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Noções Básicas em Primeiros Socorros

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
NOÇÕES BÁSICAS EM PRIMEIROS 
SOCORROS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
NOÇÕES BÁSICAS EM PRIMEIROS 
SOCORROS 
 
 
 
 
 
MÓDULO ÚNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS? 
2 SINAIS VITAIS 
2.1 PULSO 
2.2 RESPIRAÇÃO 
2.3 PRESSÃO ARTERIAL 
2.4 TEMPERATURA 
3 ABORDAGEM INICIAL A VÍTIMA 
3.1 AVALIAÇÃO DA CENA 
3.2 EXAME PRIMÁRIO 
3.2.1 Circulação 
3.2.2 Vias aéreas com controle da coluna cervical 
3.2.3 Desobstrução das vias aéreas 
3.2.4 Manobra de Heimlich 
3.2.5 Respiração 
3.2.6 Diagnóstico diferencial 
3.2.7 Exposição da vítima 
4 EXAME SECUNDÁRIO 
4.1 CABEÇA 
4.2 PESCOÇO 
4.3 TÓRAX 
4.4 ABDÔMEN 
4.5 MEMBROS INFERIORES 
4.6 MEMBROS SUPERIORES 
4.7 DORSO 
5 PRIMEIROS SOCORROS EM HEMORRAGIAS 
6 HEMORRAGIA NASAL 
7 FRATURAS 
7.1 FRATURA FECHADA 
7.2 ENTORSE 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
7.3 LUXAÇÃO 
7.4 CONTUSÃO 
7.4.1 Improvise uma tala 
7.4.2 Improvise uma tipóia 
8 PRIMEIROS SOCORROS NO TRÂNSITO 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
 
 
MÓDULO ÚNICO 
 
 
1 O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS? 
 
 
FIGURA 1 - PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://cdn.camerum.com.br/img/product/2008/0/7392-ml--necessaire-
primeiros-socorros-curtlo-vdi-011.jpg>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
Primeiros socorros são procedimentos de emergência que devem ser 
aplicados a uma pessoa em perigo de morte, visando manter os sinais vitais e 
evitando o agravamento, até que ela receba atendimento definitivo. 
Definimos ainda como o primeiro atendimento realizado a uma pessoa que 
sofreu algum trauma, lesão ou mau súbito. 
Ou ainda, como as primeiras providências tomadas no local do acidente. É 
um atendimento inicial e temporário, até a chegada da equipe de socorristas. 
Para a pessoa leiga, ou seja, que não tem uma formação na área da saúde 
ou um treinamento específico em primeiros socorros podemos definir como o 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
primeiro atendimento a uma pessoa que sofreu algum acidente ou que apresentou 
algum mal súbito. 
O atendimento a vítima pode ser realizado por qualquer pessoa, desde que 
treinada para realizar as técnicas preconizadas ao atendimento emergencial. 
Qualquer pessoa que for realizar o atendimento pré-hospitalar, mais 
conhecido como primeiros socorros, deve antes de tudo, atentar para a sua 
segurança. 
No impulso de ajudar as vítimas, não justifica a realização de atitudes 
inconsequentes, que acabam transformando o socorrista em uma nova vítima. 
Para que a vítima seja atendida com qualidade, questões como seriedade e 
respeito devem sempre acompanhar o socorrista. Evite que a vítima seja exposta 
desnecessariamente e mantenha em sigilo informações pessoais que ela revele 
durante seu atendimento. 
Um fator importante no atendimento em primeiros socorros é o tempo, e este 
não pode ser desprezado em hipótese alguma, pois este tempo perdido poderá ser o 
diferencial entre a vida ou morte do paciente. 
 
 
2 SINAIS VITAIS 
 
 
Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do nosso organismo e 
podem orientar o diagnóstico inicial e acompanhando a evolução do quadro clínico 
de uma vítima. 
São considerados também como os sinais emitidos pelo nosso corpo de que 
suas funções vitais estão normais e que qualquer alteração indica uma 
anormalidade. 
Os sinais vitais são: 
 
 Pulso; 
 Respiração; 
 Pressão arterial; 
 Temperatura. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
 
 
 
 
2.1 PULSO 
 
 
É a ondulação exercida pela expansão das artérias seguida por uma 
contração do coração, ou seja, é a pressão exercida pelo sangue contra a parede 
arterial em cada batimento cardíaco. 
O pulso pode ser percebido sempre que uma artéria é comprimida contra um 
osso. Os locais mais comuns para obtenção do pulso são nas artérias carótida, 
radial, femoral e braquial. 
Pode ainda ser verificado por meio da ausculta cardíaca com o auxílio de um 
estetoscópio e denominamos pulso apical. Na verificação do pulso deve-se observar 
a sua frequência, ritmo e volume. 
 
TABELA 1 – ÍNDICES NORMAIS DE PULSO 
 
ÍNDICES NORMAIS DE PULSO 
Homem 60 a 70 bpm 
Mulher 65 a 85 bpm 
Criança 80 a 120 bpm 
Bebê 100 a 160 bpm 
 
 
2.2 RESPIRAÇÃO 
 
A respiração refere-se à entrada de oxigênio na inspiração eliminando assim, 
o dióxido de carbono por intermédio da expiração. 
É uma sequência rítmica de movimentos de expansão e de retração pulmonar 
com a finalidade de efetuar trocas gasosas entre a corrente sanguínea e o ar nos 
pulmões. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
Para avaliar a respiração devemos verificar seu caráter, se ela é superficial ou 
profunda, seu ritmo que pode ser regular como irregular e por último sua frequência, 
ou seja, a quantidade de movimentos respiratórios por minuto. 
 
TABELA 2 – ÍNDICES NORMAIS DA RESPIRAÇÃO 
 
ÍNDICES NORMAIS DA RESPIRAÇÃO 
Homem 
15 a 20 movimentos respiratórios por 
minuto 
Mulher 
18 a 20 movimentos respiratórios por 
minuto 
Criança 
20 a 25 movimentos respiratórios por 
minuto 
Lactente 
30 a 40 movimentos respiratórios por 
minuto 
 
Outros fatores podem alterar os valores normais da respiração como 
exercícios físicos, medicamentos, fatores emocionais, portanto, é importante que o 
socorrista saiba reconhecer estas alterações. 
São empregados termos específicos para definir as alterações dos padrões 
respiratórios, tais como: 
 Eupneia: respiração normal, com movimentos regulares, sem dificuldades; 
 Apneia: é a ausência dos movimentos respiratórios; 
 Dispneia: dificuldade na execução dos movimentos respiratórios; 
 Bradipneia: diminuição da frequência respiratória; 
 Taquipneia: aumento da frequência respiratória. 
 
 
2.3 PRESSÃO ARTERIAL 
 
 
É a força exercida pelo sangue contra a parede interna das artérias, quando 
este é impulsionado pela contração cardíaca. Pode variar de acordo com a idade do 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
paciente, devido ao aumento da atividade física, situações que levam ao stress e ao 
medo e por alterações cardíacas. 
A pressão arterial é influenciada pela força dos batimentos cardíacos e pelo 
volume circulante. 
A contração cardíaca é denominada sístole e o relaxamento do coração é 
denominado diástole. A pressão sistólica é a pressão máxima do coração, enquanto 
a pressão diastólica é a pressão mínima do coração. 
 
 
FIGURA 2 - VERIFICANDO A PRESSÃO ARTERIAL 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://4.bp.blogspot.com/_PJHne-N-
wW8/RhJLnLNX1jI/AAAAAAAAAAo/HI9Hs-Wx0nQ/s400/pressao2.jpg>.Acesso em:18 ago. 2011. 
 
 
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais 
da pressão arterial,são eles: 
 
 Hipertensão: aumento dos níveis da pressão arterial; 
 Hipotensão: redução dos níveis da pressão arterial; 
 Normotenso: são os parâmetros normais da pressão arterial. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
 
TABELA 3 – VALOR NORMAL DA PRESSÃO ARTERIAL 
 
VALOR NORMAL DA PRESSÃO ARTERIAL 
4 anos 85/60 mmHg 
6 anos 95 x 62 mmHg 
12 anos 108 x 67 mmHg 
Adulto 120 x 80 mmHg 
 
 
2.4 TEMPERATURA 
 
 
É o nível de calor que chega a um determinado corpo, ou seja, é a diferença 
entre o calor perdido e o calor produzido pelo organismo. É influenciada por meios 
físicos e químicos, sendo que o seu controle é realizado por meio da estimulação do 
sistema nervoso central. 
A temperatura corporal reflete o balanceamento entre o calor produzido e o 
calor perdido pelo corpo e pode ser verificada nas regiões axilar, oral e retal. 
 É medida por meio do termômetro clínico e possui uma graduação que varia 
de 34ºC a 42ºC, sendo que raramente o ser humano sobrevive com sua temperatura 
acima ou abaixo destes parâmetros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
 
FIGURA 3 - MEDINDO A TEMPERATURA 
 
FONTE: Disponível em:<http://www.vfvhospitalar.com.br/febre.html>.Acesso em:18 ago. 2011. 
 
 
Veja na tabela abaixo, os parâmetros normais da temperatura corporal em 
adultos e crianças: 
 
Pontos de aferição Adulto Criança 
Oral 37ºC 37,4ºC 
Retal 37,5ºC 37,8ºC 
Axilar 36,7ºC 37,2ºC 
 
 
Variações de 0,3ºC a 0,6ºC da temperatura são consideradas normais e pode se 
elevar em situações como: 
 
 Infecção. 
 Medo. 
 Ansiedade. 
 
São causas da diminuição da temperatura corporal: 
 
 Exposição ao frio. 
 Estado de choque. 
 Hemorragias. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
São empregados termos específicos para definir alterações nos valores anormais 
da temperatura, são eles: 
 
 Afebril: temperatura corporal normal. 
 Hipotermia: temperatura corporal abaixo do normal. 
 Hipertermia: temperatura corporal acima do normal. 
 
 
3 ABORDAGEM INICIAL A VÍTIMA 
 
 
Antes de realizar qualquer atendimento ou procedimento direto com a vítima, 
devemos obedecer a uma sequência padronizada para determinar a extensão das 
lesões que possam causar riscos de vida ao paciente. 
Com esta medida podemos corrigir imediatamente os agravos que esta vítima 
eventualmente possa ter, e assim executar ações de suporte básico de vida. 
A vítima deve ser examinada sumariamente para que as prioridades no 
tratamento sejam estabelecidas de forma imediata, com base nas lesões sofridas e 
na estabilidade de seus sinais vitais. 
Este atendimento inicial deve ser rápido e com o objetivo de restabelecer as 
funções vitais, seguido por uma segunda avaliação mais detalhada, denominada 
avaliação secundária e, finalmente, pelos cuidados definitivos. 
Ao chegar ao local onde está a vítima, o socorrista deverá avaliar as 
condições de segurança do local, posteriormente a do próprio socorrista e por fim, a 
segurança da vítima. 
De maneira simultânea verifique a cena do acidente e busque informações 
sugestivas do mecanismo de lesão. Aproxime-se da vítima, identifique-se e imobilize 
sua cabeça com uma das mãos, de forma que esta pessoa não consiga movimentar 
seu pescoço. Com isto você estará iniciando o exame primário. 
 
 
 
 
 
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 13 
 
 
3.1 AVALIAÇÃO DA CENA 
 
 
A primeira atitude a ser tomada no local do acidente é a avaliação dos riscos 
que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. Se 
houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada do socorro 
especializado. 
Por exemplo, se houve um atropelamento em uma avenida muito 
movimentada, não tem como o socorrista invadir a avenida e iniciar o atendimento a 
vítima. Existe a necessidade de parar o trânsito para que o socorrista possa chegar 
com segurança até o local desejado. 
Neste período, verificam-se também as prováveis causas do acidente, o 
número de vítimas, a provável gravidade de seus danos e outras informações que 
possam ser úteis para a notificação do acidente. 
É imprescindível utilizar equipamentos de proteção individual como máscaras, 
luvas, óculos no atendimento a vítima, porém se você estiver realizando o 
atendimento em casa, em uma pessoa conhecida como um parente próximo, muitas 
vezes você não terá estes equipamentos a mão. 
Outro ponto importante é solicitar o auxílio de profissionais especializados como: 
 
 Corpo de Bombeiros (193); 
 SAMU (192); 
 Polícia Militar (190). 
 
 
3.2 EXAME PRIMÁRIO 
 
 
O exame primário tem por objetivo identificar e manejar situações que 
ameaçam a vida desta vítima. Ele é realizado sem movimentar a vítima da sua 
posição inicial, com exceção dos casos em que haja necessidade de intervir em 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
alguns passos, como por exemplo, na desobstrução das vias aéreas. 
É sempre realizado seguindo uma sequência fixa e padronizada, sendo que o 
socorrista só pode passar para a etapa seguinte após a completa resolução da 
etapa anterior. Na prática, alguns passos podem ser avaliados simultaneamente. 
A sequência padronizada no exame primário é a seguinte: 
 
 C- Circulação; 
 A- Vias aéreas com controle da coluna cervical; 
 B- Respiração; 
 D- Avaliação neurológica; 
 E- Exposição da vítima. 
 
 
3.2.1 Circulação 
 
 
Definimos por circulação artificial a compressão torácica externa, ou seja, a 
massagem cardíaca. A reanimação cardiopulmonar deverá ser realizada logo que o 
socorrista identificar que a vítima não apresenta pulso caracterizando assim, a 
parada cardíaca. 
Quando realizada a avaliação primária, a abordagem busca sinais, entre 
estes, a frequência cardíaca denota a parada cardíaca. Se em adulto, é feita pela 
constatação da ausência de pulso na artéria carótida ou, na artéria femoral 
associada à perda de consciência e a outros sinais periféricos, como palidez, 
cianose e pele pegajosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 
FIGURA 4– VERIFICANDO PULSO NA REGIÃO DO PESCOÇO 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada.htm>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
 A verificação do pulso não deve ultrapassar mais de 5 a 10s por meio da 
possibilidade de ele ser lento, por parecer irregular ou pela sua amplitude reduzida. 
Se existe pulso, porém a respiração é ausente, após as 2 ventilações iniciais, 
elas devem ser continuadas na frequência de 1 ventilação a cada 5s. 
 Se percebida a parada cardíaca, deve-se imediatamente chamar por auxílio 
de "socorro especializado" sem abandono da vítima e prontamente iniciar a 
compressão torácica externa. 
O paciente deve estar em decúbito dorsal horizontal, apoiado numa superfície 
rígida como o solo, uma tábua ou uma bandeja de servir de tamanho apropriado, 
interposta entre o doente e o leito. 
 O socorrista posiciona a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas); 
 Encontre a posição na metade inferior do esterno, entre os mamilos; 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
 
FIGURA 5– LOCAL CORRETO PARA REALIZAÇÃO DA MASSAGEM CARDÍACA 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm> Acesso em: 18 ago. 
2011. 
 
 
 Coloque a palma de uma mão (com os dedos estendidos) sobre esse 
local; 
 Coloque a palma da outra mão (com os dedos estendidos) em cima da 
primeira; 
 
 
FIGURA 6– POSIÇÃO DAS MÃOS PARA REALIZAÇÃO DA MASSAGEM 
CARDÍACA 
 
 
 
FONTE: Disponívelem:<http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm>. Acesso em: 18 ago. 
2011. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
 
 Posicione seu corpo diretamente sobre suas mãos. Os ombros devem 
ficar “olhando” para as mãos; 
 Inicie as compressões; 
 Pelo menos 30 compressões para cada 2 ventilações; 
 Realize o ciclo de compressões e ventilações por pelo menos 5 ciclos 
ininterruptos ou até que o resgate especializado chegue ao local do 
atendimento. 
 
FIGURA 7– MASSAGEM CARDÍACA 
 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://portal.ua.pt/projectos/mermaid/prisocorros.htm>. Acesso em: 18 ago. 
2011. 
 
 
Os braços do socorrista devem permanecer em extensão com as 
articulações dos cotovelos fixas, transmitindo ao esterno da vítima a pressão 
exercida pelo peso dos seus ombros e tronco, reduzindo a fadiga. A pressão 
aplicada deve ser suficiente para deprimir o esterno em 5 cm no adulto. 
Ao realizar as compressões elas deverão ser rítmicas e regulares, seguindo-
se imediatamente o relaxamento de igual durabilidade, aliviando totalmente a 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 18 
pressão, permitindo ao tórax retornar ao posicionamento normal, porém, sem retirar 
as mãos. 
Tal movimento enche as câmaras cardíacas para redistribuição do sangue 
pelo organismo, atingindo enfim, as perspectivas das manobras de RCP. 
A sequência destas manobras não deve ser interrompida. A respiração 
artificial e a massagem cardíaca externa necessitam ser associadas, para uma 
reanimação efetiva. 
Caso atenda sozinho a vítima, serão 30 compressões para cada 2 
ventilações. Se em dois socorristas a ideia é a mesma, mas não há a necessidade 
de parar a massagem para realizar as ventilações. 
Após 4 a 5 ciclos de compressão e ventilação, que deve durar 
aproximadamente 1minuto, aconselha-se a reavaliação de presença de pulso e de 
respiração espontânea, repetindo-se as reavaliações a cada 3minutos. 
Durante a parada cardíaca, a massagem cardíaca realizada de modo 
apropriado pode produzir uma onda de pressão sistólica próximo a 100mmHg, 
entretanto, a pressão diastólica é ao redor de zero, resultando, assim, uma pressão 
média de 40mmHg que irá representar a pressão de perfusão em grandes vasos, ou 
seja, 1/3 a 1/4 do normal. 
Essa situação de fluxo em nível crítico impõe ao socorrista uma eficiência e 
exige uma constância nas compressões. 
 
 
3.2.2 Vias aéreas com controle da coluna cervical 
 
 
A causa mais comum de obstrução de vias aéreas em pacientes com perda 
de consciência é o relaxamento da musculatura da língua, que se projeta para o 
fundo da garganta ou orofaringe, impedindo a passagem de ar nas vias aéreas 
superiores e inferiores. 
Para restabelecer a permeabilidade das vias aéreas superiores, devemos 
simplesmente remover corpos estranhos ou realizar a elevação da mandíbula. 
A possibilidade de lesão na coluna cervical deve ser sempre considerada, 
portanto, movimentos bruscos, excessivos ou aplicados, com uma força 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 19 
desproporcional poderá causar lesões neurológicas irreversíveis na coluna cervical, 
como por exemplo, uma tetraplegia. 
A cabeça e o pescoço da vítima nunca devem ser muito estendidos ou 
mesmo fletidos para manter ou estabelecer uma via aérea permeável. 
Para que possamos verificar se esta via aérea não está obstruída devemos 
solicitar à vítima que ela fale. Caso a vítima não consiga falar, observamos que esta 
vítima possui uma alteração do nível de consciência. Caso a vítima atenda a 
solicitação, podemos considerar que esta via aérea está livre, com a ventilação e 
perfusão cerebral mantidas, devido à passagem de ar por esta via aérea. 
Se a vítima apresentar ronquidão ou falta de voz, significa que deve haver um 
comprometimento das vias aéreas superiores, ou seja, uma obstrução. 
Avaliar e controlar as vias aéreas são condutas rápidas e simples, não 
necessitando inicialmente de nenhum equipamento, portanto, estas técnicas 
manuais de desobstrução e controle ou estabilização da coluna cervical, não devem 
ser retardadas a espera do socorro especializado. 
A obstrução das vias aéreas pode ser causada por: 
 
 Objetos sólidos; 
 Queda da língua; 
 Líquidos. 
 
Os principais sintomas apresentados pela vítima com obstrução das vias 
aéreas são: 
 
 Tosse; 
 Respiração ruidosa; 
 Movimentos respiratórios alterados; 
 Cianose (extremidades roxas); 
 
Para realizarmos o controle das vias aéreas podemos efetuar as seguintes 
técnicas: 
 
 Manobra tríplice ou elevação da mandíbula; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 20 
 
FIGURA 8– ELEVAÇÃO DA MANDÍBULA 
 
 
FONTE: Disponível em:<http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada.htm>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
FIGURA 9 – TRAÇÃO DO MENTO 
 
 Manobra de tração do mento; 
 
FONTE: Disponível em:<http://geicpe.tripod.com/clin_emerg_parada.htm>. Acesso em: 24 mar. 2010. 
 
 Inserção de uma cânula orofaríngea. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 21 
 
FIGURA 10– INSERÇÃO DA CÂNULA DE GUEDEL 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_P-
MzoBY5JIc/S1djluYhWBI/AAAAAAAAAsk/lI3bPhqETck/s400/canula+guedel.JPG>. 
Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
Uma vez realizada o controle ou estabilização da coluna cervical, não 
podemos em hipótese alguma liberá-la, até que esta seja imobilizada definitivamente 
com o colar cervical ou com outro dispositivo que evite o movimento tanto lateral 
como de flexão da cabeça. 
 
 
3.2.3 Desobstrução das vias aéreas 
 
 
O reconhecimento rápido da obstrução das vias aéreas determinará se esta 
vítima será socorrida rapidamente ou se ela se submeter a óbito. 
A obstrução poderá ser parcial, quando não há a completa interrupção do 
fluxo de ar, ou total, quando há uma completa interrupção do fluxo de ar das vias 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 22 
aéreas superiores para as vias aéreas inferiores, estabelecendo assim, as trocas 
gasosas. 
A troca ineficiente de ar é indicada pela presença de: 
 
 Tosse ineficaz e fraca; 
 Ruídos respiratórios gementes ou estridentes; 
 Dificuldade respiratória; 
 Cianose. 
 
Os métodos de desobstrução das vias aéreas variam de acordo com o tipo de 
objeto que está causando a obstrução. Caso a vítima apresentar uma obstrução das 
vias aéreas por sólidos, deve-se efetivar. 
 
 Remoção manual do objeto; 
 Compressões torácicas. 
 
Caso ocorra a obstrução por líquidos, devemos realizar: 
 
 Aspiração das vias aéreas; 
 Rolamento 90º para que o líquido seja retirado pela boca evitando assim, 
sua aspiração para os pulmões. 
 
 
3.2.4 Manobra de Heimlich 
 
 
A manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução 
das vias aéreas superiores por um corpo estranho. Esta manobra foi descrita pela 
primeira vez pelo médico Henry Heimlich em 1974 que induz uma tosse artificial, que 
vai expelir o objeto da traqueia da vítima. 
Uma pessoa sozinha consegue realizar a técnica correta e desobstruir a via 
aérea, posicionando suas mãos na região abdominal e exercendo uma pressão 
sobre o final do diafragma, comprimindo indiretamente a base dos pulmões e 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 23 
expelindo assim, o objeto causador da obstrução. 
As compressões abdominais devem ser realizadas da seguinte forma: 
Vítima em pé 
 Ficar atrás da vítima; 
 
 
FIGURA 11– MANOBRA DE HEIMLICH 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lxjovem.pt/index.php?id_tema=473>.Acesso em: 18 ago. 
2011. 
 
 
 Posicionar uma de suas pernas entre as pernas da vítima, servindo de 
base caso ela desmaie; 
 Colocar o braço em volta da cintura da mesma;FIGURA 12– POSIÇÃO DAS MÃOS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lxjovem.pt/index.php?id_tema=473>. Acesso em: 18 
ago.2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 24 
 Fechar uma mão e colocar o lado do polegar contra o abdômen da vítima 
entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide; 
 
 
FIGURA 13– POSIÇÃO DAS MÃOS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lxjovem.pt/index.php?id_tema=473>. Acesso em: 18 
ago. 2011. 
 
 
 Com a outra mão envolver a mão fechada e pressionar o abdômen da 
vítima; 
 
 
FIGURA 14 – POSIÇÃO DAS MÃOS 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.lxjovem.pt/index.php?id_tema=473>. Acesso em: 18 
ago. 2011. 
 
 
 Puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para 
cima e para dentro, comprimindo a parte superior do abdômen com a base do 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 25 
pulmão, expulsando o ar de forma a movimentar o objeto causador da obstrução. 
 Realizar cinco vezes a manobra com uma compressão firme e 
vigorosa, suficiente para movimentar o objeto e desobstruir as vias aéreas; 
 Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deverá ser interrompida e 
deve-se iniciar a reanimação cardiorrespiratória. 
 
Se a vítima estiver deitada ou inconsciente: 
 
 A vítima deve ser colocada em decúbito dorsal, ou seja, com as costas 
no chão; 
 Ajoelhar-se por cima da coxa da vítima ou posicionar-se lateralmente a 
ela; 
 Colocar a segunda mão diretamente sobre a primeira e realizar a 
compressão abdominal; 
 
 
FIGURA 15– COMPRESSÃO ABDOMINAL 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://csaudeesp.blogspot.com/>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
 Observar se o objeto foi expulso. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 26 
 
Em vítimas obesas ou grávidas devemos realizar os seguintes 
procedimentos: 
 
 Posicionar-se atrás do paciente; 
 Posicionar uma de suas pernas entre as pernas da vítima; 
 Posicionar as mãos acima do apêndice xifóide; 
 Realizar as compressões abdominais; 
 Verificar se o objeto foi expulso. 
 
A desobstrução de vias aéreas em crianças menores que 1 ano deve ser 
realizada da seguinte forma: 
 
 Deitar a criança de bruços sobre o braço; 
 Apoiá-la na palma da mão, de cabeça para baixo; 
 Bater nas costas com as mãos em concha; 
 Verificar se o objeto foi expulso. 
 
 
3.2.5 Respiração 
 
 
Anteriormente havia uma recomendação para que os movimentos 
respiratórios fossem avaliados pelos procedimentos, ver ouvir e sentir, porém não há 
mais esta necessidade. 
O socorrista deve priorizar a qualidade da massagem cardíaca, ou seja, 
realizar o ciclo com 30 compressões e abrir a via aérea e aplicar duas ventilações. 
A respiração boca a boca só deve ser realizada nas seguintes situações: 
 
 Em situações de afogamento; 
 Traumatismos; 
 Em crianças e bebês. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 27 
Existem estudos comprovando que a massagem cardíaca realizada 
corretamente e ritmada, é necessária para manter a vítima viva até a chegada de 
socorro profissional sem a utilização da respiração boca a boca. 
No caso de crianças e bebês, afogamento ou traumatismos, a massagem 
cardíaca se faz em sintonia com a respiração boca a boca, porém em situações de 
parada cardíaca em adultos, apenas a massagem cardíaca deve ser feita, até que 
os socorristas cheguem para levar a vítima ao hospital. 
 
 
3.2.6 Diagnóstico diferencial 
 
 
Quanto ao diagnóstico diferencial, definimos como as causas possivelmente 
levaram a vítima a vivenciar tal situação. Para que tais perguntas sejam 
respondidas, nem sempre poderemos contar com a colaboração do paciente para 
respondê-las, a melhor maneira é olhar ao redor, ou seja, observar a cena. 
Quando olhar ao redor verificando as proximidades pode-se obter muitas 
respostas. Se for vítima de um acidente automobilístico, muitas das ferragens 
poderão esclarecer os traumas sofridos. No caso de sinais clínicos, podemos buscar 
informações no próprio paciente. 
É preciso verificar se há medicações nos bolsos. Receitas médicas. Afinal, 
podemos estar manipulando um paciente cardiopata sem sabê-lo, e com essas 
informações é possível que a assistência prestada seja mais eficaz. 
 
 
3.2.7 Exposição da vítima 
 
 
Sendo assim, para que um diagnóstico diferencial mais preciso seja 
realizado, é preconizado que dentre o C-A-B-D-E dos primeiros socorros, o “E” 
refere-se à exposição da vítima. 
Quando estabilizados a respiração e circulação da vítima, é preciso verificar 
se existem outros ferimentos, complicações e situações a serem resolvidas. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 28 
Lembre-se que tal providência deverá ser tomada com cautela e precaução 
a fim de evitar maiores dolos na vítima já fragilizada. Todo movimento realizado, 
principalmente em pós-trauma, deverá atender normas de manipulação 
assegurando a assistência prestada. 
A busca por outras e/ou maiores lesões pode no momento da primeira 
assistência salvar a vida da vítima. 
Em primeiros socorros, chamamos de à hora de ouro a primeira hora de 
atendimento, portanto, se o socorrista fizer o seu melhor, a probabilidade desta 
vítima ter sua vida prolongada é grande. 
 
 
4 EXAME SECUNDÁRIO 
 
 
É o exame realizado após o exame primário, ou seja, após o C-A-B-D-E e tem 
por finalidade examinar todo o corpo por meio da palpação e inspeção. 
 Na inspeção devem ser pesquisados: 
 
 A cor da pele; 
 Simetria; 
 Alinhamento; 
 Deformidade; 
 Sangramento. 
 
Na palpação deverá ser pesquisado: 
 
 Deformidade; 
 Rigidez; 
 Flacidez. 
 
O exame secundário deve ser realizado obedecendo à seguinte sequência: 
 
 Cabeça; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 29 
 Pescoço; 
 Tórax; 
 Abdômen; 
 Cintura pélvica; 
 Membros inferiores; 
 Membros superiores; 
 Dorso. 
 
 
4.1 CABEÇA 
 
 
Palpe o crânio com os polegares fixos na região frontal, examine os olhos 
procurando por objetos estranhos. Verifique se as pupilas estão normais, dilatadas, 
contraídas, irregulares. 
Normalmente apresentam o mesmo diâmetro, ou seja, devem estar do 
mesmo tamanho. 
Observe se não há sangramento ou saída de líquido cefalorraquidiano pelo 
nariz ou ouvido. Deve-se procurar também por corpo estranho, dentes, vômitos na 
boca ou garganta. 
 
FIGURA 16 – EXAME DO CRÂNIO 
 
FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_YQ-
op14RPUo/TTQz1T0XW2I/AAAAAAAAB_c/sYtxHs2Tg9s/s1600/9-A.JPG>. Acesso em: 18 
ago. 2011. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 30 
 
4.2 PESCOÇO 
 
 
Realizar a palpação na coluna cervical verificando o seu alinhamento. 
Conferir na região anterior se há desvio de traqueia, lesões ou sangramentos. 
 
 
4.3 TÓRAX 
 
 
Com a mão espalmada e com os dedos entrelaçados, realizar a palpação a 
procura de lesões nos arcos costais, procurar ferimentos e reação à dor. 
 
 
4.4 ABDÔMEN 
 
 
Realizar a palpação com a espalmada e com os dedos entrelaçados, 
buscando áreas de sensibilidade, flacidez e rigidez. 
 
 
4.5 MEMBROS INFERIORES 
 
 
 Inspecionar e palpar a coxa até os pés, observando o alinhamento, 
deformidade e rigidez. Buscar lesões e ferimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 31 
 
FIGURA 17 – PALPAÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://4.bp.blogspot.com/_7H9r_7bo6nc/SyBogqF3OoI/AAAAAAAABRU/6WCBl455zZY/s400/palpa%
C3%A7%C3%A3o+tibial.JPG>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
4.6 MEMBROS SUPERIORES 
 
 
Inspecionar e palpar dos ombros até as mãos, observando o alinhamento, 
deformidade e rigidez. Buscar lesões e ferimentos. 
 
 
4.7 DORSO 
 
 
Realizarmanobras de rolamento para examinar as costas. Observar o 
alinhamento da coluna cervical se há deformidades ou ferimentos. Palpar a coluna 
em busca de edema, hematoma ou crepitação. 
Após realizar o exame secundário, faça todos os curativos, imobilizações e 
outros procedimentos, antes de remover a vítima. Durante todo o exame mantenha-
se atento às etapas do exame primário. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 32 
 
5 PRIMEIROS SOCORROS EM HEMORRAGIAS 
 
 
Sangramentos ou hemorragias têm o mesmo significado. Pois sim, sangue 
que por traumas ou patologias preexistentes extravasam de arterias, veias ou vasos 
capilares em grandes quantidades. 
Consideramos como a grande perda de volume sanguíneo circulante. O 
sangramento pode ser interno ou externo e em ambos os casos é perigoso. 
Inicialmente, as hemorragias produzem palidez, sudorese, agitação, pele 
fria, fraqueza, pulso fraco e rápido, baixa pressão arterial, sede, e por fim, se não 
controladas, estado de choque e, consequentemente, a morte. 
O socorrista deve controlar as hemorragias tomando as seguintes medidas: 
 
Quando a hemorragia for externa, o socorrista deverá realizar os seguintes 
procedimentos: 
 
 Compressão direta sobre o ferimento. Controlar a hemorragia fazendo 
uma compressão direta sobre a ferida que sangra com sua mão (protegida por luva 
descartável), ou ainda, com a ajuda de um pano limpo ou gaze esterilizada, para 
prevenir a infecção; 
 
FIGURA 18 – COMPRESSÃO DIRETA SOBRE O FERIMENTO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-
QXCah_WAq60/TdwKLPSBDoI/AAAAAAAAEVk/z57hX0-18Vg/s1600/Hemorragia_direta.jpg>. 
Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 33 
 
 
 Elevação do ponto de sangramento. Mantenha a região que sangra em 
uma posição mais elevada que o resto do corpo, pois este procedimento 
contribuirá para diminuir o fluxo de sangue circulante e, 
consequentemente, o sangramento; 
 
 
FIGURA 19 – ELEVAÇÃO DO PONTO DE SANGRAMENTO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.conexaorh.com.br/images/primeiros_socorros_clip_image005.jpg>. Acesso em: 
18 ago. 2011. 
 
 
 Compressão sobre pontos arteriais. Caso a hemorragia for muito intensa e 
você não conseguir fazer parar a saída do sangue, tente controlar o 
sangramento pressionando direto sobre as artérias principais que nutrem 
de sangue o local lesionado. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 34 
 
 
FIGURA 20 – COMPRESSÃO DOS PONTOS ARTERIAIS 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.conexaorh.com.br/images/primeiros_socorros_clip_image006.jpg>. Acesso em: 18 ago. 
2011. 
 
 
Não cessando o sangramento, com o uso das técnicas anteriormente 
descritas, o socorrista deverá aplicar um torniquete no membro lesado. 
O torniquete ou garrote não é recomendado para o uso geral, pois algumas 
vezes causa mais danos a extremidade ferida, do que os que existiam pela própria 
lesão inicial. 
Entretanto, um torniquete adequadamente aplicado, pode salvar a vida de 
uma pessoa, cuja hemorragia em um vaso sanguíneo principal seja incontrolável por 
qualquer dos outros métodos. 
Os torniquetes deverão ser utilizados como um último recurso e, somente, 
para controlar os sangramentos provocados por ferimentos graves nas 
extremidades, quando todos os outros métodos de controle falharem. 
Lembre-se também que não se deve aplicar torniquetes sobre áreas de 
articulação, como por exemplo, cotovelos e joelhos. 
 A localização mais segura e efetiva para a colocação do torniquete é cerca 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 35 
de 5 cm acima do local da lesão.Se o torniquete tiver que ser usado, deverá ser 
aplicado de forma correta, ou seja: 
 
 Uma bandagem larga deve ser dobrada até que fique com 
aproximadamente 10 cm de largura. Amarre esta atadura larga, duas vezes ao redor 
da extremidade lesada; 
 Dê um nó firme na atadura. Coloque um bastão de madeira ou outro 
material similar sobre o nó e amarre novamente com um segundo nó firme; 
 Utilize o bastão de madeira como uma manivela para rodar e apertar a 
atadura; 
 Aperte o torniquete até o sangramento cessar. Uma vez controlada a 
hemorragia, não rode mais o bastão e mantenha-o firme no lugar. 
 
 
FIGURA 21 – TORNIQUETE 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://2.bp.blogspot.com/_oQ7DRLLq7FY/TOmEF3WnXkI/AAAAAAAAAJY/U5m7F96zrT0/s
1600/torniquete.jpg>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 36 
 De maior gravidade, a hemorragia interna demora mais para ser identificada e 
quando aparece, debilita rapidamente a vítima. Acompanhe atentamente até a 
chegada de uma equipe especializada, pois não podemos ajudar muito e ela poderá 
levar o acidentado rapidamente ao estado de choque. 
 
Os principais sinais apresentados são: 
 
 Pulsação acelerada ou fraca; 
 Pele fria e pálida; 
 Mucosas na boca e nos olhos esbranquiçadas; 
 Extremidades arroxeadas pela pouca irrigação sanguínea; 
 Sede; 
 Tontura; 
 Inconsciência. 
 
Nesses casos devemos proceder da seguinte forma: 
 
 Deite a vítima de maneira que a cabeça fique mais baixa que o corpo; 
 Coloque compressas frias ou bolsa de gelo no local da hemorragia; 
 Não permita que a vítima tome líquidos; 
 Observe atentamente, pois os riscos de parada cardíaca ou respiratória 
aumentam; 
 A vítima precisa de atendimento médico com a maior urgência. 
 
 
6 HEMORRAGIA NASAL 
 
 
 Geralmente causada por rompimento e/ou obstruções de vasos sanguíneos 
do nariz, mas no caso de acidentes automobilísticos pode ser sinal de traumatismo 
craniano. 
O procedimento é mais simples: 
 Faça a vítima ficar sentada em local fresco, cabeça um pouco levantada, 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 37 
roupa afrouxada; 
 A vítima deve respirar pela boca, não assoar o nariz; 
 A narina deve ser comprimida de 5 a 10 minutos; 
 Uma compressa fria deve ser colocada no nariz, na testa e na nuca; 
 Não parando a hemorragia, ou em caso de inconsciência, a vítima deve 
ser encaminhada a uma equipe especializada. 
 
 
FIGURA 22 – HEMORRAGIA NASAL 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.amazonsaude.com.br/up4/01.09.2010_611cd0c1d9dda03dd56ef82eaecc469e.j
pg>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
7 FRATURAS 
 
 
Definimos por fratura toda solução de continuidade súbita e/ou violenta de um 
osso. Elas podem ser fechadas, quando não houver rompimento da pele, ou abertas 
- fratura exposta, quando a pele sofre solução de continuidade no local da lesão 
óssea. 
Alguns cuidados especiais fazem parte da assistência a fraturas expostas. A 
cobertura do local com um pano limpo ou gaze e a procura de socorro imediato. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 38 
 
FIGURA 23 – FRATURA EXPOSTA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.tvcanal13.com.br/colunas/jovem-atropela-idosa-de-80-
anos-e-foge-sem-prestar-socorro-5456.asp>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
As fraturas são lesões mais comuns nos membros superiores e inferiores, 
podendo ser únicas ou múltiplas. Na primeira infância, é frequente a fratura da 
clavícula. Como causas de fraturas citam-se, principalmente, as quedas e os 
atropelamentos. 
 
Principais localizações: 
 
 Fratura dos membros, as mais comuns, tornando-se mais graves e de 
delicado tratamento quando mais próximas do tronco. 
 Fratura da bacia, em geral grave, acompanhando-se de choque e 
podendo acarretar lesões da bexiga e do reto, acarretando hemorragia interna. 
 Fratura do crânio, das mais graves, por afetar o cérebro, protegido pelo 
mesmo. As lesões cerebrais são responsáveis pelo choque, paralisia dos membros, 
coma e morte do paciente.A fratura do crânio é uma ocorrência mais comum nas 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 39 
grandes cidades, devido aos acidentes automobilísticos, e apresenta maior índice de 
mortalidade em relação às demais. O primeiro socorro precisa vir por meio de 
aparelho respiratório, pois os pacientes podem sucumbir por asfixia. Deve-se 
lateralizar a cabeça, limpar-lhe a boca com o dedo protegido por um lenço e vigiar a 
respiração. Não se deve esquecer que o choque pode também ocorrer, merecendo 
os devidos cuidados. 
 Fratura da coluna: ocorre, em geral, nas quedas, atropelamentos e nos 
mergulhos em local raso, sendo mais grave o prognóstico, quanto mais alta a 
fratura; suspeita-se desta fratura, quando o paciente, depois de acidentado, 
apresenta-se com os membros inferiores paralisados e dormentes; as fraturas do 
pescoço são quase sempre fatais. Faz-se necessário um cuidado especial no 
sentido de não praticar manobras que possam agravar a lesão da medula; coloca-se 
o paciente estendido no solo em posição horizontal, com o ventre para cima; o 
choque também pode ocorrer numa fratura dessas. 
 
 
7.1 FRATURA FECHADA 
 
 
Indicada na maioria das vezes, por dor ou grande sensibilidade em um osso 
ou articulação. A vítima não consegue movimentar a parte afetada, além do 
adormecimento ou formigamento da região. Inchaço e pele arroxeada, 
acompanhado de uma deformação aparente do membro ferido. 
 Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido. Não ofereça qualquer 
tipo de alimento ao ferido, nem mesmo água. 
 Solicite assistência médica o mais rápido possível, enquanto isso mantenha a 
pessoa calma e aquecida. Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação 
sanguínea. Imobilize os ossos ou articulações atingidas com uma tala. 
 Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e se 
disponível, aplique compressas frias para diminuir o inchaço, a dor e a progressão 
do hematoma. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 40 
 
FIGURA 24 – FRATURA FECHADA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://2.bp.blogspot.com/_ePcEtAaRqy8/Sj1nZ7KPhUI/AAAAAAAAAm0/KxPdCl40TE/s400/
maior_0903085744fracture-types-2%255B1%255D.JPG>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
7.2 ENTORSE 
 
 
Lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta as articulações), por meio de 
torção de uma articulação. Os cuidados são semelhantes aos da fratura fechada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 41 
 
 
FIGURA 25 – ENTORSE DE TORNOZELO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://2.bp.blogspot.com/_ngQ-
7upSrTo/SedjwfLryYI/AAAAAAAAA7s/7sfFCesdhb8/s320/clip_image050.jpg>. Acesso em: 
18 ago. 2011. 
 
 
7.3 LUXAÇÃO 
 
 
Deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na 
articulação. Os primeiros socorros são também semelhantes aos da fratura fechada. 
Não se deve fazer massagens na região, muito menos tentar recolocar o osso no 
lugar. 
 
 
 
 
 
 
 
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 42 
 
 
FIGURA 26 – LUXAÇÃO DO DEDO DIREITO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://mubi.blog.uol.com.br/images/manudedoblog.jpg>. Acesso em: 18 ago. 2011. 
 
 
7.4 CONTUSÃO 
 
 
 Área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode 
apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, 
é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 43 
 
FIGURA 27 – CONTUSÃO 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.fisiostore.com.br/images/product/MERC-0025G_298.jpg>. Acesso em: 18 ago. 
2011. 
 
 
7.4.1 Improvise uma tala 
 
 
 Amarre delicadamente o membro machucado (braços ou pernas) a uma 
superfície, como uma pequena tábua, revista dobrada, cabo de vassoura ou outro 
objeto qualquer. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não 
dificultar a circulação sanguínea. 
 
 
 
 
 
 
 
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 44 
 
 
FIGURA 28 – IMPROVISANDO UMA TALA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.educacaofisica.com.br/especiais/ps/fratura.asp>. Acesso 
em: 18 ago. 2011. 
 
 
7.4.2 Improvise uma tipoia 
 
 
Utilize um pedaço grande de tecido com as pontas presas ao redor do 
pescoço. Isto serve para sustentar um braço em casos de fratura de punho, 
antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipoia se o braço ferido puder 
ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 45 
 
 
FIGURA 29 – IMPROVISANDO UMA TIPOIA 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.jnjbrasil.com.br/sosjj/images/jpg/fraturas_escapulas_img6.jpg>. Acesso em: 18 
ago. 2011. 
 
 
8 PRIMEIROS SOCORROS NO TRÂNSITO 
 
 
Com o aumento do número de carros e motos circulando pelas cidades 
houve também um aumento no número de acidentes automobilísticos e 
consequentemente pessoas necessitando de primeiros socorros. 
Sabemos que existe o SAMU, o Corpo de Bombeiros e outros serviços de 
atendimento pré-hospitalar, mas o que é preciso fazer antes da chegada dos 
serviços especializados? 
É importante lembrar que em poucos minutos podem ocorrer diversas 
situações que consequentemente agravam o quadro clínico das vítimas e nesse 
momento, estarão presentes no local do acidente somente as vítimas envolvidas e 
as pessoas que estão passando pelo local. 
Nesta situação duas atitudes tornam-se importantes: 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 46 
 Solidariedade; 
 Noções básicas sobre o que fazer e o que não fazer, garantindo assim que as 
lesões das vítimas não sejam agravadas. 
 
Lembrando que os primeiros socorros são atitudes simples realizadas no 
local do acidente que garantem a vida do paciente e evitando assim, complicações, 
portanto, todos podem realizar desde que se tenham as noções básicas no 
atendimento. 
Cada acidente é diferente do outro, portanto as ações dos socorristas 
também sofrerão alterações dependendo das características do acidente. A 
segurança de quem está prestando o socorro é importante e irá interferir diretamente 
no atendimento. 
Por exemplo, se há um veículo que colidiu com outro e está em chamas, o 
socorrista não deve entrar no veículo, caso contrário será mais uma vítima. 
A sequência básica de atendimento será sempre a mesma, como 
descrevemos abaixo: 
 
 Manter a calma; 
 Prezar pela segurança; 
 Chamar o socorro especializado; 
 Controlar a situação; 
 Verificar a situação das vítimas; 
 Realizar os primeiros socorros nas vítimas. 
 
Com calma, bom senso e agilidade o atendimento inicial as vítimas, ou seja, 
os primeiros socorros irão garantir que não ocorram complicações e agravamento 
das lesões. 
Quando acontece um acidente diversas situações de riscos podem ocorrer 
em seguida, são elas: 
 
 Outras colisões; 
 Atropelamentos; 
 Explosão; 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 47 
 Incêndios; 
 Obstáculos na pista; 
 Vazamento de produtos perigosos; 
 Doenças infectocontagiosas. 
 
As pessoas que estão no local do acidente não são profissionais de resgate 
e por isso devem se limitar a fazer apenas o necessário com a vítima até a chegada 
do socorro. 
Infelizmente, vão existir algumas situações que o socorro, mesmo chegando 
rapidamente e com equipamentos e profissionais treinados, pouco poderá ser feito 
pela vítima. 
Você, mesmo com toda a disponibilidade, também poderá encarar uma 
situação em que seja necessário mais que a solidariedade que você pode oferecer. 
Mesmo nestas situações difíceis,não se espera que você faça algo para o qual não 
esteja preparado ou treinado. 
 Com o ambiente seguro e a solicitação do socorro realizada, é o momento em 
que você poderá iniciar contato com a vítima. Se a janela estiver aberta, fale com a 
vítima sem abrir a porta. 
Se for abrir a porta, faça-o com muito cuidado para não movimentar a vítima. 
Você poderá pedir a algum ocupante do veículo para destravar as portas, caso 
necessário. 
Ao iniciar seu contato com a vítima, faça tudo sempre com base em 4 
atitudes: 
 
 Informe; 
 Ouça; 
 Aceite; 
 Seja solidário. 
 
Informe à vítima o que você está fazendo para ajudá-la e, com certeza ela vai 
ser mais receptiva aos seus cuidados. Ouça e aceite suas queixas e a sua 
expressão de ansiedade respondendo as perguntas com calma e deforma 
apaziguadora. 
 
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 48 
Não minta e não dê informações que cause impacto ou estimulem a 
discussão sobre a culpa no acidente. Seja solidário e permaneça junto à vítima em 
um local onde ela possa ver você, sem que isso coloque em risco sua segurança. 
Algumas vítimas de um acidente podem se tornar agressivas não permitindo 
acesso ou auxílio. Tente a ajuda de familiares ou conhecidos dela, se houver algum, 
mas se a situação colocar você em risco afaste-se. 
Mesmo você só querendo ajudar, mas muitos são os procedimentos que 
podem agravar a situação das vítimas. 
Os mais comuns e que você deve evitar são: 
 
 Movimentar uma vítima; 
 Retirar capacetes de motociclistas; 
 Aplicar torniquetes para estancar hemorragias; 
 Oferecer algo para a vítima beber. 
 
Você já realizou o nosso curso e já sabe quais são as primeiras ações a 
serem tomadas num acidente. Mesmo assim, é importante fazer um curso prático de 
primeiros socorros? 
Um treinamento em Primeiros Socorros vai ser sempre de grande utilidade 
em qualquer momento de sua vida, seja em casa, no trabalho ou no lazer. 
Podem ser muitas e variadas às situações em que o seu conhecimento pode 
levar a uma ação imediata e garantir a sobrevida de uma vítima. Isso, tanto em 
casos de acidente, como em situações de emergência que não envolvem trauma ou 
ferimentos. 
Atuar em primeiros socorros requer o domínio de habilidades que só podem 
ser adquiridas em treinamentos práticos, como por exemplo, a massagem cardíaca. 
Outras técnicas utilizadas em primeiros socorros são diferentes para casos de 
trauma e emergências sem trauma, como por exemplo, a abertura das vias aéreas 
para que uma vítima respire, ou ainda, a necessidade e a forma de se movimentar 
uma vítima. 
Estas diferenças, que implicam em procedimentos distintos devem ser 
adquiridas em treinamentos sob a supervisão de um instrutor qualificado. 
Outras habilidades a serem desenvolvidas em treinamentos são as maneiras 
 
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de se utilizar os materiais, como talas, bandagens triangulares, máscaras para 
realizar a respiração, como atuar em áreas com material contaminado, quando e 
quais os materiais se pode utilizar para imobilizar uma coluna cervical. 
São muitas situações que poderão ser aprendidas em um curso prático, 
mesmo assim, nenhum treinamento em primeiros socorros dará a qualquer pessoa a 
condição de substituir completamente, um sistema profissional de socorro. 
 
 
 
FIM DO MÓDULO ÚNICO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ROSALES.S. Manual de Primeiros socorros, e prevenção de grandes 
Catástrofes e Terremotos. Cotia-SP: Vergara Brasil, 2005. 
 
 
Segurança e Medicina do Trabalho Normas Regulamentadoras 48. ed. São Paulo: 
Atlas SÉRIE DIDÁTICA, Instituto Butantan, n. 1-8. 
 
 
 
 
 
FIM DO CURSO!

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