Buscar

dc-viii-11-da-sucessu00e3o-do-cu00f4njuge-sobrevivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CESED No. 11
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil VIII
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
Da sucessão legítima (final)
Sucessão do cônjuge sobrevivo
 	Havendo descendentes ou ascendentes, o cônjuge sobrevivente com eles concorrerá. Não havendo parentes na linha reta, ou seja, descendentes ou ascendentes, é chamado à sucessão o cônjuge sobrevivente, que tudo herdará, desde que não esteja separado judicialmente, nem separado de fato há mais de dois anos. No caso de separação de fato superior a dois anos, o cônjuge ainda terá direito, se provar que a separação não ocorreu por culpa sua. 
	Antes de avançarmos o assunto, é preciso falar sobre a distinção entre herança e meação. A primeira, de modo genérico, é todo o patrimônio do morto (ativo e passivo), que se transmite aos sucessores do morto. A meação, por sua vez, é a metade do monte líquido da herança, que cabe ao cônjuge sobrevivente. Em outras palavras, a metade do viúvo (o cônjuge supérstite) distingue-se da herança, não sendo transmitida aos herdeiros. A outra metade, que pertencia ao inventariado, será transmitida aos herdeiros, que pode ser o próprio cônjuge sobrevivente, na falta de descendentes ou ascendentes, ou em concorrência com eles. 
	As normas quanto às proporções de como herdará o cônjuge sobrevivente estão previstas nos artigos 1830 a 1839 do CC. 
Sucessão do companheiro
 	Tema de constantes debates entre os doutrinadores, o assunto está previsto no art. 1790 do CC e a Lei 8971/94, principalmente pela redação confusa do artigo citado e o que prevê a própria lei, o que o torna uma fonte inesgotável para litígios judiciais, uma vez que não trata, por exemplo, dos bens que foram adquiridos antes da união estável. E se o de cujus não deixar absolutamente ninguém mais como herdeiros, tais bens irão para o Estado? 
	Inúmeras ações na Justiça existem, com situações favoráveis tanto a um lado como a outro, uma vez que não consenso entre os doutrinadores. 
					Sucessão dos colaterais
	Falecendo o indivíduo sem deixar nem descendentes, nem ascendentes, nem cônjuge sobrevivente, serão convocados os parentes em linha colateral. Neste caso, o grau mais próximo exclui o mais remoto. Exemplos: se João morreu e deixou irmãos e sobrinhos, herdam os irmãos. Se deixar sobrinhos e primos, herdarão os sobrinhos, e assim por diante. 
	Na sucessão dos colaterais haverá direito de representação apenas quanto os sobrinhos, filhos de irmãos. Vejamos os exemplos abaixo: 
1º exemplo:
 João tinha dois irmãos, Pedro e Lucas. Pedro morreu, deixando dois filhos, Maria e Marcos. Logo depois, morreu João. A herança de João será dividida da seguinte forma: metade para Lucas e a outra metade dividida entre Maria e Marcos, que herdarão por estirpe e por direito de representação. 			
2º exemplo: 
 	 
	 João tinha dois sobrinhos Pedro e Lucas. Pedro morreu, deixando um filho, Antônio. Logo depois, morreu João. A herança, neste caso, irá toda para Lucas, uma vez que o direito de representação na linha colateral se restringe aos filhos de irmão, e não aos filhos de sobrinho
 	As normas quanto à herança dos colaterais estão contidas nos artigos 1840 a 1843, CC. 
Sucessão do Estado
 	O Estado não é herdeiro, não se tornando proprietário dos bens da herança no momento da morte, como acontece com os herdeiros. E necessário que os bens sejam declarados vagos para que se devolvam à Fazenda Pública. Esta vacância é declarada por sentença e, não sendo o Estado herdeiro, não precisa ele aceitar a herança e nem pode renunciá-la.
Bibliografia: 
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo/ 8ª. Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Sucessões, volume 4. São Paulo: Saraiva, 2004.

Outros materiais