Auditoria e Governança Corporativa

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Universidade Federal de Campina Grande
Centro de Ciências Jurídicas e Sociais
Curso de Ciências Contábeis
Disciplina: Auditoria
Professor: Miguelangelo Carvalho
Aluna: Ana Paula da Costa
	
Resenha: A história da auditoria e suas novas tendências: um enfoque sobre governança corporativa
PACHECO, Marcela Soares. OLIVEIRA, Denis Renato. GAMBA, Fabrício La. A história da auditoria e suas novas tendências: um enfoque sobre governança corporativa.
A crescente transações entre diferentes entidades, através da crescente globalização, traz novos rumos a auditoria. As empresas estão cada vez mais precisando apresentar informações confiáveis para seus investidores, terem uma maior veracidade nos seus investimentos.
Os investidores por sua vez, toma a decisão de investir ou não, em certa empresa, a partir de seus demonstrativos. Para poderem saber se todas essas informações são verdadeiras, entra a figura da auditoria, que segundo Crepaldi (2004, p. 23), é “o levantamento, estudo e avaliação sistemática das transações, procedimentos, operações, rotinas e das demonstrações financeiras de uma entidade”. A auditoria também é muito importante para o processo de Governança Corporativa, sedo que para abrir o capital significa divulgas os seus demonstrativos e resultados para os acionistas.
Como toda essa importância já relatada, a auditoria teve seu início muito remoto, igual ao da contabilidade, surgindo desde dos primórdios da sociedade até os dias atuais. Porém, o cargo de Auditor, foi criado na Inglaterra em 1314 devido a sua potência econômica naquela época, se tornado o berço do capitalismo com a Revolução Industrial. Nos dias atuais, ela é mais desenvolvida nos Estados Unidos, onde determinou a evolução da auditoria, pelo crescimento das empresas, da complexidade e o interesse pela economia em grandes empreendimento. 
Com a queda da bolsa de valores de Nova Iorque, veio a necessidade de melhorar o sistema contábil, consequentemente da auditoria, pelo fato que as empresas não tinha transparência nas informações, contribuindo para a crise mundial. A partir desse momento, foi criada o Comitê May, onde atribuía regra para empresas que tivessem ações na bolsa de valores, tornando obrigatório a auditoria independentes em suas demonstrações. Tornado, assim, a auditoria como contribuinte do desenvolvimento econômico mundial e no processo de Governança Corporativa.
Hoje existem vários tipos de auditoria, tais como, a auditoria ambiental, a auditoria de sistemas, a auditoria fiscal, a auditoria tributária, entre outras, sendo mais comum a auditoria das demonstrações financeiras (auditoria externa ou independente) e a auditoria operacional ou de gestão (auditoria interna). 
De acordo com Almeida (2003, p. 26), a auditoria externa das demonstrações contábeis é “Aquela que examina as demonstrações contábeis de uma empresa e emite sua opinião sobre estas, o que a tornou fundamental, vista como uma medida de segurança, na opinião dos investidores, que passaram a exigir que as demonstrações contábeis fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica”. 
Já a auditoria interna ou operacional para Oliveira & Diniz Filho (2001, p. 16) “constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade”. Essas duas modalidades de auditoria citadas podem ser confundidas muitas vezes, por isso, torna-se necessário esclarecer algumas diferenças básicas entre elas: como o propósito do trabalho, os parâmetros para a sua execução, a preocupação com os controles internos, a dependência profissional, a forma de relatórios e os principais usuários. 
Entre estas principais existem algumas diferenças. Porém, elas se completam, e devem ser realizadas em conjunto para que seja considerado um diagnóstico confiável, faz-se necessário também basear-se nas normas e princípios da contabilidade, juntamente com um auditor externo para que ele possa emitir um parecer sobre essas demonstrações.
Com tudo isso, vimos que a origem da auditoria ainda é muito difícil de ser definida. Porém é difícil imaginar a ausência de auditorias na economia atual, pelo desenvolvimento do mercado. Para se tornar o que ela é hoje, a auditoria veio se aperfeiçoando ao longo dos anos, através de normas, pronunciamentos, interpretações, etc.
O aperfeiçoamento da governança corporativa, foi tido como uma atitude essencial, visto que os investidores, interessados na corporação e os órgãos normalizadores estão mais interessadas por ações de corporações bom governadas.
A auditoria interna e externa, juntamente com a governança corporativa, visam aumentar a credibilidade de uma instituição em relação aos seus stakeholders e shareholders, a credibilidade ocorre fundamentalmente com base em controles internos (auditoria interna), que segundo Bergamini Junior (2005) é responsável pela verificação da adequação e da efetividade dos outros controles. A ênfase dos trabalhos está em uma postura mais comprometida com a produtividade organizacional e os ganhos de eficiência e está voltada para a verificação da qualidade da gestão dos negócios da empresa. 
 Com isso, a auditoria interna é um complemento para a governança corporativa, sendo a sua proposta principal, que se tenha um código de ética e de direitos, onde se crie controles internos, onde haja transparência em partes interessadas, onde elas devem testar os diversos controles da entidade, com o intuito de verificar se esses procedimentos e normas são adequados para uma melhor eficácia da empresa, confirmando a credibilidade que a governança corporativa pública.
Já a auditoria externa é importante pelo fato da necessidade de um parecer sobre as demonstrações contábeis, dando uma importância maior aos diversos interessados no processo de tomada de decisão. Se o parecer for limpo, sem ressalvas, essa opinião independente é que evidenciará a credibilidade da empresa para o mercado.
Portanto, infere-se que as tendências da auditoria externa são acompanhar e auxiliar o processo evolutivo de governança corporativa, que pela resposta positiva obtida pelo mercado, é um processo que será imprescindível para as grandes empresas.