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CESED No. 12 FACISA CURSO DE DIREITO DISCIPLINA: Direito Civil VIII PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro Do direito de representação A regra geral, no chamamento sucessório, é esta: existindo alguém numa classe de herdeiros, excluem-se as classes subseqüentes. Na mesma classe, os parentes de grau mais próximo excluem os de grau mais remoto. Existindo, portanto, os filhos do morto, são eles chamados, não sendo chamados os netos; na linha ascendente, existindo pai vivo do de cujus, ele é o herdeiro, mesmo que ainda viva o avô. O direito de representação verifica-se quando, especialmente na linha descendente, ocorrer que determinados netos sejam chamados a suceder, juntamente com os filhos do autor da herança. Este instituto está previsto no art. 1851 do CC. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau (art. 1835, CC). Vejamos este exemplo: De cujus: Manoel (morto em 15.10.2005) Herança: R$100.000,00 Filhos: João (morto em 04.02.2002) e Francisco. Filhos de João: Roberto e Ronaldo. Como se dará a divisão da herança? Francisco receberá R$ 50.000,00 Roberto e Ronaldo, pelo direito de representação, receberão R$ 25.000,00 cada um. Requisitos da representação O representante só terá a condição de herdeiro se o seu ascendente imediatamente anterior houver falecido antes do transmitente da herança. Não se representa pessoa viva. A única exceção é o caso de exclusão do ascendente por indignidade, uma vez que a pena por tal ato considera o excluído da sucessão como se morto fosse. A representação é feita sempre se buscando o descendente de grau imediatamente seguinte na descendência. Não ocorrem “saltos” de qualquer grau. Bibliografia: VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil: Direito das Sucessões, volume 7. São Paulo; Atlas, 2004.
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