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CESED No. 05
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil VIII
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
Da aceitação e renúncia da herança
	No instante da morte do autor da herança, eis que ocorre a transmissão aos herdeiros do acervo hereditário, mesmo que estes não saibam que já são seus donos. 
	Esta transmissão automática é meramente abstrata. Ela consolida-se apenas com a aceitação da herança. 
Aceitação da herança
	Trata-se da manifestação livre de vontade de receber o herdeiro a herança que lhe é deferida. Apresenta-se em três etapas: 
A abertura da sucessão, quando da morte do autor. 
A delação, quando o acervo é oferecido aos herdeiros. Acontece ao mesmo tempo da abertura da sucessão. Neste instante, os herdeiros tornam-se donos da herança. 
A aceitação, quando a herança já deferida é aceita. Neste caso, temos a consolidação da aquisição da herança. 
 	A aceitação pode ser expressa, quando resulta de declaração escrita. Porém, não poderá ser verbal, mesmo perante testemunhas. Pode ser, também, tácita, quando o herdeiro pratica atos compatíveis com sua condição hereditária (administração dos bens do espólio, atos conservatórios, por exemplo). Admite-se, ainda, a aceitação presumida. Este último caso verifica-se quando algum interessado requer ao Juiz, até 20 dias depois da abertura da sucessão, para que mande o herdeiro pronunciar-se em até 30 dias. Caso contrário presume-se aceita a herança.
	Ainda sobre a aceitação, esta poderá ser direta, quando provier do próprio herdeiro. Fazendo alguém por ele, neste caso a aceitação será indireta. Nesta situação, temos quatro hipóteses: 
Os sucessores do herdeiro podem aceitar por ele, se já era falecido.
O mandatário ou gestor de negócios também podem aceitar, representando o herdeiro. 
Os credores, até o montante do crédito, podem aceitar a herança pelo devedor herdeiro. 
Finalmente, o cônjuge poderá aceitar. 
 	Não é admitida a aceitação por partes, parcial. Entretanto, ocorrendo um caso, numa sucessão, do herdeiro tiver direito a mais de um quinhão hereditário, a títulos diversos, poderá aceitar um e renunciar ao(s) outro(s). Por exemplo: João deixa testamento atribuindo 50% de sua herança para seus filhos Marcos e Pedro, e os outros 50% a Pedro. Neste caso, Pedro terá direito a dois quinhões: um como herdeiro necessário, outro como herdeiro voluntário. Pedro, então, poderá aceitar um quinhão e renunciar ao outro. 
	A aceitação pode ser anulada, após aceita. Isto ocorrerá quando apurar-se que o aceitante não era herdeiro, ou descobrir-se testamento. Se o inventário já tiver sido encerrado e homologada a partilha, resta ao interessado reivindicar o que lhe cabe através de ação de petição de herança. 
Bibliografia: 
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo/ 8ª. Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.

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