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ATPS Direto Empresarial e Tributário

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CENTRO UNIVERSITARIO ANHANGUERA DE SÃO PAULO
CAMPUS MARTE - UNIBERO
CURSO: ADMINISTRAÇÃO (EAD)
DISCIPLINA: DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO
NOMES DOS ALUNOS:
NOEMI PATRICIA GONZALEZ RA – 6816450214.
FERNANDA OLIVEIRA NEVES RA – 8324764118.
THAINÁ APARECIDA G. DE AZEVEDO RA –1299735153.
TUTORES:
PROFESSOR DE ENSINO À DISTÂNCIA (EAD): Hugo David Santana.
TUTOR PRESENCIAL: Jamil Farah Ayyad.
SÃO PAULO, 04 DE NOVEMBRO DE 2014.
SUMÁRIO
Introdução...........................................................................................3
Conceitos de Direito Empresarial e sua Evolução...............................4
Aspectos Legais da Empresa...............................................................5
Função Social da Empresa..................................................................7
Conceitos de Direito Cambiário..........................................................9
Princípio da Capacidade Contributiva...............................................11
A Nova cara do Direito Empresarial..................................................13
Considerações Finais..........................................................................16
Bibliografia........................................................................................17
INTRODUÇÃO
No atual cenário econômico tomado pelo processo da globalização e pelos avanços tecnológicos, é importante destacar a crescente influência e participação da empresa, estando, ela, sem dúvida, no centro da economia moderna, constituindo a célula fundamental de todo o desenvolvimento empresarial. A Lei nº 10.406, promulgada em 10 de janeiro de 2002, entrou em vigor a partir de 11 de Janeiro de 2003, trouxe mudanças em vários pontos do ordenamento jurídico relativo a atos civis em território brasileiro. Foi batizada "Do Direito da Empresa" a parte que estipula as normas relativas ao comércio. 
Com a atualização da nomenclatura e adoção expressa da teoria da empresa, realidade fática indiscutível após a evolução das relações comerciais brasileiras, os dispositivos do Livro II da Lei nº 10.406/02 corrigem a rota da matéria jurídica comercial, em substituição ao entendimento vigente na época do Império, calcado no Code de Commerce da França, onde vigorou a teoria dos atos de comércio. Assim, faz-se necessário analisar os vários aspectos da Teoria da Empresa.
Em conseqüência do cenário exposto, a problemática pode ser sintetizada na seguinte questão: o que é a teoria da empresa no Direito Empresarial? Procurou-se discutir os posicionamentos contraditórios existentes na sua aplicação, as suas características e finalidades, apontando a sua aplicabilidade no ordenamento pátrio, e verificando seus fundamentos e implicações. Do mesmo modo, foram obtidas as informações sobre a sua conceituação.
O conceito proposto destina-se a analisar a teoria da empresa no Direito Empresarial e sua interferência no sistema empresarial. Todavia, pode-se realizar e identificar as operações mais complexas e de maior incerteza e que justifiquem maior detalhamento desta teoria para a sua adequada aplicação. Pode-se concluir que a empresa está caracterizada pelo exercício da sua organização, pois se todos os elementos construtivos da empresa estiverem organizados, mas não se efetivar o exercício dessa organização, não se pode falar em empresa. Esta é a função do empresário, ou seja, organizar sua atividade, coordenando seus bens (capital) com o trabalho aliciado de outrem.
Esta é a organização e o motivo do conceito de empresa se firmar na idéia de que ela é o exercício da atividade produtiva. Atualmente a empresa exerce indiscutivelmente, importante função econômica na sociedade, pois é considerada a atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços.
2. CONCEITOS DE DIREITO EMPRESARIAL E SUA EVOLUÇÃO
O direito comercial teve origem na regulamentação das práticas comerciais, protegendo os comerciantes dos riscos da atividade . Existiram três critérios de identificação para proteger o comerciante, sendo o primeiro a teoria subjetivista explícita, com as corporações de comerciantes, legislação, exército e cônsules próprios, de forma que os comerciantes deviam estar inscritos no mesmo. O segundo critério de identificação do direito comercial, conhecido com Teoria dos Atos de Comércio (objetivista), teve origem na frança, em 1808 com o código comercial francês. Essa nova teoria se alastrou por vários países, entretanto perceberam que era insuficiente para proteger os diversos setores da sociedade econômica. Já o terceiro critério iniciou na Itália, em 1942 - a teoria da Empresa- essa de caráter subjetivista.Ela foi adotada no Brasil em 2002,tutelando também no setor de serviços. Embora seja um ramo autônomo do direito privado, mantém íntimas relações com outras áreas do direito. As principais são:
a) Direito Civil – direito obrigacional único para os dois ramos do direito privado. São inúmeras as relações, a começar do atual compartilhamento do CC, que reservou dispositivos dedicados à matéria comercial, seja sobre títulos de crédito, empresa, empresário, registro de empresa, etc.
b) Direito Público: relaciona-se especialmente na parte relativa à sociedade anônima, aos transportes marítimos, aeronáuticos e terrestres.
c) Direito Tributário – influência marcante nos lançamentos da contabilidade mercantil e seus efeitos quanto à incidência dos tributos e à circulação de mercadorias. A responsabilização dos sócios-gerentes por obrigações da sociedade de natureza tributária, à exegese do art. 135, III, CTN, ou mesmo da imposição de algumas espécies de livros fiscais aos empresários.
d) Direito do Trabalho – liga-se à disciplina das relações entre os empregados e os empregadores, que são os empresários individuais e coletivos. Basta vermos as causas trabalhistas sendo decididas no âmbito da Justiça do Trabalho para, em seguida, habilitarem-se no Quadro Geral de Credores admitidos na falência. Também os débitos de natureza trabalhista sendo cobrados dos sócios das sociedades anônimas ou limitadas.
e) Direito Econômico: envolve as atividades comerciais ao limitar o preço de mercadorias, proibir a comercialização de certos produtos importados, enfim, ao interferir na vontade das partes.
f) Direito Penal e Processual: aproxima-se desses ramos do direito, particularmanete no que se refere aos crimes falimentares e concorrência desleal.
g) Direito Internacional – o Brasil é seguidor de convenções internacionais que tratam de títulos de crédito e propriedade industrial, dentre outros. Para inserção das normas em nosso Ordenamento Jurídico, utilizam-se procedimentos afeitos ao Direito Internacional.
3. ASPECTOS LEGAIS DA EMPRESA
Antes de iniciar qualquer atividade empresarial é necessário conhecer as leis que regem esta atividade no País, o que será determinante para o sucesso do negócio. As responsabilidades dos sócios são diferentes em cada forma de constituição da sociedade e, conseqüentemente, os benefícios também são diferentes.
Primeiramente, precisamos separar as atividades empresariais, que podem ser: 
Indústria (são aquelas empresas que alteram a matéria-prima ou facilitam seu uso); 
Comércio (quando fazem a alienação de bens sem qualquer tipo de transformação); 
Prestação de serviço (que prestam serviços intelectuais, científicos ou somente mão de obra).Existem ainda as atividades classificadas como auxiliares do comércio (bancos, seguros, factoring, representação comercial, leiloeiros e trapicheiros).
O modelo de atividade terá impacto no que se refere a tributos e ao percentual de pagamento do seguro e acidente do trabalho. Portanto, é de grande relevância o estudo sobre qual atividade irá exercer sua empresa. A indústria é aquele com maior complexidade fiscal e administrativa, pois terá que considerar em sua administração a compra e transformação de matéria-prima em produto acabado e o custo de todas as suas etapas até estar pronto para comercialização.
O comércioé mais simples já que as vendas do produto adquirido serão feitas sem considerar a necessidade de qualquer alteração. O cuidado nesse caso deve estar na formação de estoque, na guarda e manutenção das mercadorias até chegarem ao cliente.
O comércio, assim como a indústria, demanda capital para a formação do estoque. Todos exigem atenção com o capital de giro para que a empresa tenha condições de manter seus negócios sem a necessidade de se socorrer de empréstimos bancários, normalmente com juros altos que são difíceis de serem repassados ao consumidor em razão da concorrência.
 
“O modelo de atividade terá impacto no que se refere a tributos e ao percentual de pagamento do seguro e acidente do trabalho. Portanto, é de grande relevância o estudo sobre qual atividade irá exercer sua empresa” 
A prestação de serviços é a atividade empresarial mais fácil de ser realizada e administrada, pois depende de pouco investimento e sistema organizacional, porém para sua realização será necessário conhecimento técnico ou desenvolvimento de alguma habilidade que o mercado consumidor necessite.
Os auxiliares do comércio são atividades regulamentadas em leis próprias e demandam conhecimento específico para serem realizados. As atividades mais comuns são a de representante comercial, do leiloeiro e das factoring.
Para sua regularização, qualquer empresa deverá estar inscrita nos órgãos competentes e poderão ser constituídas como pessoas Jurídicas de Direito Privado e podem ser de várias formas, conforme prevêem os Artigos 966 e seguintes do Código Civil.
As formas de constituição das pessoas jurídicas são as seguintes: Empresário individual, Empresário individual de responsabilidade Ltda., Nome coletivo, Comandita simples, Comandita por ações, Conta de participação, Cotas de responsabilidade limitada (Ltda.) e Sociedades anônimas (Cia. ou S/A).
De acordo com o Código Civil, o Direito brasileiro adota a Teoria da Empresa. Substituiu a teoria dos atos de comércio pela teoria da empresa, deixou de cuidar de determinadas atividades (as de mercancia) para disciplinar uma forma específica de produzir ou circular bens ou serviços: a empresarial. Isto ocorre em razão da evolução operada no comércio mundial, notadamente com a difusão e aquisição de importância da prestação de serviços. Para tanto foi criada a Teoria da Empresa, que nasceu na Itália e desenvolveu-se para corrigir falhas da teoria dos atos de comércio, vindo, atualmente, a nortear a legislação pátria- Objetiva – o estabelecimento – um conjunto de bens corpóreos e incorpóreos reunidos pelo empresário, para o desenvolvimento de uma atividade econômica.
4.FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA
Segundo estudiosos do Direito das Empresas, foi nos Estados Unidos que se originou a discussão acerca da responsabilidade social da empresa. O ponto culminante foi a Guerra do Vietnã, quando a sociedade começou a contestar as políticas que estavam sendo adotadas pelo país e pelas empresas, principalmente aquelas que estavam diretamente envolvidas na fabricação de armamentos bélicos.
Foi em conseqüência deste movimento que surgiram os primeiros relatórios socioeconômicos que objetivavam delinear as relações da empresa com a sociedade. Tais relatórios, chamados de Balaços Sociais, se apresentaram como forma de ligação entre empresa, funcionários e comunidade.
A partir de então, o conceito da função social da empresa começou a se difundir pelo mundo, chegando também ao Brasil. É importante frisar que, segundo doutrina modernamente aceita, a função social não precisa estar positivada para fazer com que a empresa atue de acordo com o bem comum. Porém, estando, facilita a sua observância e exigência realizada pela sociedade e Estado.
O Princípio da Função Social da Empresa é previsto pelo ordenamento legal e está inserida no bojo da Constituição Federativa do Brasil, em seu Artigo 5º, inciso XXIII que enfatiza que “a propriedade atenderá a sua função social” (BRASIL, 2010), ainda em seu Artigo 182, § 2º que prevê que “a propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor” (BRASIL, 2010). E, por fim, no Artigo 186 que pontua que “a função social da propriedade rural é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei [...]” (BRASIL, 2010).
É como direito fundamental que a propriedade passa a ter um significado e extensão extremamente maiores do que os tomados pelo Código Civil. É por isso que a empresa e, por conseqüência, o seu controle ficam sujeitos a tal preceito constitucional. Deste modo, é notório o fato da idéia da função social da empresa derivar da previsão constitucional da função social da propriedade.
Além de estar contido na Constituição da República, o Princípio da Função Social da Empresa também é está inserido no Código Civil Brasileiro, em seus Artigos 421, que determina que “a liberdade de contratar será exercida em razão e nos limites da função social do contrato” (BRASIL, 2011) e Artigo 1.228 § 1º, que rege que o direito de propriedade deve ser exercido em consonância com suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas (BRASIL, 2011).
Com isso é possível afirmar que a função social empresarial não é fruto apenas da propriedade, mas também da função social do contrato, predito no Artigo 421 do Código Civil, isso porque o contrato, mesmo sendo um ato entre particulares é uma via de organização econômica e social, que, assim sendo, carece de considerar não só os interesses particulares, mas também institucionais e da atividade econômica que o cercam.
Vale frisar ainda que o Conselho de Justiça Federal, durante a I Jornada de Direito Civil, editou o enunciado 53, que determina que deve-se levar em consideração o princípio da função social na interpretação das normas relativas à empresa, a despeito da falta de referência expressa.
Além da previsão legal, a função social de que trata o presente trabalho, também é objeto de estudo de diversos doutrinadores. Segundo Fábio Konder Comparato, por exemplo, função, em direito, é um poder de agir sobre a esfera jurídica alheia, no interesse de outrem, jamais em proveito do próprio titular. [...] É nessas hipóteses que se deve falar em função social ou coletiva. [...] em se tratando de bens de produção, o poder-dever do proprietário de dar à coisa uma destinação compatível com o interesse da coletividade transmuda-se, quando atais bens são incorporados a uma exploração empresarial, em poder-dever do titular do controle de dirigir a empresa para a realização dos interesses coletivos (COMPARATO, 1990, p. 65).
E, de acordo com Eduardo Tomasevicius Filho a função social da empresa constitui o poder-dever de o empresário e os administradores da empresa harmonizarem as atividades da empresa, segundo o interesse da sociedade, mediante a obediência de determinados deveres, positivos e negativos. (FILHO, 2003, p. 40).
Vale lembrar ainda que, apesar de ser estritamente relevante, a finalidade lucrativa da empresa não pode ser ignorada em favor da função social desta, vez que essa função não deve ser de assistência social ou filantrópica. Portanto, primeiramente, deve-se reconhecer que a função social nunca pode ocupar a função econômica da empresa nem usurpar seu meio de sobrevida, que é a lucratividade.
Para que o papel social seja cumprido não basta que a empresa funcione, o que é necessário são as decisões dos administradores, que sempre devem ser voltadas para o bem comum, sem que se esqueça, entretanto, o escopo final de qualquer empresa, que é o lucro.
A partir deste panorama apresentado, é nítido que a “função social não pode predominar sobre os direitos e interesses individuais, cabendo apenas conciliar os interesses da empresa com os da sociedade”5.CONCEITOS DE DIREITO CAMBIÁRIO
Direito Cambiário deve abranger não só a disciplina jurídica do cambial, como por igual, a dos demais títulos de créditos em uso na prática mercantil brasileira. Desse modo ousamos propor a seguinte definição: é o conjunto de normas jurídicas, que disciplinam a emissão, circulação e a extinção dos títulos conhecimentos com cambiais e outros, por lei a eles assemelhados.
Objeto atual do direito cambiário: 
Direito Cambial é o fruto de longa experiência histórica, refletindo a reposta ás necessidades do tráfico mercantil, a própria dinâmica da vida econômica forçou o aparecimento de muitos outros “papéis” cuja importância é significativa para o avanço da economia. Deve abranger igualmente os demais títulos, que foram surgindo à luz dos princípios comuns e que se prestam, ora a umas tentativas cientifica orgânica, ora em seus pontos fundamentais.
 
Delimitação da noção de título de crédito: Na ordem jurídica, existem vários documentos que se referem a um direito em que o valor está no direito, não no documento. Em relação de dependência entre o direito e o documento varia, assim estejamos diante de um título probatório, de um título dispositivo ou de um título de crédito. No título dispositivo ou constitutivo, a criação do direito está ligada a criação m do documento, de tal forma que um não pode exercer-se sem o outro.
Diferente, nos títulos de crédito, o direito de seu titular pode não estar ligado à criação do título. O exercício do direito dele resultante só pode efetivar se com a posse do titulo. Nos títulos de crédito, o direito é acessório ao título: quem tem o título é o titular do direito. Não há direito sem título. 
 Titulo de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo, nele mencionado. O Código Civil Lei n° 10.406/02 trata, o artigo 887 aos 903. Se não contiver data de vencimento, o Titulo de Crédito será considerado a vista. Se não houver lugar de emissão e de pagamento considera-se o domicilio do emitente. O titulo poderá ser emitido a partir dos caracteres criados pelo computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente 
Transferência de titulo de crédito implica a de todos os direitos que lhes são inerentes.
O Titulo de Credito pode ser garantido por aval. O aval deve ser dado no verso ou anverso do próprio titulo. O avalista equipara-se aquele cujo nome indicador. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos anteriormente dado. Pagando o titulo, o devedor fica desonerado podendo exigir ao credor, além da entrega do titulo, quitação regular. No vencimento o credor recusar pagamento, ainda que parcial. Porém pode fazê-lo antes do vencimento. O Código Civil trata ainda do Penhor de Direitos e Títulos de Crédito do art.: 1.451 a 1.460.
A letra de câmbio: A letra de câmbio é documento formal. Devendo, por isso, obedecer a diversos requisitos em Lei. É um título nominativo: é uma ordem de pagamento, á vista ou a prazo.
A nota promissória: A nota promissória é uma promessa de pagamento pela qual o emitente se compromete diretamente com o beneficiário a pagar-lhe certa quantia de dinheiro.
Cheque: O cheque é uma ordem de pagamento, á vista, que pode ter como beneficiário o próprio emitente ou terceiro.
A duplicada: A duplicada é o título de crédito emitido com base em obrigação proveniente.
Literalidade significa que a determinação da existência, conteúdo, extensão e modalidade do direito é feita exclusividade pelo teor título. Funciona contra e a favor das partes, sob duplo aspecto: positivo e negativo. Sob o primeiro, a individualização e delimitação do direito cartular derivam do conteúdo ou teor do título; sob a visão negativa, nem o subscritor, nem o portador poderão invocar contra título, fato ou elemento não derivado do mesmo.
 Autonomia: é o postulado fundamental na doutrina dos títulos de crédito. Representa o resultado de lenta evolução para atender as exigências de circulação dos direitos segundo a prática mercantil das comunas italianas. A mais importante dessas normas é a que assegura a autonomia do direito emergente de um título de crédito.
6.PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
O princípio da capacidade contributiva, igualmente denominado princípio da capacidade econômica, é um desmembramento do princípio da igualdade no Direito Tributário, representando a materialização do mesmo em prol de uma justiça social.
Tal princípio pode ser compreendido em sentido objetivo (presença de uma riqueza passível de ser tributada) e em sentido subjetivo (determina qual parcela da riqueza pode ser tributada em virtude das condições individuais), portanto, o Estado é obrigado a cobrar o tributo não em razão da renda potencial das pessoas, mas sim da que a mesma efetivamente dispõe.
O intuito do princípio da capacidade contributiva na ordem jurídica tributária é a busca de uma sociedade mais justa onde a maior tributação recaia sobre aqueles que possuam maior riqueza.
A ordem tributária brasileira encontra-se regida pelas normas constitucionais dispostas na Carta Magna no Título IV Capítulo I.
Como bem observa o tributarista de escol Sacha Calmon, no Brasil, a Constituição apresenta de forma detalhada os princípios e regras relativas ao Direito Tributário, discorrendo de forma minuciosa as normas aplicáveis [1].
Tais princípios existem para proteger o cidadão contra os abusos do poder do Estado. Dentre estes, encontra-se o Princípio da Capacidade Contributiva, ditame moral, preceito orientador do direito Tributário Brasileiro moderno, que surgiu na Constituição de 1824, e permaneceu dada a sua importância para alcançar a igualdade entre os contribuintes. Neste sentido, vale citar a observação do tradicional doutrinador Ruy Barbosa Nogueira:
"O princípio da capacidade contributiva é um conceito econômico e de justiça social, verdadeiro pressuposto da lei tributária."
Trata-se de um desdobramento do Princípio da Igualdade, aplicado no âmbito da ordem jurídica tributária, na busca de uma sociedade mais igualitária, menos injusta, impondo uma tributação mais pesada sobre aqueles que têm mais riqueza.
Não obstante, existem ainda alguns impostos que, devido a técnica de arrecadação utilizada, dificultam a aplicação deste princípio. Os chamados pela melhor doutrina de impostos reais, que abrangem os impostos indiretos, constitucionalmente conceituados como aqueles tributos que comportam a transferência do ônus tributário, e acabam por tributar o consumidor final do produto, sem nenhuma observância à capacidade contributiva do mesmo. Em conseqüência, o contribuinte de jure não é aquele que efetivamente arca com o encargo do tributo, mas esse é assumido pelo chamado contribuinte de fato. Na tentativa diminuir as conseqüências desta transferência e, de certa forma, aplicar o Princípio da Capacidade Contributiva, o legislador criou o Princípio da Seletividade, que, em proporções bem menores, rege a instituição dos impostos indiretos impondo uma mínima observância à capacidade contributiva daqueles que, ao final, pagam o tributo embutido no preço dos produtos adquiridos.Daí a necessidade de confrontar o Princípio da Capacidade Contributiva com o Princípio da Seletividade, demonstrando o âmbito de atuação de cada um.
O presente trabalho tem como escopo demonstrar a importância da atividade legislativa ao tipificar os fatos tributáveis conjugando o referido princípio na criação dos tributos, o que muitas vezes não vai satisfazer o apetite fiscal do Estado, mas pode ensejar a inconstitucionalidade de uma norma jurídica. Cumpre frisar também a importância da atividade jurisdicional que, quando provocada, poderá afastar a incidência de leis que não estão compatíveis com os ditames da ordem tributária brasileira. Pretende demonstrar ainda como este Princípio se concretiza, através da progressividade de alíquotas, e da conjugação com Princípios como o da Pessoalidade e Seletividade.
Porque constitui receita ordinária, o tributo deve ser um ônus suportável,um encargo que o contribuinte deva pagar sem sacrifício do desfrute normal dos bens da vida.
Enfim, trata-se de um estudo que pretende analisar o aspecto social da arrecadação dos impostos no Brasil, diante de um sistema que excede a capacidade tributária dos contribuintes, fato este reconhecido pelo ilustre Hugo de Brito Machado, verbis:
É importante, porém, que a carga tributária não se torne pesada ao ponto de desestimular a iniciativa privada. No Brasil, infelizmente, isto vem acontecendo. Nossos tributos, além de serem muitos, são calculados mediante alíquotas elevadas.
Por outro lado, o Estado é perdulário. Gasta muito, e ao fazê-lo privilegia uns poucos, em detrimento da maioria, pois não investe nos serviços públicos essenciais dos quais esta carece, tais como educação, segurança e saúde. Assim, mesmo sem qualquer comparação com a carga tributária de outros países, é possível afirmar-se que a nossa é exageradamente elevada, posto que o Estado praticamente nada nos oferece em termos de serviços públicos."
7. A NOVA CARA DO DIREITO EMPRESARIAL
Tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretende instituir um novo código comercial para o Brasil. A matéria, que é alvo de polêmicas entre especialistas, está em fase de discussões em audiências públicas e, segundo seu autor, o deputado Vicente Cândido (PT-SP), deve ser enviada ao plenário da Casa no primeiro semestre de 2014.Para o deputado, as leis que versam sobre o tema estão ultrapassadas e não condizem com a representação da economia brasileira no mundo, e o novo código deve facilitar a vida do empresário com uma legislação compacta. Hoje, o direito empresarial territorial é regrado pelo Código Civil, e o país ainda segue as regras do Código Comercial de 1850 no que tange ao direito marítimo.
Os especialistas consultados pela reportagem são unânimes em apontar que a burocracia é o grande desafio enfrentado pelos empresários brasileiros hoje. Para eles, um novo Código Comercial ou mesmo uma alteração esparsa na legislação não é capaz, sozinha, de modificar essa realidade. “A burocracia vem da voracidade do Estado em arrecadar, o que acaba trazendo exigências que causam um efeito inverso”, aponta o advogado especialista em direito comercial Carlos Alberto Farracha.
“A desburocratização não necessariamente está atrelada a um código, nem ao Código Civil nem a um suposto novo Código Comercial, porque muitas dessas questões estão estabelecidas pelas administrações dos estados, da União e dos municípios”, aponta o advogado especialista em direito comercial Neudi Fernandes.
O especialista cita como exemplo a simples mudança de endereço de uma empresa que pode demorar de 30 a 40 dias para ser formalizada, isso se não houver nenhum problema de percurso. “Esses aspectos de vida prática precisam de atenção especial”, diz as comissões que discutem o novo Código Comercial no Congresso pretendem incluir duas matérias específicas na legislação: direito marítimo e agronegócio. O primeiro é regido pelo código de 1850, quando o país ainda vivia o Império. “É uma modalidade econômica relevante para o Brasil”, aponta o deputado Vicente Cândido.
Já a idéia de se instituir legislação especial sobre o agronegócio veio de uma necessidade enfrentada no dia a dia pelos empresários desse ramo no Brasil, segundo afirma o deputado. Mas, para os especialistas, não há necessidade de se instituir uma legislação específica sobre esse aspecto. “Quando houver dificuldades, é necessária uma interpretação do Judiciário ou se discutir e alterar a legislação própria, não instituir um novo código”, diz o advogado especialista em direito comercial Neudi Fernandes.
Para o também advogado especialista em direito comercial Fábio Carneiro Cunha, o excesso de regulamentação nessa área pode ter um efeito inverso e gerar mais problemas aos produtores. “Deve haver um melhor regramento sobre as possibilidades de financiamento pelo produtor, mas o problema do campo hoje diz respeito à regulamentação tributária não comercial. Essas relações já estão bem delineadas”, avalia.
“É inadequado o Código Civil reger o direito de empresas, essa parte está muito burocratizada, com um pouco de esquizofrenia, é melhor organizar e inserir outras matérias em um novo código”, avalia Cândido. Porém, os especialistas consultados pela reportagem acreditam que as atualizações na legislação devem se dar no Código Civil, por leis esparsas, ou mesmo por novas interpretações do Judiciário.
Em entrevista ao Justiça & Direito no último mês, o advogado e doutor em Direito Comercial Erasmo Valladão Azevedo e Novaes França afirma que a simples edição de um novo código é uma “idéia totalmente anacrônica” e vai trazer insegurança jurídica aos empresários. Ele cita como exemplo a previsão, no projeto, de o Ministério Público requerer a anulação de contratos e negócios jurídicos provando o descumprimento da função social. “Mas a função social é um conceito indeterminado e de conteúdo totalmente controverso”, analisa.
O advogado especialista em direito comercial Neudi Fernandes acredita que o direito comercial do Código Civil ainda está sendo interpretado pelos tribunais e que a edição de um novo código seria “voltar à estaca zero”. Mesmo assim, ele aponta como ponto positivo a atualização da legislação que trata do comércio eletrônico. “As relações comerciais mudaram muito com o advento e aperfeiçoamento do comércio eletrônico, com os processos eletrônicos, não somente judiciais, mas também nas instâncias administrativas”, diz.
O também advogado especialista em direito comercial Carlos Alberto Farracha concorda com Fernandes e acrescenta ao comércio eletrônico a necessidade de atualização do regramento das sociedades limitadas, também prevista no projeto da Câmara. “A origem dessas regras no Código Civil é do código italiano de 1942, então realmente estão desatualizadas. As omissões, por exemplo, são dirimidas por sociedades simples, que é de natureza intelectual”, explica.
Além do projeto em trâmite na Câmara dos Deputados, o presidente do Senado Renan Calheiros instituiu em junho uma comissão de juristas para elaborar um anteprojeto de Código Comercial na Casa. O grupo é composto de 19 juristas e tem 180 dias contados da data inicial para concluir os trabalhos. O ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio Noronha é o presidente, e o professor de direito comercial Fábio Ulhoa Coelho é o relator da comissão.
Para Calheiros, a tramitação simultânea dos projetos permite um melhor planejamento de etapas e pode aprofundar o debate sobre o tema. Já para o deputado Vicente Cândido, autor da proposta da Câmara, é desnecessário que o direito comercial seja tema de projetos nas duas Casas. “Até porque os mesmos juristas que estão elaborando o anteprojeto do Senado também participaram de discussões aqui na Câmara”, diz.
O vice-presidente da comissão instituída no Senado é o advogado curitibano Alfredo de Assis Gonçalves Neto. Para ele, não havia a necessidade de se separar o tema em uma nova codificação. Mesmo assim, ele acredita que a atual legislação está defasada. “Há necessidade de se fazer uma alteração para que a legislação se adeque às disposições do código atual e à realidade econômica do país”, disse em uma entrevista concedida ao Justiça & Direito no começo de julho.Gonçalves Neto aponta que os grandes desafios a serem enfrentados pela comissão dizem respeito à unificação da matéria societária e às normas que versam sobre as sociedades limitadas, que, para ele, estão desatualizadas. “Deveria, primeiramente, haver uma modificação dos tipos societários e regras específicas sobre a sociedade limitada retratando a realidade do mercado”, analisa.
8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um aspecto amplamente comentado no direito moderno é o de que o velho conceito de Direito Comercial, até então girando em torno da figura do comerciante, ou do ato do comércio - adotado através de estatutos medievais, ou da mudança pelo Código Comercial Francês, de 1807 - hoje gira em torno da Teoria daEmpresa. Isto é fruto advindo após a II Guerra Mundial e após a promulgação do Código Civil italiano de 1942, quando o mundo inteiro passou a experimentar um intenso desenvolvimento econômico e tecnológico.
O Direito Comercial apresentou uma evolução lenta, porém acompanhando o desenrolar das novas idéias econômicas e, dando uma interpretação mais adequada às novas situações. Nosso Código Comercial é de 1850 e a sua revogada Parte Primeira – Do Comércio em Geral, fazia a aplicação do direito voltada para o comerciante, tomando por base os atos docomércio.
Há muito, que a designação comerciante desapareceu do noticiário dos veículos de comunicação, passando a ser um vocábulo abominado, aparecendo então a atividade empresarial que é uma série de atos de comércio, não exercidos por um indivíduo (comerciante), mas sim coordenáveis entre si, em função de uma finalidade comum. É essa atividade que qualifica uma empresa mercantil como indústria ou comércio. 
A atividade empresarial é profissional, ou seja, é exercida com o objetivo de habitualidade e intenção de lucro.Esse aspecto constituiu um dos marcos divisores entre o antigo e omoderno Direito Comercial, pois, o antigo girava em torno dos atos do comércio e o moderno em torno da atividade empresarial. Podemos dizer que, enquanto focalizava os atos do comércio e a figura do comerciante,denominou-se Direito Comercial, e, quando passou a basear-se na teoria da empresa e na atividade empresarial passou a ser chamado de Direito Empresarial.
9. BIBLIOGRAFIA
 http://jus.com.br/artigos/4138/o-principio-da-capacidade-contributiva#ixzz3GF4Re4xK
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2772
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito comercial. São Paulo: Saraiva,2002.
BULGARELLI, Waldírio. Tratado de direito empresarial. São Paulo: Atlas,1995.
Revista Virtual Direito Brasil – Volume 3

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