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* INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA Profa. Dra. CLAUDIA CERQUEIRA GRAÇA “A Epidemiologia é o eixo da Saúde Pública.” Rouquayrol,M.Z., Goldbaum,M. Definição de Epidemiologia Epidemiologia Do grego, Epedeméion (aquele que visita) Epi (sobre) Demós (povo) Logos (palavra, discurso, estudo) Etimologicamente “epidemiologia” significa: “Ciência do que ocorre com o povo” A palavra epidemiologia surge no título de um trabalho sobre a Peste na Espanha, na segunda metade do século XVI Século XIX - John Snow = trabalho de campo voltado à elucidação da epidemia de cólera (Pai da Epidemiologia) Definição: “A ciência que estuda os fatores que determinam a freqüência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas” Rouquayrol,M.Z., Goldbaum,M. R Definição de Epidemiologia Objetivos da Epidemiologia Descrever a magnitude, a tendência e a distribuição dos problemas de saúde em populações humanas Descrever características dos casos, formas clínicas, modo de transmissão, grupos de maior risco, curso da doença, etc..., quando da ocorrência de um agravo desconhecido Proporcionar dados essenciais para o planejamento, e avaliação das ações de prevenção, controle e tratamento das doenças, bem como estabelecer prioridades Identificar fatores de risco e determinantes das enfermidades e outros agravos à saúde Objetivos da Epidemiologia Usos da Epidemiologia - Diagnóstico da situação de saúde; - Investigação etiológica; - Determinação de riscos; Risco: “grau de probabilidade da ocorrência de um determinado evento” - Aprimoramento da descrição do quadro clínico; - Determinação de prognósticos; - Identificação de síndromes e classificação de doenças; - Verificação do valor/qualidade de procedimentos diagnósticos; - Planejamento e organização de serviços; - Avaliação das tecnologias, programas e serviços; - Análise crítica de trabalhos científicos. CONCEITOS: ENDEMIA: Ocorrência coletiva de uma determinada doença, que no decorrer de um largo período de tempo, acomete sistematicamente grupos humanos distribuídos em espaços delimitados, mantendo sua constância. EPIDEMIA: Ocorrência de uma doença em um grande número de pessoas ao mesmo tempo. SURTO EPIDÊMICO: Ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício de apartamentos, bairro,... PANDEMIA: Ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingido várias nações. Bases da Epidemiologia O campo disciplinar da epidemiologia consolidou-se a partir de aportes de elementos conceituais, metodológicos e ideológicos da Clínica Estatística Medicina Social EPIDEMIOLOGIA Aspecto fundamental da Epidemiologia Que perguntas respondem? Quem? Onde ? Quando? Pessoa Lugar Tempo PERFIL EPIDEMIOLÓGICO Epidemia moderna: as mortes violentas Epidemia moderna: as mortes violentas MUNICIPIO DE FEIRA DE SANTANA Clínica Abordagem individual O caso, a singularidade Diagnóstico (individual) História clínica (ahistórica) Determinantes clínicos Recorre as ciências biológicas Epidemiologia Abordagem em nível coletivo Coletivos Perfil epidemiológico Perspectiva histórica (busca conhecer os processos sociais) Determinantes epidemiológicos Recorre a estatística e as ciências sociais Frequentemente, mede-se a “saúde” da população através dos dados de “não-saúde” (morte e doença) EPIDEMIOLOGIA MORBIDADE Indicador de morbidade = No de casos de uma doença população X 10n Refere-se a uma população predefinida, com clara localização espacial, intervalo de tempo e abrangência do estudo Prevalência em um local e período determinado 1. Medidas de freqüência Mede a “carga” (volume, quantidade, magnitude) da doença, ou seja: traduz a força com que as doenças subsistem ou permanecem nas coletividades. Ex.: prevalência de obesidade, de doença de chagas, de diabetes, prevalência de doenças de trabalho. Prevalência 1. Medidas de freqüência Incidência Refere-se ao número de casos novos de uma doença em um intervalo de tempo determinado em uma população definida e/ou em um local determinado. Traduz a idéia de intensidade com que a doença ocorre em uma população. 1. Medidas de freqüência IC = nº de casos novos de uma dada doença X 10n População exposta ao risco em um local e período determinado Numerador - número de casos novos que ocorreram Denominador – indica a população exposta ao risco de adoecer Portanto, indica o risco/probabilidade de adoecer. Incidência É uma proporção, na população 1. Medidas de freqüência Relação: a variação da prevalência depende de Tempo de duração da doença Letalidade Cura (avanços terapêuticos, assistência) Recidivas Emigração Incidência e Prevalência A prevalência (P) varia proporcionalmente com a incidência (I) e a duração (D) da doença. P~ I x D 1. Medidas de freqüência Prevalência de Período 80 casos 100 casos Prevalência 30 abril Prevalência 1º março 5 óbitos Prevalência 30 maio 10 casos Incidência 105 casos 15 curas 10 óbitos APLICAÇÕES DAS MEDIDAS DE FREQÜÊNCIA DE DOENÇAS - descrever o estado de saúde da população; - predizer a ocorrência de doença em uma população; - estabelecer prioridades em saúde; - monitorar o impacto de políticas, ações, serviços; - avaliar os procedimentos terapêuticos. 1. Medidas de freqüência No Brasil - Lei 8.080, de 19/ 09/ 90 (Lei Orgânica da Saúde): Determina a “utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática”. Considerações Finais: “As instituições voltadas para a saúde são unânimes em destacar a epidemiologia como instrumento essencial para atingir a elevação dos níveis de saúde da população” Referências: BEAGLEHOLE, R., BONITA, R., KJELLSTRÖM, T. Epidemiologia Básica, cap. 1, São Paulo: Livraria Editora Santos, 2007, p. 1 – 10. MEDRONHO, RA (Org), Epidemiologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2002. PEREIRA, M G. Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995
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