltoso a recusa injustificada do empregado quanto a utilização de EPI. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre a segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregado a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente (CLT).
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DOS 
AGENTES AMBIENTAIS
Referente CIT nº_______
	
A avaliação quantitativa e/ou qualitativa bem como o monitoramento dos agentes ambientais ruído, calor e produtos químicas é realizado através do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA - podendo assim controlar as atividades de rotina através de Procedimentos e Treinamentos de Segurança. Porém em casos excepcionais, ou seja, onde não existem disponíveis dados sobre os agentes ambientais, será analisada a Comunicação Interna de Trabalho – CIT – seguindo da avaliação quantitativa e/ou qualitativa dos agentes ambientais.
	AVALIAÇÃO QUALITATIVA
Riscos encontrados: ____________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________
Equipamentos de Proteção Individual recomendados: ___________
________________________________________________________________________________________________________________________________
	AVALIAÇÃO QUANTITATIVA
Riscos avaliados: _______________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________
Equipamentos de Proteção Individual recomendados: ___________
________________________________________________________________________________________________________________________________
	OBSERVAÇÕES: ______________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
RESPONSÁVEL: ________________________________________________
________________________________________________________________
EXPLOSÃO DE PÓ
Assunto não digamos desconhecido, porém pouco discutido ou quase não se falava até alguns anos atrás.
Com Limite Inferior de Explosividade (LIE) = 20 g/m3
Pós/poeiras: podem criar atmosfera explosiva: carvão, cereais, madeiras, plásticos em partículas finíssimas.
CAUSAS:
1 – elevadores (sobrecarga, atrito das canecas....)
2 – equipamentos sem manutenção ....
3 – pedras, metais, outros corpos junto aos grãos ....
4 – fumar nos locais.... 5 – serviços de corte e soldas . . ..
6 - instalações elétricas expostas ....
7 – eletricidade estática (ferramentas, pára-raios, roupas...
8 – aquecimento espontâneo dos grãos/pó....
9 – limpeza deficiente ou não recomendada.
PREVENÇÃO:
sistema de captação eficiente (aspiração), mantendo ordem e limpeza;
Controle das fontes de ignição;
Instalar um separador de metais (peneiras);
Termometria nos locais propícios a explosão(moega, silo, armazém depósito etc.);
Aterramento das fontes;
Proibição de fumar e portar fósforos, isqueiros, cigarros etc.
Instalações elétricas à prova de fogo (pó);
Programa de manutenção efetivo;
RECOMENDAÇÕES
nunca usar tubos de PVC em grãos, pelo atrito forma eletricidade estática (usar tubos metálicos);
ar comprimido ou vassouras devem ser substituídos por sistema de exaustão par não levantar poeira/pós;
medir freqüentemente a umidade relativa do ar;
medir com a mesma intensidade a eletricidade estática;
caminhões devem ser ligados após descerem a rampa da moega;
controlar os trabalhos aquente, a frio ou serviços perigosos por escrito;
FATORES CONTRIBUINTES
presença de material combustível;
quantidade/volume de pó confinado;
observar limites mínimo e máximo de explosividade;
tamanho das partículas;
atmosfera explosiva;
mistura explosiva;
distribuição da mistura
fontes de ignição.
CURIOSIDADES:
	TAXA DE OXIGÊNIO
19 à 15% = pode criar confusão mental
14 à 12 % = leva ao desmaio
11 à 9% = morte em minutos
8 à 6 % = morte em 8 segundos
6 à 4 % = morte em 4 segundos.
	Dióxido de carbono
Dor de cabeça = 200 ppm
Palpitação = 100 à 2000 ppm
Inconsciência = 2000 à 2500 ppm
Morte = mais de 4000 ppm
	H2S ( gás sulfídrico) = LT 8 ppm gás metano:
Causa irritação = 50 a 100 ppm peso específico 0,5 ppm;
Problema com irritação = 100 `a 200 ppm não observado em ambientes 
Inconsciência = 500 à 700 ppm rebaixados 
Morte = mais de 700 ppm.
	Gás metano:
Peso específico 0,5 ppm;
Não observado em ambientes rebaixados
Monóxido de carbono = 20 ppm
Enxofre = 4 ppm / semana
TIPOS DE MANUTENÇÃO:
Preditiva: inibir a ocorrência de riscos;
Preventiva: eliminar ou confinar os riscos;
Corrretiva: neutralizar os efeitos dos riscos;
Emergencial: corrigir os efeitos indesejados imediatos
Relaxativa: todos estamos inclusos!!!. 
1. - POEIRAS VEGETAIS:
	Na exposição ocupacional, a poeira gerada no manuseio de grãos vegetais, pode ser inalada pelos trabalhadores quando eles não estão devidamente protegidos em função de falhas ou deficiências nos sistemas de controle.
	A literatura médica especializada têm descrito algumas patologias de origem ocupacional produzidas pela inalação deste tipo de material particulado, que vai desde respostas alergênicas até pneumoconioses tipo “pulmão de fazendeiro”. 
	As medidas de proteção ao trabalhador devem estar dirigidas para evitar a formação de poeira através de medidas de controle de ordem coletiva, fundamentalmente, enclausuramentos e ventilação exaustora. Estas medidas de controle devem ser complementadas com equipamentos de proteção respiratória.
	Não existem normas específicas de proteção aos trabalhadores que desenvolvam suas atividades com manipulação de grãos, mas as Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, dão uma cobertura, em especial, as seguintes: NR 07, NR 09 e NR 15.
	Os Limites de Tolerância para concentrações de poeiras é de 10mg/m3 para poeira total e 3 mg/m³ para poeira respirável que corresponda a material particulado não tóxico.
	Segundo a NR 15, em seuanexo n.º 12, somente há previsão legal para pagamento de insalubridade por poeiras minerais de: asbestos, manganês e seus compostos e sílica livre cristalizada. Ou ainda, segundo critério qualitativo, pelo anexo n.º 13, onde são caracterizadas como insalubres as poeiras de: arsênio, carvão, silicatos, cádmio, bagaço de cana, cal e cimento, enxofre e sulfitos. 
Conclusão: Assim, apesar de conhecermos os malefícios que trazem outros tipos de poeiras (como é nosso caso) somente a exposição àquelas faz juz ao adicional de insalubridade.
INCÊNDIO & EXPLOSÃO:
Incêndio:
Materiais em forma de pó (pulverulentos), em função de suas características físico-químicas podem apresentar problemas de ordem legal e ocupacional.
Ocorrem com todas as poeiras combustíveis, porém, para que tal aconteça é necessário que a quantidade de material combustível seja muito grande, e as partículas tenham pouco espaço entre si, impedindo um contato direto e abundante com oxigênio do ar. As partículas devem, porém, estar afastadas entre si, de maneira que, apesar da fonte de ignição e da conseqüente combustão local, não seja permitida a propagação instantânea do calor e da combustão às partículas localizadas nas camadas mais internas, devido a insuficiência de ar.
Desta forma a queima se dá por camadas, em locais onde as poeiras estejam depositadas ao longo das jornadas de trabalho, ou numa das seguintes formas: empilhados, em camadas, armazenados em tulhas, depósitos, outros. A ignição que ocorre em camadas deve ser controlada com cuidado para evitar que o material depositado em estruturas, tubulações e locais de difícil visualização e limpeza, sejam colocados em suspensão, formando a nuvem de poeira, que evoluirá para a explosão, pois há no ambiente os fatores de deflagração da mesma, isto é, fogo e energia. O incêndio por camadas, outrossim, é de difícil extinção, podendo prolongar-se por várias horas após seu controle.
Explosão:
Podem ocorrer em unidades processadoras como secadores, peletizadoras e silos, onde as poeiras tem propriedades combustíveis. Isto ocorre quando a poeira está dispersa e em concentrações adequadas desde que sem controle de exaustão.
A poeira depositada ao longo do tempo nos diversos locais de planta industrial, quando agitada ou colocada em suspensão e na presença de uma fonte de ignição com energia para a primeira deflagração, poderá explodir, causando vibrações subsequentes pela onda de choque. Isto fará com que o pó depositado entre em suspensão e mais explosões aconteçam, cada qual mais devastadora que a anterior, causando danos irreversíveis ao patrimônio.
Para haver explosão do pó é necessário que estejam presentes:
Mistura: pó e ar sob forma de nuvem, que fique dentro dos índices inferior e superior de explosividade (IIE e ISE);
Fonte de energia de ativação: qualquer fator capaz de causar centelhas com padrões de inflamabilidade e energia de ativação, cargas eletrostáticas inerentes ao processo produtivo como redler, transporte pneumático, atrito metálico, ventilador, painéis elétricos expostos.
Presença de oxigênio: na atmosfera com 21% e aparelhos de solda;
Umidade: quanto mais seco o material e o ar, mais suscetível fica o risco de explosões;
Granulometria: quanto mais fina maior o poder de deflagração do pó e maior a velocidade da mesma (se compactada são passíveis de incêndio de difícil extinção);
Deflagração: é o fenômeno de explosão que ocorre com velocidade de chama de um a cem m/s.
Detonação: é o fenômeno da explosão que ocorre com velocidade de chama igual ou superior a velocidade do som, podendo chegar a 1000 m/s.
Gases Tóxicos:
As chamas e os efeitos do aumento de pressão de numa explosão não são os únicos problemas a enfrentar. Na atmosfera do evento ocorre uma deficiência de oxigênio e a formação de gases tóxicos em virtude da combustão, particularmente o CO. A concentração de gases pode ser suficientemente alta durante alguns momentos, e assim causar inconsciência, ainda que momentânea à pessoas presentes e assim conduzir à morte.
Estão presentes nas Moegas, Silos, Secadores e Peletizadoras.
Principais produtos cultivados na região sul do MS:
	Tipo de pó
	Ie
	Si
	Ge
	Pm.P
	Vm.P
	Poeira
	Leito
	E
	Com.
	%o2
	Arroz
	0,3
	10,6
	0,5
	3,3
	49,2
	510
	450
	0,10
	85,0
	
	Açúcar em pó
	9,6
	4,0
	2,4
	7,7
	380,0
	370
	400
	0,03
	45,0
	
	Algodão em rama
	-0,1
	-0,1
	-0,1
	5,1
	28,1
	520
	
	1,92
	500,2
	C21
	Café torrado
	-0,1
	0,2
	0,1
	2,7
	10,6
	720
	270
	0,16
	85,0
	C17
	Cana de açúcar
	20,5
	3,8
	5,4
	8,5
	703,7
	440
	220
	0,035
	40,0
	
	Casca de arroz
	2,7
	1,6
	1,7
	7,7
	282
	450
	220
	0,05
	55
	
	Farinha de trigo
	4,1
	1,5
	2,7
	7
	197
	440
	440
	0,06
	50
	
	Leite desnatado
	1,4
	1,6
	0,9
	6,7
	162
	490
	100
	0,05
	50
	N15
	Milho
	6,9
	2,3
	3
	8
	422
	400
	250
	0,04
	55
	
	Palha de trigo
	5
	1,6
	3,1
	8,2
	422
	470
	220
	0,035
	75
	
	Pó de cereal trigo
	9,2
	2,8
	3,3
	9,2
	495
	430
	230
	0,035
	35
	
	Semente de milho
	5,5
	2,5
	2,2
	8,9
	260
	450
	240
	0,045
	45
	
	Trigo bruto
	2,6
	1
	2,6
	5
	155
	500
	220
	0,06
	65
	
Ie: Índice de explosividade Si: sensibilidade de ignição 
Ge: gravidade de Explosão Pm.P : Pressão máxima de Explosão em Kg/cm2;
Velocidade máxima de aumento de pressão e Kg/cm2;
E: energia necessária em Joules;
Conc: concentração mínima de Explosividade Gr/m3
			Tabela 1 – fonte: Fire Protection Hanhbook
	Tipo de explosão
	Sensibilidade 
	Gravidade 
	Índice
	Débil
	- 0,2 
	- 0,5
	- 0,1 
	Moderada
	0,2 – 1,0
	0,5 – 0,1
	0,1 – 1,0
	Forte
	1,0 – 5,0
	1,0 – 2,0
	1,0 - 10
	Muito boa
	+5,0
	+ 2,0 
	+ 1,0
PRINCIPAIS RISCOS
Explosões, problemas ergonômicos, lesões no trato respiratório, lesões no globo ocular e acidentes em geral.
 Explosões: ocorrem especialmente quando os grãos entram em decomposição, gerando gases leves como o metano e etano. Estes gases são altamente inflamáveis diante de uma chama aberta. 
Problemas ergonômicos: se dão quando se trata de armazenagem de grãos ensacados ou de volumes deslocados manualmente. O transporte das cargas implica em grande risco de agressões à coluna vertebral, lombalgias, torções e até mesmo esmagamento de discos de vértebras. 
Respiração/visão: as áreas de descarga e movimentação de grãos (moegas, correias transportadoras, silos) em geral são ricas em poeiras. Alguns grãos, como o arroz em casca, têm uma poeira que pode causar lesão nos olhos ou dificuldades respiratórias.
Quedas: freqüentemente são adotados tanques subterrâneos, com profundidades de dez metros ou mais, sendo necessários os procedimentos iguais aos trabalhos em altura.
 
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50 a 100
ppm de H2S
100 a 200
500 a 700
Acima de 700
OS EFEITOS DO H2S:
Este é um dos piores agentes ambientais agressivos ao ser humano, justamente pelo fato de que em concentrações médias e acima, o nosso sistema olfativo não consegue detectar a sua presença. Em concentrações superiores a 8,0 ppm (partes do gás por milhões de partes de ar) – que é o limite de tolerância, o gás sulfídrico causa. 
 
ppm de CO
Acima de 200
1000 a 2000
2000 a 2500
Acima de 4000
ppm de H2S
50 a 100
100 a 200
 
500 a700
Acima de 700
OS EFEITOS DO H2S: GÁS SUFIDRICO
ESTE É UM DOS PIORES AGENTES AMBIENTAIS AGRESSIVOS AO SER HUMANO, JUSTAMENTE PELOFATO DE QUE EM CONCENTRAÇÕES MÉDIAS E ACIMA, O NOSSO SISTEMA OLFATIVO NÃO CONSEGUE DETECTAR A SUA PRESENÇA. EM CONCENTRAÇÕES SUPERIORES A 8,0 PPM (PARTES DO GÁS POR MILHÕES DE PARTES DE AR) – QUE É O LIMITE DE TOLERÂNCIA, O GÁS SULFÍDRICO CAUSA. 
 
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Acima de 200
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