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AP INST ELETRICAS Igor Faro

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________________________________________ 
MANUAL PRÁTICO DE 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
 
 
 
ARACAJU/SE 
 
 
 
I 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Camuflar um erro seu é anular a busca pelo 
conhecimento. Aprenda com eles e faça 
novamente de forma correta. 
 
 
II 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
SUMÁRIO 
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES .............................................................................................................. IV 
ÍNDICE DE TABELAS ........................................................................................................................ VI 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................. VIII 
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1 
ENERGIA ELÉTRICAS ................................................................................................................... 2 
TERMINOLOGIA .................................................................................................................................. 3 
CURIOSIDADE – GUERRA DAS CORRENTES ............................................................................ 4 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS ........................................................................................................ 6 
GRANDEZAS ELÉTRICAS ............................................................................................................ 6 
CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA ............................................................................... 7 
CIRCUITOS MONOFÁSICOS .................................................................................................... 8 
CIRCUITOS TRIFÁSICOS .......................................................................................................... 9 
APARELHOS DE TESTE E PARA MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA .......................... 10 
LÂMPADA NEON ....................................................................................................................... 10 
APARELHOS DE MEDIÇÃO .................................................................................................... 11 
PROJETO ELÉTRICO ....................................................................................................................... 12 
DEFINIÇÃO ..................................................................................................................................... 12 
REQUISITOS .................................................................................................................................. 12 
SIMBOLOGIA – NBR-5444 .......................................................................................................... 13 
EXIGÊNCIAS .................................................................................................................................. 16 
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS – NDU-001 – item 5.11................................................... 16 
LIGAÇÕES TÍPICAS ..................................................................................................................... 18 
UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES ..................................... 21 
MAIS DE UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES ................... 21 
UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES EM PARALELO ..................... 22 
UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES PARALELOS E 
INTERMEDIÁRIOS ..................................................................................................................... 23 
TOMADAS DE USO GERAL (MONOFÁSICAS) ................................................................... 24 
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (MONOFÁSICAS) ........................................................ 25 
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (BIFÁSICAS) ................................................................. 25 
CARGA MÍNIMA – NBR-5410/2004 ........................................................................................... 26 
TOMADAS ................................................................................................................................... 26 
ILUMINAÇÂO .............................................................................................................................. 27 
DAS LÂMPADAS MAIS USADAS EM INSTALÇÕES RESIDÊNCIAIS ............................. 30 
CARGAS USUAIS .......................................................................................................................... 38 
III 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
CARGAS USUAIS PARA EQUIPAMENTOS RESIDÊNCIAIS .............................................. 44 
CARGAS USUAIS PARA PONTO DE ILUMINAÇÃO ............................................................ 44 
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ................................................................. 45 
DIMENSIONAMENTO ....................................................................................................................... 46 
PONTOS DE UTILIZAÇÃO .......................................................................................................... 46 
CIRCUITOS ..................................................................................................................................... 46 
NÚMERO MÍNIMO DE CIRCUITOS ....................................................................................... 46 
ELETRODUTOS ............................................................................................................................. 47 
CABEAMENTO OU FIAÇÃO ....................................................................................................... 47 
DIMENSIONAMENTO DO CABEAMENTO OU FIAÇÃO ....................................................... 47 
SEÇÃO MINIMA DO CONDUTOR NEUTRO ........................................................................ 48 
SEÇÃO MINIMA DOS CONDUTORES DE PROTEÇÃO (TERRA) ................................... 49 
FATOR DE GRUPAMENTO OU AGRUPAMENTO (Fa) ..................................................... 49 
FATOR DE TEMPERATURA (Ft) ............................................................................................ 49 
CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE ................................................................ 50 
QUEDA DE TENSÃO ................................................................................................................ 51 
DIMENSIONAMENTOS ESPECIAIS .......................................................................................... 53 
ALIMENTADORES ..................................................................................................................... 53 
DEMANDA ................................................................................................................................... 55 
ALIMENTADORES CONVENCIONAIS .................................................................................. 58 
MOTORES ................................................................................................................................... 59 
ALIMENTADORES GERAIS PARA EDIFÍCIOS ................................................................... 60 
SELEÇÃO DOS DISJUNTORES ............................................................................................. 64 
DIMENSIONAMENTO DOS ELETRODUTOS ..........................................................................65 
APRESENTAÇÃO DO PROJETO .............................................................................................. 67 
EXEMPLO ........................................................................................................................................... 68 
ENERGIAS RENOVÁVEIS ............................................................................................................... 89 
SISTEMAS OFF-GRID .................................................................................................................. 90 
SISTEMAS GRID-TIE .................................................................................................................... 91 
PROCEDIMENTOS DE ACESSO ........................................................................................... 92 
COMPENSAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ......................................................................... 92 
 
IV 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Sistema de distribuição ...................................................................................................... 1 
Figura 2 - Hidroelétrica ........................................................................................................................ 2 
Figura 3 - Torre de transmissão ......................................................................................................... 2 
Figura 4 - Distribuição .......................................................................................................................... 2 
Figura 5 - Guerra das correntes ......................................................................................................... 4 
Figura 6 - Corrente continua ............................................................................................................... 4 
Figura 7 - Corrente alternada .............................................................................................................. 5 
Figura 8 - Potência ............................................................................................................................... 6 
Figura 9 - Sistema hidráulico .............................................................................................................. 7 
Figura 10 - Gerador monofásico......................................................................................................... 8 
Figura 11 - Senoide da tensão monofásica ...................................................................................... 8 
Figura 12 - Gerador Trifásico em estrela .......................................................................................... 9 
Figura 13 - Senoide da tensão trifásica............................................................................................. 9 
Figura 14 - Gerador Trifásico em triângulo ....................................................................................... 9 
Figura 15 - Apresentação de projeto padrão .................................................................................. 15 
Figura 16 - Simbologia dos cabos .................................................................................................... 18 
Figura 17 - Representação dos cabos ............................................................................................ 18 
Figura 18 – Condutores ..................................................................................................................... 20 
Figura 19 - Uma lâmpada em interruptor simples ......................................................................... 21 
Figura 20 - Mais de uma lâmpada em interruptor simples ........................................................... 21 
Figura 21 - Uma lâmpada em interruptores paralelos .................................................................. 22 
Figura 22 - Uma lâmpada em interruptores paralelos, simplificado ........................................... 22 
Figura 23 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários ..................................... 23 
Figura 24 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários, simplificado .............. 23 
Figura 25 - TUG - Monofásica .......................................................................................................... 24 
Figura 26 - TUG - Monofásica, simplificada ................................................................................... 24 
Figura 27 - TUE - Monofásica ........................................................................................................... 25 
Figura 28 - TUE - Bifásica ................................................................................................................. 25 
Figura 29 - Cor aproximada em função da temperatura das lâmpadas usuais. ....................... 29 
Figura 30 - Lâmpada incandescente comum ................................................................................. 30 
Figura 31 - Lâmpada halógena ........................................................................................................ 30 
Figura 32 - Lâmpada fluorescente tubular ...................................................................................... 31 
Figura 33 - Lâmpada fluorescente compacta ................................................................................. 31 
Figura 34 - Lâmpada fluorescente ................................................................................................... 31 
Figura 35 - Fita LED ........................................................................................................................... 33 
Figura 36 - Eficiência da luminária ................................................................................................... 34 
Figura 37 - Análise do nível de iluminamento ................................................................................ 34 
V 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
Figura 38 - Detalhe de entrada ........................................................................................................ 53 
Figura 39 - Detalhes de entrada - Auxiliar ...................................................................................... 54 
Figura 40 - Caixa de passagem ....................................................................................................... 65 
Figura 41 - Planta Baixa .................................................................................................................... 68 
Figura 42 - Áreas e perímetros ........................................................................................................ 70 
Figura 43 - Locação dos pontos ....................................................................................................... 71 
Figura 44- Divisão dos circuitos ....................................................................................................... 73 
Figura 45 - Locação dos comandos ou acionamentos ................................................................. 74 
Figura 46 - Caminhamento dos eletrodutos ................................................................................... 75 
Figura 47 - Locação dos condutores nos eletrodutos................................................................... 76 
Figura 48 – Memoria VA x m circuito AR3 ..................................................................................... 78 
Figura 49 – Memoria VA x m circuito AR1 e AR2 ......................................................................... 79 
Figura 50 – Memoria VA x m circuito CH1 e CH2 ......................................................................... 80 
Figura 51 – Memoria VA x m circuito I1 ..........................................................................................81 
Figura 52 – Memoria VA x m circuito I2 .......................................................................................... 82 
Figura 53 – Memoria VA x m circuito T1 ........................................................................................ 83 
Figura 54 – Memoria VA x m circuito T2 ........................................................................................ 84 
Figura 55 – Memoria VA x m circuito T3 ........................................................................................ 85 
Figura 56 - Fontes de Energia renováveis ..................................................................................... 89 
Figura 57 - Ex. Sistema Off-Grid Fotovoltaico ............................................................................... 90 
Figura 58 - Ex. Sistema Grid-Tie Fotovoltaico ............................................................................... 91 
Figura 59 - Procedimentos de acesso ............................................................................................ 92 
 
VI 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
ÍNDICE DE TABELAS 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 - Simbologia - Quadros de distribuição ........................................................................... 13 
Tabela 2 - Simbologia - Interruptores .............................................................................................. 13 
Tabela 3 - Simbologia - Pontos de iluminação ............................................................................... 14 
Tabela 4 - Simbologia - Tomadas (I) ............................................................................................... 14 
Tabela 5 - Simbologia - Tomadas (II) .............................................................................................. 15 
Tabela 6 - Temperatura de operação normal do condutor .......................................................... 20 
Tabela 7 – Resumo das iluminâncias, UGRL e Ra por áreas, tarefas ou atividades .............. 28 
Tabela 8 - Efeito da iluminação ........................................................................................................ 29 
Tabela 9 - Tipos de lâmpadas fluorescentes tubulares ................................................................ 32 
Tabela 10 - Fatores de reflexão ....................................................................................................... 35 
Tabela 11 – Fator de utilização para uma determinada luminária .............................................. 36 
Tabela 12 – Exemplo de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores 
com lâmpadas fluorescentes (tabela D.2, NBR 8995-1:2013) .................................................... 36 
Tabela 13 - Cargas usuais (I) ........................................................................................................... 38 
Tabela 14 - Cargas usuais (II) .......................................................................................................... 39 
Tabela 15 - Cargas usuais (III) ......................................................................................................... 40 
Tabela 16 - Cargas usuais (IV) ......................................................................................................... 41 
Tabela 17 - Cargas usuais (V) .......................................................................................................... 42 
Tabela 18 - Cargas usuais (VI) ......................................................................................................... 43 
Tabela 19 - Potências usuais para equipamentos residenciais .................................................. 44 
Tabela 20 - Potências usuais para lâmpadas ................................................................................ 44 
Tabela 21 - Seção mínima do condutor neutro .............................................................................. 48 
Tabela 22 - Seção mínima do condutor de proteção .................................................................... 49 
Tabela 23 - Fator de grupamento .................................................................................................... 49 
Tabela 24 - Fator de temperatura .................................................................................................... 49 
Tabela 25 - NBR-5410, tipos de linhas elétricas ........................................................................... 50 
Tabela 26 - Capacidade de condução de corrente (PVC) ........................................................... 50 
Tabela 27 - Capacidade de condução de corrente (XLPE ou EPR) .......................................... 50 
Tabela 28 - Queda de tensão limite ................................................................................................. 51 
Tabela 29 - Queda de tensão (VA*m =, em 127V) ........................................................................ 51 
Tabela 30 - Queda de tensão (VA*m =, em 220V) ........................................................................ 52 
Tabela 31 - Fatores de demanda para iluminação e pequenos aparelhos ............................... 56 
Tabela 32 - Fatores de demanda para aparelhos de aquecimento de água ............................ 57 
Tabela 33 - Fatores de demanda para aparelhos condicionadores de ar – Uso Residencial 57 
Tabela 34 - Categorias de atendimento (NDU-001/ENERGISA) ................................................ 58 
Tabela 35 - Características e demanda de motores trifásicos .................................................... 59 
Tabela 36 - Fator de multp. de D em função do n° de und. res. da edific. (f) ........................... 60 
Tabela 37 - Demanda por área para apartamentos residenciais (a) .......................................... 61 
VII 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
Tabela 38 - Categorias de atendimento (NDU-003/ENERGISA) ............................................... 61 
Tabela 39 - Tabela para seleção de Disjuntores (SIEMENS) ..................................................... 64 
Tabela 40 - Número máximo de condutores .................................................................................. 66 
Tabela 41 - Transformação para diferentes seções ..................................................................... 66 
Tabela 42 - Distribuição dos pontos de utilização ......................................................................... 69 
Tabela 43 - Divisão dos circuitos ..................................................................................................... 72 
Tabela 44 - Dimensionamento - Critério da corrente .................................................................... 77 
Tabela 45 - Dimensionamento - Critério da queda de tensão ..................................................... 86 
Tabela 46 - Dimensionamento - Critério da sobretensão ............................................................ 87 
Tabela 47 - Resumo do dimensionamento .................................................................................... 88 
 
VIII 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
 
 
A elaboração deste material se deu com o único intuito de facilitar o acesso ao 
conteúdo programático da matéria estimulando o dinamismo nas aulas e a 
possibilidade de maior concentração, devido ao menor volume de material a copiar. 
 
Agradeço antecipadamente pela atenção ao tempo que lhe desejo um excelente 
semestre. 
 
 
1 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
 
A eletricidade é um termo geral que abrange uma variedade de fenômenosresultantes 
da presença e do fluxo de carga elétrica. 
No uso geral, a palavra "eletricidade" se refere de forma igualmente satisfatória a uma 
série de efeitos físicos. Em um contexto científico, no entanto, o termo é muito geral 
para ser empregado de forma única, e conceitos distintos, contudo a ele diretamente 
relacionados são usualmente melhor identificados por termos ou expressões 
específicas. 
O uso mais comum da palavra "eletricidade" atrela-se à sua acepção menos precisa, 
contudo. Refere-se a: 
Energia elétrica (referindo-se de forma menos precisa a uma quantidade de energia 
potencial elétrica ou, então, de forma mais precisa, à energia elétrica por unidade de 
tempo) que é fornecida comercialmente pelas distribuidoras de energia elétrica. Em 
um uso flexível, contudo comum do termo, "eletricidade" pode referir-se à "fiação 
elétrica", situação em que significa uma conexão física e em operação a uma estação 
de energia elétrica. Tal conexão garante o acesso do usuário de "eletricidade" ao 
campo elétrico presente na fiação elétrica, e, portanto, à energia elétrica distribuída 
por meio desse. 
 
 
Figura 1 - Sistema de distribuição 
 
 
 
 
2 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
ENERGIA ELÉTRICAS 
A energia elétrica é uma forma de energia que pode ser transportada com maior 
facilidade. Para chegar em uma economia, residências, comércios, indústrias. Ela 
percorre um longo caminho a partir das usinas geradoras de energia 
 
GERAÇÃO: A energia elétrica é produzida a 
partir da energia mecânica de rotação de um 
eixo de uma turbina que movimenta um 
gerador. Esta rotação é causada por 
diferentes fontes primárias, como por 
exemplo, a força da água (hidráulica), a força 
do vapor (térmica) que pode ter origem na 
queima do carvão, óleo combustível ou, ainda, 
na fissão do urânio (nuclear). 
 
 
TRANSMISSÃO: As usinas hidroelétricas nem 
sempre se situam próximas aos centros 
consumidores de energia elétrica. Por isso, é 
preciso transportar a energia elétrica produzida 
nas usinas até os locais de consumo: cidades, 
indústrias, propriedades rurais, etc. Para 
viabilizar o transporte de energia elétrica, são 
construídas as Subestações elevadoras de 
tensão e as Linhas de Transmissão. 
 
DISTRIBUIÇÃO: Nas cidades são 
construídas as subestações transformadoras. 
Sua função é baixar a tensão do nível de 
Transmissão, para o nível de Distribuição. A 
Rede de Distribuição recebe a energia 
elétrica em uma tensão adequada à sua 
Distribuição (Rede primária - 13,8 KV - 
ENERGISA/SE) por toda a cidade, porém, 
inadequada para sua utilização imediata para 
a maioria dos consumidores. Assim, os 
transformadores instalados nos postes das 
cidades fornecem a energia elétrica 
diretamente para as residências, para o 
comércio e outros locais de consumo, no 
nível de tensão (Rede secundária - 127/220 
V - ENERGISA/SE), adequado à utilização. 
Figura 2 - Hidroelétrica 
Figura 3 - Torre de transmissão 
Figura 4 - Distribuição 
3 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
TERMINOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
CARGA ELÉTRICA: Propriedade das partículas subatômicas que determina as 
interações eletromagnéticas dessas. Matéria eletricamente carregada produz, e é 
influenciada por campos eletromagnéticos. Unidade SI (Sistema Internacional de 
Unidades): ampère segundo (A*s), unidade também denominada coulomb (C) 
CAMPO ELÉTRICO: Efeito produzido por uma carga no espaço que a contém, o qual 
pode exercer força sobre outras partículas carregadas. Unidade SI: volt por metro 
(V/m); ou newton por coulomb (N/C), ambas equivalentes. 
POTENCIAL ELÉTRICO: Capacidade de uma carga elétrica de realizar trabalho ao 
alterar sua posição. A quantidade de energia potencial elétrica armazenada em cada 
unidade de carga em dada posição. Unidade SI: volt (V); o mesmo que joule por 
coulomb (J/C). 
CORRENTE ELÉTRICA: Quantidade de carga que ultrapassa determinada secção 
por unidade de tempo. Unidade SI: ampère (A); o mesmo que coulomb por segundo 
(C/s). 
POTÊNCIA ELÉTRICA: quantidade de energia elétrica convertida por unidade de 
tempo. Unidade SI: watt (W); o mesmo que joules por segundo (J/s). 
ENERGIA ELÉTRICA: Energia armazenada ou distribuída na forma elétrica. Unidade 
SI: a mesma da energia, o joule (J). 
ELETROMAGNETISMO: Interação fundamental entre o campo magnético e a carga 
elétrica, estática ou em movimento. 
 
4 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
CURIOSIDADE – GUERRA DAS CORRENTES 
 
 
Foi uma disputa entre George Westinghouse, e Thomas Edison que ocorreu nas duas 
últimas décadas do século XIX. Os dois tornaram-se adversários devido à campanha 
publicitária de Edison pela utilização da corrente contínua para distribuição de 
eletricidade, em contraposição à corrente alternada, defendida por Westinghouse e 
Nikola Tesla. 
 
Figura 5 - Guerra das correntes 
CORRENTE CONTÍNUA (CC ou DC do inglês direct current) é o fluxo ordenado de 
elétrons sempre numa direção. Esse tipo de corrente é gerado por alternadores de 
automóveis ou de motos (6, 12 ou 24V), pequenas baterias (geralmente de 9V), pilhas 
(1,2V e 1,5V), dínamos, células solares e fontes de alimentação de várias tecnologias, 
que retificam a corrente alternada para produzir corrente contínua. Normalmente é 
utilizada para alimentar aparelhos eletrônicos (entre 1,2V e 24V) e os circuitos digitais 
de equipamento de informática (computadores, modems, hubs, etc.). 
Este tipo de circuito possui um polo negativo e outro positivo (é polarizado). 
 
 
Figura 6 - Corrente continua 
 
5 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
CORRENTE ALTERNADA (CA ou AC - do inglês alternating current), é uma corrente 
elétrica cujo sentido varia no tempo, ao contrário da corrente contínua cujo sentido 
permanece constante ao longo do tempo. A forma de onda usual em um circuito de 
potência CA é senoidal por ser a forma de transmissão de energia mais eficiente. 
Entretanto, em certas aplicações, diferentes formas de ondas são utilizadas, tais como 
triangular ou ondas quadradas. Enquanto a fonte de corrente contínua é constituída 
pelos polos positivo e negativo, a de corrente alternada é composta por fases (e, 
muitas vezes, pelo fio neutro). 
 
Figura 7 - Corrente alternada 
Durante os primeiros anos de fornecimento de eletricidade, a corrente contínua foi 
determinada como padrão nos Estados Unidos e Edison não estava disposto a perder 
todos os direitos de sua patente. A corrente contínua funciona bem com lâmpadas 
incandescentes, responsáveis pela maior parte do consumo diário de energia, e com 
motores. Tal corrente podia ser diretamente utilizada em baterias de armazenamento, 
promovendo valiosos níveis de carregamento e reservas energéticas durante 
possíveis interrupções do funcionamento dos geradores. 
Os geradores de corrente contínua podiam ser facilmente associados em paralelo, 
permitindo a economia de energia através do uso de dispositivos menores durante 
períodos de alto consumo elétrico, além de melhorar a confiabilidade. O sistema de 
Edison inviabilizava qualquer motor a corrente alternada. Edison havia inventado um 
medidor para permitir que a energia fosse cobrada proporcionalmente ao consumo, 
mas o medidor funcionava apenas com corrente contínua. Até 1882, estas eram as 
únicas vantagens técnicas significantes do sistema de corrente contínua. 
A partir de um trabalho com campos magnéticos rotacionais, Tesla desenvolveu um 
sistema de geração, transmissão e uso da energia elétrica proveniente de correntealternada. Tesla fez uma parceria com George Westinghouse para comercializar esse 
sistema. Westinghouse comprou com antecedência os direitos das patentes do 
sistema polifásico de Tesla, além de outras patentes de transformadores de corrente 
alternada, de Lucien Gaulard e John Dixon Gibbs e dessa forma driblando o monopólio 
de patentes reivindicado por Thomas Edison. 
 
6 
 
ENGENHEIRO CIVIL IGOR FARO DANTAS DE SANT’ANNA 
igor.faro@souunit.com.br 
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
 
GRANDEZAS ELÉTRICAS 
 
CORRENTE ELÉTRICA é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga elétrica, 
ou também, é o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma 
diferença de potencial elétrico entre as extremidades. Tal deslocamento procura 
restabelecer o equilíbrio desfeito pela ação de um campo elétrico ou outros meios 
(reação química, atrito, luz, etc). 
 
POTÊNCIA é o resultado do trabalho produzido pela energia elétrica num intervalo de 
tempo. A potência elétrica é determinada pelo produto da tensão e pela corrente 
fornecida por um gerador (potência fornecida) ou o produto das mesmas em um 
receptor (potência recebida ou consumida) 
 
Figura 8 - Potência 
𝑃(𝑉𝐴) = 𝑃(𝑊) + 𝑃(𝑉𝐴𝑅) 
𝑃(𝑊) = 𝑃(𝑉𝐴)𝑥𝐹. 𝑃. 
𝐹. 𝑃. = 𝑐𝑜𝑠𝜙 
 
TENSÃO (denotada por ∆V), também conhecida como diferença de potencial (DDP), 
é a diferença de potencial elétrico entre dois pontos. Sua unidade de medida é o volt 
ou em joules por coulomb. A diferença de potencial é igual ao trabalho que deve ser 
feito, por unidade de carga contra um campo elétrico para se movimentar uma carga 
qualquer. Uma diferença de potencial pode representar tanto uma fonte de energia 
(força eletromotriz), quanto pode representar energia "perdida" ou armazenada 
(queda de tensão). Um voltímetro pode ser utilizado para se medir a DDP entre dois 
pontos em um sistema, sendo que usualmente um ponto referencial comum é a terra. 
A tensão elétrica pode ser causada por campos elétricos estáticos, por uma corrente 
elétrica sob a ação de um campo magnético, por campo magnético variante ou uma 
combinação de todos os três. 
𝑃(𝑉𝐴) = 𝐼(𝐴)𝑥𝑈(𝑣𝑜𝑙𝑡) 
7 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
Para simplificar será feita uma analogia com uma instalação hidráulica. A pressão feita 
pela água, depende da altura da caixa d’água. A quantidade de água que flui pelo 
cano vai depender: desta pressão, do diâmetro do cano e da abertura da torneira. 
 
Figura 9 - Sistema hidráulico 
 
De maneira semelhante, no caso da energia elétrica, tem-se: 
• A pressão da energia elétrica é chamada de Tensão Elétrica (U). 
• A Corrente Elétrica (I) que circula pelo circuito depende da Tensão e da 
Resistência Elétrica (R). 
A Resistência Elétrica (R) que o circuito elétrico oferece à passagem da corrente, é 
medida em Ohms (Ω) e varia com a seção dos condutores. 
 
CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA 
 
A forma mais comum que a corrente elétrica se apresenta é em Corrente Alternada. 
Serão apresentadas neste subitem, de maneira bastante simplificada, as principais 
características dos circuitos elétricos monofásicos e trifásicos em Corrente Alternada 
(CA). Caso sejam necessárias maiores informações, deve-se procurar uma literatura 
técnica especializada. 
 
8 
 
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CIRCUITOS MONOFÁSICOS 
Um gerador com uma só bobina (enrolamento), chamado de “Gerador Monofásico” ao 
funcionar, gera uma Tensão entre seus terminais. 
 
 
 
Figura 10 - Gerador monofásico 
 
Nos geradores monofásicos de corrente alternada, um dos terminais deste Gerador é 
chamado de Neutro (N) e o outro de Fase (F). 
Um circuito monofásico é aquele que tem uma Fase e um Neutro (F e N). A tensão 
elétrica (U) do circuito é igual à tensão entre Fase e Neutro (UFN). A forma de onda 
da Tensão Elétrica, é uma senoide. 
 
 
 
Figura 11 - Senoide da tensão monofásica 
 
9 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
CIRCUITOS TRIFÁSICOS 
Um gerador com três bobinas (enrolamentos), ligadas conforme a figura abaixo, é um 
“Gerador Trifásico”. Nesta situação, o Gerador Trifásico está com as suas três bobinas 
ligadas em Estrela (Y). Este gerador tem um ponto comum nesta ligação, chamado 
de ponto neutro. 
 
Figura 12 - Gerador Trifásico em estrela 
 
Figura 13 - Senoide da tensão trifásica 
Neste circuito trifásico com a ligação em Estrela, as relações entre as tensões 
elétricas, a tensão entre Fase e o Neutro (UFN) e a tensão entre Fases (UFF), são: 
𝑈𝐹𝐹 = √3 ∗ 𝑈𝐹𝑁 𝑜𝑢 𝑈𝐹𝑁 = 
𝑈𝐹𝐹
√3
 
A Corrente Elétrica (I) é igual nas três Fases. 
Quando as bobinas do Gerador Trifásico são ligadas entre si, de modo a constituírem 
um circuito fechado, como na figura abaixo, o Gerador tem uma ligação em Triângulo 
(Δ). 
 
Figura 14 - Gerador Trifásico em triângulo 
10 
 
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Desta forma indica-se as relações entre as tensões e correntes: 
𝑈𝐹𝐹 = 𝑈𝐹𝑁 𝑒 𝐼 = 𝑖 ∗ √3 
Pode-se ter os circuitos trifásicos a três fios – 3 Fases (F1, F2 e F3) e a quatro fios – 
3 Fases e 1 Neutro (F1, F2 e F3 e N). Essas Fases também podem ser representadas 
pelas letras: R, S, T ou A, B, C. 
As formas de onda da tensão, são senóides, defasadas entre si de 120°. Usa-se 
também, denominar os geradores de corrente alternada de “Alternadores”. 
Os circuitos em corrente alternada ainda podem ser classificados em RESISTIVOS, 
INDUTIVOS ou CAPACITIVOS. 
 
APARELHOS DE TESTE E PARA MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA 
É muito importante ler com muita atenção o Manual do aparelho antes de utilizá-lo. 
Ter as informações corretas de como utilizá-lo com precisão e segurança, o que o 
aparelho pode ou não medir e em quais condições. Devem ser feitas 
aferições/calibrações no aparelho, seguindo as recomendações do fabricante. 
Sempre na utilização desses aparelhos, deve-se ter o cuidado de não fechar um curto-
circuito em circuitos energizados. O aparelho deverá ser sempre bem acondicionado 
e ter cuidados no transporte e na utilização. 
Qualquer equipamento ou mesmo a fiação deste aparelho, pode-se estragar de uma 
hora para outra. Com isso é importante conferir se o aparelho de medição ou teste 
está funcionando ou não. 
É recomendável que ao testar a existência de uma grandeza elétrica em um circuito 
desenergizado, deve-se conferir em seguida, se o aparelho de medir/testar está 
funcionando ou não, em um circuito que esteja energizado. Nesta condição pode-se 
certificar que o aparelho está funcionando, ou não. 
Os aparelhos de testes não medem os valores das grandezas elétricas, testam 
simplesmente a existência ou não, das mesmas. Podem, por exemplo, auxiliar na 
identificação do fio Fase energizado de um circuito elétrico 
 
LÂMPADA NEON 
 
Trata-se de uma lâmpada que tem a característica de acender quando um dos seus 
terminais é posto em contato com um elemento energizado e outro é posto em contato 
com o “terra”. Normalmente, é apresentada sob a forma de uma caneta ou chave de 
parafusos, onde um dos terminais é a ponta da caneta (ou da chave) e o outro faz o 
“terra” através do próprio corpo da pessoa. 
Devido a grande resistência interna da lâmpada, a corrente circulante não é suficiente 
para produzir a sensação de choque nas pessoas. Entretanto, seu uso é restrito a 
circuito de baixa tensão, como nas instalações elétricas residenciais. 
11 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
A vantagem deste instrumento é o fato de indicar, de maneira simples, a presença de 
tensão no local pesquisado: a lâmpada acendequando a ponta do aparelho encosta 
no fio Fase energizado. Quando se encosta no fio Neutro, não acende. 
Existem alguns tipos de aparelhos com lâmpada de neon, com os mesmos princípios 
de funcionamento, que possibilitam identificar também, além do fio Fase e o fio Neutro, 
o valor aproximado da tensão, se é 127 V, 220 V ou 380 Volts. 
 
APARELHOS DE MEDIÇÃO 
Os aparelhos de medição são instrumentos que, através de escalas, gráficos ou 
dígitos, fornecem os valores numéricos das grandezas que estão sendo medidas. É 
sempre preferível a utilização desses aparelhos, ao invés dos aparelhos de teste. 
Os aparelhos de medição, segundo a maneira de indicar os valores medidos, podem 
ser: 
a) Indicadores: São aparelhos que, através do movimento de um ponteiro em uma 
escala ou de uma tela digital, fornecem os valores instantâneos das grandezas 
medidas. 
b) Registradores: Têm o princípio de funcionamento semelhante ao dos 
instrumentos indicadores, sendo que, é adaptado à extremidade do ponteiro, uma 
pena, onde se coloca tinta. Sob a pena corre uma tira de papel com graduação na 
escala conveniente. A velocidade do papel é constante, através de um mecanismo de 
relojoaria. Deste modo, tem-se os valores da grandeza medida a cada instante e 
durante o tempo desejado. Alguns instrumentos deste tipo utilizam um disco ao invés 
de tira (rolo) de papel, nesse caso, o tempo da medição é limitado a uma volta do 
disco. 
c) Integradores: São aparelhos que somam os valores instantâneos e fornecem a cada 
instante os resultados acumulados. O aparelho integrador pode ser de ponteiros ou 
de ciclômetro ou dígitos. Um exemplo, são os medidores de energia elétrica das 
residências. 
 
 
 
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PROJETO ELÉTRICO 
DEFINIÇÃO 
É a previsão escrita da instalação, com todos os seus detalhes, localização dos pontos 
de utilização da energia elétrica, comandos, trajeto dos condutores, divisão em 
circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra, carga de cada circuito, 
carga total, etc. Geralmente constituído por: 
1. Memória de cálculo – Justificativa de cada solução; 
2. Conjunto de plantas – Deverão conter todos os elementos necessários à 
perfeita execução do projeto; 
3. Especificações – Descreve o material a ser usado e as normas para a sua 
aplicação; 
4. Orçamento – Descrimina o quantitativo e o custo do material e mão-de-obra; 
Para a execução do projeto de instalações elétricas o projetista necessita de plantas 
e cortes arquitetônicos, conhecer em detalhes a finalidade à que se destina a 
edificação, os recursos disponíveis, a localização da rede mais próxima, entre outros. 
 
REQUISITOS 
SEGURANÇA: Os projetos devem estar compromissados com a segurança do 
patrimônio material e principalmente com a segurança do usuário, tanto no 
dimensionamento quanto na especificação de materiais; 
CAPACIDADE DE RESERVA: Toda instalação é dinâmica e sofre ao longo de sua 
vida útil ampliações, modificações. O bom projeto deve estar atento à essa 
característica, nem sempre de fácil quantificação, mas sempre presente, motivada 
pelo desenvolvimento de novos aparelhos elétrico/eletrônicos e pelo apelo consumista 
das sociedades modernas; 
FLEXIBILIDADE: As instalações modernas e bem projetadas, permitem que sua 
utilização seja bastante flexível, possibilitando ao usuário modificação do layout 
mobiliário sem comprometimento do conforto e da segurança. Nada mais 
inconveniente do que a falta de um ponto de tomada no local onde precisamos instalar 
um determinado aparelho. 
CONFIABILIDADE: Algumas instalações exigem por suas próprias características 
operacionais níveis de confiabilidade cada vez maior. Os usuários estão cada vez 
mais exigentes e dependentes de energia elétrica não aceitando falta ou interrupções 
constantes. Por isso devemos estar sintonizados com essas necessidades do usuário, 
prevendo opções de alimentação alternativas para os circuitos essenciais das 
instalações. 
ACESSIBILIDADE: Todos os pontos da instalação elétrica estão sujeitos ao 
surgimento de defeitos algum dia, por este motivo, todos os pontos devem estar 
acessíveis, permitindo a possível operação de manutenção ou substituição. Os pontos 
de comando e proteção devem estar ao alcance do usuário, havendo à necessidade 
de conciliar a acessibilidade a estética. 
13 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
SIMBOLOGIA – NBR-5444 
 
 
 
Tabela 1 - Simbologia - Quadros de distribuição 
 
 
 
Tabela 2 - Simbologia - Interruptores 
14 
 
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Tabela 3 - Simbologia - Pontos de iluminação 
 
 
Tabela 4 - Simbologia - Tomadas (I) 
15 
 
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Tabela 5 - Simbologia - Tomadas (II) 
 
 
 
Figura 15 - Apresentação de projeto padrão 
 
16 
 
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EXIGÊNCIAS 
 
 
No estado de Sergipe são duas, as concessionarias em operação, a ENERGISA e a 
SULGIPE, por possuir maior abrangência, inclusive atender a cidades em outros 
estados, geralmente são apresentadas as exigências descritas na NORMA DE 
DISTRIBUIÇÃO UNIFICADA (NDU-001) da ENERGISA. 
 
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS – NDU-001 – item 5.11 
 
a) Nome, número do registro do CREA (Conselho Regional de Engenharia e 
Arquitetura) e assinatura do engenheiro ou técnico responsável pelo projeto da 
instalação elétrica, devidamente habilitado pelo CREA, bem como a assinatura 
do proprietário da obra e respectiva ART (Anotação de Responsabilidade 
Técnica). 
b) Memorial descritivo contendo: 
✓ Objetivo e localização; 
✓ Resumo da potência instalada com a indicação da quantidade e potência 
de aquecedores, chuveiros elétricos, fogões, condicionadores de ar, 
potência de iluminação e tomadas; 
✓ Calculo da demanda conforme o critério apresentado na NDU-001 – item 
14 e descritivo dos tipos de curvas de atuação dos disjuntores a serem 
utilizados; 
✓ Justificativa da solução adotada no dimensionamento dos alimentadores 
principais e secundários (condutores e eletrodutos) e equipamentos de 
proteção; 
✓ Data prevista da ligação; 
✓ Caso a propriedade não tenha medição deverá ser indicado que a 
mesma não possui UC (Unidade Consumidora); 
✓ Informar o(s) UC(s) existente(s) na propriedade e/ou no caso em que 
ocorra demolição de imóvel(is), informar os UC(s) da(s) unidade(s) 
demolida(s); 
✓ Especificação dos materiais, equipamentos e dispositivos a serem 
utilizados no padrão de entrada, contendo no mínimo, tipo e principais 
características elétricas; 
c) Planta de situação (localização exata da obra e pontos de entrega pretendido, 
incluindo ruas adjacentes e próximas), indicação dos quadros de medição e 
número do equipamento mais próximo (chave, transformador e etc.). Para os 
casos em que o local a ser atendido já exista alguma medição deverão ser, 
obrigatoriamente, informados os números dos UCs e/ou medidores. Como 
também os e-mails do contratante e do contratado que consta na ART; 
d) Planta baixa com a indicação do local da caixa de medição e do quadro de 
distribuição; 
17 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
e) Diagrama unifilar do ponto de entrega até o quadro de distribuição indicando 
bitola dos condutores, especificações dos equipamentos de comando e 
proteção e diagrama esquemático do mecanismo ou dispositivo de manobra do 
gerador se for o caso; 
f) Desenhos da vista frontal e lateral (constando: localização, dimensões, material 
e altura da instalação) da caixa de medição e equipamentos deproteção geral. 
g) Detalhes de aterramento conforme item 11 da NDU-001 e prescrições da 
NBR-5410; 
h) Quadro de carga referente a todos os quadros de distribuição contendo: tipo, 
quantidade, potência e tensão de operação de todos os equipamentos elétricos 
existentes; 
i) Métodos de instalação dos condutores, conforme NBR-5410. 
j) Para Edificações com ramal de ligação aéreo em fachada, deverão ser 
apresentadas as vistas frontal e lateral do prédio contendo a localização de 
portas, janelas, sacadas, terraços e marquises, cotando as distâncias entre 
esses pontos e o ramal de ligação de forma a obedecer às distâncias mínimas 
de segurança. 
k) Em casos de ramal Subterrâneo, apresentar Declaração de Ramal 
Subterrâneo, devidamente assinada pelo proprietário e com firma reconhecida 
em cartório, seguindo modelo presente no Anexo II desta Norma. 
NOTAS: 
1. A apresentação do projeto deverá ser feita em meio digital, com assinatura do 
responsável técnico e do cliente. O interessado deve consultar o site da 
ENERGISA ou a concessionaria local para indicação do formato do arquivo 
digital e o modo de envio. A resposta da análise será feita também em meio 
digital pela concessionaria; 
2. Para a ENERGISA Sul-Sudeste, a apresentação do projeto deverá ser feita em 
duas vias, das quais, quando aprovado, uma será devolvida ao interessado. 
3. Os formatos das cópias devem obedecer aos padrões da ABNT; 
4. Após a entrada do projeto para análise da Concessionária, a mesma terá um 
prazo máximo de 30 (trinta) dias corridos para efetuar sua análise e devolução 
ao interessado; 
5. O prazo de validade da aprovação do projeto é de 24 (vinte e quatro) meses, a 
contar da data de aprovação do projeto. Após este prazo o projeto que não 
tenha sido executado, deverá ser reapresentado à concessionaria tendo sido 
feitas as adequações conforme norma vigente, quando necessárias; 
6. No caso de necessidade de alteração do projeto elétrico já analisado pela 
concessionaria, é obrigatório encaminhar o novo projeto para análise pela 
concessionaria; 
7. A entrada de serviço da unidade consumidora só deve ser instalada após a 
aprovação do projeto elétrico, pela concessionaria; 
8. Será exigido projeto elétrico para os agrupamentos cujas categorias não 
estejam contempladas nas telas n° 14 e 16. 
 
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LIGAÇÕES TÍPICAS 
 
 
Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através deles que os fios dos circuitos 
irão passar, pode-se fazer o mesmo com a fiação, representando-a graficamente, 
através de uma simbologia própria. 
 
Figura 16 - Simbologia dos cabos 
Esta identificação é feita com facilidade, desde que se saiba como são ligadas as 
lâmpadas, interruptores e tomadas. 
 
Figura 17 - Representação dos cabos 
 
19 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
NOTA 
 
De acordo com a NBR-5410/2005 (Instalações elétricas de baixa tensão), em seu item 
6.1.5.3-Condutores: 
 
6.1.5.3.1 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar 
utilizado como condutor NEUTRO deve ser identificado conforme essa 
função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor AZUL-CLARA 
na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na 
cobertura do cabo unipolar. 
NOTA A veia com isolação azul-clara de um cabo multipolar pode ser usada 
para outras funções, que não a de condutor neutro, se o circuito não possuir 
condutor neutro ou se o cabo possuir um condutor periférico utilizado como 
neutro. 
 
6.1.5.3.2 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar 
utilizado como condutor de PROTEÇÃO (PE) deve ser identificado de acordo 
com essa função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a dupla 
coloração VERDE-AMARELA ou a cor verde (cores exclusivas da função de 
proteção), na isolação do condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou 
na cobertura do cabo unipolar. 
 
6.1.5.3.3 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar 
utilizado como condutor PEN deve ser identificado de acordo com essa 
função. Em caso de identificação por cor, deve ser usada a cor azul-claro, 
com anilhas verde-amarelo nos pontos visíveis ou acessíveis, na isolação do 
condutor isolado ou da veia do cabo multipolar, ou na cobertura do cabo 
unipolar. 
 
6.1.5.3.4 Qualquer condutor isolado, cabo unipolar ou veia de cabo multipolar 
utilizado como condutor de fase deve ser identificado de acordo com essa 
função. Em caso de identificação por cor, poder ser usada qualquer cor, 
observadas as restrições estabelecidas em 6.1.5.3.1, 6.1.5.3.2 e 6.1.5.3.3. 
NOTA. Por razões de segurança, não deve ser usada a cor de isolação 
exclusivamente amarela onde existir o risco de confusão com a dupla 
coloração verde-amarela, cores exclusivas do condutor de proteção. 
 
20 
 
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CONDUTORES 
• CLASSE DE ENCORDOAMENTO 
 
 
 
 
 
Figura 18 – Condutores 
• ISOLAÇÃO 
Os termoplásticos são compostos que não curam ou amolecem com a alta 
temperatura. Os termofixos possuem uma estrutura rígida mesmo a altas 
temperaturas e após processados não voltam mais ao seu estado originalOs materiais 
plásticos mais utilizados na isolação dos cabos de baixa tensão são: 
• PVC - Composto termoplástico à base de policloreto de vinila. 
• LSHF/A - Composto poliolefínico termoplástico não halogenado. 
• EPR ou HEPR - Composto termofixo à base de etilenopropileno de alto módulo. 
• XLPE - Composto termofixo à base de polietileno reticulado. 
Para a escolha do condutor adequado para cada projeto, é importante conhecer os 
limites térmicos dos materiais da isolação: 
 
Material de 
isolação 
Temperatura máxima 
em regime 
permanente 
em regime de 
sobrecarga 
em regime de 
curto-circuito 
PVC 70°C 100°C 160°C 
LSHF/A 70°C 100°C 160°C 
HEPR 90°C 130°C 250°C 
XLPE 90°C 130°C 250°C 
 
Tabela 6 - Temperatura de operação normal do condutor 
 
 
FIO 
Apenas um 
condutor sólido 
CLASSE 1 
CABO 
RÍGIDO 
CLASSE 2: 7 condutores 
FLEXÍVEL 
CLASSE 4: 45 condutores 
CLASSE 5: 75 condutores 
 
 
21 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES 
 
Figura 19 - Uma lâmpada em interruptor simples 
MAIS DE UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTOR SIMPLES 
 
Figura 20 - Mais de uma lâmpada em interruptor simples 
NOTA 
Sempre ligar a fase ao interruptor, o retorno ao contato do disco central da lâmpada, o neutro 
diretamente ao contato da base rosqueada da lâmpada e o fio terra à carcaça da luminária, quando 
esta for metálica. 
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UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES EM PARALELO 
 
 
 
 
 
Figura 21 - Uma lâmpada em interruptores paralelos 
 
Figura 22 - Uma lâmpada em interruptores paralelos, simplificado 
23 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
UMA LÂMPADA COMANDADA POR INTERRUPTORES PARALELOS E 
INTERMEDIÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários 
 
Figura 24 - Uma lâmpada em interruptores paralelos e intermediários, simplificado 
24 
 
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TOMADAS DE USO GERAL (MONOFÁSICAS) 
 
Figura 25 - TUG - Monofásica 
 
Figura 26 - TUG - Monofásica, simplificada 
 
25 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (MONOFÁSICAS)Figura 27 - TUE - Monofásica 
TOMADAS DE USO ESPECÍFICO (BIFÁSICAS) 
 
Figura 28 - TUE - Bifásica 
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CARGA MÍNIMA – NBR-5410/2004 
 
TOMADAS 
Segundo a NBR-5410/2004, “o número de pontos de tomada deve ser determinado 
em função da destinação do local e dos equipamentos elétricos que podem ser aí 
utilizados, observando-se no mínimo os seguintes critérios” (item 9.5.2.2): 
a) Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada, próximo ao 
lavatório, atendidas as restrições de 9.1; 
b) Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de serviço, 
lavanderias e locais análogos, deve ser previsto no mínimo um ponto de tomada para 
cada 3,5 m, ou fração, de perímetro, sendo que acima da bancada da pia devem ser 
previstas no mínimo duas tomadas de corrente, no mesmo ponto ou em pontos 
distintos; 
c) Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada; 
NOTA: Admite-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda, mas 
próximo ao seu acesso, quando a varanda, por razões construtivas, não comportar o 
ponto de tomada, quando sua área for inferior a 2 m² ou, ainda, quando sua 
profundidade for inferior a 0,80 m. 
d) Em salas e dormitórios devem ser previstos pelo menos um ponto de tomada para 
cada 5 m, ou fração, de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão 
uniformemente quanto possível; 
NOTA: Particularmente no caso de salas de estar, deve-se atentar para a 
possibilidade de que um ponto de tomada venha a ser usado para alimentação de 
mais de um equipamento, sendo recomendável equipá-lo, portanto, com a quantidade 
de tomadas julgada adequada. 
e) em cada um dos demais cômodos e dependências de habitação devem ser 
previstos pelo menos: 
• Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for igual ou inferior a 
2,25 m². Admite-se que esse ponto seja posicionado externamente ao cômodo 
ou dependência, a até 0,80 m no máximo de sua porta de acesso; 
• Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for superior a 2,25 
m² e igual ou inferior a 6 m²; 
• Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração, de perímetro, se a área do 
cômodo ou dependência for superior a 6 m², devendo esses pontos ser 
espaçados tão uniformemente quanto possível. 
Sobre “a potência a ser atribuída a cada ponto de tomada é função dos equipamentos 
que ele poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos seguintes valores mínimos”: 
a) Em banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, lavanderias e 
locais análogos, no mínimo 600 VA por ponto de tomada, até três pontos, e 100 VA 
por ponto para os excedentes, considerando-se cada um desses ambientes 
separadamente. 
b) Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 100 VA por ponto de tomada. 
É preciso salientar que “quando um ponto de tomada for previsto para uso específico, 
deve ser a ele atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento a ser 
alimentado ou à soma das potências nominais dos equipamentos a serem 
alimentados. Quando valores precisos não forem conhecidos, a potência atribuída ao 
ponto de tomada deve seguir um dos dois seguintes critérios: ” 
27 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
- Potência ou soma das potências dos equipamentos mais potentes que o ponto pode 
vir a alimentar, ou 
- Potência calculada com base na corrente de projeto e na tensão do circuito 
respectivo; 
E ainda segundo o item 9.5.3.1, da já referida norma “Todo ponto de utilização previsto 
para alimentar, de modo exclusivo ou virtualmente dedicado, equipamento com 
corrente nominal superior a 10A deve constituir um circuito independente”. 
 
ILUMINAÇÂO 
A NBR 5410/2004, no seu item 9.5.2 – Previsão de carga, preconiza que para a 
determinação de carga de iluminação, como alternativa à aplicação da NBR 5413 
(Iluminância de interiores, que delimita os critérios necessários para elaboração de 
projeto luminotécnico), podem ser adotados os seguintes critérios, encontrados no 
item 9.5.2.1.2: 
a) Em cômodos ou dependências com área igual ou inferior a 6 m², deve ser prevista 
uma carga mínima de 100 VA; 
b) Em cômodo ou dependências com área superior a 6 m², deve ser prevista uma 
carga mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², acrescida de 60 VA para cada 
aumento de 4 m² inteiros. 
NOTA: Os valores apurados correspondem à potência destinada a iluminação para 
efeito de dimensionamento dos circuitos, e não necessariamente à potência nominal 
das lâmpadas. 
Por sua vez a NBR 5413/1992 foi cancelada quando da publicação da NBR 8995/2013 
– Iluminação de ambientes de trabalho (Parte 1: Interior). Esta última estabelece os 
valores de iluminância médias mínimas em serviço para iluminação artificial em 
interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e 
outras. Para tanto é necessário delimitar alguns conceitos intrínsecos à matéria. 
FLUXO LUMINOSO: É a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa na unidade 
de tempo (segundo). A unidade de medida do Fluxo Luminoso: lúmen (lm). Fazendo 
uma analogia com a hidráulica pode-se ter: é quantidade de água que sai de uma 
torneira, por segundo. 
EFICIÊNCIA LUMINOSA: É a razão entre o Fluxo Luminoso emitido e a Potência 
Elétrica absorvida. Esta relação expressa o rendimento de uma lâmpada. Quanto 
maior for a Eficiência Luminosa, mais vantajosa e econômica será a lâmpada, isto é, 
gasta-se menos Watts para iluminar uma determinada área. A unidade de medida da 
Eficiência Luminosa é Lúmen por Watt (lm/W). Fazendo uma analogia com a 
hidráulica pode-se ter: é a relação entre a quantidade de água que sai de uma bomba 
indo até uma determinada altura e a potência elétrica necessária para isso. 
ILUMINÂNCIA MANTIDA (Em): Valor abaixo do qual não convém que a iluminância 
média da superfície especificada seja reduzida. 
PLANO DE TRABALHO: Superfície de referência definida como o plano onde o 
trabalho é habitualmente realizado. 
ENTORNO IMEDIATO: Zona de no mínimo de 0,5m de largura ao redor da área da 
tarefa dentro do campo de visão. 
ÍNDICE DE OFUSCAMENTO UNIFICADO (UGR): Definição da CIE para o nível de 
desconforto por ofuscamento. 
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ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR MÍNIMO (Ra): Termo também conhecido como 
IRC, no Brasil, e CRI, internacionalmente. 
ÂNGULO DE CORTE: Ângulo medido a partir do plano horizontal, abaixo do qual a(s) 
lâmpada(s) é(são) protegida(s) da visão direta do observador pela luminária. 
Para a elaboração do projeto luminotecnico é necessário o atendimento de algumas 
etapas, relacionadas a seguir: 
1ª Etapa: Planejamento dos ambientes, tarefas e atividades para a determinação dos 
parâmetros iniciais. 
 
Tabela 7 – Resumo das iluminâncias, UGRL e Ra por áreas, tarefas ou atividades 
 
Em
lux
01. Áreas gerais da edificação
Saguão de entrada 100 22 60
Sala de espera 200 22 80
Áreas de circulação e corredores 100 28 40
Estabelecer zona de transição nas entradas 
e saídas
Escadas, esteiras e rampas 150 25 40
Refeitórios / Cantinas 200 22 80
Salas de descanso 100 22 80
Salas para exercícios físicos 300 22 80
Vestiários, banheiros, toaletes 200 25 80
Enfermaria 500 19 80
Salas para atendimento médico 500 16 90 Tcp no mínimo 4.000 K
Estufas, sala dos disjuntores 200 25 60
Correios, quadros de distribuição 500 19 80
Depósito, estoques, câmara fria 100 25 60 200 lux se continuamente ocupadas
Expedição 300 25 60
Estação de controle 150 22 60 200 lux se continuamente ocupadas
12. Lavanderias e limpeza a seco
Entrada de mercadorias, lavagem,limpeza a seco e 
passar roupas
300 25 80
Inspeção e reparos 750 19 80
22. Escritórios
Arquivamento, cópia, circulação 300 19 80
Escrever, teclar, ler, processamento de dados 500 19 80 Para trabalho com VCT, ver 4.10
Desenho técnico 750 16 80
Estação de projetos, salas de reunião e conferência 500 19 80 Para trabalho com VCT, ver 4.10
Recepção 300 22 80
Arquivos 200 25 80
23. Varejo
Área de vendas pequena 300 22 80
Área de vendas grande 500 22 80
Área do caixa, mesa do empacotador 500 19 80
24. Restaurantes e hotéis
Recepção / Caixa / Portaria 300 22 80
Cozinha 500 22 80
Restaurante, sala de jantar, sala de eventos 200 22 80
Salas de conferência 500 19 80
Recomenda-se que a iluminação deja 
controlável
Corredores 100 25 80
25. Locais de entretenimento
Teatros e salas de concerto 200 22 80
Salas com multiuso, de ensaio, camarins 300 22 80
Museus 300 19 80 Proteção contra os efeitos de radiação
26. Bilbiotecas
Estantes 200 19 80
Àrea de leitura, bibliotecárias 500 19 80
AMBIENTE, TAREFA OU ATIVIDADE UGRL Ra OBS
29 
 
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TEMPERATURA DE COR (Tcp): A iluminação com 
um tom mais avermelhado, é denominada de luz 
“quente”. Se o tom é mais azulado, a iluminação é 
denominada de luz “fria”. Do nascer, ao pôr do sol, 
poderá ter todas as variações de iluminação: do 
avermelhado ao azul. Essas variações são as 
Temperaturas de Cor. A Temperatura de Cor é 
medida em graus Kelvin (K). Quanto maior for o 
número, mais fria é a cor da lâmpada. Por exemplo: 
uma lâmpada de temperatura de cor de 2.700 K tem 
tonalidade quente, uma de 6.500 K tem tonalidade 
fria. O recomendável para uma residência, é que a 
iluminação varie entre 2.700 K e 5.000 K, de acordo 
com o tipo de ambiente. Nos quartos, por exemplo, 
a iluminação mais “quente”, poderá tornar o 
ambiente mais aconchegante. Existem no mercado 
diversos tipos de lâmpadas com diversas 
Temperaturas de Cor. 
 
 
 
ÍNDICE DE 
REPRODUÇÃO DE COR 
(Ra): Quanto mais 
próximo for esse índice de 
100, mais eficiente será a 
reprodução de cor, da 
lâmpada. A cor vermelha 
será enxergada vermelha 
e a cor branca, será vista 
branca, como por 
exemplo. Em uma 
residência, é 
recomendável que se 
utilize lâmpadas com IRC 
acima de 80, de modo a 
ter uma boa reprodução 
de cores. 
 
 
NOTA: O Índice de Reprodução de Cor de uma lâmpada, para reproduzir corretamente as cores (IRC) 
independe de sua Temperatura de Cor (K). Poderá existir um tipo de lâmpada com mais de 
Temperatura de Cor diferente, mas com o mesmo IRC. 
Figura 29 - Cor aproximada em função da 
temperatura das lâmpadas usuais. 
Tabela 8 - Efeito da iluminação 
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2ª Etapa: Determinação das lâmpadas e luminárias que serão adotadas no projeto. 
DAS LÂMPADAS MAIS USADAS EM INSTALÇÕES RESIDÊNCIAIS 
 
INCANDESCENTES 
Eram muito utilizadas na iluminação geral. Possuem baixa Eficiência Luminosa 
(lm/W). Produzem luz pelo aquecimento, a uma temperatura muito alta, de um 
filamento de tungstênio, devido a passagem de uma corrente elétrica. Cerca de 80% 
da energia elétrica (kWh) consumida é transformada em calor, sendo que apenas 
15%, gera luz. Alguns tipos podem ser utilizados com o Interruptor tipo “dimmer”. 
INCANDESCENTE COMUM: Foi a mais usual 
nas residências. As lâmpadas incandescentes 
comuns quando fabricadas para funcionarem na 
tensão de 124 Volts, terão uma vida média em 
torno de 1.000 horas. Se esta lâmpada funcionar 
em 127 Volts, a vida média cai para em torno de 
750 horas. As lâmpadas incandescentes comuns quando fabricadas para funcionarem 
na tensão de 220 Volts, terão uma vida média em torno de 1.000 horas. 
NOTA: Na embalagem de uma lâmpada incandescente, está discriminado aos valores de tensão de 
funcionamento, com a respectiva vida média. 
Essas Lâmpadas podem ter o bulbo em diversas formas e cores, sendo que cada tipo 
de Lâmpada tem uma aplicação própria. A Temperatura de Cor das lâmpadas 
incandescentes comuns é em torno de 2.700K. 
 
LÂMPADAS HALÓGENAS: São lâmpadas 
incandescentes construídas num tubo de quartzo com 
vapor de metal halógeno no bulbo, o que permite ao 
filamento atingir temperaturas mais elevadas, sem 
diminuição da vida útil, resultando em eficiência luminosa 
maior do que a das incandescentes comuns. São usadas 
principalmente para destacar algum objeto, quadros, etc. 
A vida média destas lâmpadas, dependendo do tipo, pode 
ser de 2.000 ou 4.000 horas. 
Elas podem ser encontradas de dois tipos: 
• Serem utilizadas diretamente na Baixa Tensão de 127 ou 220 
Volts, nas potências de 50, 75, 90 Watts. 
• Utilizadas com um dispositivo auxiliar (transformador abaixador 
de tensão), pois a tensão na lâmpada é de 12 Volts, nas potências 
de 20 e 50 Watts. Essas lâmpadas são de dimensões reduzidas e 
normalmente necessitam de luminária especial para a sua fixação. 
Figura 30 - Lâmpada incandescente comum 
Figura 31 - Lâmpada halógena 
31 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
LÂMPADAS FLUORESCENTES 
São lâmpadas que utilizam descarga elétrica através de um gás. Consistem em um 
bulbo cilíndrico de vidro revestido de material fluorescente (cristais de fósforo), 
contendo vapor de mercúrio a baixa pressão em seu interior e portando em suas 
extremidades, eletrodos de tungstênio. 
A Temperatura de Cor pode ter diversas tonalidades, dependendo do fabricante. 
Dessa forma, conforme a finalidade, deverá ser usada a lâmpada com a Temperatura 
de Cor adequada. As lâmpadas fluorescentes emitem menos calor e iluminam mais, 
se comparadas com as lâmpadas incandescentes comuns. Os tipos mais usados na 
residência as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares e as Lâmpadas Fluorescentes 
Compactas. 
 
Figura 34 - Lâmpada fluorescente 
 
NOTA: Deve-se evitar o liga/desliga desnecessário dessas lâmpadas, pois o procedimento reduz 
consideravelmente sua vida útil. 
Figura 32 - Lâmpada fluorescente tubular 
Figura 33 - Lâmpada fluorescente compacta 
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Devido as grandes vantagens da iluminação fluorescente, como maior rendimento 
luminoso, menor perda em forma de calor, etc, as Lâmpadas Fluorescentes Tubulares 
são muito utilizadas, principalmente nas áreas Copa, Cozinha, Área de Serviço, etc, 
de uma residência. Nestes locais é melhor utilizar Lâmpadas Fluorescentes 
Tubulares, pois elas duram e iluminam mais do que as incandescentes. 
Uma Lâmpada Fluorescente tem uma vida média de até 7.500 horas, ou seja, dura 
cerca de 7,5 vezes mais que a Incandescente 
As Lâmpadas Fluorescentes Compactas são mais utilizadas nos demais dos cômodos 
da residência, tais como: Sala, Quartos, Corredores, etc. Estas Lâmpadas são de 
pequenas dimensões e de baixa potência, variando de 5 a 26 Watts, encontrando-se 
nos mais diversos tipos e modelos. A vida média pode variar de 3.000 a 8.000 horas, 
dependendo o modelo ou do fabricante. 
 
Tabela 9 - Tipos de lâmpadas fluorescentes tubulares 
As mais práticas são aquelas com Reator acoplado com a Lâmpada, pois 
normalmente substituem diretamente uma lâmpada incandescente. 
Apesar das Lâmpadas Fluorescentes Compactas serem mais caras que as 
Incandescentes, elas são bem mais econômicas e sua utilização se justifica quando 
são utilizadas por mais de 3 horas por dia. 
 
LÂMPADAS LED 
O LED é um componente eletrônico semicondutor, ou seja, um diodo emissor de luz 
(L.E.D = Light emitter diode), mesma tecnologia utilizada nos chips dos computadores, 
que tem a propriedade detransformar energia elétrica em luz. Tal transformação é 
diferente da encontrada nas lâmpadas convencionais que utilizam filamentos 
metálicos, radiação ultravioleta e descarga de gases, dentre outras. Nos LEDs, a 
transformação de energia elétrica em luz é feita na matéria, sendo, por isso, chamada 
de Estado sólido (Solid State). 
O LED é um componente do tipo bipolar, ou seja, tem um terminal chamado anodo e 
outro, chamado catodo. Dependendo de como for polarizado, permite ou não a 
passagem de corrente elétrica e, consequentemente, a geração ou não de luz. 
O componente mais importante de um LED é o chip semicondutor responsável pela 
geração de luz. Este chip tem dimensões muito reduzidas. 
33 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
 
 
Figura 35 - Fita LED 
BENEFÍCIOS NO USO DOS LEDS 
• Maior vida útil: Dependendo da aplicação, a vida útil do equipamento é longa, sem necessidade 
de troca. Considera-se como vida útil uma manutenção mínima de luz igual a 70%, após 50.000 
horas de uso. 
• Custos de manutenção reduzidos: Em função de sua longa vida útil, a manutenção é bem 
menor, representando menores custos. 
• Eficiência: Apresentam maior eficiência que as Lâmpadas incandescentes e halógenas e, hoje, 
muito próximo da eficiência das fluorescentes (em torno de 50 lumens / Watt) mas este número 
tende a aumentar no futuro. 
• Resistência a impactos e vibrações: Utiliza tecnologia de estado sólido, portanto, sem 
filamentos, vidros, etc, aumentando a sua robustez. 
• Controle dinâmico da cor: Com a utilização adequada, pode-se obter um espectro variado de 
cores, incluindo várias tonalidades de branco, permitindo um ajuste perfeito da temperatura de 
cor desejada. 
• Acionamento instantâneo: Tem acionamento instantâneo, mesmo quando está operando em 
temperaturas baixas. 
• Controle de Intensidade variável: Seu fluxo luminoso é variável em função da variação da 
corrente elétrica aplicada a ele, possibilitando, com isto, um ajuste preciso da intensidade de 
luz da luminária. 
• Ecologicamente correto: Não utiliza mercúrio ou qualquer outro elemento que cause danos à 
natureza. 
• Ausência de ultravioleta: Não emitem radiação ultravioleta sendo ideais para aplicações onde 
este tipo de radiação é indesejada. Ex.: Quadros – obras de arte etc. 
• Ausência de infravermelho: Também não emitem radiação infravermelho, fazendo com que o 
feixe luminoso seja frio. 
• Com tecnologia adequada P.W.M, é possível a dimerização entre 0% e 100% de sua 
intensidade, e utilizando-se Controladores Colormix Microprocessados, obtém-se novas cores, 
oriundas das misturas das cores básicas. Que são: branco, azul, verde, azul, verde, amarelo, 
vermelho. 
• Ao contrário das lâmpadas fluorescentes que tem um maior desgaste da sua vida útil no 
momento em que são ligadas, nos LEDs é possível o acendimento e apagamento rapidamente 
possibilitando o efeito “flash”, sem detrimento da vida útil. 
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EFICIÊNCIA DEVIDO À INSTALAÇÃO 
As lâmpadas, independentemente do tipo, podem apresentar uma maior ou menor 
eficiência luminosa devido à forma em que serão instaladas. 
 
 
Figura 36 - Eficiência da luminária 
 
 
Figura 37 - Análise do nível de iluminamento 
 
35 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
3ª Etapa: Cálculo do fator local (k) 
É um índice que depende das dimensões do ambiente projetado, quanto mais estreito 
e alto for um local, mais luz as paredes absorvem; ao contrário, quanto mais largo, 
menos luz as paredes absorvem. Também é influenciado pelo fabricante das 
lâmpadas, neste material será adotado a metodologia de cálculo estabelecido pela 
OSRAM: 
Para iluminação direta: 
𝐾 =
𝑙 ∗ 𝑏
ℎ ∗ (𝑙 + 𝑏)
 
Para iluminação indireta: 
𝐾 =
3 ∗ 𝑙 ∗ 𝑏
2 ∗ ℎ ∗ (𝑙 + 𝑏)
 
l: comprimento do local, considerando formato retangular (m); 
b: largura do local (m); 
h: altura de montagem das luminárias (m). 
 
4ª Etapa: Determinação do fator de utilização ( μ ) 
Nem todo fluxo emitido ( φ𝑒 ) atinge o plano de trabalho ( φ𝑢 ) , então, é determinado 
um coeficiente que relaciona os fluxos relacionados. 
μ =
φ𝑢
φ𝑒
 
O fator de utilização, geralmente tabelado, é função do fator local (k), do coeficiente 
de reflexão de teto e paredes e do sistema de iluminação e luminárias adotadas 
(tabela do fabricante). 
 
Tabela 10 - Fatores de reflexão 
Teto branco 75%
Teto claro 50%
Parede branca 50%
Parede clara 30%
Parede medianamente clara 10%
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Tabela 11 – Fator de utilização para uma determinada luminária 
5ª Etapa: Determinação do fator de depreciação ou manutenção (D) 
Materializa a perda luminosa devido à depreciação das lâmpadas e luminárias, devido 
a depreciação natural a ao acumulo de partículas (sujeira), evitando que a iluminação 
efetiva seja, na pratica, muito a quem dá demandada. 
𝐷 = 𝐹𝑀𝐹𝐿 ∗ 𝐹𝑆𝐿 ∗ 𝐹𝑀𝐿 ∗ 𝐹𝑀𝑆𝑆 
FMFL: depreciação do fluxo luminoso da lâmpada; 
FSL: depreciação do fluxo luminoso devido ao acumulo de detritos na lâmpada; 
FML: deprec. do fluxo luminoso devido ao acumulo de detritos na luminária; 
FMSS: depreciação da refletância devido à deposição de detritos nas 
superfícies do ambiente; 
Na pratica, os valores dos fatores de manutenção individuais podem ser obtidos 
através dos fabricantes, como também nas curvas de valores médios padrão em 
publicações de iluminação como a CIE 97. 
 
 
Tabela 12 – Exemplo de fatores de manutenção para sistemas de iluminação de interiores com lâmpadas 
fluorescentes (tabela D.2, NBR 8995-1:2013) 
FATOR DE MANUTENTÇÃO EXEMPLO
Ambiente muito limpo, ciclo de manutenção de um ano, 2.000h/ano de vida útil
a queima com substituição da lâmpada a cada 8.000h, substituição individual,
luminárias direta e direta/indireta com uma pequena tendência de coleta de
poeira.
FMFL=0,93; FSL=1,00; FML=1,00; FMSS=0,96
Carga de poluição normal no ambiente, ciclo de manutenção de três anos,
2.000h/ano de vida útil a queima com substituição da lâmpada a cada 12.000h,
substituição individual, luminárias direta e direta/indireta com uma pequena
tendência de coleta de poeira.
FMFL=0,91; FSL=1,00; FML=0,80; FMSS=0,90
Carga de poluição normal no ambiente, ciclo de manutenção de três anos,
2.000h/ano de vida útil a queima com substituição da lâmpada a cada 12.000h,
substituição individual, luminárias com tendência normal de coleta de poeira.
FMFL=0,91; FSL=1,00; FML=0,74; FMSS=0,83
Ambiente sujo, ciclo de manutenção de três anos, 8.000h/ano de vida útil a
queima com substituição da lâmpada a cada 8.000h, LLB, substituiçãoem
grupo, luminárias com tendência normal de coleta de poeira.
FMFL=0,93; FSL=0,93; FML=0,65; FMSS=0,94
0,80
0,67
0,57
0,50
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6ª Etapa: Determinação do número de lâmpadas necessárias (NL) 
Determina-se o fluxo luminoso total φ (em lúmen) que as luminárias deverão produzir, 
de acordo com a seguinte expressão: 
 φ =
𝐸 ∗ 𝑆
μ ∗ 𝐷
 
E: Iluminamento médio em lux); 
S = C x L - área do local (m²). 
Determina-se o número necessário de luminárias NL: 
NL =
φ
φ𝐿
 
φ: fluxo luminoso total calculado; 
φ𝐿 : fluxo luminoso (em lúmens) de uma luminária (este valor é 
conhecido uma vez escolhidas a luminária e a lâmpada). 
Ajusta-se o número de luminárias de forma a produzir um arranjo uniformemente 
distribuído (por exemplo, certo número de linhas cada uma com o mesmo número de 
colunas de tal forma que o número de luminárias resulte o mais próximo possível do 
valor determinado no

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