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A inclusão de alunos publico alvo da educação especial no ensino regular

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A inclusão de alunos público-alvo da educação
especial no ensino regular
inTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema de discussão, “a inclusão de alunos público-alvo da educação especial (PAEE) no ensino regular”, que se faz necessário, a inclusão de alunos que apresentam necessidades educativas especiais na rede regular de ensino. 
De acordo com Mittler (2013 p.16), 
A inclusão não diz respeito a colocar as crianças nas escolas regulares, mas a mudar as escolas para torná-las mais responsivas às necessidades de todas as crianças; diz respeito a ajudar todos os professores a aceitarem a responsabilidade quanto à aprendizagem de todas as crianças nas suas escolas e prepará-los para ensinarem aquelas crianças que estão atual e correntemente excluídas das escolas por qualquer razão. 
Diante disso, sentimos motivadas a desenvolver esta pesquisa partindo do pressuposto da necessidade de se discutir e rever as concepções de diferenças na Educação Infantil, a fim de discutir como a diversidade deve ser encarada, na medida em que tal fato se faz presente nas salas de aula. Contudo, é importante frisar que este trabalho não parte da ideia que há apenas uma maneira de se trabalhar com as diferenças, mas refletir sobre a prática, na qual, nos depararmos com elas, fazendo-se necessário a reflexão sobre as dificuldades da inclusão, visto que está não é apenas a permanência do aluno na escola e/ou sala de aula do ensino regular, mas sim, requer toda uma adaptação pedagógico-física e, sobretudo, o rompimento de concepções que estigmatizam e reduzem o aluno à sua condição. 
Mittler (2004, p.9) também enfatiza que: “deve-se reconhecer que os obstáculos à inclusão estão na escola e na sociedade e não na criança”.
Falaremos brevemente, porque mudanças deverão acontecer em toda a área escolar, e deve envolver a todos, a escola deverá conscientizar a todos envolvidos no âmbito escolar, para a inclusão desses alunos e esclarecer a importância da função de cada um, para conseguirmos resultados favoráveis e valedouros. 
PRÁTICAS QUE CONTRIBUEM PARA O DESENVOLVIMENTO DA CULTURA INCLUSIVA
A Resolução presente nas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001), em seu artigo 2º, determina que:
Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizarem-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos (BRASIL, 2001, p.1).
Os estabelecimentos de ensino precisam de práticas adequadas para receber o público-alvo da Educação Especial, eliminando barreiras arquitetônicas e oferecendo alternativas que contemplem a diversidade. Tendo em seu quadro de colaboradores, gestores e educadores com a formação que contemplem conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. 
O papel da escola é essencial no desenvolvimento da cultura inclusiva, que está ligada à conscientização, é fundamental que a escola conscientize os alunos, corpo docente, diretores e funcionários para a questão da inclusão. Inclusão requer mudanças/transformações, e quando nos referimos às mudanças, não nos referimos essencialmente à mudança de sistema de ensino, e sim a movimentos mais profundos. 
Kunc (1992), fala sobre inclusão: 
"o principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a idéia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo". 
Para que a Inclusão e a aprendizagem de todos os alunos na escola regular sejam garantidas, é preciso fortalecer a formação dos professores e criar uma rede de apoio entre alunos, professores, gestores escolares, familiares e profissionais de saúde que atendem essa criança. Não basta que a escola receba a matrícula de alunos do público-alvo da educação especial (PAEE), é preciso que ofereça condições. As mudanças são imprescindíveis, dentro delas a reestruturação física, a introdução de recursos e tecnologias assertivas, oferta de profissionais especializados e incorporação do atendimento educacional especializado (AEE).  
 
RESPALDO LEGAL PARA A INCLUSÃO DO ALUNO PAEE
Um dos principais documentos mundiais que visam na inclusão social foi a Declaração de Salamanca (1994). Nela discorre sobre os princípios políticos e práticas sobre a educação especial. É considerada como um dos principais documentos de caráter Mundial, que visam à educação inclusiva. No Brasil, assim como em outros países foi impactado por uma nova concepção educacional, haja vista, que este documento trouxe ideia de que as crianças com necessidades educacionais especiais deveriam ser incluídas em escola regular.
 A partir da Declaração de Salamanca, houve modificações nas legislações e através dessas legislações garantimos o acesso dos alunos PAEE nas escolas e classes de ensino regular. 
 Merecem destaque:
Lei n.º7.853/1989
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. 
Declaração de Salamanca/1994: 
Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, É considerada como um dos principais documentos de caráter MUNDIAL, que visam à educação inclusiva.
Lei n.º 9.394/1996: 
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Lei n.º 10.098/2000: 
Estabelece normas e critérios para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência.
Decreto n.º 3.956/2001: 
Promulga a Convenção Interamericana da Guatemala para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.
Lei n.º 10.436/2002: 
Reconhece LIBRAS (língua brasileira de sinais), como língua oficial no País juntamente com o Português.
Decreto n.º 5.296/2004: 
Regulamenta a Lei nº 10.048/2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica. 
Lei n.º 10.098/2000: 
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.
Decreto Legislativo n.º 186/2008: 
Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007.
Resolução CNE/CEB Nº. 04/2009:
 Institui as Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. 
Decreto n.º 6.949/2009: 
Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York em 30 de março de 2007. 
Parecer CNE/CEB N.º 13/2009: 
Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. 
Decreto n.º 7612/2011: 
Institui o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Viver sem Limite. 
Decreto n.º 7611/2011:
 Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Incorporou os dispositivos contidos no Decreto nº 6.571/2008 e acrescentou as diretrizes constantes do artigo 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.
Lei n.º 12.764/2012: 
Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. 
Lei Estadual n.º 10.162/2014: 
Proíbe a cobrança de valores adicionais para matrícula ou mensalidade de estudantes com deficiência e dá outras providências.
Constituição Federal (1988) 
Assegura que é objetivo da República Federativa do Brasil “promover o bem de todos, sempreconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de 11 discriminações” (Artigo 3º, Inciso IV). Em seu Artigo 5º, a Constituição garante o princípio de igualdade:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade (...).
COMO AGIR COM UM ALUNO QUE POSSUI TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)
É importante salientar que, cada aluno é único e possuem as suas especificidades, e esse fator não é diferente com os alunos que possuem Transtorno de Espectro Autista (TEA). É necessário que esses alunos tenham um plano de ensino que respeite a sua capacidade de desenvolvimento, pois é na sala de aula que acontece a concretização do projeto pedagógico. Vários os fatores podem influenciar a dinâmica da sala de aula e a eficácia do processo de ensino e aprendizagem. Há a necessidade de uma atitude positiva e disponibilidade do professor para que possa criar uma atmosfera acolhedora na classe. 
A escola tem que acolher e adaptar-se para o atendimento e educação do aluno com as mesmas características de Paulo, que foi diagnosticado como Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), que não se comunica verbalmente, tem dificuldade de se socializar e faz suas necessidades na fralda. Como professora regular juntamente com a rede de apoio e dos profissionais AEE e com adaptações necessárias nos recursos pedagógicos, trazemos esse aluno para a inclusão. Com o auxílio da Tecnologia Assistiva e comunicação alternativa, por meio do sistema de comunicação por trocas de figuras – denominado PECS, onde podemos compreender o que o aluno deseja, observaria como esse aluno reagem a barulhos, toques, cheiros, entre outras coisas, ou seja, observaria o que causa a irritação levando ele a ficar isolado. Contribuiria com as trocas necessárias de fralda e ensinaria ele por intermédio do PECS a pedir para ir ao banheiro, e adaptaria os conteúdos para que ele pudesse ser incluído em todas as atividades junto com a turma, pois a sua interação social na sala de aula é muito importante para a contribuição do seu desenvolvimento educacional e interpessoal. 
” O que for feito hoje em nome da questão da deficiência terá significado para todos no mundo de amanhã”. (Declaração de Madrid 2002).
O AUXÍLIO DA FAMÍLIA NO DESENVOLVIMENTO DESSAS ESTRATÉGIAS 
A relação família-escola é fundamental, principalmente quando se trata da educação inclusiva. A família compõe a rede de apoio escolar de forma significante e importante para a escolarização do aluno com o Transtorno do espectro do autista (TEA). 
De acordo com o Decreto nº 7611/2011- § 2º:
 O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas. (Brasil, 2011).
É essencial que se estabeleça uma relação de confiança e cooperação entre a escola e a família, pois esse vínculo favorecerá o desenvolvimento do aluno, e a família é a fonte de informações para o professor sobre as necessidades especificas da criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Constituição Federal (Brasil, 1988) dispõe em seu artigo 5º, os seguintes termos: Artigo 5º. “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”.
A inclusão social nas escolas será sempre um desafio a ser vencido, pois além das dificuldades de aprendizado dos alunos, tem também o preconceito que é muito grande, e nós como educadores além de ensinarmos, temos o papel de trazer a igualdade para todos, começando na sala de aula. 
Temos leis que nos auxiliam na inclusão, que nos garante uma forma de começarmos as mudanças. Mas não basta só à garantia da lei, a inclusão deve ir além das leis, devemos pregar para os alunos respeito, limites, humanização, construção de relação afetiva e receptividade às diferenças. Aceitar, respeitar e valorizar as diferenças e a diversidade é o primeiro passo para esse processo de adaptação. Conforme SASSAKI (1999, p.42):
A educação inclusiva tem como objetivo a construção de uma sociedade para todos, e, assim, sua prática repousa em princípios até então considerados incomuns, tais como: a aceitação das diferenças individuais, a valorização de cada pessoa, a convivência dentro da diversidade humana, a aprendizagem através da cooperação.
A inclusão não deve ser vista como um fato, e sim como um processo de adaptação, que tem suas etapas e que precisa ser analisado, e sua proposta de educação inclusiva deve acontecer em consenso com a família, pois com isso facilitará no processo de aprendizado do aluno, o apoio da escola também é fundamental, dando suporte com materiais adaptados, e ajudando no desenvolvimento deles. 
REFERÊNCIAS bibliogrÁficas
Abraça Associação Brasileira para Ação por Direitos das pessoas com Autismo. Brasil 2015. Disponível em: <http://abraca.autismobrasil.org/pessoa-autista-e-familia-inclusao-comeca-em-casa/>. Acesso em 19 de abril de 2018.
Associação Nova Escola, Brasil 2018. Disponível em: 
<https://novaescola.org.br/conteudo/554/os-desafios-da-educacao-inclusiva-foco-nas-redes-de-apoio>. Acesso em 20 de abril de 2018.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em 22 de abril de 2018.
Brasil. Resolução CNE/CEB Nº 2, Art. 2º, de 11 de Setembro de 2001. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em 24 de Abril 2018. 
Correia, Somenzi Clacy, O Desafio da Inclusão No Ambiente Escolar, Brasil 2014. Disponível em: 
<http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4287/1/MD_EDUMTE_2014_2_18.pdf>. Acesso em 24 de Abril de 2018.
Ministério Público do Estado do Espírito Santo, Principais Legislações da Educação Especial. Disponível em: 
<https://www.mpes.mp.br/Arquivos/Anexos/9dfd9484-d92b-4d98-9cee-97d0be76d5a5.pdf>. Acesso em 20 de abril de 2018.
MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003. Fonte, Rejane de Souza, ensino cooperativo e inclusivo, Brasil 2009. Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0239.html>. 
Acesso em 24 de Abril de 2018.

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