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Aminoácidos e proteínas Aurenívia Bonifácio aurenivia@uft.edu.br UFT - Gurupi Aminoácidos Características básicas -grupo carboxila + grupo amino no carbono α -diferem em suas cadeias laterais (grupos R) Asparagina 1° aminoácido descoberto (1806) Treonina 20° AA descoberto (1938) Funções dos aminoácidos L-aminoácido Moléculas de transporte para: Grupos NH2 Percussores de: Cetoácidos Aminas biogênicas Glicose Nucleotídeos Heme, Creatina Componentes de: Peptídeos Proteínas Fosfolipídeos Neurotransmissores: Glutamato Aspartato Glicina Classificação dos aminoácidos Projeção de Fischer 1. Quanto a isomeria óptica: -Isômeros do tipo “D” e “L” L-Gliceraldeído D-Gliceraldeído L-aminoácido D-aminoácido Classificação dos aminoácidos 2. Quanto a essencialidade nutricional - Essencial – obtidos pela dieta - Não-essencial – sintetizados pelo organismo Essencial Não-essencial Fenilalanina Alanina Histidina Arginina Isoleucina Aspartato Leucina Asparagina Lisina Cisteína Metionina Glicina Treonina Glutamato Triptofano Glutamina Valina Prolina Serina Tirosina NH2 C O HO CH2 CH2 NH2 C O HO CH CH2 C O NH2 Glicina Glutamina NH2 C O HO CH CH CH3 CH3 Valina CH2 NH2 C O HO CH CH CH3 CH3 Isoleucina Classificação dos aminoácidos 3. Quanto a polaridade da cadeia lateral - Não polares ou polares (não carregado ou carregado) Aromáticos Triptofano Não polar Valina Alanina Leucina Isoleucina Glicina Prolina Não-polar, alifáticos Metionina Tirosina Relativamente não polares Fenilalanina Classificação dos aminoácidos Glutamina Asparagina Polar, não carregados Treonina Serina Cisteína Glumato Aspartato Polar, carregados Lisina Arginina Histidina 3. Quanto a polaridade da cadeia lateral - Não polares ou polares (não carregado ou carregado) Aminoácidos Abreviação Mr pK1 (-COOH) pK2 (-NH3 +) pKR (grupo R) pI Grupo R alifáticos, não polares Glicina Gly G 75 2,34 9,60 5,97 Alanina Ala A 89 2,34 9,69 6,01 Prolina Pro P 115 1,99 10,96 6,48 Valina Val V 117 2,32 9,62 5,97 Leucina Leu L 131 2,36 9,60 5,98 Isoleucina Ile I 131 2,36 9,68 6,02 Metionina Met M 149 2,28 9,21 5,74 Grupos R aromáticos Fenilalanina Phe F 165 1,83 9,13 5,48 Tirosina Tyr Y 181 2,20 9,11 10,07 5,66 Triptofano Trp W 204 2,38 9,39 5,89 Propriedades dos aminoácidos Aminoácidos Abreviação Mr pK1 (-COOH) pK2 (-NH3 +) pKR (grupo R) pI Grupo R não carregados, polares Serina Ser S 105 2,21 9,15 5,68 Treonina Thr T 119 2,11 9,62 5,87 Cisteína Cys C 121 1,96 10,28 8,18 5,07 Asparagina Asn N 132 2,02 8,80 5,41 Glutamina Gln Q 146 2,17 9,13 5,65 Propriedades dos aminoácidos Aminoácidos Abreviação Mr pK1 (-COOH) pK2 (-NH3 +) pKR (grupo R) pI Grupos R carregados positivamente Lisina Lys K 146 2,18 8,95 10,53 9,74 Histidina His H 155 1,82 9,17 6,00 7,59 Arginina Arg R 174 2,17 9,04 12,48 10,46 Grupos R carregados negativamente Aspartato Asp D 133 1,88 9,60 3,65 2,77 Glutamato Glu E 147 2,19 9,67 4,25 3,22 Propriedades dos aminoácidos Aminoácidos incomuns 5-hidroxilisina 4-hidroxiprolina Citrulina Desmosina Ornitina Selenocisteína Aminoácidos como ácidos e bases - “Zwitterion” = íon híbrido - Anfólitos - capaz de agir como ácido ou como base - AA como ácidos = doam prótons - AA como base = recebem prótons AA como um ácido: AA como uma base: Carga líquida: +1 0 -1 Curva de titulação da glicina OH- (equivalentes) Glicina pKa Medida de tendência de um grupo perder prótons Carga líquida: +1 0 -1 Curva para aminoácidos com grupo R não ionizável Curva de titulação da glicina OH- (equivalentes) Glicina pI ponto isoelétrico, onde a carga líquida é zero pH < pI Carga líquida positiva pH > pI Carga líquida negativa Carga líquida: +1 0 -1 pI = pK1 + pK2 2 Curva para aminoácidos com grupo R não ionizável Curvas de titulação da histidina AA com grupo R ionizáveis possuem curvas com três estágios pH 7.6 (Ponto isoelétrico) pH 0.5 pH 5 pH 11 Carga líquida Proteínas Características gerais - Polímeros de aminoácidos unidos por ligações peptídicas - Peso molecular acima de 10.000 Dalton (Da) Proteínas Características gerais - São estabilizadas por pontes dissulfeto e pelas interações fracas não covalentes (pontes de hidrogênio e interações iônicas) Classificação das proteínas - Quanto ao número de cadeias polipeptídicas Monoméricas e Oligoméricas - Quanto aos seus componentes associados Simples e Conjugadas C-terminal N-terminal C-terminalN-terminal α1α2 β1β2Monoméricas Oligoméricas Classificação das proteínas - Quanto ao número de cadeias polipeptídicas Monoméricas e Oligoméricas - Quanto aos seus componentes associados Simples e Conjugadas Classes Grupo prostético Lipoproteína Lipídeos Glicoproteína Carboidratos Fosfoproteína Grupos fosfato Hemoproteína Heme (Fe) Flavoproteína Nucleotídeo flavina Metaloproteína Ferro Zinco Cálcio Molibdênio Cobre Estrutura das proteínas Primária Indica a sequência linear dos aminoácidos Secundária Os aminoácidos interagem através de pontes de hidrogênio São α-hélice e folha β α-hélice folha β Estrutura das proteínas Terciária Ocorrem interações entre α-hélice e folha β C-terminalN-terminal α1α2 β1β2 Quaternária Proteínas com mais de uma cadeia de aminoácidos Ligações peptídicas - Estrutura rígida e planar - Interações de ressonância - Aprox. 40% de característica de dupla ligação - Conformação trans mais frequente que cis Cadeia principal Ângulos de torção Cadeia lateral Amida plana Amida plana Grupo lateral Ângulos de torção ou ângulos de rotação Ψ - Cα–N Φ - Cα–C -São ambos definidos como 180° ou -180° -Aumenta em sentido horário do Cα Diagrama de Ramachandran -Indica os ângulos de torção estericamente permitidos; -Algumas estruturas secundárias já são pré- determinadas: ↑↑ - folha β paralela ↑↓- folha β antiparalela α - α hélice (direita) C - hélice do colágeno αL - α hélice (esquerda) Estrutura das proteínas A α hélice A folha β Antiparalela (conformação amino-carboxil oposta) Paralela (conformação amino-carboxil igual) 6.5Å 7Å Dobras β - Conecta estruturas de α hélice e folha β - Conecta folhas β antiparalelas - Envolve quatro resíduos de AA onde o O do 1° se liga ao H do 4° AA - Glicina e prolina são os AA mais frequentes As proteínas pode ser fibrosas ou globulares α-Queratina -Hélice com 5.1Å -Rica em resíduos de cisteína -Rica em AA hidrofóbicos protofilamento Filamento intermediário superhélice dobrada a esquerda α-hélice dobrada a direita As proteínas pode ser fibrosas ou globulares Colágeno -hélice orientada para esquerda -três resíduos de AA por passo Cadeia α Estrutura secundária As proteínas pode ser fibrosas ou globulares Fibroína da seda -Formada por cadeias polipeptídicas predominantemente em conformação β -Rica em alanina e glicina -Estrutura mantida por numerosas interações fracas As proteínas pode ser fibrosas ou globulares Proteínasglobulares -Formada por diferentes arranjos de estruturas secundárias -Enzimas; proteínas transportadoras, motoras e regulatórias; imunoglobulinas; entre outras. Mioglobina Padrões estruturais em proteínas globulares Laço β-α-β Quilha α-α Conexões típicas em um motivo totalmente β Conexão cruzada (não observada) Barril β Folha β retorcida Conexão orientada para direita entre cadeias β Conexão orientada para esquerda entre cadeias β (muito rara) Padrões estruturais em proteínas globulares Estrutura quaternária das proteínas - Proteína multissubunitária ou multímero - Duas a centenas de subunidades - Oligômero - poucas subunidades - Protômero - unidade estrutural repetitiva C-terminalN-terminal α1α2 β1β2 Funções das proteínas -Envolvem ligação reversível com outras moléculas -Ligante - molécula que se liga à proteína -Sítio de ligação - complementar ao ligante (tamanho, forma, carga e caráter hidrofílico ou hidrofóbico) -Podem existir vários sítios de ligação -Exibem flexibilidade -Interação proteína-ligante leva a alteração da conformação da proteína -A interação proteína-ligante pode ser regulada Mioglobina -Proteína ligante ao oxigênio -Mr 14.600 Proteínas de reconhecimento MHC “major histocompatibility complex” Complexo principal de histocompatibilidade Separação das proteínas Centrifugação diferencial Tecido tampão Homo- geneizador Filtro Centrifugação citosol Sobrena- dante Pellet Ribossomos Macromoléculas Membrana plasmática Fragmentos de RE Pequenas vesículas Fração microssomal Mitocôndria Lisossomos Peroxissomos (plantas; cloroplastos) Núcleo Citoesqueleto Células inteiras, tecidos conectivos Preparo do extrato bruto Fracionamento (tamanho e carga) Tipos: 1. Centrifugação diferencial 2. Centrifugação pelo gradiente de densidade (isopícnica) Separação das proteínas Preparo do extrato bruto Fracionamento (tamanho e carga) Tipos: 1. Centrifugação diferencial 2. Centrifugação pelo gradiente de densidade (isopícnica) Gradiente de sacarose Amostra Centrifugação pelo gradiente de densidade Componente menos denso Componente mais denso Fracionamento 12345678 Centrifugação Purificação: precipitação com sal “salting in” Solubilidade é maior com menor concentração de sal “salting out” Solubilidade é menor com maior concentração de sal Precipitação com sal Concentração de sal Camada de hidratação Solubilidade “salting out” Sobrenadante Precipitado Proteína alvo Purificação: diálise - Processo físico-químico - Separa as proteínas do solvente - Baseado no tamanho das proteínas Solução tampão Solução de proteínas Saco de diálise Agitador No equilíbrioNo início da diálise Solução tampão Solução de proteínas Saco de diálise Proteínasíon - Interação diferencial dos seus componentes entre a fase estacionária (líquida/sólida) e a fase móvel (líquida/gasosa) - Beneficia-se das diferenças de carga, tamanho, afinidade de ligação e outras propriedades da proteína Purificação: cromatografia A coluna cromatográfica deve ser de material inerte: Carvão, sílica, alumínio, fosfato de cálcio, hidroxiapatita, etc... Classificação dos tipos de cromatografia 1. Quanto a forma física do sistema Planar, em coluna, centrífuga 2. Segundo o modo de separação Adsorção, partição, troca iônica, afinidade 3. De acordo com a fase estacionária Sólida, liquida, quimicamente ligadas 4. Segundo a fase estacionária Líquida, gasosa, supercrítica Carga positiva líquida grande Carga positiva líquida Carga negativa líquida Carga negativa líquida grande Cromatografia de troca iônica As proteínas são separadas de acordo com suas cargas após passarem por uma coluna contendo cátions/ânions e geralmente de celulose A matriz utilizada deve ser: - porosa - inerte - natural ou sintética (compostos inorgânicos, resinas sintéticas ou polissacarídeos) - Insolúvel em água solventes orgânicos - Ligada covalentemente a trocadores iônicos Trocadores iônicos Trocadores aniônicos Grupos funcionais Dietilaminoetil (DEAE) -O-CH2-CH2-N +H(CH2CH3)2 Aminoetil quaternário (QAE) -O-CH2-CH2-N +(C2H5)2-CH2-CHOH-CH3 Amônio quaternário (Q) -O-CH2-CHOH-CH2-O-CH2-CHOH-CH2-N +(CH3)3 Trietilaminoetil (TEAE) -O-CH2-CH2-N +(C2H5)2-CH2-CH3 Tocadores catiônicos Grupos funcionais Carboximetil (CM) -O-CH2-COO - Sulfopropil (SP) -O-CH2-CHOH-CH2-O-CH2-CH2-CH2SO3 - Sulfoetil (SE) -O-CH2-CHOH-CH2-O-CH2-CH2SO3 - Fosfo (P) -O-PO4 - Metilsulfonato (S) -O-CH2-CHOH-CH2-O-CH2-CHOH-CH2SO3 - - + + + + + + + - - - - - + - - - - - - - + + + + + Trocador aniônico com contra-íons trocavéis Trocador catiônico com contra-íons trocavéis Os contra-íons podem ser trocados reversivelmente com outros íons sem alterar as propriedades da matriz Cromatografia de filtração em gel Esferas com polímero poroso grânulo de gel Matriz do gel Beneficia-se das diferenças de tamanho das proteínas Pequenas moléculas Grandes moléculas Solvente As proteínas são purificadas de acordo com sua especificidade por um substrato ou cofator particular Cromatografia de afinidade Proteínas ligantes da glicose se ligam aos sítios de glicose (G) nas esferas do gel Adiciona glicose Proteínas ligantes da glicose são perdidas com adição da glicose Proteína de interesse ligante Mistura de proteína Solução do ligante Cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) Tempo (minutos) A b s o rb â n c ia a 2 2 0 n m Coluna do HPLC Injetor Solvente Dados DetectorBomba Descarte Bombas de alta-pressão aceleram a movimentação das proteínas pela coluna, reduzindo o tempo de transito na coluna e aumentando a resolução Eletroforese - A proteína é desnaturada e as subunidades se separam - As proteínas migram de acordo com tamanho e forma em um campo elétrico - As moléculas menores migram mais rapidamente através da matriz porosa do gel Amostra Poço Direção da migração Proteínas Eletroforese Gel poroso Massa (kDa) D is tâ n c ia Eletroforese bidimensional Focalização isoelétrica Baixo pH (-) Baixo pH (-) Alto pH (+) Alto pH (+)
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