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07 Nocoes de Direito Administrativo

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Instituto Maximize Educação
Instituto Maximize Educação
Sumário
1. Estado, Governo e Administração Pública ..............................................1
2. Direito Administrativo: conceito, fontes e princípios .............................3
3. Organização Administrativa da Unão: administração 
direta e indireta ..........................................................................................12
3.1. Administração Direta ..........................................................................14
3.2. Administração Indireta .......................................................................14
4. Agentes Públicos ...................................................................................21
5. Poderes Administrativos ........................................................................26
6. Ato administrativo .................................................................................30
7. Serviços Públicos ...................................................................................38
8. Controle e Responsabilização da Administração ..................................45
8.1 Controle administrativo .......................................................................46
8.2. Controle judicial .................................................................................46
8.3. Controle legislativo ............................................................................46
8.4. Responsabilidade civil do Estado .......................................................47
8.5. Improbidade Administrativa (Lei nº. 8.429/92) .................................50
9. Processo Administrativo (Lei nº. 9.784/99) ..........................................60
Instituto Maximize Educação
Candidatos ao Concurso Público,
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para 
dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para 
um bom desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao 
entrar em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separa-
dos. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!
MATERIAL
1Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
www.maxieduca.com.br
1. Estado, Governo e Administração Pública: 
conceitos, elementos, poderes e organização; 
natureza, fns e princípios.
Caroline Pastri Pinto
Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá; Advogada.
MATERIAL
2Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
1. Estado:
É a pessoa jurídica soberana que controla todo o território nacional, buscando sempre o interesse público.
Nosso Estado é basicamente dividido, na clássica tripartição de Montesquieu, em três poderes: o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário. A cada um desses poderes é atribuída uma função. Veja:
I – Poder Executivo:
a) Função Típica:
Administrar, executar o ordenamento jurídico vigente. A administração do executivo é concreta, ele contrata 
a Maria, faz a licitação para construção da obra X, etc. Ademais esta administração é direta, ela não precisa ser 
provocada.
A administração não pode inovar o Ordenamento Jurídico, muito menos produz intangibilidade jurídica, ela é 
sempre revisível pelo Poder Judiciário.
A Coisa Julgada Administrativa significa impossibilidade de mudança na via administrativa, mas pode ser 
levada à via judicial. 
b) Função Atípica:
O Poder Executivo excepcionalmente legisla, como, por exemplo, em uma Medida Provisória.
II. Poder Legislativo:
a) Função Típica: 
Legislar de forma geral e abstrata. É o poder de inovar o Ordenamento Jurídico.
b) Função Atípica:
Administrar internamente seus problemas. Julgar casos como o impeachment do Presidente da República.
III. Poder Judiciário:
a) Função Típica:
Julgar e resolver lides em problemas concretos. Em regra geral esta atuação é concreta, entre Fulano e Beltrano. 
Esta função depende de provocação, é uma atuação indireta, inerte.
A função jurisdicional possui intangibilidade jurídica, ou seja, impossibilidade de mudança (efeitos da coisa 
julgada).
2. Governo
Governo é um conjunto de pessoas, atividades e órgãos que gerenciam politicamente o nosso Estado. Ele traça 
as diretrizes base a serem seguidas pelo administrador e, via de consequência, pela Administração.
3. Administração Pública
A Administração Pública basicamente compreende órgãos, agentes e pessoas jurídicas que exercem as funções 
administrativa e política. Ela compreende a Administração Direta e a Indireta, que serão devidamente estudadas 
neste material.
No Brasil vigora o Sistema de Jurisdição Única, segundo o qual quem dá a palavra final é sempre o Poder Judiciário. A 
Administração pode sim decidir, mas essa decisão sempre é recorrível e reversível pelo Poder Judiciário.
A Administração pública tem funções típicas e atípicas. Compreenda:
4. Regime Jurídico Administrativo:
É um conjunto sistematizado harmônico de princípios e normas, os quais dão identidade ao Direito Administrativo.
MATERIAL
3Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
www.maxieduca.com.br
2. Direito Administrativo: 
conceito, fontes e princípios.
Caroline Pastri Pinto
Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá; Advogada.
MATERIAL
4Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
1. Conceito de Direito Administrativo:
Segundo Helly Lopes Meirelles, o Direito Administrativo é um conjunto harmônico de Princípios Jurídicos 
(chamado Regime Jurídico Administrativo), que regem os órgãos, entidades e agentes públicos, no exercício da 
atividade administrativa. Tendem a realizar de forma direta, concreta e imediata, os fins desejados pelo Estado.
2. Fontes do Direito Administrativo:
2.1. Lei:
É a lei em sentido amplo.
2.2. Doutrina
É o entendimento de estudiosos sobre o assunto. Pode ser encontrada nos livros sobre aquela matéria.
2.3. Jurisprudência:
São julgamentos reiterados no mesmo sentido. 
2.4. Costumes:
Prática habitual. Não se esqueça que costume não cria nem extingue obrigação no Brasil.
2.5. Princípios Gerais do Direito:
São regras base da disciplina e podem ser expressos ou implícitos. 
3. Princípios:
3.1. Pedras de toque do Direito Administrativo.
Para Celso Antônio Bandeira de Melo, as Pedras de Toque são aqueles Princípios que estão na base do Direito 
Administrativo. São eles a Supremacia do Interesse Público e a Indisponibilidade do Interesse Público. 
a) Principio da supremacia do interesse público:
É um princípio indispensável ao convívio social (pressuposto lógico do convívio social). Traduz-se na superioridade 
do interesse público (a superioridade não é do administrador enquanto pessoa, e sim a vontade da maioria) em relação ao interesse privado. É 
um princípio implícito na Constituição Federal.
Interesse público nada mais é do que o somatório dos interesses individuais dos seres considerados membros de 
uma sociedade, representando a vontade da maioria. 
Há interesses públicos primários e secundários. Interesse público primário é a vontade da maioria, enquanto 
Interesse público secundário é a vontade do Estado enquanto pessoa jurídica.
O ideal é que sejam coincidentes, que caminhem juntos. Em caso de divergência deve prevalecer o interesse 
público primário.
Observe que Atos Administrativos são autoexecutáveis e podem ser praticados sem autorização do Judiciário. 
Por exemplo, uma boate que não respeita os limites de som pode ser fechada.
b) Principio da indisponibilidade do interesse público.
Não se pode abrir mão do interesse público. O interesse público não pode ser livrementedisposto.
O Administrador exerce função pública, o que significa exercer atividade em nome e no interesse do povo. O 
interesse não é dele, é o do povo, logo ele não pode se dispor daquilo que não lhe pertence.
3.2. Princípios Mínimos do Direito Administrativo.
Estão previstos no artigo 37, caput, CF.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publi-
cidade e eficiência e, também, ao seguinte.
Me dá uma dica! 
É frequente em concursos a pergunta de quais são os princípios administrativos expressamente previstos na CF, 
e a resposta é LIMPE.
L –legalidade
 I – impessoalidade
 M – moralidade
 P – publicidade
E – eficiência
Muitos concurseiros associam de alguma forma que a Administração precisa de uma “limpeza”.
MATERIAL
5Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
I. Princípio da Legalidade
Artigos 5º, II; 37, caput; 150, todos da CF:
Art. 5º, II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
O legislador repetiu a legalidade em diversos momentos. Para Seabra Fagundes sobre a legalidade para o direito 
público, “administrar é aplicar a lei de ofício.”
a- Legalidade para o particular.
Para o particular pode TUDO, salvo o que estiver vedado por lei. 
Exemplos:
Se a pessoa tem dúvida se pode, a resposta é “A lei veda?”. Se a lei veda não pode, se a lei nada fala, PODE.
Ex. 1: Pode matar alguém? • A lei veda? Sim • Não pode
Ex. 2: Pode desmembrar um terreno de sua propriedade? • A lei veda? Não • pode
b- Legalidade para o direito público.
Só pode o que está previsto em lei, só pode o que está autorizado. A lei deve dizer expressamente que pode. É 
o critério de subordinação para com a lei.
II. Princípio da Impessoalidade
O administrador deve atuar de forma impessoal, abstrata, genérica. 
Para Celso Antônio Bandeira de Melo, “a impessoalidade traduz a ideia de que Administração tem que tratar 
a todos sem discriminações benéficas ou detrimentozas, nem favoritismos nem perseguições não toleráveis. Simpa-
tias ou animosidades pessoais, políticas ou ideológicas, não podem interferir na atuação administrativa”. 
Ato administrativo também é impessoal, o ato não é do administrador, é da pessoa jurídica que ele representa.
III. Princípio da Moralidade:
Traduz a ideia de obediência a princípios éticos, como probidade, moralidade. Significa, ainda, boa-fé e leal-
dade.
Observe que a moral comum é diferente da moral administrativa.
a- Moral comum.
É correção de atitudes, certo e errado nas regras de convívio social.
b- Moral administrativa. 
É correção de atitudes, precisa ser o melhor administrador possível. A moral administrativa é mais rigorosa.
MATERIAL
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ATENÇÃO: Nepotismo:
Veja a Resolução nº 7, do CNJ:
Art. 1° É vedada a prática de nepotismo no âmbito de todos os órgãos do Poder Judiciário, sendo nulos os 
atos assim caracterizados.
Art. 2° Constituem práticas de nepotismo, dentre outras:
I - o exercício de cargo de provimento em comissão ou de função gratificada, no âmbito da jurisdição de 
cada Tribunal ou Juízo, por cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o 
terceiro grau, inclusive, dos respectivos membros ou juízes vinculados;
II - o exercício, em Tribunais ou Juízosdiversos, de cargos de provimento em comissão, ou de funções gratificadas, 
por cônjuges, companheiros ou parentes em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de dois 
ou mais magistrados, ou de servidores investidos em cargos de direção ou de assessoramento, em circunstâncias que 
caracterizem ajuste para burlar a regra do inciso anterior mediante reciprocidade nas nomeações ou designações;
III - o exercício de cargo de provimento em comissão ou de função gratificada, no âmbito da jurisdição de cada 
Tribunal ou Juízo, por cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro 
grau, inclusive, de qualquer servidor investido em cargo de direção ou de assessoramento;
IV - a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse públi-
co, de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, dos 
respectivos membros ou juízes vinculados, bem como de qualquer servidor investido em cargo de direção ou de asses-
soramento;
V - a contratação, em casos excepcionais de dispensa ou inexigibilidade de licitação, de pessoa jurídica da 
qual sejam sócios cônjuge, companheiro ou parente em linha reta ou colateral até o terceiro grau, inclusive, 
dos respectivos membros ou juízes vinculados, ou servidor investido em cargo de direção e de assessoramento.
§ 1° Ficam excepcionadas, nas hipóteses dos incisos I, II e III deste artigo, as nomeações ou designações de 
servidores ocupantes de cargo de provimento efetivo das carreiras judiciárias, admitidos por concurso público, 
observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo de origem, ou a compatibilidade da atividade que 
lhe seja afeta e a complexidade inerente ao cargo em comissão a ser exercido, além da qualificação profissional 
do servidor, vedada, em qualquer caso, a nomeação ou designação para servir subordinado ao magistrado ou ser-
vidor determinante da incompatibilidade. 
§ 2° A vedação constante do inciso IV deste artigo não se aplica quando a contratação por tempo determi-
nado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público houver sido precedida de regular 
processo seletivo, em cumprimento de preceito legal.
Art. 3º É vedada a manutenção, aditamento ou prorrogação de contrato de prestação de serviços com empre-
sa que venha a contratar empregados que sejam cônjuges, companheiros ou parentes em linha reta, colateral ou 
por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, de ocupantes de cargos de direção e de assessoramento, de membros 
ou juízes vinculados ao respectivo Tribunal contratante, devendo tal condição constar expressamente dos editais 
de licitação. 
Neste contexto, o STF editou a Súmula Vinculante nº 13.
“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, 
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia 
ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na 
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.”
MATERIAL
7Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
Hipóteses de Proibição do Nepotismo:
a) Cônjuge (companheiro), parente até o 3º grau, em linha reta, colateral e por afinidade.
b) Não pode haver parentesco entre o nomeante e o nomeado.
c) O nomeado não pode ocupar o cargo em função gratificada ou comissão - Observe que se o nomeado prestar 
concurso não há problema.
Cargo em comissão serve para direção, chefia e assessoramento. São os chamados cargos ad nutum, que são aqueles 
preenchidos com base em confiança, sendo, portanto, chamados de cargos em comissão, de livre preenchimento e 
exoneração. O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa, reservado o número mínimo de cargos que 
devem ser preenchidos por funcionários já efetivos.
Função de confiança, também serve para direção, chefia e assessoramento, também é baseado naconfiança. Só 
pode ser dada a quem já tem cargo efetivo. A pessoa já tem o cargo efetivo e passa a exercer função de confiança.
O funcionário que exerce uma função de confiança tem mais responsabilidade, logo ele ganha uma gratificação, 
é a chamada gratificação por função de confiança, ele tem um acréscimo nas suas funções, consequentemente ele 
tem uma gratificação.
d) Administração Direta, Indireta e em qualquer dos poderes.
e) Dentro da mesma Pessoa Jurídica:
Dentro da mesma Pessoa Jurídica não pode haver essa relação de parentesco entre chefe e funcionário que ocupa 
cargo em comissão ou função gratificada sequer em diferentes setores (diferentes poderes), quais seja, judiciário, 
legislativo e executivo.
Nepotismo Cruzado:Também não pode o nepotismo cruzado (troca de parentes).
STF e o Nepotismo no Brasil:
Agentes políticos não estão sujeitos a sumula vinculante nº 13 (RCL 6650 e 7834, AgR RCL 66750). Assim, o 
agente político pode ter parente na mesma Pessoa Jurídica.
IV. Princípio da Publicidade:
O Conhecimento Público é o primeiro objetivo do Princípio da Publicidade.
São funções/resultados do Princípio da Publicidade:
a) Condição de Eficácia:
O ato administrativo só passa a produzir efeitos a partir da publicidade.
Por exemplo, a administração realiza uma licitação celebrando um contrato e esquece de publicar, esse contrato 
é válido, mas não vai produzir efeitos. 
b) Mecanismo de Controle:
Além disso, a publicidade é mecanismo de controle, uma vez que se podemos rever, podemos controlar. 
c) Fundamentos Constitucionais:
• Art. 37, caput.
• Art. 5º, XXXIII – direito à informação.
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
• Art. 5º, XXXIV
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal;
• Art. 5º, LXXII
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”:
i) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou 
bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
ii) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo;
d) Exceções ao Princípio da Publicidade:
• Art. 5º, X – São exceções à publicidade os casos que comprometerem a intimidade e vida privada das pessoas.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização 
pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; 
• Art. 5º, XXXIII – Se a informação põe em risco a segurança do Estado ou da Sociedade. 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
• Art. 5º, LX - o artigo traz os atos processuais que correm em sigilo, é uma previsão legal.
MATERIAL
8Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigirem;
e) Dever de Publicidade x Promoção Pessoal:
O artigo 37, §1º traz na 1ª parte um dever de publicidade da Administração Pública e a sua forma e, caso o 
servidor não respeite este artigo ele estará praticando Improbidade Administrativa. 
O artigo também veda promoção pessoal, ou seja, afirma que não pode constar nada que vincule a pessoa do 
administrador, uma vez que vira promoção pessoal. A questão aqui é que os feitos realizados pelo administrador 
foram feitos da Administração Pública, praticados pelo administrador que estava somente exercendo sua função.
Observe que fazer promoção pessoal também é ato de Improbidade Administrativa. Assim, o administrador dar 
o nome dele ao hospital da cidade, ao fórum, à procuradoria é improbidade administrativa.
Esta previsão também está no art. 11, da Lei 8429/92.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
V. Princípio da Eficiência.
Os pilares da eficiência são:
• Melhor Produtividade possível
• Economia
• Ausência de desperdício
• Agilidade
A Eficiência deve ser quanto aos meios e quanto aos resultados. Não adianta gastar uma “ninharia” e ser 
completamente ineficiente, deve-se gastar o menos possível para resolver o máximo possível.
Dica:
Consequências do Princípio da Eficiência:
a) Estabilidade – Art. 41, CF: 
Atrelar estabilidade com a eficiência, ou seja, para adquirir estabilidade o servidor deve ser aprovado na 
avaliação especial de desempenho.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe 
seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de 
lei complementar, assegurada ampla defesa.
b) Racionalização da Máquina Administrativa - Art. 169, CF
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.
O artigo 19, da LC 101 estabelece os limites.
Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada 
período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, 
a seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por cento).
Caso esteja além dos limites deve-se cortar funcionários da seguinte forma:
1. Em primeiro lugar cargos em comissão e funções de confiança devem ser reduzidos em, pelo menos, 20%.
2. Após, devem ser reduzidos os servidores não-estáveis, de acordo com a necessidade.
3. Após, devem ser reduzidos servidores estáveis de acordo com a necessidade. Deve ser a última opção (observe 
que o administrador só pode passar ao corte 2 depois de esgotar o 1 e ao 3 depois de esgotar 1 e 2).
Cuidado, essas pessoas não estão sendo demitidas (demissão é para punir servidor infrator), elas estão sendo 
exoneradas. Muito cuidado com a terminologia.
Se o servidor for exonerado, o cargo deve ser extinto. Não se pode colocar outra pessoa no lugar. Um cargo 
com funções semelhantes só pode ser criado após 4 anos (na próxima legislatura).
Somente o servidor estável goza de direito à indenização.
MATERIAL
9Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
3.3. Outros Princípios Administrativos:
São de suma importância para o Direito Administrativo.
I. Princípio da Isonomia:
Tratar os iguais de forma igual, os desiguais de forma desigual na medida de suas desigualdades.
Vamos entender?
Para medir a desigualdade veja se o “fator de descriminação” está de acordo com a norma.
Exemplo: Um concurso para salva-vidas. O edital diz que cadeirantes não podem prestar o concurso. Qual 
o fator? Exclusão do cadeirante. É uma exclusão de acordo com a norma? Sim, está de acordo. Ela não viola o 
princípio, poiso cadeirante não conseguiria prestar a função. 
Exemplo 2: Um concurso para função administrativa da PM, excluindo o cadeirante. Viola o princípio da 
Isonomia.
Exemplo 3: Concurso para trabalhar na cadeia feminina, com o edital excluindo homens. Não viola o princípio.
A jurisprudência é sólida no sentido de que para se exigir alguma diferenciação em Concurso deve preencher 
3 requisitos:
a) A exigência tem que estar na lei da carreira
b) A exigência tem que ser compatível com as atribuições do cargo
c) A exigência tem que estar no edital.
Limite de idade:
Observe que o Limite de Idade é legal, desde que previsto em lei, previsto no edital e compatível com a atribuição 
do cargo – Súmula 683, STF e art. 7º, XXX, CF. Veja:
STF Súmula nº 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, 
XXX, da , quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido
Art. 7º, CF São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil.
Importante ler a Repercussão Geral 600.885,a qual afirma que estas diferenças dependem de previsão em lei.
II. Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade:
São limites à liberdade do administrador. É a proibição dos excessos. Este princípio significa que o administrador 
deve agir de forma lógica, com congruência, razoável e com coerência e propósito.
Para o Direito Administrativo, Proporcionalidade significa equilíbrio e está embutida no Princípio da 
Razoabilidade. É a coerência, o equilíbrio entre os lados positivos e negativos, benefícios e prejuízos. 
Dica:
Participação do Poder Judiciário em decisões do Poder Administrativo:
Observe, em primeiro plano, que o Poder Judiciário pode rever qualquer ato administrativo, mas somente no 
que tange à legalidade.
Este controle de legalidade é entendido em sentido amplo. Ele significa verificar a compatibilidade de um ato 
com a lei e a compatibilidade de um ato com as regras e os princípios constitucionais. Ou seja, se um ato viola 
qualquer daqueles princípios apresentados, isto é controle de legalidade. 
O Poder Judiciário não pode rever o ato administrativo quanto ao Mérito (O Poder Judiciário não pode se 
meter quanto à Liberdade, discricionariedade, Juízo de Valor, Conveniência e Oportunidade). 
Ex: A cidade X precisa desesperadamente de um Hospital E de uma escola E de uma Praça. A prefeitura só 
tem dinheiro pra um e tem que escolher. Então eles escolhem o hospital, o Poder judiciário jamais pode controlar 
essa escolha.
No mesmo exemplo, a Administração escolhe a Praça. Isto viola o Princípio Constitucional da Razoabilidade 
e Proporcionalidade, de modo que pode ser revisto pelo Judiciário.
III. Princípios do Contraditório e da Ampla Defesa.
Estão previstos no art. 5º, LV, CF:
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
O contraditório é o direito de a parte ter conhecimento do processo. A partir do momento que ela está no 
processo, estabelece-se a lógica da bilateridade (base lógica do Contraditório) e a obrigação de ouvir a parte (base 
política do Contraditório). Com isso surge a oportunidade de defesa (ampla defesa). 
MATERIAL
10Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
Dica:
Exigências ou Desdobramentos da Ampla Defesa:
a) A defesa deve anteceder o julgamento, deve ser prévia.
Pra que essa defesa prévia seja eficiente deve ser pré-estabelecido o Procedimento e as Penas. Pra que a pes-
soa se prepare para o processo ela deve sabe quais serão as oportunidades dela falar e de que recursos ela pode 
se valer.
b) A parte deve ter informação do processo
O Estado deve viabilizar cópias do processo
c) Produção de Provas:
A prova deve interferir no julgamento, não deve só constar no processo
d) Defesa Técnica – Advogado:
O STF editou a Súmula Vinculante nº5:
STF Súmula Vinculante nº 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar 
não ofende a constituição.
e) Direito de Recurso
A decisão precisa ser motivada. Não se pode condicionar o direito de recurso à capacidade financeira da parte 
(Súmula Vinculante 21).
STF Súmula Vinculante nº 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro 
ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
Ampla Defesa e Contraditório no Tribunal de Contas da União:
Observe que no fim de cada exercício financeiro o administrador deve prestar contas ao Tribunal de Contas. 
Caso o TC achasse algo errado em um contrato, ele discutia isso só com o administrador; ocorre que todo contrato 
envolve um 3º que está prestando o serviço para a Administração e este 3º não era chamada ao debate no TC.
Veja que sempre que a pessoa vai ser atingida por qualquer decisão ela deveter direito ao Contraditório e a 
Ampla Defesa.
Ex: contrato de fornecimento de merenda para o Município X, pela empresa Y. Só o prefeito da município 
e o TC decidiam se o contrato seria anulado. Se assim o fosse, a empresa Y perdia o fornecimento da merenda e 
poderia até falir, sem tem sequer o direito de falar.
Surge, então, a Súmula Vinculante nº 3.
STF Súmula Vinculante nº 3 - Nos processos perante o tribunal de contas da união asseguram-se o contraditório 
e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie 
o interessado,excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e 
pensão.
Acerca da última parte, veja que o Ato Inicial de Aposentadoria, Reforma e Pensão é um ato administrativo 
complexo. Ele depende, portanto, de duas manifestações de vontade em órgãos diferentes.
IV. Princípio da Continuidade:
O Estado presta um serviço público, do qual é obrigado, serviço este que deve ser prestado de forma ininterrupta.
Importante observar, aqui, a possibilidade de Corte em Serviços, que está prevista no art. 6º, §3º, da Lei 8987/95. 
É possível nos seguintes casos:
§ 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após 
prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
• No caso de urgência:
Exemplo: Cidade fica sem energia porque a energia colocava em risco a própria cidade com as chuvas torrenciais.
• Com prévio aviso, em respeito às normas técnicas, diante da segurança das instalações.
O prédio possui uma péssima instalação elétrica, pondo em risco aos moradores.
• Com aviso prévio, diante do inadimplemento do usuário.
Usuário que não paga a conta. 
Prevalece em nossa jurisprudência que, mesmo se tratando de serviço essencial, pode ser cortado em caso de 
inadimplência. 
A ideia é que deve prevalecer a Supremacia do interesse público (uma vez que se ninguém pagar a empresa 
vai falir e ninguém mais terá o serviço), respeitar o Princípio da Isonomia (tratar desigualmente os desiguais, no 
caso usuário pagador e não pagador), bem como o Princípio da Continuidade (para o usuário que está pagando). 
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Atenção: Princípio da Continuidade e Direito de Greve:
O direito de greve está garantido no artigo 37, VII, CF.
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Como não há lei que regulamente a greve de servidor público, o STF decidiu que, enquanto o Congresso não 
legislasse sobre a greve de Servidor Público, o STF trataria o servidor com a lei que trata da greve do trabalhador 
comum (Lei7.783/1989). 
V. Princípio da Autotutela:
Este princípio significa que a Administração pode rever seus próprios atos. Se os atos forem ilegais, a 
Administração deve anulá-los. Se os atos são inconvenientes a Administração irá revogá-los.
Este princípio está reconhecido em duas Súmulas importantes, as Súmulas 346 e 473, do STF. Veja:
STF Súmula nº 346 - A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
STF Súmula nº 473 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Maria Silva Z. diPiettro traz uma outra ideia ao Princípio da Autotutela. É um dever de cuidado, de zelo pelos 
seus bens, pelo seu patrimônio e pelos seus direitos. 
VI. Presunção de Legitimidade
Os atos administrativos são presumidamente legítimos, legais e verdadeiros. Ou seja, Presunção de Legalidade 
significa presunção de Legitimidade (de acordo com a moral), Legalidade (de acordo com a lei) e Veracidade (de 
acordo com a verdade).
Esta é uma presunção relativa, juris tantum, de modo que admite prova em contrária. 
Questão de Concurso: Qual é a consequência prática da Presunção de Legalidade?É a aplicabilidade imediata 
do ato.
Observe que uma lei/ato revestido de ilegalidade pode sim ser contestado, mas até que isso seja decidido em 
seu favor, você deve cumprir a ordem/lei.
O ato administrativo tem uma aplicação imediata. O sujeito pode sim contestar depois, mas até ele não conseguir 
esta decisão favorável a ele, ele deve cumprir.
VII. Princípio da Especialidade
Quando a Administração Direta cria as pessoas Jurídicas da Administração Indireta (autarquias, fundações, 
empresas públicas e sociedades de economia mista), ela fixa a finalidade específica por intermédio de uma lei.
Segundo este princípio, as PJ da Administração Indireta estão vinculadas à sua finalidade específica, prevista 
na Lei de criação.
Esta finalidade só pode ser alterada pela nova lei. Este princípio foi criado para a Administração Indireta, mas 
hoje ele serve para todos os órgãos públicos. 
Questão de Concurso: Qual é a consequência prática da Presunção de Legalidade? É a aplicabilidade ime-
diata do ato. 
Observe que uma lei/ato revestido de ilegalidade pode sim ser contestado, mas até que isso seja decidido em seu 
favor, você deve cumprir a ordem/lei.
O ato administrativo tem uma aplicação imediata. O sujeito pode sim contestar depois, mas até ele não conseguir 
esta decisão favorável a ele, ele deve cumprir.
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3. Organização Administrativa 
da União; administração direta 
e indireta.
Caroline Pastri Pinto
Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá; Advogada.
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1. Conceito:
A Organização Administrativa estuda a estrutura da organização, ou seja, seu conjunto de órgãos e entidades. O 
Decreto-Lei nº 200/1967 dispõe sobre a organização da Administração em âmbito Federal.
2. Concentração x Desconcentração e Centralização x Descentralização:
Quem presta o serviço é a Administração Direta (Administração Centralizada), ou seja, União, Estado e 
Município. 
Para facilitar o serviço, pode ser feita uma DESCENTRALIZAÇÃO, ou seja, retira-se o serviço da 
Administração Direta para dar a outras pessoas, como Administração Indireta e Particulares. 
Se essa atividade, contudo, é dividida dentro do próprio núcleo, é uma DESCONCENTRAÇÃO. 
Veja:
Desconcentração: mesma pessoa, com hierarquia e subordinação.
Descentralização: cria-se nova Pessoa, sem hierarquia e sem subordinação. Há somente o controle e 
fiscalização.
2.1. Descentralização Administrativa:
É possível descentralizar por intermédio de Outorga e Delegação.
2.1.1. Descentralização por Outorga:
Ela transfere a execução do serviço para as pessoas da Administração Indireta (Autarquias e Fundações Públicas 
de Direito Público). Esta outorga deve ser feita por lei. 
Tome nota:
Muito cuidado, a titularidade do serviço público nunca se transfere, só o Exercício. Muitos autores afirmam 
que na Outorga se transfere a Titularidade, mas que ela permanece com o Poder Público.
A informação é confusa, vez que o Poder Público transfere, mas mantém.
De qualquer forma a doutrina majoritária e a posição de todos os concursos,, é de que a titularidade não se 
transfere em nenhuma hipótese, nem na outorga!
2.2.2. Descentralização por Delegação:
A delegação transfere a execução do serviço, pode ser delegado por lei, por contrato administrativo ou por ato 
administrativo unilateral.
Delegação por lei pode ser feita a pessoas da administração indireta de direito privado.
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Delegação por Contratos administrativos podem ser feito aos Particulares, por exemplo, Concessionárias e 
Permissionária de Serviços, como Transporte Coletivo e Telefonia.
Delegação por Atos administrativos unilaterais podem ser feito aos Particulares, por exemplo, autorizações ou 
serviços de Táxi.
DICA:
É comum os concurseiros utilizarem o lembrete:
DESC O NCENTRAÇÃO - CRIA ÓRGÃOS
DESC E NTRALIZAÇÃO - CRIA ENTIDADES
3. Administração Direta:
A administração direta é aquela exercida pelo conjunto dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios. Veja:
Neste caso os próprios membros da Administração DIRETA exercem DIRETAMENTE suas atividades e 
funções, por meio de seus ÓRGÃOS.
Segundo o Decreto-Lei 200, de 1967, a Administração no âmbito federal, por exemplo, se constitui dos serviços 
integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
4. Administração Indireta
São Pessoas Jurídicas de Direito Público ou Privado, que prestam serviços públicos ou, excepcionalmente, 
atividades econômicas. Materializam-se nas formas de Autarquia, Fundação, Empresa Pública e Sociedade de 
Economia Mista.
4.1. Características:
a) Têm personalidade jurídica própria
A consequência direta da personalidade jurídica é que ela responde pelos seus atos. Deste modo, se um 
motorista de uma Autarquia atropelar alguém, o responsável será a própria Autarquia.
Se o órgão da Administração Indireta paga suas próprias contas, isso significa que ele tem sua própria receita 
e patrimônio. Esta receita pode ter qualquer origem legal, quais sejam, doações de particulares, dinheiro da 
Administração Indireta, seja o que for.
Para cuidar de seu próprio patrimônio e receita, ressalta-se, ainda, que o órgão da Administração Indireta deva 
ter autonomia técnica, autonomia administrativa e autonomia financeira. 
b) Criação e Extinção das Pessoas Jurídicas
Observe o artigo 37, XIX, CF:
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa 
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, 
definir as áreas de sua atuação
A LEI ORDINÁRIA específica cria a Autarquia (Fundação Pública de Direito Público) e autoriza a criação de 
Empresa Pública, de Sociedade de Economia Mista e de Fundação Pública de Direito Privado. 
Observe que quando a lei cria, ela exaure o ato por si só, ela já cria, enquanto quando a lei autoriza, ela somente 
libera a posterior criação de um órgão da Administração Indireta, ou seja, ela ainda precisa ser criada. Observe o 
seguinte quadro elucidativo: 
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Lei Ordinária Específica 
Cria Autarquia (Fundação Pública de Direito Público)
Lei Ordinária Específica 
Autoriza
Empresa Pública, de Sociedade de Economia Mista e de FundaçãoPública de 
Direito Privado
Quando a lei autorizar, deverá ser feito o Registro do órgão. Se o órgão tiver natureza empresarial será registrado 
na Junta Comercial, se tiver natureza civil, registra no Cartório. 
Do mesmo modo que a lei cria e autoriza a criação, a lei extingue o órgão. Lembre-se sempre, “o que a lei 
faz, o administrador não derruba”.
Ademais, uma LEI COMPLEMENTAR definirá as possíveis finalidades da Fundação.
c) Não tem fins lucrativos:
Observe que pode haver lucro, mas não é o objetivo, o escopo. Não se cria para dar lucros, se cria com outros 
fins, mas pode dar lucro.
d) Tem finalidade específica e está vinculada a essa finalidade:
Ou seja, elas estão vinculadas à finalidade. É o princípio da Especialidade. Veja que para mudar a finalidade do 
órgão da Administração Indireta deve haver uma nova lei. 
e) Controle:
Não há hierarquia entre a Administração Direta e Indireta, nem um controle, mas uma supervisão.
Ressalta-se que a Supervisão Ministerial, que cai bastante em concurso, é realizada pelo Ministério daquele ramo 
de atividade (Saúde, Educação, etc.). Por exemplo, uma Fundação que cuide do Meio Ambiente será supervisionada 
pelo Ministério do Meio Ambiente.
Esta supervisão pode controlar Receitas e Despesas e se o órgão está cumprindo sua finalidade (Controle 
Finalístico). Ademais, o Ministério supervisiona a escolha pelo Chefe do Executivo da nomeação dos dirigentes da 
Administração Indireta.
4.2. Órgãos da Administração Indireta - Fundação:
A Fundação nada mais é do que um PATRIMÔNIO, destacado por um FUNDADOR, para uma finalidade 
específica, ou seja, um patrimônio personalizado. 
Há dois tipos de fundação, a Fundação Privada e a Pública.
Se o fundador for um ente Público será uma Fundação Pública (objeto de nosso estudo), se o fundador for um 
ente Particular será uma Fundação Particular (objeto do estudo do Direito Civil). 
A Fundação Pública se subdivide em dois regimes: A Fundação Pública de Direito Público e a Fundação 
Pública de Direito Privado.
A fundação pública de Direito Público é CRIADA por lei ORDINÁRIA e se materializa na AUTARQUIA. 
A fundação pública de direito privado é uma fundação governamental, ou seja, a lei ORDINÁRIA AUTORIZA a 
criação.
Observe que a Lei ORDINÁRIA cria as fundações, enquanto a LEI COMPLEMENTAR lista as possíveis 
finalidades da Fundação.
Pergunta de Concurso: Para criar as pessoas jurídicas da administração indireta é preciso lei?
Sim, algumas vezes a lei cria, algumas vezes autoriza, mas tem que ter lei.
Observe um quadro das Fundações:
Fundação Pública Regime Público AutarquiaRegime Privado Fundação Pública de Regime Privado
Fundação Privada Direito Civil Direito Civil
4.3. Órgãos da Administração Indireta – Autarquia:
É uma pessoa jurídica de direito público. Ela pratica atividades típicas de Estado, logo ela basicamente presta 
os serviços públicos mais importantes. 
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Observe que, em caso de branco em um concurso, lembre-se que a Autarquia tem características muito similares 
às pessoas que compõe a Administração Direta.
Exemplos de Autarquia: INSS, INCRA, Universidades Federais, Conselhos de Classe, IBAMA, BACEN.
a) Regime Jurídico:
I. Atos e Contratos:
Os atos e contratos da Autarquia são administrativos. Logo os contratos da Autarquia possuem cláusulas 
exorbitantes e DEVEM LICITAR. 
II. Bens Autárquicos:
Como pessoa Jurídica de Direito Público os bens são bens públicos. 
Os bens autárquicos são relativamente inalienáveis, ou seja, em preenchidas certas condições, os bens podem 
ser alienáveis. 
Os bens autárquicos são, ainda, impenhoráveis, ou seja, não podem ser objeto de penhora, arresto e sequestro.
Os bens autárquicos não podem, da mesma forma, ser onerados. Ou seja, bem público não pode ser objeto de 
penhor e hipoteca. 
Os bens autárquicos são, por fim, imprescritíveis, ou seja, não pode ser objeto de prescrição aquisitiva, o que 
significa que em bem público não cabe usucapião. 
III. Débitos Judiciais:
Quando uma pessoa física deve pra alguém e não paga, via de regra penhoram-se seus bens para saldar as 
dívidas. 
Quando a Fazenda Pública deve (União, Estados, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas de Direito 
Público), ao invés de penhorar seus bens, expede-se uma ordem de pagamento, para que aquela dívida seja incluída 
no orçamento do Poder Público.
Este tipo de pagamento recebe o nome de Regime de Precatório (art. 100, CF).
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos 
precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações 
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
A Autarquia também paga por Regime de Precatório, mas a vantagem é que a fila da Autarquia anda mais 
rápido, ela é menor. Cada autarquia tem a sua fila de precatório. 
IV. Responsabilidade Civil
Está previsto no art. 37, §6º, da CF:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Para a autarquia vale a Teoria Objetiva da Responsabilidade. A responsabilidade do Estado é subsidiária. Se a 
Autarquia não puder pagar o débito, em segundo plano, o Estado irá pagar.
V. Procedimento Financeiro:
A autarquia está sujeita à Contabilidade Pública e à Lei da Responsabilidade Fiscal (Lei 4320/94). 
VI. Prescrição:
Prescreve o direito de entrar em juízo contra a Autarquia em cinco anos, conforme Lei 209.10/32. 
VII. Regime Processual:
A Autarquia recebe tratamento de Fazenda Pública. O prazo é dilatado (art. 188, CPC). Este prazo é quádruplo 
para contestar e em dobro para recorrer. 
Ademais, o reexame dos processos que envolvem a Autarquia é necessário, ou seja, mesmo sem recurso, o caso 
deve ser levado ao Tribunal. Não é uma regra absoluta, conforme art. 475, CPC. Assim, se a ação tiver um valor 
baixo (até 60 salários) ou já foi julgada pelo pleno, exclui-se o reexame necessário. 
VIII. Regime Tributário
A Autarquia pode ser cobrada de taxa e contribuição, mas tem imunidade para os impostos.
Veja o art. 150, VI, “a”, CF e 150, §2º, CF.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º - A vedação do inciso VI, «a», é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo 
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais 
ou às delas decorrentes.
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Esta imunidade recíproca, no entanto, só vale para sua finalidade específica, para a qual ela foi criada. 
IX. Regime de Pessoal
O trabalhador da Autarquia é servidor público. O regime jurídico (CLT ou Estatuto) depende do escolhido 
naquela ordem política. Escolhe-se entre o regime estatutário ou da CLT. A regra é que em uma única ordem 
política só pode ter um único regime. Se a escolha é CLT, naquela ordem política todos serão CLT e vice-versa. 
4.3.1. Autarquia de Regime Especial:
Autarquias em Regime Especial são Autarquias que a lei conferiu algum privilégio 
ou peculiaridade, aumentando sua autonomia
a) Universidades Públicas:
As Universidades Públicas são consideradas autarquias especiais porque a escolha do Reitor é por votação dos 
discentes, docentes e funcionários. O dirigente, ainda, assume um mandato com prazo certo e determinado. 
Ademais, outra característicapeculiar é que as Universidades têm autonomia pedagógica, ou seja, têm autonomia 
para decidir as grades.
b) Conselhos de Classe
I. Regras:
- Anuidade de natureza tributária e Execução Fiscal:
O conselho de classe cobra anuidade, a qual tem natureza tributária, gerando a cobrança via execução fiscal.
- O Conselho de Classe está sujeito à contabilidade pública
- O Conselho de Classe está sujeito ao controle do tribunal de contas.
- O Conselho de Classe está sujeito a Concurso Público.
II. Conselhos de Classe x OAB:
A OAB tem características peculiares:
- Anuidade de natureza comum e Execução Comum
A cobrança da anuidade da OAB é por via de execução comum (segundo o estatuto e Jurisprudência), de modo 
que a anuidade não tem natureza tributária. 
- A contabilidade não segue o regime público.
- OAB não é controlada pelo Tribunal de Contas
- Não requer Concurso Público
Na ADI 3026 o STF decidiu que a OAB não faz parte da administração indireta, mas sim é categoria ímpar de 
Pessoa Jurídica que, por não ser órgão da administração, não requer Concurso Público. 
c) Agências Reguladoras
A partir de 1995 o governo brasileiro lançou a política nacional de privatização ou desestatização. Com a 
desestatização deste serviço público, surgem as agências reguladoras para fiscalizar estas atividades praticadas 
pelos particulares. 
Assim, seu papel é normatizar, fiscalizar, regular e controlar as atividades transferidas para a Iniciativa privada.
A criação de uma Pessoa Jurídica só para isso dá uma ideia de maior segurança.
Exemplos de Agências Reguladoras: ANEEL, ANATEL, ANS, ANVISA, ANTT, ANTAQ, ANAC, ANP, 
ANCINE. Cuidado, nem tudo que tem nome de Agência é reguladora. Lembre-se também da CVM (comissão de 
valores mobiliários), que não tem nome de agência, mas é uma.
Ela é uma autarquia de regime especial pelos seguintes motivos: 
- Tem mais autonomia, mais independência, mais estabilidade e mais liberdade frente ao ente que a criou que 
as demais Autarquias.
- Escolha dos dirigentes – Investidura especial: A escolha é feita pelo Presidente da República (chefe do execu-
tivo, como toda autarquia), mas deve ser aprovado pelo Senado Federal. 
- O mandato tem prazo fixo: Quem define o prazo é a Lei da Agência. O dirigente só sai antes do prazo com a 
condenação administrativa ou judicial (a judicial deve ser transitada em julgado) ou Renúncia. Encerrado o Manda-
to o dirigente tem um prazo de quarentena, ocasião em que não pode trabalhar na iniciativa privada naquele ramo 
de atividade. Isso porque, por exemplo, se o ex-presidente da ANATEL vai trabalhar em uma empresa de teleco-
municações, ele vai saber de tudo sobre todas as empresas de telecomunicações no Brasil. Este prazo é de quatro 
meses e durante este tempo ele é remunerado. Algumas agências determinam 12 meses. 
I. Regime Jurídico das Agências Reguladoras:
A licitação das agências reguladoras estava prevista dentro de leis próprias, mas o STF decidiu que era 
inconstitucional órgãos da administração indireta estarem fora da Lei 8.666, bem como cada agência ter um 
procedimento específico.
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II. Regime de Pessoal da Agência Reguladora:
Antes os funcionários de AR eram temporários e celetistas. Com o surgimento da Lei 9.986/00 e, após, a Lei 
1.087/04, bem como com a ocorrência da ADI 2310 e ADIN 3678, ao longo do tempo, agora eles são funcionários 
públicos e estatutários; contudo, para não prejudicar aqueles que já tinham cargos antes de todas essas modificações, 
muitos temporários daquele tempo ainda remanescem sendo prorrogados pelo Presidente da República.
d) Agências Executivas:
As Agências Executivas foram criadas pela Lei 9.649/98. São nada mais que velhas Autarquias ou velhas 
Fundações Públicas, ineficientes e sucateadas, que precisavam melhorar suas atividades. 
Por ser uma Autarquia ou Fundação elas seguem todas as regras já estudadas. 
Para criá-la precisam-se respeitar algumas etapas:
- Elaborar um plano estratégico
- Elaborar um contrato de gestão – o objetivo era se tornar mais eficiente, para isso o Contrato de Gestão provém 
mais liberdade e autonomia e, claro, mais recurso público.
Veja que o status do contrato de gestão é temporário, depois que acabar o contrato ela volta a ser uma Autarquia/
Fundação. 
Observe que Estados e Municípios também podem criar Agências Executivas.
4.4. Órgãos da Administração Indireta - Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista:
A Empresa Pública e a Sociedade de Economia Mista são Pessoas Jurídicas de Direito Privado, mas o regime 
não é verdadeiramente privado, é um regime híbrido. 
O motivo de o nome ser “público” está ligado, não ao Regime, mas ao capital. O capital é exclusivamente 
público na Empresa Pública (mas não necessariamente de um só ente). Já na Sociedade de Economia Mista, o 
capital será misto, ou seja, uma parte pública e uma parte privada, contudo, a maioria do capital votante deve ser 
do poder público. 
Como visto, ambos podem prestar serviço público ou explorar atividade econômica. 
A Empresa Pública pode se materializar em qualquer modalidade empresarial, enquanto toda Sociedade de 
Economia Mista deve ser constituída na forma de S.A.
Veja mais algumas semelhanças no Regime Jurídico da Empresa Pública e da Sociedade de Economia Mista.
a) Bens:
São privados quando ela exercer atividade econômica.
b) Princípios Gerais da Administração:
Mesmo com atividade econômica e sujeita a regime privado, deve obedecer aos princípios gerais da 
Administração.
c) Prescrição:
Não seguem o prazo de 05 anos da Fazenda.
d) Estatuto:
Elas poderão ter Estatuto Próprio: 
Art. 173, § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista 
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Haverá uma lei específica que trará um estatuto próprio.
e) Falência:
Ambas estão fora do regime de falência. A lei 11.101/05 determina que Empresa Pública e Sociedade de 
Economia Mista estão fora da falência. 
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 0 Muito Importante:
Diferente da Autarquia e Fundação que estudamos até agora, as quais exercem serviços públicos, a EP e a SEM 
podem exercer tanto um serviço público quanto privado. Quando elas exercem serviço público elas obedecem a 
normas que muito se aproximam do Direito Público, mas quando exercem serviços típicos de particulares, regem-se 
pelas normas comuns aplicáveis a qualquer empresa particular, aproximando-se do Direito Privado.
Observe que não são absolutos. Segundo a autora Fernanda Marinella, quando exercem serviço público, seu 
regime será MAIS PÚBLICO DO QUE PRIVADO, enquanto se ela for prestadora de serviço privado ela será 
MAIS PRIVADO do que público (e não absolutamente público ou privado). Veja, por exemplo, que uma Empresa 
Pública que exerce atividade econômica, mesmo seguindo regras do Direito Privado, ainda deve respeitar os Princípios 
da Administração.
Assim, quando a atividade for dirigida à prestação de serviço público, predominará regime público. Caso a atividade 
destes entes seja dirigida a explorar atividade econômica predominará o regime privado.
Segundo o art. 173, CF, o Estado só deve explorar atividade econômica se: necessária aos imperativos da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só 
será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme 
definidos em lei.
Se a empresa está na atividade econômica, deveremos lembrar do art. 173, §2º, CF: 
Art. 173. § 2º - As empresas públicas e as sociedadesde economia mista não poderão gozar de privilégios 
fiscais não extensivos às do setor privado.
Ou seja, se naquele ramo a empresa privada tem X privilégio, a empresa pública também terá aquela X privilégio. 
Se naquele ramo a empresa privada não tem Y privilégio, a empresa pública também não terá aquela Y privilégio.
f) Responsabilidade Civil do Estado:
Art. 37, §6º, CF: 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão 
pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa.
Para saber se há responsabilidade do Estado, precisa checar se a Empresa Pública presta serviço público, 
se sim, vale o §6º, ou seja, a Responsabilidade Objetiva, se não, vale o Direito Civil e, via de consequência a 
Responsabilidade Subjetiva.
Observe que se a Empresa Pública, neste caso, não tiver dinheiro, o Estado arcará com a responsabilidade. Mas, 
lembre-se: a responsabilidade do Estado é subsidiária, somente se a Empresa não tiver dinheiro. 
g) Bens:
Em regra, os bens de ambos são privados e podem ser penhorados e alienados. 
Contudo, alguns bens de Empresa Pública ganham proteção especial. Assim, bens diretamente ligados à 
prestação do serviço público estarão protegidos, eles seguem o regime de bens públicos.
O objetivo é manter a continuidade do serviço, porque, se aquele bem for tirado, o serviço público para. 
h) Regime Tributário: 
Mais uma vez, diferencia-se se presta serviço público ou particular. Se elas prestam serviço público com 
exclusividade a Jurisprudência orienta que ela ganhe imunidade. 
Esta imunidade vem na finalidade específica. Veja o art. 150, VI, a, CF:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
Contudo, se a empresa está recebendo este encargo embutido no valor do serviço, ela não tem esse privilégio. 
Veja o art. 150, §3º:
§ 3º - As vedações do inciso VI, «a», e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda 
e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a 
empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, 
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
i) Licitação:
Se explorar atividade pública, tem que licitar. O art. 37, I, CF e o art. 1º, parágrafo único da Lei 8.666 determinam 
que órgãos da administração pública direta e indireta, devem licitar. 
No que tange a atividade privada, o art. 173, §1º, inciso III traz que elas devem ter Estatuto Próprio, contudo 
até hoje não existe este estatuto. Enquanto este estatuto não sair, ambas estarão sujeitas a Lei 8.666. Observe que a 
Lei 8.666 não faz distinção entre o serviço público e privado, logo também tem que licitar. Veja o art. 1º, parágrafo 
único, da Lei 8.666.
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20Instituto Maximize EducaçãoInstituto Maximize Educação
Art. 173, § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista 
e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de 
prestação de serviços, dispondo sobre: 
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da 
administração pública; 
Assim, empresas públicas ou sociedades de economia mista, prestando serviços públicos ou privados, devem 
licitar.
Observe que a empresa pública, na sua atividade fim, não precisa licitar.
4.4.1. Diferenças entre Sociedade de Economia Mista e Empresa Pública:
Empresa Pública Sociedade de Economia Mista
Prestadora de serviço público ou exploradora 
da atividade econômica
Prestadora de serviço público ou exploradora da 
atividade econômica
Capital Público (1) Capital parte público e parte privado (1)
Federal – J. Federal
Municipal ou Estadual – J.Est.
Justiça Estadual (exceto se a União for assistente 
ou oponente)
Qualquer modalidade de empresa Deve ser S.A.
(1) Elas diferem quanto ao capital (A EP tem capital público que pode pertencer a mais de um ente; A SEM 
tem capital parte público e parte privado), quanto à modalidade de empresa (A EP pode ser qualquer uma e a SEM 
deve ser S.A) 
(2) Competência para julgar as ações. Esta competência está prevista no art. 109, da CF. 
• A Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista, estaduais e municipais, são de competência da Justiça 
Comum Estadual
• A Sociedade de Economia Mista Federal é de competência da Justiça Comum Estadual
• A Empresa Pública Federal é competência de Justiça Federal
Contudo, se a União tiver interesse ela trará o julgamento para a Justiça Federal (Súmulas 517 e 556, STF). 
(3) A EP pode se constituir como qualquer modalidade de Pessoa Jurídica, enquanto a SEM é obrigatoriamente 
uma Sociedade Anônima.
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4. Agentes Públicos: espécies e classificação; poderes, 
deveres e prerrogativas; cargo, emprego e função públicas; 
regime jurídico único: provimento, vacância, remoção, 
redistribuição e substituição; direitos e vantagens; regime 
disciplinar; responsabilidade civil, criminal e administrativa.
Caroline Pastri Pinto
Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá; Advogada.
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1. Definição:
É o mais amplo possível. São todos aqueles que exercem função pública, seja de forma temporária OU 
permanente, seja com ou sem remuneração. Ademais, independe do tipo de vínculo, pode ter sido contratado, eleito, 
designado, nomeado, não importa.
Por exemplo, jurados, mesário de eleição. 
2. Classificação:
a) Agente político: 
Ele representa a vontade do Estado. Ele está no comando de cada um dos poderes. São eles:
• Chefes do poder Executivo (presidente e vice, governadores e vice e prefeitos e vices), seus respectivos vices 
e os auxiliares imediatos (Ministros de Estado, Secretários Estaduais e Municipais);
• Membros do Poder Legislativo (Senadores, Deputados Federais e Estaduais e Vereadores);
• Ademais, são agentes políticos os Ministros e conselheiros do Tribunal de Contas. 
Estas pessoas são titulares de cargo, sob o Regime Jurídico Administrativo, estando sujeitos ao Estatuto.
Em que pesem estarem sujeitos ao estatuto, eles possuem suas próprias leis. 
b) Servidores Estatais: 
Se o servidor estatal for servidor de Pessoa Jurídica de Direito Público (Administração Direta – U,E,M - e 
Indireta – Autarquias e Fundações Públicas de Direito Público) ele será Servidor Público.
Servidor Público:
É aquele que atua em Pessoa jurídica de Direito Público. Ele atua na Administração Direta e Indireta, e é pago 
pelos cofres públicos.
O servidor poderá ser estatutário ou celetista, desde que o ente público tenha um só regime.
Servidor Público, titular de emprego (CLT) é o EMPREGADO PÚBLICO!!
Servidor público, titular de cargo (estatuto) é o SERVIDOR ESTATUTÁRIO!!
Eles podem ser Temporários, ou seja, contratados por tempo determinado para atender a necessidade tempo-
rária de excepcional interesse público.
Servidor de entes governamentais de Direito Privado:
É aquele que trabalha em PJ de direito privado (Empresa Pública, Sociedade Economia Mista e Fundação 
Pública de Direito Privado).
Esta pessoa é o EMPREGADO, com regime celetista. ELE NÃO É EMPREGADO PÚBLICO, POIS O 
EMPREGADO PÚBLICO ATUA EM PESSOA PÚBLICA.
a) Pontos Comuns:
Apesar de não ser servidor público ele se equipara ao servidor público em alguns pontos, quais sejam:
• Concurso
Por exemplo, o concurso da Caixa Econômica, dos Correios, dentreoutros. 
• Regime da não acumulação. 
Também está proibido de acumular. 
• Estão sujeitos ao teto do art. 37,§9, CF, salvo se não receber repasse para custeio.
O referido artigo prevê um teto de remuneração e subsídio aos ocupantes de cargos, funções e empregos 
públicos da administração direta, autárquica e fundacional, aos membros de qualquer dos Poderes, aos detentores 
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos.
Tal teto se aplica às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, quando receberem 
recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou 
de custeio em geral.
Assim, eles estão sujeitos ao teto da CF quando tiverem ajuda de custeio, ou seja, repasse da Administração 
Direta. Quando não tiverem repasse não há teto.
Art. 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou 
outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer 
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outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio 
mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito 
do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo tribunal Federal, 
no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos; 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para 
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.
• Estão sujeitos a remédios constitucionais:
Por exemplo, Mandado de Segurança, Mandado de Injunção, dentre outros.
b) Pontos Diversos:
Eles não têm a estabilidade do art. 41, da CF:
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público.
Fica ressalvada, contudo, a empresa de Correios e Telégrafos, uma vez que elas são equiparadas à Fazenda 
Pública, já que têm exclusividade no serviço postal.
c) Particulares em Colaboração:
A pessoa não perde a qualidade de particular, mas auxilia o poder público. Ele é funcionário público naquele 
momento. São divididos em:
• Requisitados:
Ele vai porque é requisitado, é uma ordem. São os mesários, jurados, servidores de Tiro de Guerra.
• Voluntários
São chamados agentes honoríficos ou particulares em Sponte Própria. São aqueles que se voluntariam 
a participar, por exemplo, quem atua em conselhos de classe, como a OAB. Ou também médicos voluntários, 
“Amigos da Escola”.
• Aqueles que atuam nas Concessionárias/Permissionárias de Serviço
O motorista do transporte público, por exemplo. 
• Delegados de Função:
Ela é diferente da delegação de serviço. 
São exercidos em serviços notariais e registrais. Está prevista no art. 236, da CF.
Art. 236. Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. 
§ 3º - O ingresso na atividade notarial e de registro depende de concurso público de provas e títulos, não se 
permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou de remoção, por mais 
de seis meses.
Diz a CF que este serviço será privatizado: mas só ganha este direito quem passa no concurso
Ou seja, a pessoa que passa em concurso para cartório “ganha” o cartório. Assim, ele ganha em cima de tudo 
que passar pelo cartório. 
• Particulares que prestam serviços oficiais
Alguns serviços públicos, como hospitais e escolas, podem ser praticados por particular. 
3. Acessibilidade do serviço público
Podem ser servidores os brasileiros e os estrangeiros na forma da lei. Estas pessoas alcançarão o serviço 
público por intermédio de concurso.
Concurso é sinônimo de impessoalidade e isonomia. 
3.1. Exceções ao Concurso Público
Há algumas exceções, onde não se prestam concurso público. São eles:
• Mandatos Eletivos
• Cargos em Comissão
Livre nomeação e exoneração. É a exoneração Ad Nutum.
Antes era chamado de “cargo de confiança”. São cargos de direção, chefia e assessoramento. 
Não há nenhuma condição específica. O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa, reservado 
o número mínimo de cargos que devem ser preenchidos por funcionários já efetivos.
• Função de confiança 
Também serve para direção, chefia e assessoramento, também é baseado na confiança. Só pode ser dado a quem 
já tem cargo efetivo. A pessoa já tem o cargo efetivo e passa a exercer função de confiança.
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• Contrato Temporário:
Está no art. 37, IX, CF. 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público;
• Hipóteses previstas na CF:
Diversas hipóteses, como o ministro do STF, algumas vagas dos tribunais superiores, a regra do quinto 
constitucional, ministros, Tribunal de Contas.
• Agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias:
Está no art. 198, §4º, CF:
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes 
de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas 
atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
3.2. Requisitos do Concurso Público:
As exigências do concurso devem seguir as seguintes regras:
a- Deve estar previsto na lei de carreira;
b- Compatível com as atribuições do cargo;
c- Previsão no Edital;
d- Prazo de Validade;
É de até dois anos. É possível a prorrogação, por uma única vez e por igual período. A possibilidade de 
prorrogação deve estar prevista no edital. 
Esta decisão de prorrogar é discricionária. Antes de ela começar a fluir pode-se revogar a prorrogação, mas 
depois que ela se inicia o direito é adquirido. 
e- Direito à Nomeação.
A regra em geral é a mera expectativa de direito. O candidato aprovado em concurso tem seu direito subjetivo 
à nomeação somente nos seguintes casos:
I. Se ele for preterido, passado para trás por outro. É a Súmula 15, do STF
II. Se a Administração contratar temporariamente ou designar funções no cargo que deveria ser preenchido 
pelos aprovados.
III. Se aprovado dentro do número de vagas prevista no edital. 
4. Estabilidade:
Está prevista no art. 41, CF.
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada 
ampla defesa. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante 
da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou 
posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declaradaa sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. 
Requisitos:
a- Aprovado em Concurso público e Nomeado para Cargo Efetivo
b- Deve ser Cargo Público
c- 03 anos de exercício
Aprovação na avaliação especial de desempenho.
Esta avaliação depende de lei reguladora, qual seja, a lei da carreira. Após esta estabilidade o servidor ainda 
pode perder o cargo. Para tanto ele deve:
• Ser reprovado na avaliação periódica de desempenho 
• Via processo administrativo
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• Via processo judicial
• Art. 169, CF – corte de gastos:
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. 
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei 
complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes 
providências: 
I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança; 
II - exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento 
da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato 
normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa 
objeto da redução de pessoal. 
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização correspondente a um 
mês de remuneração por ano de serviço. 
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado extinto, vedada a criação de 
cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou assemelhadas pelo prazo de quatro anos. 
5. Competência para julgamento:
Se o servidor for do regime estatutário, será julgado pela justiça comum, mas se for do regime celetista será a 
Justiça do Trabalho. 
Em relação ao temporário, o STF disse que eles são um regime administrativo especial. 
6. Acumulação
A regra é a não acumulação, mas há exceções nos artigos 37, XVI e XVII e art. 38, CF:
Art. 37, VI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto (...)
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, 
pelo poder público; 
É possível nos seguintes casos:
• Atividade + Atividade
Quando entre duas atividades houver compatibilidade de horários de dois cargos de professor OU de um cargo 
de professor com outro técnico ou científico OU de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, 
com profissões regulamentadas.
A soma das remunerações não pode ultrapassar o teto remuneratório
• Aposentado + Aposentado
Nos mesmos casos anteriores.
• Aposentado + Atividade
- hipóteses em que é possível duas atividades, aposenta-se em uma e permanece a atividade em outra.
- hipótese em que a atividade é um mandado eletivo.
- casos de cargo em comissão.
• Atividade + Mandato Eletivo
Se o mandato eletivo for federal, estadual ou distrital, não pode acumular. 
Se for prefeito, não pode acumular, mas pode escolher entre a remuneração de seu ex-cargo e a prevista para 
o prefeito. Se for vereador e o horário for compatível, pode acumular. Se não for compatível, pode escolher a 
remuneração.
Veja o artigo e entenda:
 Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato 
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou 
função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será 
aplicada a norma do inciso anterior;
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5. Poderes Administrativos: poder hierárquico; poder 
disciplinar; poder regulamentar; poder de polícia; uso 
e abuso do poder.
Caroline Pastri Pinto
Graduada em Direito pela Universidade Estadual de Maringá; Advogada.
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1. Conceito e Características:
Os poderes são prerrogativas, instrumentos da Administração.
São características:
1.1. É obrigatório:
É um poder-dever. A autoridade tem o dever de agir. Não é uma faculdade ou liberalidade. É uma obrigação 
de agir. 
1.2. Irrenunciável:
 A autoridade não pode abrir mão, renunciar. Se a autoridade renunciar do interesse público, ele estará indo 
contra o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público.
A autoridade exerce função pública, o interesse e o direito são do povo, de modo que ele não pode abrir mão 
deste interesse. 
1.3. Limites previstos em Lei
A autoridade deve respeitar os limites previstos em lei.
Deve respeitar a trinômia: necessidade + proporcionalidade + adequação (eficiente), ou seja, deve ser necessário, 
proporcional e adequado.
Quando se extrapolar os limites, haverá abuso de poder.
Ademais, a autoridade deve ser competente. Observe que a regra de competência estará prevista na lei, uma vez 
que a Administração só cumpre a lei, jamais indo além dela (Legalidade para o direito Público). 
1.4. Cabe Responsabilização
Caso a administração faça o que não deveria ou não faça o que deveria, ela deve responder. Assim, a administração 
deve ser responsabilizada, seja por ação ou por omissão.
2. Poder Vinculado
A autoridade não tem liberdade ou juízo de valor. Não há juízo de conveniência ou oportunidade. Preenchidos 
os requisitos legais, a Autoridade deve praticar o ato e ponto.
Ex.: pessoa que passa nos exames para tirar CNH, deve receber o documento; a autoridade não pode querer 
ou não querer dar. Idem à licença para construir.
Ex.2: O ato de concessão de aposentadoria. Se a pessoa contribuiu X anos, não tem conversa, ela tem direito 
à aposentadoria.
4. Poder Discricionário
Há juízo de valor. Há liberdade, conveniência e oportunidade. A autoridade olhará o caso concreto e decidirá 
se sim ou se não. 
Exemplo: Permissão de Uso de Bem Público. Qualquer um pode usar a calçada para andar, uma vez que se 
está usando o bem público para sua atividade; mas se a pessoa quiser colocar as mesas de um bar na calçada ela 
precisa de autorização pública. 
Exemplo 2: Autorização para circular dentro da cidade alguns veículos de medidas muito maiores que a 
normal. 
Observe que a classificação entre vinculado e discricionário é amplamente criticada por Celso Antônio Bandeira 
de Mello e pela doutrina moderna. Para ele não existe poder vinculado e poder discricionário, uma vez que nenhum 
é puro. Para o autor, o que existe são atos vinculados e discricionários.
Mas, independentemente da visão de CABM, esta divisão cai muito em prova e deve ser estudada.
5. Poder Hierárquico:
É o instrumento que vai dar ao administrador a possibilidade de escalonar, hierarquizar e estruturar seus quadros. 
Estabelece-se uma relação de subordinação. 
As faculdades de uma relação hierárquica são as seguintes:
a) Dar ordens;
b) Fiscalizar cumprimento das ordens;
c) Rever os atos dos subordinados;

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