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CESED No. 14
FACISA
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: Direito Civil VIII
PROFESSOR: Mário Vinícius Carneiro
Formas de testamento
 	O testamento pode ser elaborado de várias formas, todas elas regulamentadas pelo Código Civil, havendo formas ordinárias e especiais de testamento. 
	Vejamos cada uma delas. 
Testamentos ordinários
 	São aqueles comumente realizados. Seguem determinada forma, indicada pelo legislador como regra, em situação normal. Apresentam-se de três modos: 
Testamento público: é aquele ditado pelo testador ao tabelião do Registro de Notas, ou a de seu substituto, que o transcreverá em livro especial. Sendo público, a sua leitura pode ser requerida por qualquer pessoa ao tabelião do Registro, ficando à disposição de quem quiser dele extrair certidão. 
 	 A solenidade deverá ser assistida por duas testemunhas, que assinarão o documento após a sua elaboração e leitura feita pelo tabelião. Após isto, assinam o livro de notas o testador, o tabelião e testemunhas. 
 	Sendo o testador analfabeto, uma das testemunhas assinará por ele. Ao cego e ao analfabeto, só se permite testar de forma pública, conforme verificamos nos arts. 1.867, 1.872 e 1.876 do Código Civil. Já o surdo-mudo poderá se utilizar de qualquer uma das formas ordinárias. 
Testamento cerrado: é aquele escrito pelo testador ou por alguém a pedido seu. Poderá ser datilografado ou digitado em computador, desde que todas as páginas sejam numeradas e assinadas pelo testador. 
 	 Após ser assinado pelo testador, deve ser entregue ao oficial de Registro, na presença de duas testemunhas. Após recebê-lo, o oficial redige o auto de aprovação, que poderá ser elaborado no próprio testamento, caso haja espaço para tal. 
	 O auto de aprovação, após a leitura, será assinado pelo oficial, pelo testador e as duas testemunhas. Em seguida, o testamento será cerrado com cera derretida e costurado em suas bordas. 
 	 Após esta solenidade, o testamento será entregue ao testador e o oficial lançará em seu livro o lugar e data em que o testamento foi aprovado e entregue. 
 	 Quando da morte do testador, o testamento será aberto pelo juízo do inventário, conforme os arts. 1.125 a 1.127 do CPC. Caso seja violado, será anulado, a não ser que se prove que o rompimento foi acidental, ou que foi perpetrado por quem não tinha o menor interesse em prejudicar a última vontade do morto ou, ainda, provando-se que as disposições testamentárias não foram afetadas em nada pela abertura ilegítima da cédula. 
Testamento particular: é aquele escrito pelo testador de próprio punho ou por processo mecânico, não podendo conter rasuras ou espaços em branco. Em seguida, é lido na presença de três testemunhas, sendo assinado pelo testador e pelas testemunhas. 
 	Pode não haver testemunhas no testamento particular escrito de próprio punho. Em situações desta espécie, o testador deverá mencionar as razões desta ausência no texto testamentário. O Juiz, avaliadas as circunstâncias, poderá, a seu critério, confirmar o testamento quando da abertura da sucessão. 
	O testamento particular não é sigiloso e não necessita ser registrado em cartório. Após a morte do testador, o testamento é confirmado pelo juízo do inventário, desde que esteja presente, pelo menos, uma das testemunhas testamentárias, dada a morte ou ausência das demais. 
Bibliografia: 
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo/ 8ª. Edição. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.

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