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Trabalho Vitaminas Introdução Bioquímica

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA 
FARMÁCIA
VITAMINAS
Salvador
2018
ANDREZA ANUNCIAÇÃO DE SOUZA RIBEIRO, DOUGLAS SOUZA RIOS GOMES, ÍCARO ALMEIDA BRITO DO ESPÍRITO SANTO, YURI BECK SAMPAIONOME DO(s) AUTOR(es)
 
VITAMINAS
Salvador
2017
Vitaminas
São nutrientes essenciais que devem ser providos ao organismo através da dieta.
As necessidades vitamínicas de um indivíduo variam de acordo com fatores como idade, clima, atividade que desenvolve e estresse a que é submetido.
A quantidade de vitaminas presente nos alimentos também não é constante. Varia de acordo com a estação do ano em que a planta foi cultivada, o tipo de solo ou a forma de cozimento do alimento (a maior parte das vitaminas se altera quando submetida ao calor, à luz, ao passar pela água ou quando na presença de certas substâncias conservantes ou soporíferas).
As vitaminas são classificadas em 2 tipos:
LIPOSSOLÚVEIS - São solúveis em lipídeos ou solventes apolares.
Vitamina A (Retinol)
Vitamina D
Vitamina E
Vitamina K
HIDROSSOLÚVEIS - São solúveis em água.
Vitamina B1 (Tiamina)
Vitamina B2 (Riboflavina)
Vitamina B3 (Niacina)
Vitamina B5 (Ác. Pantotênico)
Vitamina B6 (Piridoxina)
Vitamina B9 (Ác. Fólico)
Vitamina B12 (Cianocobalamina)
Vitamina C (Ác. Ascórbico )
Vitamina A (Retinol)
Considerada uma das mais importantes, a vitamina A é chamada também de Retinol e é famosa por sua composição antioxidante, que fortalece o sistema imunológico e protege a pele. É um micronutriente essencial, pertencente ao grupo de vitaminas lipossolúveis.
Os compostos que formam a vitamina A (ou vitâmeros) são o retinol, o ácido retinoico, retinal e os carotenoides, sendo este últimos considerados provitaminas. Todos estes compostos possuem em sua estrutura um anel acetônico de beta-ionona por onde se liga uma cadeia de isoprenoides, chamado grupo retinil. 
Geralmente a vitamina A é consumida na forma de palmitato de retinila. Chegando no intestino estes ésteres sofrem ação dos lipídios (bile e suco pancreático) e então hidrolisados, o retinol é gerado. Ele é então absorvido pelas células do intestino e armazenado. Lá, sofrem outras modificações que permitem que se liguem à quilomícrons e sejam transportados pela corrente sanguínea até o fígado, onde são armazenados. As reservas de vitamina A no fígado sofrem hidrólise, quando é necessário que a vitamina A volte para a corrente sanguínea e chegue até determinada região do corpo.
A vitamina A, que escolhe alimentos de cores vivas para se alojar, tem funções muito importantes no corpo das pessoas, dentre elas, a melhora na visão, auxílio no crescimento, contribuição na formação dos dentes, na formação de colágeno, além de ser necessária para a renovação celular.
Por se tratar de uma substância que conta com uma ação antioxidante, “a vitamina A é benéfica para o combate à acne, além de inibir a carcinogênese, ou seja, a formação do câncer, combater à anemia, evitar úlceras de pele, e melhorar a imunidade”.
Ausência de Vitamina A
A ausência da vitamina pode ocorrer pela falta de alimentos na dieta das pessoas. Essa carência de nutriente pode causar a famosa “cegueira noturna”, a qual, se não for tratada, pode provocar lesões na córnea e deixar a pessoa cega. Além desta consequência, o sistema imunológico na infância pode ser afetado e assim levar à morte por infecções, já que o combate sem a vitamina A, mostra-se mais difícil.
Excesso de Vitamina A
O excesso de vitamina A pode causar, pele seca, dores no osso e articulação, tontura, queda de cabelo, entre outros.
Pró-vitamina A - Carotenóides
Os carotenóides são uma família de compostos abundantemente encontrados na natureza, sendo os responsáveis pela cor da maioria dos frutos e vegetais que comemos todos os dias, a qual pode variar desde o amarelo até o vermelho vivo. Dos mais de 600 carotenóides conhecidos, aproximadamente 50 são precursores da vitamina A. Para que um carotenóide possua atividade de pró-vitamina A ele precisa ter pelo menos um anel de ciclo-hexinil ligado a uma cadeia de isoprenos, correspondente a uma molécula de retinol. 
Entre os carotenóides, o β-caroteno(beta-caroteno) é o mais abundante em alimentos e o que apresenta a maior atividade de pró-vitamina A. Como o β-caroteno é simétrico e corresponde estruturalmente a duas moléculas de retinol, apresentando maior atividade pró-vitamínica A em relação a outros carotenóides.
Alimentos com alta concentração de vitamina A:
Fígado de boi: traz benefícios ao sistema imunológico.
Queijo: os com uma maior quantidade dessa vitamina são o queijo minas, o requeijão e o queijo prato.
Ovo: é um dos mais nutritivos, a vitamina A é encontrada na gema.
Batata-doce: principalmente as roxas e amarelas contam com uma alta taxa da vitamina.
Manga: quando está madura é rica nessa vitamina.
Leite: o integral conta com uma boa quantidade de vitamina A.
Mamão papaia: ele oferece um terço da vitamina A, que as pessoas precisam por dia.
Laranja: além da vitamina C, ela conta também com uma quantidade de vitamina A em sua composição.
Abóbora: a vitamina A contida nela é recomendada para o cuidado com a pele.
Damasco: por conta da vitamina A em sua composição, torna-se um poderoso antioxidante.
Cenoura: é uma grande fonte de vitamina A, por isso é uma aliada na redução do risco de câncer, além de retardar o envelhecimento.
Brócolis: conta com uma ótima absorção da vitamina A, importante para o sistema imunológico.
Espinafre: uma xícara de espinafre oferece a quantidade que uma pessoa necessita por dia da vitamina.
Pêssego: é a fruta mais rica em vitamina A, tem função antioxidante.
Ingestão diária recomendada
As necessidades de vitamina A variam de acordo com a fase da vida:
Bebês de 0 a 6 meses: 400 mcg/dia
Bebês de 6 a 12 meses: 500 mcg/dia
Crianças de 1 a 3 anos: 300 mcg/dia
Crianças de 4 a 8 anos: 400 mcg/dia
Meninos de 9 a 13 anos: 600 mcg/dia
Meninas de 9 a 13 anos: 600 mcg/dia
Homens a partir de 14 anos: 900 mcg/dia
​Mulher a partir de 14 anos: 700 mcg/dia
Gestantes: 750 a 770 mcg/dia
Lactentes: 1200 a 1300 mcg/dia
Vitaminas do Complexo B
As vitaminas do complexo B estão presentes em alimentos como peixes, levedura de cerveja, fígado, castanhas, abacate e vegetais verdes, como couve e espinafre.
Essas vitaminas participam da regulação e produção de energia no organismo, e ajudam a manter a saúde do sistema nervoso, da pele, dos cabelos e do intestino. Além disso, elas são importantes para prevenir anemia e fortalecer o sistema imunológico.
Vitamina B1 – Tiamina
A vitamina B1 (tiamina) faz parte do grupo de vitaminas que formam o complexo B. Anteriormente ela era categorizada como uma vitamina a parte e era chamada de vitamina F, no entanto posteriormente devido suas características químicas e funções biológicas, foi agrupada no conjunto vitamínico do complexo B.
Estruturalmente é composta por um grupamento tiazol e uma pirimidina formando a vitamina Tiamina. Certos microrganismos são capazes de sintetiza-la naturalmente, como algumas bactérias, protozoários e fungos. Algumas plantas também têm maquinaria necessária para sua biossíntese. Os animais, no entanto, precisam obtê-la da alimentação pois mesmo que a microbiota seja capaz de sintetiza-la naturalmente, isso não acontece em quantidade suficientes para suprir as necessidades do organismo.
Ausência de Vitamina B1 – Tiamina
A hipovitaminose B1 pode levar a doenças como a encefalopatia de Wernicke (que incluem sintomas de oftalmoplegia, confusão mental e ataxia), síndrome de Korsakoff (que inclui amnésia e desorientação) e também a beribéri (que inclui sintomas como perda de peso, fraqueza, dor nos membros, batimento cardíaco irregular, edemas, inflamação, neuropatias e distúrbios emocionais). 
Além de ser causada pela baixa ingestão de vitamina B1, a hipovitaminose também pode ser causada porpacientes cuja absorção da vitamina é prejudicada com em pessoas com dependência de álcool, com vômitos frequentes, com problemas gastrointestinais, dependentes químicos e HIV positivos. 
Excesso de Vitamina B1 – Tiamina
O excesso de vitamina B1 raramente causa efeitos adversos. Cientistas observaram que como a absorção da tiamina cai consideravelmente em concentrações maiores que 5 mg/dia e também, sendo uma vitamina hidrossolúvel, sua excreção acontece de maneira rápida, bem como o tempo de meia-vida da tiamina é curto, é raro que a tiamina tenha efeitos tóxicos ao organismo. Apenas efeitos alérgicos podem ser observados em alguns casos de consumo excessivo de vitamina B1.
Fontes de Vitamina B1 – Tiamina
As fontes de vitamina B1 são: grãos integrais como arroz, cereal, trigo; carne de porco, fígado, peixe, ovo, queijo; couve-flor, espinafre, beterraba e verduras amargas e frutas tais como maça, limão, tomate e jaca.
Vitamina B2 - Riboflavina
Anteriormente categorizada como uma vitamina G, a vitamina B2 é um composto orgânico, do grupo das flavinas (riboflavina) e faz parte do grupo de vitaminas que formam o complexo B. 
Quando certos grupos químicos são adicionado à cadeira principal de flavinas, moléculas como a dinucleótido de flavina e adenina (FAD) e mononucleótido de flavina (FMN) são formados. Essas moléculas fazem parte da cadeia de proteínas transportadoras de elétrons, responsáveis por gerar energia para as células no final da respiração celular.
Molécula Vitamina B2 (Riboflavina)
Ausência de Vitamina B2 – Riboflavina
A deficiência de riboflavina devido a dieta, em países desenvolvidos, é bastante rara. Outros fatores podem levar a baixa absorção dessa vitamina como níveis baixos dos hormônios da tireoide. Os sintomas da hipovitaminose B2 são lesões nos cantos da boca (estomatite angular), problemas de pele, excesso de células sanguíneas (hiperemia), perda de cabelo e de peso, problemas reprodutivos e lesões no fígado e no sistema nervoso. 
É comum que o paciente com deficiência em vitamina B2 também tenha deficiência em outras vitaminas fazendo com que os sintomas se misturem bem como a própria deficiência em vitamina B2 faz com que o metabolismo de outros nutrientes seja prejudicado, fazendo que certas deficiências possam gerar sintomas mais graves.
Excesso de Vitamina B2 - Riboflavina
A hipervitaminose de B2 não é comum pois a capacidade de absorção desta molécula é limitada. O FDA, órgão americano de controle de alimentos e drogas, nem mesmo possui um limite diário de ingestão para a riboflavina, devido sua ausência de toxicidade.
Os métodos de análise de quantidade de vitamina B2 são: a medida direta da riboflavina na urina, a concentração de riboflavina nos eritrócitos e a medida indireta através da atividade de FAD em um meio controlado.
Fontes de Vitamina B2
As fontes alimentares de vitamina B2 são: vegetais como repolho, agrião, brócolis, couves; produtos lácteos no geral; ervilhas, semente de girassol, trigo, cegada; carnes, ovo e algumas frutas. 
O leite materno é bastante importante para passar vitaminas como a B2 para o bebê e a concentração de riboflavina passada aumenta conforme o consumo da mãe.
Vitamina B3 - Niacina
A vitamina B3 é um micronutriente essencial formada pelas moléculas orgânicas niacina, nicotinamida e ácido nicotínico e que participam diretamente na geração da energia celular.
A vitamina B3 é obtida dos alimentos através da conversão do triptofano em niacina. Esta última molécula é parte formadora de duas coenzimas extremamente importantes em múltiplas reações bioquímicas celulares: a nicotinamida adenina dinucleotídeo (NAD+) e a nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADP+).
Ausência de Vitamina B3
Deficiência em vitamina B3 podem causar sintomas como encefalites, diarreia, insônia, dermatite, irritabilidade e depressão nervosa. A doença que reúne maior parte destes sintomas é a pelagra: inicialmente a pele ganha um tom avermelhado como de queimadura solar e se torna bastante sensível à luz, depois os outros sintomas vão se somando principalmente a diarreia e danos neurológicos. 
A hipovitaminose B3 geralmente acomete pessoas em países subdesenvolvidos cuja deficiência nutricional é mais frequente.
Excesso de Vitamina B3
A hipervitaminose B3 pode fazer a pressão sanguínea baixar, causar diarreia, vomito, feridas e rubor na pele. Também é possível que haja problemas gastrointestinais como problemas no fígado devido hepatotoxicidade e indigestão. 
Além disso a niacina tem mostrado aumentar os níveis de açúcar no sangue e também aumentar o risco de desenvolvimento da mesma em 34%. Ainda, outros efeitos colaterais da niacina incluem arritmias cardíacas, aumento no tempo de coagulação, maculopatia (aparecimento de máculas na retina) e malformações congênitas em fetos cujas mães apresentam baixos níveis de colesterol.
Fontes de Vitamina B3
A vitamina B3 é abundante na natureza, sob a forma de nicotinamida nos alimentos de origem animal e ácido nicotínico nas fontes vegetais. Alimentos como ovo, leite, grãos e cereais integrais, arroz, carnes magras, aves, peixes e legumes são as principais fontes de vitamina B3.
Vitamina B5 – Ácido Pantotênico
A vitamina B5 é um micronutriente essencial que faz parte do complexo de vitaminas B. Formada pelas moléculas de ácido pantotênico ou por pantotenato, moléculas que possuem um grupamento amida ligado a um aminoácido de β-alanina e a um ácido carboxílico D-pantóico.
Em animais, a principal função do ácido pantotênico é formar a molécula de coenzima-A (CoA), uma importante coenzima que atua na geração de energia durante os processos de metabolismo de açúcares, lipídios e proteínas e também na síntese de ácidos graxos e colesterol. Nesse contexto, CoA é uma enzima extremamente importante na síntese de colesterol, que por sua vez é muito importante para a função dos hormônios do organismo todo. CoA também é utilizada na acetilação e acilação de genes, modulando os padrões de expressão e tradução destes.
Ausência de Vitamina B5
Devido sua participação em processos biológicos tão generalistas e importantes, sua deficiência pode causar sintomas diversos, assim como deficiências em outras vitaminas do complexo B. Pode incluir fadiga, apatia, neuropatias, hipoglicemia, náusea, vômitos, distúrbios no sono e dores. 
A maioria das vitaminas do complexo B atuam juntas em algumas vias, e a deficiência de uma delas pode prejudicar o funcionamento das outras. No entanto a hipovitaminose B5 é considerada extremamente rara. 
Apenas casos de desnutrição são passiveis de terem deficiência em vitamina B5. Assim como outras vitaminas do complexo B, sua absorção tem uma taxa limite, fazendo com que não haja hipervitaminose desta vitamina e, portanto, não se tem relatados casos de toxicidade dela.
Fontes de Vitamina B5
A origem do nome pantotênico vem do grego “pantothen”, que significa de todos lugares, isso por que ele pode ser encontrado em praticamente todos os alimentos mesmo que em pequenas quantidades. 
As fontes mais importantes de vitamina B5 são grãos integrais, ovos, semente de girassol, cogumelos e fígado.
Vitamina B6 - Piridoxina
A vitamina B6 é um micronutriente essencial, hidrossolúvel, que compõe o grupo de vitaminas do complexo B. É composta pelos vitâmeros piridoxina, piridoxal fosfato, piridoxamina, piridoxamina fosfato, piritinol e ácido piridóxico. Todos estes compostos, com exceção dos dois últimos, são intercambiáveis entre si. 
A vitamina B6 atua como coenzima em mais de 100 reações enzimáticas no metabolismo de aminoácidos principalmente, mas também de glicose, e lipídios.
Fontes de Vitamina B6
	A forma encontrada mais frequentemente nas plantas e vegetais, a piridoxina é mais estável que a forma encontrada em alimentos derivado de animais, piridoxal ou piridoxamina. 
Os principais alimentos contendo vitamina B6 são carne suína, bovina, peru; batata, pistaches, grão-de-bico, cerais e banana.
Falta de Vitamina B6Os casos de hipovitaminose B6 podem causar algumas doenças metabólicas associadas com as atividades coenzimáticas que esta vitamina desempenha, como por exemplo dificuldades na conversão de triptofano em niacina e também como a PLP está envolvida no mecanismo de gliconeogênese, a deficiência de vitamina B6 pode causar tolerância a glicose. 
Outros quadros mais severos de avitaminose B6 são neuropatias, anemia sideroblástica (deficiência na síntese de hemoglobina), conjuntivite, ulcerações, quelites e dermatites seborrágicas. 
Excesso de Vitamina B6
Os casos de hipervitaminose B6, apesar de serem pouco comuns e geralmente acontecerem em conjunto com outras deficiências do complexo B, podem causar neuropatias e dores nos casos mais brandos, podendo chegar até a danos mais graves como danos nos gânglios da raiz dorsal (ou gânglio espinal).
Vitamina B9 – Ácido Fólico
	A vitamina B9, ácido fólico, folacina ou ácido pteroil-L-glutâmico é uma vitamina hidrossolúvel, essencial, componente do grupo de vitaminas do complexo B. Essa vitamina é essencial para o metabolismo de proteínas e ácidos nucleicos e participa como coenzima nas reações de transferência, como aceptora e doadora, de unidades de um carbono.
O ácido fólico participa como coenzima no metabolismo de ácidos nucleicos através de duas vias principais: uma na síntese da fita de DNA a partir dos precursores (timidinas e purinas) e outra na reação de metilação de DNA, RNA e proteínas através da doação de grupamentos de um carbono, participando na modulação de expressão gênica e proteica. Além disso o ácido fólico também participa do metabolismo de diversos aminoácidos, como a serina, glicina, histidina, metionina e cisteína.
Falta de Vitamina B9
A hipovitaminose B9 é geralmente causada pela insuficiência de ingestão, mas também pode ser decorrente de outras situações como o grande consumo de álcool, tabagismo e drogas. Outras condições como câncer, doença de Crohn, colites ulcerativas e doença celíaca também podem causar deficiência de ácido fólico. Os sintomas dessa hipovitaminose incluem anemias, distúrbios digestivos, problemas de crescimento, cansaço, dores no corpo, problemas de memória, insônia e fraqueza. 
A anemia megaloblástica é a principal manifestação da hipovitaminose B9. 
Excesso de Vitamina B9
Grandes quantidades de ácido fólico ajudam a corrigir problemas como a anemia megaloblásticas, mas não ajudam a reverter danos neurológicos causados pela sua deficiência. O excesso de vitamina B9 em si não traz nenhum risco de toxicidade, no entanto, é apontado que o excesso de ácido fólico possa “camuflar” os efeitos da falta de vitamina B12.
Fontes de Vitamina B9
As principais fontes de ácido fólico são vegetais verde-escuro como aspargos e espinafre, frutas como abacate, laranja, grãos e sementes como lentilha, arroz, feijão, ervilha, nozes, carnes, frutos do mar e ovo.
Vitamina B12 – Cobalamina
A vitamina B12 (ou cobalamina) é um micronutriente essencial, vitamina hidrossolúvel componente do grupo de vitaminas que formam o complexo B. É a vitamina com a estrutura tridimensional maior e mais complexa. É também a única vitamina que contém um íon metálico, o cobalto. 
É formada pelos vitâmeros cianocobalamina, hidrocobalamina e metilcobalamina. 
Falta de Vitamina B12
A deficiência em vitamina B12 podem trazer danos biológicos irreversíveis, principalmente relacionados ao sistema nervoso central. Uma das principais manifestações da deficiência de vitamina B12 é a anemia perniciosa. 
Os sintomas iniciais incluem fadiga, letargia, dores de cabeça, palidez, problemas de memória e depressão, podendo chegar em sintomas mais graves como manias e psicoses. Como esta vitamina está envolvida em reações de síntese de ácido nucleico e síntese de neurotransmissores, sua deficiência acarreta problemas principalmente neurológicos, por isso, durante o desenvolvimento embrionário e mesmo durante a infância é importante que a dieta seja rica em vitamina B12. 
Excesso de Vitamina B12
A hipervitaminose de vitamina B12 não tem se mostrado toxica devido principalmente a limitação de sua absorção
Fontes de Vitamina B12
As fontes alimentares de vitamina B12 são basicamente todas de origem animal. Os animais estocam vitamina B12 nos músculos, no fígado e pode estar contido também em ovos e leite. 
Por isso é importante para pessoas de dieta vegana/vegetariana que façam a suplementação da vitamina a parte, para que possam obter as quantidades necessárias para a saúde. 
As únicas plantas que podem ser fonte de vitamina B12 são aquelas que possuem associação com bactérias, como a alga Nori, no entanto a quantidade contida nestas plantas é significativamente muito abaixo das necessidades diárias mínimas para esta vitamina.
Vitamina C (Ácido Ascórbico)
A vitamina C é um poderoso antioxidante e combate a formação dos radicais livres. Ela ajuda as células do organismo a crescer e permanecer sadias — principalmente as células dos ossos, dentes, gengivas e dos vasos sanguíneos.
A vitamina C é necessária para combater infecções, atuar na absorção do ferro, reduzir o nível de triglicerídeos e de colesterol, além de fortalecer o sistema imunológico.
A melhor maneira de se obter a quantidade necessária desta vitamina é através da alimentação. 
A vitamina C tem função antioxidante potente, a qual age diminuindo o estresse oxidativo. Ela também tem importância como um cofator de enzima para a biossíntese de vários bioquímicos importantes. Tem como principal função fortalecer o sistema imunológico, aumentando a resistência a infecções, gripes e resfriados; e favorecendo a absorção do ferro, ajudando a evitar anemia. Ela afasta problemas no trato respiratório. Isso porque estimula a formação de macrófagos, células que englobam e depois eliminam as bactérias do mal. Só que não adianta investir no nutriente com o quadro já instalado. Para deixar o sistema imune tinindo, o correto é consumir as fontes da vitamina regularmente.
Ela também atua na produção de colágeno, essencial em tratamentos de rejuvenescimento. É indicada para pessoas que apresentam linhas de expressão, rugas e outros danos causados pela exagerada exposição ao sol.
O colágeno é o ingrediente responsável pela capacidade elástica e resistência da pele, ou seja, sem ele a pele fica mais flácida e frágil. A exposição continuada ao sol é um dos fatores que alteram a síntese de colágeno na pele, levando a formação das rugas.
Aí entra outro papel da vitamina C: proteger contra a exposição solar. Ou seja, além de consertar os danos causados pelo sol, ela ainda evita que esses danos ocorram.
Benefícios da Vitamina C
Fortalece os capilares sanguíneos.
É extremamente importante em tratamentos antialérgicos.
Ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
É excelente na prevenção de gripes e infecções.
Atua no organismo como um poderoso antioxidante.
Dá resistência aos ossos e dentes.
Facilita a absorção de ferro pelo organismo.
Atua no metabolismo de alguns aminoácidos. 
Deficiência de Vitamina C
A carência desta vitamina provoca a avitaminose designada por escorbuto. 
Suplementação
Ao se optar por uso de suplementos vitamínicos o ideal é escolher aqueles que contenham quantidades moderadas e aproximadas da dose diária recomendada.
O uso prolongado de suplementação de vitamina C acarreta risco aumentado do desenvolvimento de nefrolitíase (cálculos renais) e litíase biliar (cálculos na vesícula). 
É recomendada a suplementação moderada e intermitente (com períodos de descanso).
Vitamina D
A principal função da vitamina D no organismo é facilitar a absorção de cálcio pelo organismo, que é essencial para o desenvolvimento saudável dos ossos e dos dentes. Além de melhorar a saúde óssea, a vitamina D previne doenças como obesidade e diabetes.
A vitamina D é importante para regulação do metabolismo ósseo, e age como hormônio mantendo em quantidades adequadas o cálcio e fósforo presentes no sangue, através do aumento ou diminuição da absorção desses componentesno intestino delgado.
Funções da vitamina D
As funções da vitamina D no organismo são:
Aumentar a absorção do cálcio e do fósforo no intestino;
Fortalecer ossos e dentes, tornando-os mais saudáveis;
Prevenir doenças como obesidade, diabetes, hipertensão e esclerose múltipla;
Aumentar a produção de músculos;
Melhorar o equilíbrio;
Fortalecer o sistema imunológico;
Melhorar a saúde cardiovascular;
Prevenir alguns tipos de câncer, como os de cólon, de reto e da mama;
Prevenir o envelhecimento precoce.
Os benefícios da vitamina D são obtidos através do consumo regular de alimentos ricos nessa vitamina e da exposição solar, que ativa a produção de vitamina D na pele.
Onde encontrar a vitamina D
A vitamina D pode ser encontrada em alimentos como peixes, frutos do mar, óleo de fígado de bacalhau, gema de ovo e leite e derivados. Confira aqui uma lista de alimentos ricos em vitamina D.
Outra fonte natural de vitamina D é a sua produção na pele a partir da exposição aos raios solares. Por isso, para produzir quantidades adequadas de vitamina D, pessoas de pele clara devem ficar ao sol durante pelo menos 15 minutos por dia, enquanto pessoas de pele negra precisam de cerca de 1 hora de exposição solar diária.
Além das fontes naturais, a vitamina D também pode ser encontrada na forma de suplementos em cápsulas ou em gotas, que só devem ser usados em casos de deficiência dessa vitamina. A quantidade de suplemento a ser tomada varia de acordo com a idade, a dose do medicamento e o grau de deficiência vitamínica, e crianças e mulheres grávidas só devem tomar o suplemento de vitamina D de acordo com orientação médica.
Necessidade diária de vitamina D
A quantidade necessária de vitamina D por dia varia de acordo com a idade:
Crianças até 1 ano: 10 mcg;
Crianças maiores de 1 ano e adultos: 15 mcg;
Idosos com mais de 70 anos: 20 mcg;
Gestantes: 15 mcg.
Em geral, apenas a alimentação não é suficientes para suprir as necessidades diárias de vitamina D, e por isso é importante a exposição solar diária para se ter uma produção adequada dessa vitamina. A falta de vitamina D no organismo é identificada através de um exame de sangue chamado 25(OH)D, e o diagnóstico de deficiência é feito quando se tem resultados menores que 30 ng/ml.
Sintomas de deficiência em vitamina D
Os sintomas de deficiência de vitamina D no organismo são:
Diminuição do cálcio e do fósforo no sangue;
Dor e fraqueza muscular;
Enfraquecimento dos ossos;
Osteoporose nos idosos;
Raquitismo nas crianças;
Osteomalacia.
A absorção e a produção de vitamina D estão prejudicadas em algumas doenças, como insuficiência renal, lúpus, doenças de Crohn e doença celíaca. Veja mais em: Sinais que podem indicar a falta de vitamina D.
Consequências do excesso de vitamina D
As consequências do excesso de vitamina D no organismo são o enfraquecimento dos ossos e a elevação dos níveis de cálcio na corrente sanguínea, o que pode levar ao desenvolvimento de pedras nos rins e arritmia cardíaca.
Os principais sintomas do excesso de vitamina D são falta de apetite, náuseas, vômitos, aumento da frequência urinária, fraqueza, hipertensão arterial, sede, coceira na pele e nervosismo. No entanto, o excesso de vitamina D só ocorre devido ao uso exagerado de suplementos dessa vitamina.
Vitamina E (alfa-tocoferol)
A vitamina E, também conhecida como alfa-tocoferol, é uma vitamina essencial para o funcionamento do organismo, pois tem potente ação antioxidante, propriedades anti-inflamatórias, além de contribuir para o controle do colesterol ruim e melhorar a fertilidade, pois tem papel importante na produção dos hormônios.
Esta vitamina é encontrada na alimentação, e suas principais fontes são alimentos de origem vegetal, como cereais integrais, semente de girassol, amêndoas, avelã, amendoim, abacate ou azeite, por exemplo, entretanto, em alguns casos, a vitamina E também pode ser consumida na forma de suplementos em cápsulas.
É um dos antioxidantes mais importantes, e seus benefícios incluem:
Equilibrar os níveis de colesterol;
Melhorar a saúde da pele e dos cabelos, pois fornece integridade à pele e paredes celulares;
Aumentar a firmeza da pele e prevenir rugas;
Melhorar a cicatrização;
Prevenir o envelhecimento;
Melhorar a resistência física e força muscular;
Combater a infertilidade, pois contribui para a formação de hormônios.
Além disso, a vitamina E pode ser útil para melhorar o sistema imune e contribui para o funcionamento do cérebro.
Quando se deve suplementar com vitamina E
Como suplemento alimentar, a vitamina E pode ser utilizada para manter a saúde da pele, aumentando sua elasticidade e prevenindo rugas, para melhorar a circulação sanguínea, auxiliar no controle do colesterol, combater os radicais livre do corpo e prevenir o envelhecimento. Essa vitamina também fortalece o sistema imunológico e pode ser recomendada com suplemento para casais com problemas de fertilidade.
Além disso, em alguns casos de alterações no colesterol, 1000 mg por dia de tocoferol pode fazer parte do tratamento clínico.
Ausência de Vitamina E
A falta de vitamina E é rara e está, geralmente, associada à problemas de má absorção intestinal, e pode provocar redução dos reflexos, dificuldades na marcha, visão dupla, perda do sentido da posição, fraqueza muscular e dor de cabeça. 
Há uma maior preocupação deste tipo de deficiência nos bebês recém-nascidos, pois durante a gravidez há pouca passagem através da placenta, no entanto, o leite materno é suficiente para suprir a necessidade de vitamina E que o bebê precisa.
Excesso de Vitamina E
A hipervitaminose E pode causar hemorragia nos indivíduos que fazem uso de medicamentos anticoagulantes, por isso, não deve ser consumida nestes casos.
Vitamina K
A vitamina K ou vitamina anti-hemorrágica, é lipossolúvel e se divide em k1, k2 e k3. A vitamina K1 é encontrada em alimentos de origem vegetal, a k2 é produzida pela nossa flora intestinal e a k3 é produzida em laboratório. Esta última versão é utilizada nos suplementos e é bem absorvida pelo organismo. A vitamina K é essencial para o organismo. A vitamina K é essencial para o organismo. Ela ajuda na coagulação sanguínea, contribui para a saúde dos ossos e pode ser utilizada em bebês prematuros.
Benefícios comprovados da vitamina K
Ajuda na coagulação sanguínea: A vitamina K é essencial no processo de coagulação sanguínea. Isto porque ela ajuda as proteínas a se transformarem em substâncias que contribuem para a coagulação correta do sangue. Por isso, está vitamina também contribui para melhor cicatrização.
Boa para os ossos: A vitamina K é importante para a saúde dos ossos porque ajuda na fixação do cálcio nos ossos. A vitamina B, o fósforo e o magnésio também ajudam na fixação. É importante lembrar que o cálcio no organismo ajuda na construção e manutenção da estrutura dos ossos e dentes. Em casos de osteoporose relacionado à menopausa uma leve suplementação com vitamina K pode ser prescrita pelos médicos.
Boa para prematuros: No caso de bebês prematuros a suplementação com vitamina K pode ser interessante porque crianças que nascem antes do tempo correm maior risco de ter hemorragia espontânea e a vitamina ajuda a prevenir o problema. Alguns estudos estão sendo realizados sobre se a suplementação com vitamina K pode ser realizada para todos os recém-nascidos, porém ainda não se chegou a um consenso.
Deficiência de vitamina K
É difícil ocorrer deficiência de vitamina K. Isto porque ela está presente em diversas fontes vegetais e ainda é produzida no próprio organismo. 
Contudo, caso ocorra, ela normalmente é identificada por meio de um exame de sangue. As principais complicações da deficiência de vitamina K são problemas de coagulação sanguínea e perda da qualidade óssea. 
Pessoas que mais correm riscos de desenvolver deficiência de vitamina K são aquelas que passaram por uma cirurgia bariátrica e que tomam medicamentos que dificultam a absorção de gordura.
Fontes de vitamina K
A vitaminaK pode ser encontrada em diferentes alimentos. Boas fontes dela são: brócolis, couve-flor, agrião, rúcula, repolho, nabo, a alface, o espinafre, batata, algas e outros vegetais verdes. 
É preciso ingerir apenas 50 gramas destes vegetais para ter a quantidade diária recomendada de vitamina K. Os óleos vegetais, como o azeite, também contam com o nutriente. As oleaginosas, o abacate, a gema do ovo e o fígado também possuem boas quantidades de vitamina K.
Referências
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